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Qual o tratamento para hiperplasia prostática benigna?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O tratamento para hiperplasia prostática benigna pode ser farmacológico (com medicamentos) ou cirúrgico, em casos mais graves da doença.

Após a avaliação inicial com anamnese (história clínica) detalhada, exame físico incluindo exame digital da próstata (toque retal), exame de urina e PSA, segue-se com a realização de um questionário (IPSS - International Prostate Symptom Score) que avalia os sintomas LUTS do paciente no último mês (citados acima) e fornece um escore que varia de 0 a 35 (paciente assintomático a muito sintomático).

Se o IPSS for menor do que 8, segue-se com observação clínica do paciente. Se for maior que 8, são realizados novos testes diagnósticos opcionais (fluxometria, resíduo pós-miccional).

Se o paciente preferir métodos não invasivos de tratamento, pode-se optar pela observação clínica ou terapia medicamentosa (alfa-bloqueadores, inibidores da 5-alfa redutase, fitoterápicos ou terapia combinada).

Se o paciente preferir o tratamento invasivo, são realizados novos exames opcionais e opta-se por uma técnica minimamente invasiva (termoterapia transuretral com microondas, ablação transuretral com agulha, endopróteses uretrais ou stents, dilatação uretral com balão, ultrassom focado de alta intensidade, coagulação intersticial com laser, termoterapia induzida com água ou injeção intra prostática de etanol).

Finalmente, pode ser realizado o tratamento cirúrgico "padrão ouro", a ressecção transuretral de próstata, que leva à melhora dos sintomas em torno de 85% após um ano e 75% após três anos, com melhora do fluxo urinário em cerca de 95%.

No caso de suspeita de HPB ou câncer de próstata, um médico urologista deve ser consultado o quanto antes, para avaliação e tratamento corretos.

Babosa (Aloe vera) é benéfico para a saúde da pele? É cicatrizante?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A Aloe vera, popularmente conhecida como babosa, é uma planta medicinal que traz benefícios à saúde da pele. A ação hidratante da planta já foi comprovada em diversos estudos. Entretanto, ainda não há evidências científicas suficientes para afirmar o seu efeito cicatrizante.

Aloe vera e cicatrização

O uso da Aloe vera para a cicatrização de feridas ainda é questionado. Alguns estudos realizados em seres humanos demonstraram redução da dor pós-operatória e melhora da cicatrização, com redução do consumo de medicamentos analgésicos.

Contudo, houve pesquisas que mostraram o contrário, um aumento no tempo de cicatrização. O uso do gel de Aloe vera associado com ultrassom, micro corrente ou na forma de lipossomas parece estar mais relacionado aos casos de melhora na cicatrização de feridas e redução da inflamação.

Para confirmar o efeito cicatrizante da Aloe vera são necessários mais trabalhos, e se possível envolvendo populações maiores.

Aloe vera e seu efeito hidratante

Um benefício importante da Aloe vera para a saúde da pele é a sua ação hidratante. O efeito hidratante do gel de Aloe vera, se deve possivelmente, por um mecanismo umectante que ajuda a reter a água na sua superfície.

O uso do gel é bastante difundido na indústria cosmética e higiene pessoal em forma de cremes, xampus, sabonetes, entre outros.

Aloe vera e ação bactericida

O pirocatecol, ácido cinâmico, ácido ascórbico e ácido p-cumárico são algumas das substâncias envolvidas no efeito bactericida (destroem bactérias) e bacteriostático (impede a proliferação de bactérias) da Aloe vera. A planta tem ação antimicrobiana e combate alguns tipos de fungos, vírus e bactérias.

Aloe vera e ação anti-inflamatória

A atividade anti-inflamatória da Aloe vera foi confirmada em estudos com ratos ou pesquisas de laboratório, o que não permite afirmar que o mesmo efeito possa ser observado em seres humanos. Por este motivo, a ação anti-inflamatória da planta não é aceita.

Aloe vera e queimaduras

O uso de creme contendo Aloe vera pode auxiliar na cicatrização e na reepitalização (reparo do tecido da pele) em um curto período, se for adequadamente indicado, em caso de queimaduras.

