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Continuar crescendo depois de adulto, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Continuar crescendo depois de adulto não é possível porque as cartilagens de crescimento presentes nos ossos longos das pernas e dos braços já estão fechadas, calcificadas. São essas cartilagens que permitem com que a nossa altura aumente, mas só enquanto somos crianças ou adolescentes. 

Quando se é adulto o que pode ocorrer é somente o crescimento das extremidades do corpo como as mãos, pés, nariz, queixo, orelhas, que caracteriza uma doença chamada de acromegalia. Esse é um distúrbio raro, que ocorre em adultos, em que existe uma produção excessiva do hormônio de crescimento (conhecido por Growth Hormone - GH) causado por um tumor na hipófise, que é uma glândula que fica no cérebro.

Já o gigantismo ou gigantismo acromegálico ocorre quando esse tumor surge durante a infância ou adolescência, uma situação ainda mais rara na qual há um aumento exagerado da altura, pois nessa idade as cartilagens de crescimento ainda estão abertas permitindo que isso aconteça.

Saiba mais em: O que é acromegalia?

O endocrinologista é o especialista a ser consultado quando há problemas de crescimento.

Fazer endoscopia dói?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, fazer endoscopia não dói. A pessoa pode sentir incômodo, mas não dor.

Para evitar dores e incômodos, são aplicados produtos anestésicos na área da garganta por onde passa o endoscópio, e na maioria dos serviços atualmente é preferível além dos anestésicos locais, a administração de medicamentos sedativos, para que o paciente se sinta mais confortável durante o procedimento. Portanto, a pessoa dorme durante todo o exame e não sente nada.

Após o exame, há um período de recuperação de até meia hora. A garganta pode estar anestesiada devido aos medicamentos usados no procedimento, mas gradualmente a sensibilidade vai voltando ao normal.

Há casos em que é necessário administrar oxigênio ao paciente durante a endoscopia. Nessas situações, pode haver espirros e congestão nasal após o exame.

Embora a dor não seja um efeito adverso da endoscopia, alguns sinais e sintomas podem indicar complicações, tais como mal-estar, náuseas, vômitos ou sangramentos. Na presença dessas manifestações, o médico responsável pelo exame ou o setor de endoscopia do hospital deve ser contactado com urgência.

Como é feita a endoscopia?

A endoscopia é feita através de um aparelho (endoscópio) formado por um tubo flexível de aproximadamente 1 metro de comprimento e 1 centímetro diâmetro, com uma microcâmera instalada na sua extremidade.

A microcâmera emite imagens do interior do tubo digestivo para um monitor, permitindo ao médico detectar e tratar doenças no esôfago, no estômago e na porção inicial do intestino.

O preparo para a endoscopia começa com um jejum de pelo menos 8 horas. Caso o paciente esteja utilizando algum medicamento de uso contínuo ou for alérgico a alguma substância, o médico deverá ser informado. 

Durante o procedimento, a pessoa fica deitada de lado, sobre o lado esquerdo do corpo, recebe medicação sedativa por via venosa, e spray de anestésicos na garganta. A seguir, coloca-se um bocal de plástico entre os dentes da pessoa e instala-se um cateter de oxigênio no nariz.

O endoscópio é então introduzido através desse bocal de plástico, e as imagens são então transmitidas pela câmera para um monitor aonde o médico consegue avaliar o sistema digestivo alto da pessoa. O exame de endoscopia dura, em média, de 5 a 10 minutos. 

Depois da endoscopia não é permitido dirigir e a pessoa deve seguir as orientações de uma alimentação mais leve.  

O médico responsável pela realização da endoscopia é o gastroenterologista.

O que é aneurisma cerebral?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O aneurisma cerebral, também conhecido como aneurisma sacular, é uma dilatação que se forma na parede uma artéria do cérebro. Geralmente ocorre em artérias do Polígono de Willis, responsáveis por parte da irrigação cerebral.

Acredita-se que a predisposição genética possa ser a origem do aneurisma cerebral, inclusive em indivíduos com pressão arterial normal, embora seja muito mais frequente em pessoas com pressão alta.

A formação do aneurisma parece ocorrer por uma pressão exercida na região menos resistente da artéria, dando origem a uma espécie de bexiga que vai crescendo lenta e progressivamente. Ou uma malformação do vaso congênita (a pessoa já nasce com essa alteração.)

