O fluconazol serve para o tratamento de infecções fúngicas, e está indicado para as seguintes condições:
- Candidíase vaginal aguda e recorrente
- Balanite por Candida
- Profilaxia para candidíase vaginal recorrente (3 ou mais episódios por ano)
- Dermatomicoses (incluindo Tínea pedis, Tínea corporis, Tínea cruris, Tínea unguium e onicomicose).
Cada comprimido apresenta 150 mg de fluconazol e o modo de usar depende do local da infecção, gravidade e extensão da lesão, além das características de saúde de cada paciente.
Fluconazol para micosePara dermatomicose, incluindo tinha do corpo, do pé, crural e infecções por cândida, pode ser feito uma dose única semanal, com duração de 2 a 4 semanas; ou nos casos de tinea pedis, o tratamento pode durar até 6 semanas.
Fluconazol para tinha unguealPara tinha ungueal (onicomicose) a dose usualmente prescrita é de 01 comprimido em dose única semanal, até resolução completa da micose. O que deverá ser acompanhado e definido pelo médico dermatologista.
A substituição das unhas das mãos pode levar de 3 a 6 meses enquanto que a dos pés de 6 a 12 meses. Entretanto, a velocidade de crescimento das unhas está sujeita a uma grande variação individual e de acordo com a idade.
Fluconazol para candidíase e balanitePara o tratamento de candidíase vaginal e balanite por cândida, geralmente é administrada uma dose única de Fluconazol, ou pode ser necessário repetir em dois dias a depender da intensidade dos sintomas.
Para reduzir a incidência de candidíase vaginal recorrente, é prescrito uma dose única mensal, com a duração do tratamento individualizada, variando de 4 até 12 meses.
Alguns pacientes podem necessitar de um regime de dose mais frequente. A dose deverá ser ajustada em pacientes com insuficiência renal.
Quais são os efeitos colaterais do fluconazol?O fluconazol normalmente é bem tolerado, entretanto pessoas com doenças graves, como câncer e HIV, que fazem uso do medicamento, podem apresentar disfunção renal e alterações no sangue e nas funções do fígado.
A ocorrência dos efeitos colaterais do fluconazol pode ser classificada como muito comum (um caso em cada 10), comum (um caso em cada 10 a 100 pessoas que tomam a medicação), pouco comum (um caso em cada 1.000 a 10.000 pessoas que tomam a medicação), rara (um caso em cada 10.000) e muito rara (menos de 1 caso em cada 10.000 pessoas que tomam fluconazol).
Efeitos colaterais comuns do fluconazol- Distúrbios gastrintestinais (dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos);
- Distúrbios hepatobiliares (aumento da alanina aminotransferase, aumento da aspartato aminotransferase, aumento da fosfatase alcalina sanguínea);
- Distúrbios da pele e tecido subcutâneo (rash cutâneo).
- Distúrbios psiquiátricos (insônia, sonolência);
- Distúrbios do sistema nervoso (dor de cabeça, convulsões, tontura, parestesia, alteração do sabor, tremores);
- Distúrbios auditivos e do labirinto (vertigem);
- Distúrbios gastrintestinais (dispepsia, flatulência, boca seca);
- Distúrbios hepatobiliares (colestase, icterícia, aumento da bilirrubina);
- Distúrbios da pele e tecido subcutâneo (coceira, urticária, aumento da transpiração, erupção medicamentosa);
- Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo (dores musculares);
- Distúrbios gerais (fadiga, mal-estar, febre).
- Distúrbios do sangue e sistema linfático (agranulocitose, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia);
- Distúrbios do sistema imunológico (anafilaxia, angioedema);
- Distúrbios metabólicos e nutricionais (hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, hipocalemia);
- Distúrbios cardíacos (Torsade de pointes);
- Distúrbios hepatobiliares (toxicidade hepática, insuficiência hepática, morte celular, hepatite, danos hepatocelulares e morte);
- Distúrbios da pele e tecido subcutâneo (necrólise epidérmica tóxica, Síndrome de Stevens-Johnson, pustulose exantematosa generalizada aguda, dermatite esfoliativa, edema facial).
O fluconazol deverá ser vendido somente com prescrição médica e o paciente deverá seguir as orientações da receita.