No entanto, o uso de qualquer produto em queimaduras aumenta o risco de infecção secundária, visto que a barreira de proteção (epiderme) foi danificada. Sendo assim, nunca deve fazer uso de cremes ou hidratantes sem a orientação da equipe médica assistente.

Aloe vera e câncer

Alguns estudos mostram que a Aloe vera pode contribuir com atividade antineoplásica, ou seja, pode apresentar capacidade de destruir células malignas ou inibir seu crescimento e proliferação. Esta ação depende da dose utilizada e do tipo de câncer e parece estar ligada a presença da aloína, aloe-emodina e a acemanana na planta.

Alterações no desenvolvimento das células tumorais, estímulo ao bom funcionamento do sistema imunológico e a atividade antioxidante da Aloe vera são outros mecanismos envolvidos no combate a proliferação do câncer.

No entanto, são poucos os estudos que evidenciam estes efeitos, por isso, apesar dos bons resultados, serão necessários mais estudos clínicos com um número maior de pacientes para confirmar estes efeitos.

Aloe vera e psoríase

Existem estudos que comprovam a eficácia da Aloe vera no tratamento de pessoas com psoríase (doença inflamatória e autoimune que afeta a pele). O uso do creme de Aloe vera provocou a melhora dos sintomas clínicos da psoríase e da qualidade de vida dos pacientes.

Aloe vera e redução de colesterol e diabetes

Estudos indicam ainda indícios de que há benefícios no uso da Aloe vera para redução da glicose e do colesterol. Porém, da mesma forma que referido para o uso na psoríase e no câncer, são poucos os estudos, portanto, não foram suficientes para a compreensão desse benefício. Acredita-se que mais estudos poderão esclarecer e confirmar essa ação, de forma consistente.

Uso de Aloe vera oral na Gravidez

A administração oral de Aloe vera não é recomendada durante a gravidez. As antraquinonas presentes na planta estimulam o intestino grosso e podem se refletir na musculatura uterina induzindo ao aborto.

Efeitos colaterais da Aloe veraAdministração oral
  • Diarreia
  • Cólicas
  • Náuseas
  • Hepatite aguda
Uso tópico
  • Dermatite de contato
  • Sensação de queimação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização de sucos e outros alimentos que contenham Aloe vera. A proibição se deve ao fato de que ainda há poucas evidências científicas que comprovem a segurança do seu consumo em forma de alimentos além de relatos de reações adversas.

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Plantas medicinais são seguras para a saúde?

Insuficiência adrenal tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Insuficiência adrenal pode ter cura, dependendo da sua causa.

Por outro lado, a doença quando não tratada corretamente, pode evoluir com complicações graves como a pressão arterial muito baixa, insuficiência cardíaca e arritmias, sobretudo nos casos agudos, chamados de "crise renal".

Qual é o tratamento da insuficiência adrenal?

O tratamento da insuficiência adrenal consiste em repor os hormônios que não estão sendo produzidos de maneira satisfatória. Os medicamentos mais utilizados para isso são a prednisolona, prednisona e/ou fludrocortisona.

Para as mulheres que desenvolvem aumento de pelos como um dos sintomas da insuficiência adrenal, o tratamento com pílulas anticoncepcionais apresentam um melhor resultado.

Entretanto, quando a doença adrenal ocorre pela interrupção abrupta de corticoides, o tratamento deve ser retornar com a medicação, aguardar o fim dos sintomas e então, avaliar a sua retirada de forma lenta e gradativa, que pode levar semanas a meses, mas de forma segura.

E na crise adrenal, qual é o melhor tratamento?

No caso de insuficiência adrenal aguda, ou crise adrenal, os sintomas se apresentam de maneira mais grave e com maior risco de complicações e morte, por isso deve ser tratado imediatamente com internação e corticoide venoso.

A hidrocortisona é a medicação mais indicada nesses casos de urgência.

Os sintomas que indicam uma crise adrenal, ou suprarrenal são: febre alta, dores abdominais intensas, fraqueza, hipoglicemia, dificuldade de respirar, palpitação, náusea, vômitos, sonolência, confusão mental e até o coma.