Com o tempo, pode haver a rotura da artéria nessa região, devido sua distensão, causando volumosa hemorragia, ou compressão de outras áreas do cérebro ao redor do aneurisma.

Os episódios de ruptura e sangramento costumam ocorrer entre os 40 e 50 anos de idade, são mais comuns em mulheres e tornam-se mais frequentes à medida que a pessoa envelhece. Nestes casos, apenas dois terços dos pacientes sobrevivem e, dentre esses, metade permanece com sequelas que comprometem a qualidade de vida.

Quais são as causas do aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral tem como possíveis causas: predisposição genética, hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol ou triglicerídeos altos), diabetes, tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas.

Quais são os sintomas do aneurisma cerebral?

Um aneurisma cerebral pequeno e que não se rompeu pode não causar sintomas.

Quando se rompe, causando hemorragia cerebral, os sintomas ocorrem pela irritabilidade que o sangue (fora do vaso sanguíneo), banhando o cérebro, pode causar. Os sintomas mais comuns são: dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, crise convulsiva e perda da consciência ou coma.

Em caso de ruptura do aneurisma cerebral, o risco de morte é alto, variando entre 30 a 50%, dependendo dos estudos.

O diagnóstico do aneurisma cerebral é realizado por exames de imagem, como arteriografia, angiotomografia ou angiorressonância cerebral, tornando a detecção precoce infrequente, já que esse exame não faz parte da rotina dos exames de check-up.

Qual é o tratamento para aneurisma cerebral?

Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento do aneurisma cerebral deve ser realizado o quanto antes, seja através de cirurgia aberta ou embolização (cateterismo cerebral).

O melhor método deverá ser avaliado, de acordo com as características do aneurisma e as condições clínicas da pessoa. O risco da cirurgia deve ser menor do que os riscos oferecidos pela história natural da doença.

A cirurgia aberta do aneurisma cerebral é feita através de uma abertura no crânio. O procedimento consiste em colocar um clipe de titânio que comprime a base do aneurisma.

Contudo, atualmente o tratamento da maioria dos casos de aneurisma cerebral tem sido feito por embolização. Esse procedimento é minimamente invasivo e consiste na colocação de um material no interior do "saco" aneurismático, por via de um cateter, bloqueando o aneurisma.

O objetivo do tratamento de um aneurisma cerebral que se rompeu é evitar que o mesmo volte a sangrar. Uma nova hemorragia aumenta as taxas de mortalidade.

Em caso de pessoas que não podem, não devem ou não querem passar por cirurgia, deve-se manter controle rigoroso da pressão arterial, evitar esforços físicos e não fumar.

Portanto, é importante lembrar que dores de cabeça intensas, com surgimento súbito e repentino (como se tivesse levado uma pancada), acompanhada de enjoo e vômitos, indica a necessidade urgente de atendimento médico-hospitalar.

Em caso de suspeita de aneurisma cerebral, um médico clínico geral, médico de família ou, preferencialmente, um neurologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento.

Leia também: Quais os sinais e sintomas de um aneurisma cerebral?

Insuficiência de vitamina D: Quais os sintomas e complicações?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas da insuficiência de vitamina D podem incluir:

  • Cansaço
  • Fraqueza muscular
  • Dores crônicas
  • Dor óssea
  • Atraso no crescimento e raquitismo (nas crianças)
  • Osteomalácia
Complicações

As principais complicações são deformidades ósseas e risco aumentado para fraturas, especialmente em idosos.

Raquitismo, na criança e osteomalácia nos adultos, são doenças que provocam deformidades ósseas e "enfraquecimento" dos ossos, tornando-os mais frágeis e predispostos a fraturas.

Estudos sugerem ainda que a deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de osteoporose, hipertensão arterial, queda da imunidade e aumento dos riscos de infarto, AVC (derrame), infecções, câncer, diabetes tipo 1, esclerose múltipla, lúpus, doença inflamatória intestinal, inflamação no cérebro e artrite reumatoide.

Mesmo nos casos em que a carência da vitamina não manifesta qualquer sinal e sintomas, podem ocorrer problemas de saúde e consequências indesejáveis.

Leia também: Quais os sintomas ou doenças causadas pela falta de vitamina D?

Prevenção

Para evitar as complicações decorrentes da insuficiência de vitamina D, é essencial verificar os níveis dessa vitamina conforme orientação médica, por meio de exames de sangue.

