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DIP tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a DIP tem cura.

O tratamento da DIP (Doença Inflamatória Pélvica) é feito com uso de antibióticos que são prescritos pelo/a médico/a assistente. Em alguns casos, a depender dos sintomas do parceiro, também será indicado o tratamento para ele.

Caso a mulher possua DIU (Dispositivo Intra-Uterino), em algumas situações é indicada a retirada do dispositivo.

Quando há demora em iniciar o tratamento para a DIP ou quando não é realizado nenhum tratamento, a doença pode causar consequências na fertilidade da mulher. Por isso, a grande importância em iniciar o tratamento o mais rápido possível.

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O que é caxumba e quais os sintomas?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A caxumba, também conhecida como parotidite infecciosa, é uma doença infecciosa causada por um vírus da família Paramyxovirus. Ela causa a inflamação das glândulas salivares (parótidas, submandibulares e sublinguais), levando ao seu inchaço, motivo pelo qual é popularmente conhecido como "papeira".

É uma doença altamente contagiosa. A transmissão ocorre após o contato direto com secreções das vias aéreas da pessoa contaminada, de dois até nove dias depois do início dos sintomas. O período de incubação (período entre o contágio e o início dos sintomas) dura de 14 a 25 dias.

É uma doença mais comum na infância, nos meses de inverno e começo da primavera. Normalmente tem um curso benigno, mas pode haver algumas complicações, como inflamação dos testículos e ovários, meningite, pancreatite e surdez.

Em geral, uma vez infectada, a pessoa torna-se imune à doença.

Os sintomas são:

  • Inchaço doloroso abaixo do pescoço e próximo da mandíbula;
  • febre;
  • dor de cabeça, dor de garganta, perda do apetite, enjoo e vômitos.

Na presença de dor testicular ou no baixo ventre; vômitos que não cessam, associados à forte dor na barriga; dor de cabeça intensa e dificuldade para fletir a cabeça, deve-se suspeitar das complicações e procurar imediatamente um pronto atendimento.

Na presença de algum destes sintomas, deve-se procurar um pronto atendimento.

Não há tratamento específico.

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Como saber se meu bebê tem alergia ao calor e o que fazer para tratar?

Os sintomas da alergia ao calor em bebês manifestam-se através de pequenas bolinhas parecidas com bolhas, que aparecem sobretudo no tronco, pescoço, axilas e dobras da pele, causando coceira e queimação.

Contudo, os sinais e sintomas da alergia ao calor podem variar conforme o tipo de alergia. Há casos em que podem ocorrer lesões mais profundas e avermelhadas nas axilas, virilhas e regiões em que há maior atrito da pele, gerando coceira.

O tratamento da alergia ao calor em bebês inclui cuidados para refrescar a pele e evitar o suor excessivo, de maneira a aliviar o desconforto e melhorar as lesões.

Para isso, recomenda-se manter a casa fresca e bem ventilada, colocar roupas leves no bebê, aplicar um pano molhado sobre as regiões afetadas, usar água morna ou à temperatura ambiente para dar banho ao bebê, deixar a pele do bebê secar naturalmente após o banho, passar cremes no bebê apenas com orientação do médico pediatra e não usar amaciante para lavar as roupas do bebê.

Em casos de infecções decorrentes da alergia, o tratamento pode incluir medicamentos corticoides e antibióticos.

É importante lembrar que não existe propriamente alergia ao calor. O que acontece é que o tempo quente favorece a obstrução das glândulas que produzem suor, dando origem a reações inflamatórias na pele.

O que as pessoas geralmente chamam de "alergia ao calor" na realidade é uma inflamação da pele chamada miliária, popularmente conhecida como brotoeja. Suas principais causas são o excesso de roupa, ambientes quentes e úmidos e febre alta.

Se o seu bebê apresentar algum desses sintomas, consulte o médico pediatra.

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Minha menstruação já acabou e meus seios continuam inchados e doloridos, o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Seios inchados e doloridos a seguir a menstruação é uma ocorrência muito comum e geralmente está relacionado com alterações hormonais, anticoncepcionais orais e injetáveis também podem causar esse tipo de situação. Caso seja a primeira vez que aconteceu, geralmente é algo que dura alguns dias e passa, porém se vem acontecendo com frequência ou começou e não para mais, deve procurar um ginecologista.

Analgésico, compressas mornas e dieta com muito pouco sal e rica em frutas podem aliviar os sintomas até você ir ao médico.

Anticoncepcional pode causar dor e inchaço nas mamas?

Sim. Todas as marcas, algumas mais outras menos, porém depende mais da reação individual da mulher a determinado anticoncepcional do que do próprio anticoncepcional em si.

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Após a menstruação meus seios continuam muito doloridos...

Vasectomia é reversível?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A vasectomia é reversível. A cirurgia de reversão da vasectomia pode ser realizada com sucesso, mesmo que a vasectomia já tenha sido feita há mais de 10 anos. Sabendo que quanto mais tempo houver de vasectomia, menor será a chance de ser efetiva quanto a uma futura gravidez natural.