Coceira no corpo que piora durante a noite pode ser escabiose, popularmente conhecida como "sarna". A coceira acomete principalmente abdômen, parte interna dos braços, áreas genitais e coxas. O rosto normalmente não coça, exceto quando a escabiose é em bebês.
A doença é causada pelo Sarcoptes scabiei, um ácaro que parasita o ser humano e provoca uma intensa coceira.
A transmissão da escabiose pode ocorrer pelo uso comum de vestuários e roupas de cama, de pessoas contaminadas, embora o principal meio de disseminação do ácaro seja através do contato sexual.
O tratamento é feito com medicamentos de uso tópico ou via oral e visa eliminar os ovos do ácaro que são depositados sob a pele.
Como tratar sarna (escabiose)?O medicamento mais usado inclui a Permetrina. Medicamento que deve ser aplicado no corpo todo, de preferência à noite antes de dormir e retirado no banho pela manhã, durante 2 ou 3 noites seguidas. Após uma ou 2 semanas o tratamento deve ser repetido, para eliminar de vez os parasitas do segundo ciclo que eclodem dos ovos colocados pelas fêmeas.
Outra opção de tratamento inclui a Ivermectina em comprimido, com dose única e também deverá ser repetido após 7 a 15 dias.
Ainda, para aliviar os sintomas de coceira intensa da sarna, pode ser feito o uso de anti-histamínicos, como o hixizine®, desloratadina ou loratadina.
Coceira que piora à noite pode ser problema no fígado?Sim, além da escabiose, coceiras pelo corpo que pioram à noite também podem ser sinal de doenças no fígado, como tumores ou cirrose biliar primária.
Nesses casos, como não há formação de feridas na pele, a pessoa pensa que a coceira é alguma alergia e espera passar.
No caso da cirrose biliar primária, a coceira piora muito durante a noite, especialmente em locais de clima quente e úmido.
Há pessoas que se coçam tanto que chegam a provocar lesões na pele e no couro cabeludo.
Para um diagnóstico adequado da causa dessa coceira noturna, consulte o clínico geral, médico de família ou dermatologista para orientar o tratamento mais indicado.
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Referência:
SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A mulher pode menstruar duas vezes no mesmo mês quando ela possui um ciclo menstrual curto. Sendo assim, o intervalo entre uma menstruação e outra é menor de 28 dias e, ocasionalmente pode coincidir de duas menstruações ocorrerem no mesmo mês, o que pode ser considerado normal.
Menstruar duas vezes no mesmo mês não é necessariamente sinal de problema ou doença. Anticoncepcionais, alterações hormonais e estresse são as principais causas.
Alguns fatores podem fazer a menstruação descer duas vezes no mesmo mês são:
- Estresse e alterações emocionais;
- Miomas, câncer, ovários policísticos, cisto no ovário;
- Uso de medicamentos, como anticoncepcionais;
- Alterações hormonais e emocionais;
- Cirurgia no ovário;
- Laqueadura.
O uso de anticoncepcional injetável pode ocasionar sangramentos de escape ao longo do ciclo menstrual. Mesmo assim, a mulher deve continuar o uso normal da medicação, devendo tomar a injeção na data programada.
Do mesmo modo, se você está usando anticoncepcional oral e, mesmo assim, sua menstruação está vindo duas vezes ao mês (sangramento de escape), observe se você esqueceu de tomar a pílula alguns dias. É também possível que a dosagem do tipo de pílula que você está usando não seja adequada ao seu organismo e precisa ser reavaliada pelo ginecologista.
Se você fica menstruada duas vezes ao mês com alguma frequência, consulte seu médico de família, clínico geral ou ginecologista para avaliação do seu estado de saúde, bem como ponderar uma possível troca de método contraceptivo, caso esses sangramentos de escape estejam causando desconforto.
Se você se interessa por este assunto, pode ler:
Menstruação veio duas vezes no mês: posso estar grávida?
Sangramento de escape pode ser considerado menstruação?
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Dor nas costas ao respirar pode ter várias origens, mas a maioria destas é de origem muscular, ou seja, relacionada a algum mau jeito, a carregamento de peso excessivo ou postura inadequada. Dor que aparece somente ao respirar pode ainda ser sintoma de uma lesão das costelas, desde que haja história de alguma pancada intensa na região do tórax.