Duração do tratamento

O tempo de tratamento varia conforme a resposta do organismo. Esse controle deve ser feito por consultas periódicas e realização de exames laboratoriais, que mostram os níveis do(s) hormônio(s) no sangue.

Portanto, o tratamento pode durar semanas, meses ou anos de tratamento.

Assim, é possível manter a dose adequada de medicamento para cada caso, sem causar danos ou pelo menos, minimizar os efeitos colaterais da medicação. O endocrinologista é o médico responsável por esse acompanhamento.

Efeitos colaterais do tratamento

Os efeitos colaterais da reposição hormonal podem incluir aumento de peso, aparecimento de estrias, fraqueza, aumento da pressão arterial e retardo no crescimento, no caso das crianças.

A monitorização do tratamento é importante para controlar esses sintomas e prevenir o uso excessivo de medicamentos hormonais. As doses mínimas e máximas de medicação devem ser devidamente ajustadas, pelo menos uma vez por ano.

O diagnóstico, tratamento e a monitorização dos casos de insuficiência adrenal são da responsabilidade do médico endocrinologista.

Saiba mais em:

Como identificar alguém com transtorno da personalidade esquiva?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pessoas com transtorno da personalidade esquiva são muito tímidas, socialmente inibidas, se sentem inadequadas em situações sociais e são muito sensíveis a comentários e avaliações negativas, podendo ficar extremamente magoadas nessas situações. Acreditam que são inferiores, incapacitadas ou que não têm qualidades.

As características mais comuns no caso do transtorno são:

  • Indivíduos que evitam atividades e situações que mantenham contato direto com outras pessoas (o que justamente demonstra a "esquiva")
  • Apresentam timidez e inibição extremas, buscam passar despercebidas quando estão com os outros, evitando a todo custo chamar a atenção devido ao medo da desaprovação e da rejeição
  • São pessoas muito reservadas pelo receio exagerado de críticas destrutivas
  • Apresentam dificuldade em relações interpessoais, por medo de não ser aceito ou mesmo ser ridicularizado
  • Se sente inferior, incapaz na maioria das vezes
  • Raramente se envolve com outras pessoas sem se certificar primeiro de que é estimada e que não será criticada
  • Evitam qualquer atividade "nova" ou assumir algum tipo de risco

E todos esses sintomas prejudicam significativamente a qualidade de vida da pessoa, já que interferem nas suas relações pessoais, sociais e profissionais. O tratamento deve ser encorajado e é feito com medicamento associado a psicoterapia.

O psiquiatra é o especialista para o tratamento do transtorno.

Saiba mais em:

Escherichia coli: o que é, que doenças pode causar e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Escherichia coli, também conhecida por E. coli, é uma bactéria que está naturalmente presente no intestino dos seres humanos e alguns animais. Porém, quando presente em outros sistemas, a Escherichia coli causa infecções, sendo uma das principais causas de infecções urinárias e intestinais.

As infecções urinárias causadas por E. coli são mais comuns em mulheres, devido à proximidade da uretra com o ânus, o que favorece a entrada de bactérias. Nos homens, como a distância é maior, torna-se mais difícil de ocorrer a infecção.

Escherichia coli

Nas infecções intestinais, a contaminação pela Escherichia coli ocorre pela ingestão de alimentos e água contaminados pela bactéria. Nos locais com pouca higiene, a Escherichia coli pode inclusive ser transmitida de pessoa para pessoa.

Como saber se tenho uma infecção por Escherichia coli?

Os sintomas da infecção urinária causada pela E. coli incluem aumento da frequência urinária, dor ou ardência ao urinar, vontade urgente de urinar, dor nos rins, febre, calafrios e presença de corrimento amarelado.

Leia também: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Em caso de infecção intestinal por Escherichia coli, a pessoa pode apresentar vômitos, náuseas, diarreia, febre, calafrios, mal-estar, dores musculares, dores abdominais, cólicas e falta de apetite.

Veja também: Quais os sintomas de infecção intestinal?

