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Bilirrubina na urina, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Bilirrubina na urina é um sinal de doenças no fígado, na vesícula biliar ou distúrbios no sangue, já que em condições normais a bilirrubina não costuma estar presente na urina.

Podemos citar como causas comuns: hepatites, cirrose, câncer de fígado, anemia falciforme, tumores ou cálculos biliares.

O que é bilirrubina?

A bilirrubina é um pigmento da bile (ou líquido produzido pelo fígado), que fica armazenada na vesícula biliar. A maior parte da produção de bilirrubina é proveniente da degradação dos glóbulos vermelhos do sangue, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, e a menor parte é produzida diretamente no fígado.

Assim, quando a bilirrubina está presente (+) na urina, podemos assegurar que a sua concentração no sangue está elevada, o que indica um mau funcionamento do fígado, uma obstrução na vesícula, impedindo o fluxo e eliminação natural da bile, uma quebra exagerada de hemácias, ou ainda uma possível lesão hepática.

Quando as taxas de bilirrubina no sangue estão altas, além de ser excretada na urina, causando uma coloração escura, esse pigmento também se deposita na pele e na conjuntiva (parte branca dos olhos), resultando em coloração amarelada na pele e nos olhos, a chamada icterícia.

Na maioria das vezes, a bilirrubina é detectada no exame de urina mesmo antes da icterícia se manifestar.

Para maiores esclarecimentos, e para definir a causa desses pigmentos biliares serem encontrados no exame de urina, converse com o médico que solicitou o exame ou consulte um hepatologista.

Saiba mais sobre esse tema nos artigos:

Bilirrubina alta: o que pode ser?

Para que serve o exame de bilirrubina no sangue?

Urina sai verde, o que pode ser?

Olhos amarelados, o que pode ser?

Pomada para tirar queloide
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

As pomadas para tirar queloide são as à base de corticosteroides, que devem ser prescritas pelo médico. Mas o tratamento para a queloide depende da sua localização no corpo e de seu tamanho. Pode ser realizado por vários métodos, como o uso de placas de silicone, radioterapia local, pomadas, fitas oclusivas ou injeções de corticosteroides, crioterapia, cirurgia e terapia fotodinâmica.

A cicatriz é o resultado final do processo de cicatrização ou fechamento da pele após um ferimento, queimadura ou incisão cirúrgica. No processo de cicatrização há uma multiplicação de células para que haja o fechamento necessário da pele. Algumas vezes a cicatriz aumentada (cicatriz hipertrófica) pode ser confundida com a queloide. No entanto esse tipo de cicatriz não ultrapassa o tamanho do ferimento e pode reduzir naturalmente ou por meio de tratamentos mais simples.

Nos casos de queloide há uma multiplicação exagerada de células que resulta em uma cicatriz elevada, às vezes, ultrapassando os limites do ferimento. A queloide ocorre mais em pessoas negras e algumas pessoas têm maior predisposição genética para desenvolvê-las. Inicialmente tem coloração avermelhada , tornando-se mais escura e da cor da pele com o passar do tempo, pode coçar ou ser dolorida.

O cirurgião plástico e o dermatologista são os especialistas indicados para tratar desse problema.

Ovário policístico causa dor?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A dor não é um sintoma propriamente específico da Síndrome dos Ovários Policísticos.

Quem tem ovários policísticos pode apresentar irregularidades no ciclo menstrual e certos sintomas como:

  • Aumento das acnes no rosto;
  • Ganho de peso;
  • Perda de cabelo;
  • Redistribuição de pelos em determinadas regiões do corpo.

Cistos nos ovários é uma situação frequente na maioria das mulheres. Esses cistos surgem porque o folículo que se desenvolve dentro do ovário não cresce o suficiente para se transformar em óvulo, ser expulso do ovário e desencadear a ovulação. Dessa forma, os folículos vão se acumulando no ovário na forma de cisto.

A presença de cistos nos ovários pode ser uma condição benigna que não apresenta riscos para a mulher. Isso dependerá de como o cisto se apresenta, se há ruptura ou torção e se, em consequência disso, há algum sintoma preocupante como dores em baixo ventre, sangramento vaginal intenso, febre, etc.

Quando os ovários com policistos são associados a um conjunto de outros sinais e sintomas, a mulher pode manifestar a Síndrome dos Ovários Policísticos

A mulher com ovários policísticos e que esteja com dor deve realizar uma consulta com o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Saiba mais em: Ovários policísticos têm cura? Qual o tratamento?