A verificação periódica dos níveis de vitamina D é indicada sobretudo para pessoas que fazem parte dos grupos de risco que inclui:

  • Idosos
  • Gestantes
  • Portadores de osteomalácia, osteoporose ou raquitismo
  • Portadores de doenças crônicas (diabetes, doença renal crônica e obesidade)
  • Portadores de Hiperparatireoidismo secundário
  • Portadores de Doenças inflamatórias
  • Portadores de Doenças autoimunes e renal crônica
  • Pacientes que fazem uso prolongado de glicocorticoides
  • Pacientes que tenham sofrido uma fratura devido a um trauma leve
  • Pacientes pré-bariátricos (em preparo para cirurgia bariátrica).

Importantíssimo ressaltar que valores elevados de vitamina D (acima de 100 ng/mL) representa um risco aumentado para toxicidade, portanto, não faça uso de vitamina sem avaliação prévia de seus níveis no sangue, ou avaliação médica.

Tanto a falta como o excesso de vitamina D acarretam problemas para a saúde e precisam de tratamento com acompanhamento médico, de preferência feito por um/a endocrinologista.

Saiba mais em:

Para que serve a vitamina D?

Falta de vitamina D na gravidez: o que pode causar e o que fazer?

Posso estar entrando na menopausa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não. Os sintomas da menopausa começam a se manifestar entre os 45 e 50 anos de idade e não costumam deixar os seios doloridos, nem causar náuseas e tonturas.

Os sintomas mais característicos da chegada da menopausa são:

  • Ciclos menstruais irregulares;
  • Ondas de calor, suores noturnos;
  • Calor excessivo, sem que outros sintam a mesma temperatura;
  • Distúrbios do sono;
  • Secura vaginal e
  • Alterações de humor.

Com a aproximação da menopausa os ciclos menstruais ficam irregulares, tornando-se mais curtos ou mais longos. A quantidade de sangue da menstruação pode ser maior que o normal, mas o período de sangramento mais curto. A mulher pode inclusive ficar sem menstruar por mais de 2 meses.

As ondas de calor são mais perceptíveis quando a menopausa está próxima, sendo essa a queixa mais comum nessa fase.

As variações hormonais provocam também alterações de humor, alternando irritação e tristeza, além de desinteresse, dificuldade de concentração e até depressão.

Entretanto os sintomas podem variar e existem casos de menopausa precoce, por isso recomendamos agendar uma consulta com médico/a ginecologista para avaliação do seu caso e orientações adequadas.

Leia também: Que exames posso fazer para saber se estou na menopausa?

O que é síndrome do túnel do carpo? Quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A síndrome do túnel do carpo é uma condição provocada pela compressão do nervo mediano, que passa na região do punho, resultando em dor e formigamento nas mãos e braços.

O túnel do carpo é formado pelos ossos e ligamentos da região do punho. O nervo mediano, juntamente com outros nervos e alguns tendões, passa por essa região.

Quando, por algum motivo, esse nervo fica comprimido e o seu normal funcionamento é afetado, surgem os sintomas e pode-se dar origem à síndrome do túnel do carpo.

Síndrome do túnel do carpo

A causa para essa compressão do nervo mediano é desconhecida na maioria dos casos. Porém, a síndrome do túnel do carpo pode estar associada a doenças e condições como doenças da tireoide, artrite reumatoide, diabetes e gestação, devido à retenção de líquidos.

Quais são os sintomas da síndrome do túnel do carpo?

Os sintomas da síndrome do túnel do carpo são dor e formigamento no punho ou na mão, além de formigamento e dormência nos dedos das mãos, sobretudo nos dedos indicador, médio e polegar. As dores e o formigamento podem irradiar para os braços.

Esses sintomas podem ser mais frequentes durante a noite ou após algumas atividades como dirigir, digitar, segurar o telefone e ler.

A síndrome do túnel do carpo pode atingir ambas as mãos, apesar dos sintomas serem mais fortes em um dos lados. Em alguns casos, pode haver também perda de força muscular.

Qual é o tratamento para a síndrome do túnel do carpo?

O tratamento dos casos mais leves e iniciais da síndrome do túnel do carpo pode ser feito com medicamentos anti-inflamatórios, uso de tala para imobilizar a articulação durante a noite e mudanças posturais para aliviar os sintomas.