O sucesso da cirurgia de reversão da vasectomia está relacionado com diversos fatores, tais como: tempo da vasectomia, técnica cirúrgica e vitalidade dos espermatozoides.

Quais as chances de engravidar após a reversão da vasectomia?

Nos casos de reversão com até 10 anos de vasectomia, as taxas de gravidez chegam a mais de 70%. Em indivíduos com mais de 10 anos de vasectomia, a taxa de gravidez é próxima de 44%.

O fator principal é a idade do homem e da mulher, além do potencial fértil da companheira.

Em mulheres de até 30 anos de idade, a reversão produz cerca de 64% de gravidez. Mulheres com idade entre 30 e 35 anos, 49%. Já a partir de 36 anos, a taxa cai para 30 a 40%.

Assim, a avaliação da reserva ovariana (com hormônios e ultrassonografia transvaginal) e do potencial e funcionamento das trompas, são de fundamental importância antes da decisão de reverter ou não a vasectomia.

Como é feita a cirurgia de reversão da vasectomia?

A reversão da vasectomia é feita através da religação entre as partes do canal deferente que foram interrompidas. O canal deferente é o caminho por onde passa os espermatozoides provenientes dos testículos.

À medida que o tempo passa, entretanto, o local pode evoluir com fibroses, durante sua cicatrização, levando a formação de barreiras, obstruções, não no lugar em que foi feita a ligadura, mas abaixo desse ponto, o que complica a cirurgia e os resultados esperados no pós operatório.

Se houver positividade para retorno do fluxo, sem a presença de espermatozoides nos exames, pode ser tentada outra técnica cirúrgica, religando os ductos em um ponto mais próximo à fibrose, promovendo uma conexão, por excluir a área obstruída.

As complicações após a reversão da vasectomia são muito baixas. Quando ocorrem, as mais frequentes são os hematomas e as infecções.

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Remédios que ajudam e pioram a gastrite
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O ácido do estômago é necessário para a digestão, mas quando você tem gastrite ele aumenta a inflamação e pode ser o responsável pelas lesões no estômago. Por isso, os remédios indicados para a gastrite agem diminuindo o ácido do estômago. Eles ajudam na recuperação das lesões e a diminuir a inflamação, aliviando os sintomas.

Por outro lado, o uso de medicamentos que aumentam o ácido do estômago pode piorar ou até causar a gastrite. Tomar muitos comprimidos diariamente também pode ter o mesmo efeito.

Remédios para alívio dos sintomas da gastrite

Os remédios mais importantes para o tratamento são os que diminuem a produção de ácido do estômago. São exemplos o omeprazol, o pantoprazol ou o lansoprazol (inibidores da bomba de prótons). O alívio dos sintomas começa assim que você iniciar o tratamento.

São medicamentos considerados seguros, mas que raramente podem causar problemas nos rins (omeprazol), hepatite (omeprazol e lansoprazol) e distúrbios visuais (pantoprazol e omeprazol). Eles também aumentam o risco de ter pneumonia.

É importante que sejam usados apenas durante o tempo indicado pelo médico, para evitar que causem problemas de saúde. Além disso, para parar de tomar é necessário diminuir a dose lentamente. Não ter esse cuidado pode causar a piora dos sintomas.

O uso prolongado pode causar problemas relacionados com a diminuição de absorção de cálcio e vitamina B12, principalmente em idosos. Você pode ter maior fragilidade dos ossos e anemia, por exemplo.

Veja quais são os sintomas mais comuns da gastrite e quais são os remédios usados para tratá-los:

Sintomas

Remédios

Dor na parte superior da barriga

Diminuidores da produção de ácido

Antiácidos

Sentir-se inchado ou cheio após comer

uma pequena quantidade de comida

Antiflatulentos (para gases)

Náusea ou vômito Antieméticos

Exemplos desses medicamentos são:

  • Ranitidina (Label): para diminuir a produção de ácido
  • Hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio, bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio (Mylanta Plus, Maalox, Leite de Magnésia de Phillips e Sal de Frutas Eno são alguns exemplos): antiácidos
  • Dimeticona ou simeticona (Luftal é um exemplo): para gases
  • Metoclopramida, dimenidrinato, bromoprida, domperidona (Plasil, Dramin, Digesan, Motilium são alguns exemplos): para enjoo e náuseas

Os antiácidos e os medicamentos para gases não precisam de receita para serem comprados.

Os remédios para náuseas / enjoo e os antiácidos podem diminuir ou aumentar o efeito de outros medicamentos. Medicamentos para náuseas podem estar contra-indicados se você tem algumas doenças (glaucoma e prolactina alta são alguns exemplos). Por isso, não utilize por muito tempo sem o conhecimento do seu médico.

Alguns efeitos indesejados dos antiácidos são:

  • Prender o intestino (hidróxido de alumínio)
  • Soltar o intestino (hidróxido de magnésio)
Por que antibióticos são usados para gastrite?

A gastrite pode ser causada por uma infecção. O agente infeccioso mais comum que pode causar gastrite é a bactéria Helicobacter pylori. O tratamento se baseia em antibióticos para acabar com a infecção e outros medicamentos que controlam os sintomas.