Além disso, as pessoas costumam associar esse tipo de sintoma a doenças pulmonares como a pneumonia. Essa relação até pode ser verdadeira, mas em geral o paciente vai apresentar não somente a dor isolada, mas também outros sintomas, como por exemplo febre, tosse e falta de ar.
De qualquer modo, somente um médico poderá examinar e determinar a causa exata e o tratamento necessário para o alívio dessa dor.
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A dor no pé da barriga ou na região inferior da barriga durante a gravidez é comum, principalmente a partir do 2º trimestre e deve-se, geralmente, à compressão das estruturas internas do abdômen causadas pelo aumento do volume do útero e pelo estiramento dos ligamentos pélvicos.
É importante observar se há outros sinais e sintomas associados a essa dor, como sangramentos, perda de líquido pela vagina ou febre, por exemplo.
Conheça neste texto as causas mais comuns de dor no pé da barriga durante a gravidez.
1. Aumento do tamanho do úteroO útero é do tamanho de uma mão fechada e, com o desenvolvimento da gravidez e alterações hormonais, ele vai aumentando de tamanho, o que pode provocar dor no pé da barriga, cólica ou desconforto, especialmente do 1o ao 3º mês de gestação.
Dos 4 aos 6 meses de gestação (2º trimestre), a dor no pé da barriga ocorre, principalmente, por causa do afrouxamento dos músculos e do deslocamento dos órgãos internos do corpo para acomodar o bebê em desenvolvimento.
Nestes casos não é indicado nenhum tratamento, pois estas alterações são consideradas normais e correspondem a adaptação do corpo da mulher à gestação, sendo necessário apenas o acompanhamento pré-natal de rotina.
2. ContraçõesNo segundo trimestre de gravidez (4 a 6 meses), a dor no pé da barriga também pode acontecer devido às chamadas contrações de treinamento (contrações de Braxton Hicks).
Estas contrações são leves, espaçadas, não duram mais do que 60 segundos e desaparecem espontaneamente.
É preciso estar atenta a dores no pé da barriga parecidas com uma cólica menstrual forte, especialmente se elas se tornarem intensa e frequentes. Nesta situação, procure o médico obstetra para avaliar o desenvolvimento da gravidez.
3. Gravidez ectópicaA dor no pé da barriga pode ser causada pela gravidez ectópica. Entretanto, neste caso a dor pode ser intensa e vem acompanhada de sangramento vaginal e atraso menstrual.
Esta é uma dor que se irá iniciar logo no começo da gestação logo no primeiro ou segundo mês de gestação, e pode permanecer no máximo até o terceiro mês de gestação, já que a gravidez ectópica tende a não progredir.
A gravidez ectópica se caracteriza pela implantação do embrião fora do útero, sendo as tubas uterinas o local mais frequente deste tipo de gestação.
Esse tipo de gravidez não consegue evoluir e oferece risco para mãe. Por isso, na suspeita de gravidez ectópica, é importante que busque o mais rapidamente possível um serviço de emergência hospitalar.
4. Aborto espontâneoEm caso de aborto espontâneo, a dor no pé da barriga ocorre logo durante os três primeiros meses de gravidez.
Além da dor intensa no pé da barriga a mulher pode sentir calafrios, febre, dor de cabeça, apresentar sangramento e perda de líquido pela vagina.
Se perceber estes sintomas, busque rapidamente uma emergência médica, para que você e seu bebê sejam avaliados e o tratamento adequado seja efetuado.
Quando devo me preocupar?Alguns sintomas indicam que algo grave pode estar acontecendo com você ou com seu bebê, independentemente do tempo de gestação. Você deve estar atenta aos seguintes sinais:
- Dor intensa no pé da barriga ou em outras regiões do abdome,
- Febre,
- Calafrios,
- Dor de cabeça,
- Sangramento vaginal leve que perdura por mais de 3 dias,
- Sangramentos vaginais intensos,
- Perda de líquido pela vagina.
Na presença de qualquer um destes sinais ou sintomas de alerta, procure uma emergência hospitalar para detectar a sua causa, avaliar o seu estado de saúde e do seu bebê e efetuar o tratamento mais efetivo e seguro.
Deve ser realizado um exame clínico para avaliar outras possíveis causas para as dores abdominais, como constipação intestinal, formação de gases, verminoses, cálculos nas vias urinárias ou infecção urinária.
O médico obstetra, clínico geral ou médico de família deve ser consultado sempre que houver dúvidas em relação ao desenvolvimento da gravidez.