Geralmente, os sintomas da contaminação por E. coli começam a se manifestar em até 3 dias após a ingestão do alimento ou bebida contaminados. A duração dos sintomas é, em média, de uma semana. A diarreia tende a desaparecer em até 4 dias.

Qual é o tratamento para Escherichia coli?

O tratamento da infecção por Escherichia coli depende do local da infecção. No caso das infecções intestinais, o tratamento consiste em repouso, aumento da ingestão de líquidos, dieta com alimentos leves e medicamentos para controlar a dor e os vômitos. Se a pessoa apresentar diarreia com sangue, podem ser prescritos medicamentos antibióticos.

Saiba mais em: Qual o tratamento para infecção intestinal?

O tratamento da infecção urinária é feito com medicamentos antibióticos e aumento da ingestão de água.

Também pode lhe interessar: Qual o tratamento para infecção urinária?

Como prevenir a contaminação por Escherichia coli?

Para prevenir a infecção intestinal causada por E. coli, é importante ter alguns cuidados, como lavar, higienizar e armazenar adequadamente os alimentos, evitar comer carne mal cozida, não esquentar mais de uma vez alimentos que já estão prontos, beber apenas água filtrada ou fervida e lavar bem as mãos após ir ao banheiro.

Na infecção urinária, a contaminação por E. coli ocorre principalmente pela higiene inadequada das regiões anal e genital e nas relações sexuais (sobretudo anais).

A prevenção nesses casos passa pela higiene adequada da região anal e genital, principalmente no caso das mulheres, e uso de preservativos.

Na presença de sintomas de infecção por Escherichia coli, procure um serviço de atendimento médico para receber o tratamento adequado.

O que é o exame T4?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O exame T4 é a dosagem de um hormônio produzido pela glândula tireoide, conhecido como tiroxina (livre).

É um exame útil na avaliação da função tireoidiana. Encontra-se tipicamente aumentado no hipertireoidismo e diminuído no hipotireoidismo, embora também possa estar alterado em doenças não tireoideanas. Diante da instalação de disfunção tireoidiana, as concentrações séricas de TSH tendem a se alterar mais precocemente que as de T4L.

No hipotireoidismo subclínico, existe um aumento do TSH e T4L em relação ao valor de referência, indicando um risco de ocorrência de aterosclerose e infarto agudo do miocárdio. Inversamente, o hipertireoidismo subclínico implica uma redução do TSH e valores normais de T4L. Neste caso, existe um risco de fibrilação, osteoporose e progressão para hipertireoidismo franco.

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.

De quanto em quanto tempo posso doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher pode doar sangue a cada 90 dias, respeitando o limite de 3 doações por ano.

O homem pode doar sangue a cada 60 dias, não devendo passar de 4 doações por ano.

Esse intervalo deve ser dado para que as células sanguíneas sejam repostas pelo organismo e, dessa forma, evite situações como anemia.

Nesse intervalo, o organismo irá repor as reservas de ferro e irá renovar as células do sangue. Com isso, a doação não acarretará em danos ou deficiências nutricionais para a pessoa.

Se você tem entre 18 e 69 anos e pesa no mínimo 50 Kg, procure um Hemocentro próximo de você para doação de sangue.

Doar sangue é um procedimento simples, seguro e que pode salvar vidas.

Sintomas no corpo que você não pode ignorar: caroços, nódulos, íngua, emagrecimento...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Frequentemente surgem sintomas novos no nosso corpo, como um caroço, um nódulo, uma íngua, a percepção de emagrecimento, mudanças na cor da pele, entre outros. A pergunta é, quando devem ser um motivo de preocupação?

Certos sintomas são totalmente normais e correspondem às respostas do organismo a um estímulo externo ou a situações passageiras. Porém, outros sintomas podem representar um sinal de alerta, que deve ser pesquisado o mais breve possível.

Sinais e sintomas alarmantes!

Os sinais e sintomas de alerta, que indicam a necessidade de procurar atendimento médico de forma urgente, são principalmente:

1. Ínguas que duram mais de 2 semanas

A íngua é o termo popularmente utilizado para o aumento dos gânglios linfáticos, ou linfonodos.