Útero aumentado, quais as principais causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de útero aumentado são: a adenomiose, a presença de miomas e tumores.

Entretanto, é importante saber que o útero pode variar de tamanho durante toda a vida da mulher, devido a condições normais. A gravidez e a menopausa, estão entre as alterações hormonais naturais do organismo da mulher, que leva ao aumento uterino.

Conheça neste artigo as doenças mais comuns que levam ao aumento do tamanho uterino e os seus sintomas. Para definir o melhor tratamento, o ginecologista precisa ser consultado.

Adenomiose

A adenomiose uterina acontece quando o tecido que reveste a parede interna do útero (endométrio) cresce para dentro da musculatura uterina. Apesar de provocar o aumento do volume uterino, a adenomiose não evolui para o câncer.

Os sintomas da adenomiose incluem:

  • Menstruação longa e de sangramento abundante,
  • Cólicas menstruais intensas,
  • Dor durante as relações sexuais,
  • Dor pélvica,
  • Sangramentos fora do período menstrual,
  • Dificuldade de engravidar (em alguns casos)

Como tratar? O tratamento é feito com analgésicos para aliviar a dor e o uso de anticoncepcionais orais. Para o tratamento adequado e definitivo da adenomiose é preciso passar pela avaliação de um ginecologista. Nos casos mais graves, pode ser indicado a retirada do útero (histerectomia).

Mioma

O mioma é um tumor benigno que pode ocorrer no útero e é formado, principalmente, por tecido muscular. Nem sempre causa sintomas, mas nos casos de mioma volumoso, pode apresentar:

  • Sangramento menstrual mais longo e intenso que o habitual,
  • Dor ou sensação de peso no baixo ventre durante, ou entre uma menstruação e outra,
  • Vontade de urinar com maior frequência,
  • Prisão de ventre,
  • Aborto espontâneo e
  • Sensação de inchaço na barriga.

Como tratar? Muitas vezes não tem indicação de tratamento, mas quando causam incômodos ou são muito grandes, são indicados analgésicos para aliviar os sintomas e hormônios para reduzir o tamanho dos miomas. Quando os miomas são muito grandes é indicado tratamento cirúrgico para a sua retirada. O ginecologista é o especialista indicado para avaliar o melhor tratamento, caso a caso.

Câncer de útero

O câncer de útero, inicialmente não causa sintomas. Com o seu desenvolvimento e resultar nos seguintes sintomas:

  • Sangramento entre as menstruações,
  • Menstruações irregulares e mais longas que o normal e
  • Perda de peso.

Como tratar? O tratamento do câncer de útero consiste na retirada do tumor e em casos, mais graves, do próprio útero, tubas uterinas e/ou ovários. Em algumas situações é necessário também realizar quimioterapia ou radiologia.

Qual o tamanho normal do útero?

Em uma mulher a adulta, o tamanho do útero pode variar entre 50 a 90 cm3 e pode ser medido durante a realização de ultrassonografia abdominal e transvaginal.

Se você perceber anormalidades como sangramento irregular, menstruações longas e dolorosas, do durante o ato sexual, sensação de pressão ou peso na região inferior do abdome, procure um ginecologista para definir a causa e definir o melhor tratamento.

Para saber mais sobre tamanho e aumento do útero, leia os seguintes textos:

Referências:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Beber muita água pode alterar o teste de gravidez de farmácia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, beber muita água antes de fazer o teste de gravidez de farmácia pode alterar o resultado e dar um falso negativo, ou seja, a mulher pode estar grávida e o resultado dar negativo. Ao se tomar muita água a urina torna-se mais diluída, reduzindo a concentração do hormônio HCG.

Isso pode acontecer nos primeiros dias do atraso menstrual quando as concentrações de do hormônio beta-HCG ainda não são tão elevadas.

Por isso, se recomenda que o teste de gravidez de farmácia seja feito logo ao acordar, com a primeira urina da manhã, que é mais concentrada.

O HCG (gonadotrofina coriônica) é um hormônio produzido pelo organismo da mulher quando há gestação, ou seja, após a fecundação e a implantação do embrião no útero. É através desse hormônio que a gravidez é detectada, tanto pelo teste de gravidez de farmácia como pelos exames laboratoriais de sangue e urina.

Saiba mais em:

Teste de farmácia de gravidez é confiável?

O teste de gravidez de farmácia pode dar falso negativo?

Resultado do Exame de Gravidez - Beta-HCG

Pílula do dia seguinte pode alterar teste de farmácia?