Somente o médico pode dizer qual o melhor antibiótico para o seu caso. Ele vai avaliar os exames e algumas características suas para escolher o medicamento que tenha o efeito desejado e que não traga outros problemas para sua saúde.

Alguns exemplos de medicamentos prescritos são:

  • Claritromicina associada a amoxicilina e a algum medicamento para diminuir o ácido do estômago (omeprazol ou pantoprazol são exemplos). Normalmente os medicamentos são tomados 2 vezes ao dia, por 14 dias.
  • O metronidazol é o medicamento que substitui a amoxicilina nos casos de alergia à penicilina.
  • Outros antibióticos também podem ser prescritos, como o levofloxacino, o tinidazol ou metronidazol.

O diagnóstico e tratamento adequados são muito importantes, porque a bactéria também pode causar úlceras (feridas no estômago) e câncer de estômago.

Os medicamentos devem ser tomados no horário certo e pelo período indicado, conforme a receita, para garantir que a infecção acabe.

Os probióticos podem ajudar a controlar a infecção e reduzir os efeitos negativos do uso dos antibióticos. Alguns alimentos que contêm probióticos são os iogurtes, queijos como o gouda e cottage e conservas de legumes (como os picles).

A gastrite também pode ser causada por outras bactérias, vírus, parasitas e fungos. O agente causador da doença precisa ser identificado para iniciar o tratamento adequado.

Remédios que pioram a gastrite

Você pode ter gastrite ou sentir que ela piora por usar certos medicamentos. Os anti-inflamatórios como o ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno, diclofenaco, nimesulida e o AAS, são os mais comuns. Por isso, você precisa evitar tomar esses medicamentos quando tem gastrite.

Quando o problema é o uso prolongado dos anti-inflamatórios, dependendo do motivo para o qual você os utiliza pode ser necessário substitui-los por outros métodos terapêuticos.

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Referências:

Thomson ABR, Sauve MD, Kassam N, Kamitakahara H. Safety of the long-term use of proton pump inhibitors. World J Gastroenterol. 2010; 16(19): 2323-30

UpToDate

Diabético pode beber bebida alcoólica?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, pessoas com diabetes podem beber bebida alcoólica, desde que seja com moderação e com muito atenção para que não se aumente o risco de hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue).

A Sociedade Americana de Diabetes recomenda que o consumo diário não ultrapasse 1 dose (1 copo de vinho ou 1 cerveja, por exemplo) para as mulheres e 2 doses para os homens.

O álcool afeta os níveis de glicose no sangue, porque dificulta a regulação pelo fígado da quantidade de açúcar no sangue. Isso ocorre porque quando se ingere álcool o fígado fica mais ocupado com a metabolização do álcool e não consegue regular a glicose paralelamente. Esse processo aumenta o risco de hipoglicemia.

Por isso, se for beber, o paciente diabético deve seguir as seguintes orientações:

  • Não beber álcool com o estômago vazio;
  • Não beber se o nível de glicose no sangue estiver baixo (o consumo de álcool é permitido se a glicemia estiver entre 100 e 140 mg/dL);
  • Beber lentamente e não ultrapassar a quantidade máxima diária;
  • Beber sempre água quando estiver bebendo álcool, para manter a hidratação;
  • Como os sintomas de hipoglicemia e embriagues são muito parecidos, é importante nunca ultrapassar o limite máximo de bebida.

Essas recomendações servem tanto para aqueles pacientes diabéticos com Diabetes tipo 1 ou Diabetes tipo 2 que façam uso de insulina ou não.

Se é diabético e pretende consumir bebida alcoólica, fale com o seu médico de família, clínico geral ou endocrinologista para maiores esclarecimentos.

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Ascite tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cura da ascite só é possível se a sua causa for curada ou eliminada.

A ascite não é uma doença, mas uma consequência resultante de outras doenças, como insuficiência cardíaca, renal ou hepática, certos tipos de câncer, infecções, entre outras.

O tratamento da ascite consiste no controle da doença de base, diminuição da ingestão de sal, abstinência total de bebidas alcoólicas, uso de medicamentos diuréticos, além de procedimentos específicos para drenar o excesso de líquido acumulado na cavidade abdominal. O objetivo do tratamento é reduzir o volume de líquido no abdômen e o inchaço no resto do corpo.

A punção do abdômen é uma forma de aliviar os sintomas em casos de ascites muito volumosas. O procedimento começa com uma avaliação feita por ultrassom, que serve para definir o local mais seguro para se fazer o puncionamento.

Depois de aplicar uma anestesia local, o/a médico/a faz um pequeno "furo" no abdômen, através do qual é introduzido um cateter na cavidade abdominal. A seguir, o líquido é retirado por meio desse cateter.

Quando a ascite não responde ao tratamento (ascite refratária), pode ser necessário colocar um cateter especial que fica implantado durante um tempo prolongado. Através dele, a pessoa pode retirar na própria casa pequenas quantidades de líquido repetidas vezes, sem precisar ir ao hospital para realizar o procedimento.

Saiba mais em:

O que é ascite?