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Referências
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Gastrite enantematosa é um diagnóstico endoscópico da inflamação da mucosa do estômago, que pode ser leve, moderada e grave, além disso, pode ser aguda ou crônica. Aguda quando a inflamação é recente, e crônica quando já tem meses ou anos.
Sendo assim, a gastrite enantematosa leve do antro é a inflamação discreta da mucosa do estômago, que acomete apenas o antro. Uma região localizada próxima ao piloro, a válvula que liga o estômago à primeira porção do intestino delgado, o duodeno.
Sintomas de Gastrite- dor e queimação na "boca do estômago";
- azia;
- perda do apetite;
- náuseas e vômitos;
- distensão da "boca do estômago";
- sensação de saciedade precoce;
- sangramento digestivo, nos casos complicados, com evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).
O estômago é dividido em algumas partes: cárdia, corpo, antro e fundo. A inflamação pode acometer algumas destas localizações do estômago e normalmente a endoscopia especifica as regiões acometidas.
Pangastrite, é o nome dado a inflamação que acomete todo o estômago; gastrite de corpo, quando acomete apenas o corpo do estômago; gastrite de antro, quando está restrita ao antro.
O exame de endoscopia classifica a gastrite conforme o grau de acometimento da mucosa, segundo a classificação de Sidney, em leve moderada e grave. Os critérios analisados são a presença de edema, enantema, exsudato e erosão.
O diagnóstico é suspeitado pela queixa do paciente e deve ser confirmado através da realização de endoscopia digestiva alta. Após definir o diagnóstico, é importante iniciar o tratamento e seguir em acompanhamento com o clínico geral ou gastroenterologista.
Conheça mais sobre esse assunto nos links:
As pílulas anticoncepcionais indicadas para quem não quer engordar são aquelas que possuem baixas doses de hormônios, pois estão associadas a menos efeitos colaterais como a retenção de líquido, principal responsável pela sensação de ganho de peso.
Existem anticoncepcionais que não engordam?De forma geral, os anticoncepcionais orais não engordam. A sensação aumento de peso ocorre pela retenção de líquido e não pelo ganho de gordura corporal.
Anticoncepcionais com menor chance de causar sensação de ganho de peso Anticoncepcionais de drospirenona como progestágenoOs anticoncepcionais à base de uma substância chamada drospirenona de progestágeno são os anticoncepcionais com menor chance de provocar a retenção de líquidos. Por este motivo, estes medicamentos reduzem a sensação de aumento de peso.
Anticoncepcionais com baixa dosagem de estradiolOs contraceptivos com dosagem baixa de estradiol podem ser uma opção para as mulheres que possuem predisposição à retenção de líquidos.
DIU (dispositivos intrauterinos)O DIU de progestágeno libera lentamente o hormônio progestágeno que tem absorção muito baixa pelo organismo e, deste modo, tem menor chance de provocar retenção de líquido.
Por outro lado, o DIU de cobre é um contraceptivo não hormonal, isto é, ele não libera nenhum hormônio. Por isso, não causa retenção de líquido.
Anticoncepcionais injetáveis engordam?Há comprovações científicas de que o anticoncepcional injetável trimestral, por ter dosagem muito elevada de hormônios, provoca aumento de peso.
Uma das explicações para este efeito é que estes contraceptivos bloqueiam a atividade dos ovários e, por consequência, a produção de hormônios androgênios (hormônios masculinos) que levam à redução de músculos (massa magra) e aumento de gordura corporal. Além disso, estes medicamentos promovem a redução da libido.
Ainda não há comprovação científica de que as pílulas (anticoncepcionais orais) causam este mesmo efeito no organismo. A sensação de ganho de peso provocada pelas pílulas está relacionada mais diretamente à retenção de líquidos.
Como escolher o seu anticoncepcional?Para escolher com maior segurança o seu método contraceptivo é fundamental consultar um ginecologista, médico de família ou clínico geral. Estes profissionais farão uma avaliação inicial para efetuar a indicação da medicação mais apropriada ao seu caso.
Durante a consulta, informe ao médico se você tem tendência a reter líquidos para que a escolha do anticoncepcional não agrave esta condição. Em geral, quanto menos hormônio, menor a retenção de líquido.
É preciso deixar bem claro que o que funciona para uma paciente, pode não ser adequado para outra.