Teste de farmácia tem que ser feito com a 1ª urina do dia?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

É possível fazer inseminação artificial após laqueadura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível fazer inseminação artificial após laqueadura, a menos que a mulher desfaça a laqueadura. Para haver fecundação e, consequentemente, uma gravidez, é preciso que haja o encontro do espermatozoide com o óvulo, o que não é possível se a mulher tiver feito laqueadura, mesmo através de inseminação artificial, pois esse procedimento depende do adequado funcionamento de pelo menos uma tuba uterina.

A gravidez só é possível se a mulher desfizer a laqueadura ou realizar o tratamento de fertilização in vitro. No entanto, a reversão da laqueadura é um processo lento, com poucas chances de sucesso de engravidar, pelo que a fertilização in vitro é a mais indicada nesses casos.

A diferença entre o tratamento de fertilização in vitro e a inseminação artificial é que na fertilização in vitro a fecundação do óvulo ocorre fora do corpo da mulher, em laboratório, sendo a seguir transferido para o útero. Já na inseminação artificial a fecundação ocorre no útero, o óvulo é inserido dentro do útero e fecundado nas tubas uterinas, por isso esse é um processo que fica impedido de ocorrer se a mulher tiver sido laqueada.

A mulher deve consultar o seu médico ginecologista para avaliar qual o melhor procedimento a adotar.

Leia também:

Mulher sem trompas pode engravidar?

Até que idade uma mulher pode engravidar?

Qual o tratamento para herpes genital?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para herpes genital inclui higiene local, uso de pomadas e comprimidos antivirais. A doença é causada por um vírus (herpes simples), transmitido sobretudo por relações sexuais. Os principais sinais e sintomas incluem vermelhidão, dor e bolhas no local afetado.

O medicamento mais usado para tratar o herpes genital é o aciclovir, normalmente administrado por via oral ou diretamente sobre as lesões, sob a forma de pomada.

Quanto mais cedo o herpes genital começar a ser tratado, mais eficaz é o resultado. O ideal é começar o tratamento no máximo 2 dias após a manifestação dos sintomas.

O tratamento do herpes genital é eficaz e as lesões podem desaparecer inclusive sem deixar cicatrizes. Contudo, mesmo sem manifestar sintomas, o vírus permanece "adormecido" nas células nervosas. Portanto, em qualquer momento em que a imunidade da pessoa estiver baixa, ele pode voltar a se manifestar e provocar novas lesões.

Veja também: Herpes genital tem cura?

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

O herpes genital é uma doença relativamente pouco grave. Entre as suas principais complicações estão a encefalite herpética, que é a infecção do cérebro causada pelo vírus, embora seja uma complicação rara.

Outra forma grave da doença é o herpes congênito, transmitido da mãe para o bebê, principalmente durante o parto.

Leia também:

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quem tem herpes pode engravidar?

Para saber o tratamento mais adequado para cada caso, é preciso consultar-se com o/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista ou urologista.

Veja também:

Quais são os principais sintomas do herpes genital?

Como se pega herpes genital?

Como ocorre a transmissão da sífilis?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A transmissão da sífilis ocorre através de relação sexual sem proteção com uma pessoa infectada, podendo também ser transmitida para o bebê durante a gestação ou no momento do parto. A sífilis não é transmitida pelo uso de talheres, roupas compartilhadas ou vaso sanitário.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão sexual ocorre devido ao contato com as lesões genitais da pessoa infectada durante o sexo vaginal, anal ou oral.

Mulheres com sífilis que engravidam ou adquirem a infecção durante a gravidez e não fazem o tratamento adequado, podem transmitir a sífilis para o feto durante a gestação ou no ato do parto, causando assim a sífilis congênita.

A sífilis congênita pode provocar malformações, morte fetal e aborto espontâneo. A maioria dos sintomas se manifesta logo nos primeiros meses de vida do bebê, podendo incluir pneumonia, feridas no corpo, perda de audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico.

O uso correto do preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais é uma medida importante para prevenir a transmissão da sífilis. A infecção também é facilmente tratada, principalmente no início das lesões.

É importante lembrar que a sífilis pode se manifestar de formas diferentes (sífilis primária, secundária, latente e terciária), sendo que nas fases primária e secundária, o risco de transmitir a infecção é maior. As feridas nem sempre estão facilmente visíveis, podendo estar localizadas na vagina, pênis, ânus ou boca.

Caso você apresente alguma lesão genital ou tenha tido relações sexuais desprotegidas, procure um/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.