Quando a síndrome do túnel do carpo está avançada ou não responde ao tratamento conservador, pode ser necessário realizar uma cirurgia para aliviar a pressão sobre o nervo mediano.

O tratamento cirúrgico consiste em cortar o ligamento que forma o teto do túnel do carpo, através de um corte na região anterior do punho.

A resposta ao tratamento nos casos leves e moderados normalmente é muito boa. Contudo, quando a síndrome do túnel do carpo é muito grave ou de longa duração, a recuperação do nervo é mais incerta.

A síndrome do túnel do carpo pode ser diagnosticada pelo/a clínico/a geral ou médico/a de família, através do exame físico e sintomas apresentados. O diagnóstico pode ser confirmado com eletroneuromiografia. Caso você sinta algum desses sintomas, procure algum/a desses médicos/as para uma avaliação detalhada.

Quais os sintomas do vírus da raiva?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os primeiros sintomas do vírus da raiva em humanos surgem após um período de incubação que varia entre 20 e 60 dias. São eles:

  • Mal estar;
  • Febre baixa;
  • Falta de apetite;
  • Dores de cabeça;
  • Enjoo;
  • Dor de garganta;
  • Alterações de sensibilidade no local da mordida, como coceira, formigamento, arrepios e queimação;
  • Salivação abundante devido à dor e dificuldade para engolir.

Conforme a infecção pelo vírus da raiva progride, surgem outros sintomas que afetam o sistema nervoso central, como:

  • Ansiedade;
  • Agitação;
  • Irritabilidade;
  • Sensação de angústia;
  • Delírios;
  • Alterações de comportamento;
  • Espasmos musculares;
  • Convulsões.

Ao tentar beber alguma coisa, os espasmos dos músculos de deglutição provocam uma expulsão violenta dos líquidos. Os espasmos musculares evoluem para paralisia, causando retenção urinária e alterações cardiorrespiratórias.

Esses espasmos também são desencadeados pela visão, odor e barulho de líquidos que caem num copo, por exemplo, por isso, a raiva causa comportamento de hidrofobia, que é a aversão a água.

Durante a manifestação dos sintomas, o paciente permanece consciente, com períodos de alucinações, até entrar em coma. A raiva tem uma evolução rápida,podendo levar à morte em apenas 5 a 7 dias.

Veja também: Como é a transmissão da raiva?

Quais os sintomas da raiva canina?

No início, o cachorro com raiva manifesta os seguintes sintomas:

  • Alterações de comportamento;
  • Preferência por ficar em lugares escuros;
  • Agitação sem razão aparente;
  • Sustos ao menor estímulo;
  • Diminuição ou perda de apetite;
  • Irritação no local em que o animal foi mordido.

Após um período de 1 a 3 dias, o cão fica agressivo e ameaçador, podendo morder objetos, outros animais até mesmo dono. É comum o cachorro morde-se a si próprio, causando graves feridas. A paralisia dos músculos da deglutição impedem o animal de engolir a saliva e ele começa a babar.

Também pode ocorrer paralisia das patas traseiras e o latido do cão muda, ficando semelhante a um uivo rouco.

A raiva canina pode ser prevenida através da vacinação do cão contra o vírus da raiva, que deve ser feita a partir do quarto mês de vida e reforçada em um ano.

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Que doenças pode causar uma mordida de cachorro?

O que fazer para tratamento em caso de mordida de cachorro?

Miocardite: quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Nos casos menos severos, a miocardite pode não manifestar sinais e sintomas e geralmente cura-se espontaneamente. Os sintomas nesses casos podem ser semelhantes aos de uma gripe. Contudo, se o quadro for grave, pode haver

  • Dor no peito, falta de ar, respiração ofegante;
  • Alteração no ritmo dos batimentos cardíacos;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Inchaço nos membros inferiores e nas articulações;
  • Palidez, mãos e pés frios (sinal de má circulação);
  • Cansaço, aumento do fígado;
  • Desmaios (geralmente relacionados a ritmos cardíacos irregulares);
  • Pouca produção de urina, dor de cabeça e garganta;
  • Dores musculares e articulares;
  • Erupções cutâneas, febre e diarreia.

O diagnóstico da miocardite é feito por meio de exames de sangue, eletrocardiograma, raio-x, ressonância magnética e ecocardiograma.