Os efeitos colaterais dos contraceptivos variam para cada mulher e nem todas ganham peso com o uso da pílula. Algumas podem até emagrecer, tomando o mesmo medicamento. Tudo depende do organismo e do estilo de vida de cada mulher.
Não inicie o uso de anticoncepcionais sem orientação médica.
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Anticoncepcional injetável engorda?
O exame preventivo feminino, esfregaço cervicovaginal, colpocitologia oncótica cervical ou teste de Papanicolau, é um exame ginecológico de citologia cervical, realizado para prevenção de câncer do colo do útero, principalmente causado pelo papilomavírus humano (HPV).
O exame preventivo feminino geralmente é indolor, simples e rápido (dura apenas alguns minutos). Pode causar um pequeno desconforto, amenizado quando a mulher consegue se manter relaxada e se o exame for realizado com a técnica adequada.
Inicialmente, o avaliador visualiza externamente a vagina e ânus, buscando identificar qualquer anormalidade, como alterações da pigmentação, presença de secreções ou lesões, mudanças no padrão dos pelos, entre outras.
Em seguida, é introduzido na vagina um instrumento chamado espéculo, conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato, para uma nova inspeção visual, dessa vez nas paredes internas da vagina e no colo do útero.
Por fim, é realizada a coleta do material para análise, através de uma pequena raspagem na superfície externa e interna do colo do útero, com uma espátula de madeira e posteriormente, com uma escovinha. Colhido material, este deverá ser colocado em uma lâmina de vidro, que é encaminhada para análise ao microscópio em laboratório especializado em citopatologia.
Tenho que me preparar para fazer o exame preventivo?Para garantir que o resultado do exame de Papanicolau seja o mais correto possível, a mulher deve, nas 48 horas anteriores à realização do exame:
- Abster-se de ter relações sexuais (mesmo com camisinha);
- Evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais, como espermicidas, por exemplo;
- Não realizar exame ginecológico com toque, ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética da pelve.
É importante também não estar menstruada, pois o resultado pode ser alterado na presença de sangue.
Mulheres grávidas podem realizar o exame, sem riscos de saúde para ela ou para o bebê.
Para que serve o exame preventivo?O exame preventivo serve para verificar se existem alterações nas células do colo uterino, identificar infecções causadas por vírus, como verrugas genitais causadas por HPV e herpes, bem como infecções vaginais causadas por fungos ou bactérias. O principal objetivo do Papanicolau é prevenir e identificar precocemente o câncer de colo do útero.
O preventivo pode identificar a infecção por HPV, que é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer. O Papanicolau pode detectar a presença do vírus e a existência de células anormais, permitindo iniciar o tratamento antes das células darem origem a um tumor ou numa fase muito precoce da doença.
Quando fazer o exame preventivo?O primeiro exame preventivo deve ser feito 3 anos depois do início da vida sexual da mulher ou aos 21 anos de idade. A partir dessa idade, a mulher deve realizar o Papanicolau a cada 2 anos, até aos 29 anos. A partir dos 30 anos, após 3 exames consecutivos normais, com resultados negativos para câncer, o preventivo pode passar a ser realizado a cada 3 anos.
Mulheres com idade entre 65 e 70 anos, que apresentarem 3 exames negativos consecutivos e não resultados absolutamente normais nos últimos 10 anos, não precisam mais realizar o Papanicolau.
Exceções: portadoras de HIV, mulheres com depressão imunológica, história de NIC-I ou NIC-II e aquelas com muitos parceiros sexuais.
Essas indicações não precisam ser seguidas à risca e cabe ao médico ginecologista assistente alterá-las se considerar necessário, caso a caso.
Por exemplo, pacientes portadoras de HIV ou HPV, imunossuprimidas, que não utilizam métodos de proteção (camisinhas), têm múltiplos parceiros sexuais, fazem uso prolongado de anticoncepcionais orais, são tabagistas ou têm má higiene íntima, necessitam realizar o exame preventivo feminino mais precocemente ou com maior frequência.
O exame preventivo pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde da Família (USF) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O Papanicolau é de fundamental importância, pois o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais frequente de câncer na população feminina e só costuma causar sintomas tardiamente.
A realização periódica do exame permite diagnosticar de forma precoce o tumor e reduz consideravelmente os riscos de morte por esse tipo de câncer.