Os linfonodos são pequenos órgãos de defesa do nosso organismo, localizados no sistema linfático por todo o corpo, com maior quantidade nas regiões do pescoço, axilas e virilha. São responsáveis pela produção de linfa, células de defesa e ainda pela eliminação de germes e células anormais da circulação.

Por isso, em situações de inflamação ou infecção, esses gânglios (ínguas) aumentam de tamanho a fim de agir com mais efetividade, porém regridem em poucos dias, quando o problema está sanado.

Entretanto, o câncer ou outras doenças mais graves, podem originar gânglios aumentados, que não causam dor nem sinal de inflamação, e duram mais de 3 a 4 semanas. São considerados sinal de alerta e devem ser avaliados por um médico da família ou clínico geral, quanto antes.

2. Emagrecimento sem alteração na dieta ou atividade física intensa

A perda de peso sem uma dieta com esse objetivo ou atividades físicas intensas, pode ser um sinal de alarme. Aproximadamente 40% dos pacientes com câncer, apresentam o emagrecimento como primeiro sintoma da doença.

Não está bem esclarecido o motivo, mas parece estar associado a alterações no metabolismo e sistema imunológico.

Na presença de perda de peso, procure um médico clínico geral, ou médico da família para avaliação adequada, o mais rapidamente possível.

3. Febre persistente

A febre é mais um sinal precoce e comum aos pacientes com câncer. Assim como a perda de peso, o motivo da febre persistente nos casos de tumor maligno, não é bem compreendido, porém é um sinal comum.

Sendo assim, nos casos de febre inexplicada, que permanece por mais uma semana, associada ou não a outros sintomas, deve ser investigada. Procure um médico da família ou clínico geral, para avaliação.

4. Pele amarelada (Icterícia)

A icterícia, ou pele amarelada, é o depósito de bilirrubina indireta na pele. A bilirrubina é o pigmento resultante do metabolismo das hemácias, que segue para o fígado, onde é convertida em bilirrubina direta, armazenada na vesícula e eliminada na urina e nas fezes. O acúmulo desse pigmento na pele, sugere um problema no fígado ou vesícula biliar, como por exemplo o câncer.

Existem outras causas de aumento de bilirrubina no sangue, e consequente icterícia, inclusive causas de emergência médica, como a colangite. Portanto, nos casos de icterícia, o mais adequado é que procure uma emergência para avaliação imediata.

5. Manchas brancas na boca

A presença de manchas brancas ou esbranquiçadas na mucosa oral, especialmente em tabagistas, pode ser um sinal precoce de tumor maligno.

Pode indicar também, uma leucoplasia (lesão pré-cancerosa), que se não for tratada rapidamente, evolui para o câncer de boca.

Procure um médico da família ou clínico geral, para essa avaliação e orientações direcionadas ao seu caso.

6. Tosse persistente

A tosse persistente, que dura por mais de 4 semanas, sem motivo que justifique, pode ser o inicial de um câncer de pulmão ou trato respiratório superior.

A característica mais comum nos casos de câncer, é a tosse produtiva, com secreção purulenta ou sanguinolenta, associada a outros sintomas como dor torácica, febre, emagrecimento, falta de ar e história de tabagismo (fumante ativo ou passivo).

O médico pneumologista é o mais indicado para essa avaliação.

7. Rouquidão e tosse seca

A rouquidão sem causa aparente e persistente, é mais um sinal alarmante, pois sugere o comprometimento do trato respiratório ou região cervical.

Procure um médico da família ou clínico geral, para descartar a possibilidade de um tumor de laringe, esôfago, tireoide ou pulmonar.

Outros sintomas que não podemos ignorar

Outros sintomas que não devem ser ignorados, mesmo que não sejam alarmantes são:

1. Caroços no pescoço, embaixo do queixo, nas axilas e virilha

Os casos de caroços, ou ínguas na região do pescoço, embaixo do queixo, axilas e virilhas, regiões de grande concentração de gânglios linfáticos, costumam representar apenas o aumento dos linfonodos, como resposta a uma inflamação ou infecção próxima a essa região. São reações de defesa do organismo, a um determinado problema.