O eletrocardiograma serve para identificar ritmos cardíacos anormais e a condução dos impulsos elétricos do coração. O raio-x de tórax e a ressonância magnética fornecem imagens sobre a forma e o tamanho do coração, bem como a presença de edema pulmonar.

O ecocardiograma identifica aumentos de tamanho do coração, alterações nas funções cardíacas, anomalias ou lesões nas válvulas cardíacas e ainda a presença de líquido ao redor do coração.

Uma biópsia cardíaca é a maneira mais precisa de confirmar o diagnóstico da miocardite, mas raramente está indicada. Além disso, uma biópsia cardíaca pode não revelar o diagnóstico se o agente infeccioso não estiver presente no pequeno pedaço de tecido cardíaco que é removido para ser analisado, além de ser um procedimento de risco.

Qual é o tratamento para miocardite?

O tratamento da miocardite incide sobre a causa da doença, controle dos sintomas e prevenção de complicações. O tratamento inclui medicamentos que melhoram a função cardíaca, bem como outras medidas preconizadas para o tratamento da insuficiência cardíaca. Ritmos cardíacos anormais podem exigir o uso de medicamentos que ajudam a controlar o ritmo cardíaco.

Em caso de formação de coágulo sanguíneo em uma câmara cardíaca, são usados medicamentos anticoagulantes.

Podem ser indicados ainda antibióticos para combater infecções bacterianas, medicamentos anti-inflamatórios para reduzir o inchaço no coração, imunoglobulina intravenosa (medicamento feito com anticorpos) para controlar o processo inflamatório, diuréticos para remover o excesso de água do corpo.

Além de recomendações gerais como ingestão de dieta com pouco sal e evitar esforço físico.

Nos casos mais graves de miocardite, em que há complicações como trombose ou fortes alterações no ritmo cardíaco, o tratamento é hospitalar, podendo ser necessário implantar um marcapasso no coração se o ritmo permanecer anormal.

A miocardite causada por infecções virais tende a desaparecer espontaneamente em poucas semanas e não causa complicações. Por outro lado, em alguns casos a inflamação pode persistir por mais tempo, principalmente se a infecção não for causada por vírus.

O processo inflamatório persistente pode gerar danos permanentes no músculo cardíaco, com necessidade de uso de medicação durante um tempo prolongado ou até de transplante de coração, nos casos extremos, quando o miocárdio está muito fraco para funcionar e incapaz de bombear adequadamente o sangue.

O que é miocardite?

A miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, chamado miocárdio. Trata-se de um distúrbio pouco frequente, quase sempre causado por uma infecção que afeta o coração.

Quando há uma infecção no corpo, o sistema imunológico produz células específicas para combater a doença. Se a infecção afeta o coração, as células e substâncias que combatem a doença entram no órgão.

No entanto, esse processo pode levar a um processo inflamatório no coração, ocasionando mudanças estruturais, o coração pode tornar-se incapaz de bombear adequadamente o sangue para o resto do corpo.

Uma vez que o miocárdio está fraco, ele aumenta de volume. Trata-se de uma resposta do músculo cardíaco para poder suportar a pressão dentro do coração.

Miocardite tem cura?

Miocardite tem cura. Em geral, a pessoa fica curada quando a infecção é completamente erradicada. Porém, a melhora clínica pode variar, dependendo da causa da infecção e do estado de saúde geral do indivíduo.

Algumas pessoas com miocardite podem se recuperar completamente. Outras podem sofrer de insuficiência cardíaca permanente. As complicações da miocardite podem incluir cardiomiopatia, insuficiência cardíaca e pericardite.

Quais as causas de miocardite?

Muitos casos de miocardite são causados por vírus que atingem o coração, como influenza, coxsackie, parvovírus, citomegalovírus, adenovírus, entre outros. Também pode ser causada por infecções bacterianas, como doença de Lyme, infecção por estreptococos, micoplasma e clamídia .

Outras causas de miocardite podem incluir:

  • Reações alérgicas a certas medicações, como medicamentos quimioterápicos;
  • Exposição a produtos químicos ambientais, como metais pesados;
  • Infecções por fungos ou parasitas;
  • Radiação;
  • Distúrbios autoimunes que causam inflamação em todo o corpo;

Às vezes, a causa exata da miocardite pode não ser descoberta.

O médico cardiologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da miocardite.