São encontrados nos episódios de sinusite, amigdalite, resfriado comum, pelo "encravado", entre outros. Contudo, o caroço regride completamente dentro de uma ou duas semanas, após a resolução do problema, o que não representa um sinal de alerta.

Como na grande maioria das vezes é uma resposta benigna do organismo e regride espontaneamente com a resolução da inflamação, não tem tratamento específico, porém deve ser acompanhado pelo médico assistente.

2. Nódulos nos braços, barriga ou dorso

O nódulo, ou nódulos encontrados nos braços, barriga, dorso ou nas pernas, podem representar um acúmulo de gordura local, chamado lipoma(s).

O lipoma é um tumor de pele benigno, formado por células de gordura maduras, bem delimitado, indolor e sem sinal de infecção. É o tumor de pele mais comum na população. Mais frequente no adulto, pode ser encontrado em todo corpo, inclusive nos órgãos internos.

Não causa problemas físicos, limitações ou maiores preocupações.

O tratamento costuma ser de acompanhamento, devido a sua benignidade. Ou pode ser indicada cirurgia para sua retirada, por motivos estéticos ou na presença de sintomas, por exemplo quando comprime um nervo ou estruturas nobres.

De qualquer forma o médico cirurgião geral ou cirurgião plástico devem ser procurados para confirmação desse diagnóstico e orientação caso a caso.

Lipomas 3. Caroço na nuca

Na região da nuca, além dos linfonodos, podemos dizer que os nódulos encontrados estão mais associados a contraturas musculares e lipomas.

As contraturas são nódulos dolorosos, geralmente associados a postura inadequada ou mal jeito, e com piora da dor à movimentação da cabeça ou do pescoço.

Por isso nesses casos o mais indicado é a colocação de um colar cervical em espuma, permanecer mais tempo em repouso e quando necessário, os medicamentos com melhor resposta, são os relaxantes musculares.

Mais uma vez o diagnóstico deve ser confirmado por um médico clínico geral ou médico da família, para evitar problemas secundários.

4. Caroço na virilha

Além da íngua por inflamação nessa região, outras causas comuns de aparecimento de "caroço" na virilha são a hérnia inguinal e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

A hérnia inguinal é a passagem de uma parte do intestino por um orifício na parede do abdômen. Por isso é mais comum quando a pessoa está de pé ou exerce uma força maior no abdômen, que empurra esse pedaço da alça pelo orifício, como na tosse ou exercícios físicos.

No caso da hérnia, o "caroço" não tem sinal de infecção, mas pode causar dor, sensação de peso e incômodo na região pélvica.

Embora não seja um sintoma de maior risco, a hérnia é sempre uma indicação cirúrgica, para correção desse orifício na parede do abdômen. Por isso, se identificar um caroço na virilha sugestivo de hérnia inguinal, procure um médico cirurgião geral para avaliação e tratamento mais apropriado, o mais breve possível.

As DSTs são doenças adquiridas no contato sexual desprotegido e podem cursar com gânglios aumentados (ínguas) na virilha. O cancro mole ou bubão, causado pela bactéria Haemophilus ducrey, e a AIDS, são as doenças que mais cursam com esse sintoma.

Na suspeita de doenças sexualmente transmissíveis, procure um médico ginecologista para avaliação e tratamento.

Quando devo procurar o médico?

Nos sinais e sintomas abaixo listados, recomendamos procurar um atendimento médico para melhor avaliação e orientações. São eles:

  • Caroço que não regride após 2 semanas,
  • Febre persistente ou febre noturna diária (mesmo que febre baixa),
  • Emagrecimento sem causa aparente,
  • Cansaço, fadiga que não era habitual,
  • Dificuldade de engolir, dor na garganta ao se alimentar,
  • Feridas que não cicatrizam,
  • Tosse persistente ou rouquidão,
  • "Olho" ou ponto purulento no local do caroço,
  • Drenagem de secreção purulenta no local do caroço.

Na presença de um sinal ou sintoma com as características acima, procure um médico clínico geral ou médico da família para identificar o problema e oferecer as devidas orientações.