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Ciclo menstrual desregulado: Como calcular o período fértil?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para calcular o período fértil quando os ciclos menstruais são irregulares, você deve primeiro anotar, durante pelo menos 6 meses, quantos dias têm os seus ciclos menstruais. 

Depois de saber a duração dos últimos 6 ciclos, você deve subtrair 18 do número de dias do ciclo mais curto, para encontrar o 1º dia do período fértil, e subtrair 11 do número de dias do ciclo mais longo, para calcular o último dia do seu período fértil.

Exemplo: Se o seu ciclo mais longo foi de 35 dias e o mais curto foi de 26 dias, você tem que subtrair 18 do ciclo mais curto (18 - 26 = 8) e subtrair 11 do ciclo mais longo (35 - 11 = 24).

Resultado: O seu período fértil vai do ao 24º dia do ciclo. Portanto, se pretende engravidar, deve manter relações dentre desse período. Se não quiser engravidar e não usar nenhum método anticoncepcional, deve abster-se de relações nesse período.

Lembrando que o 1º dia de menstruação é sempre considerado o dia 1 do ciclo.

Veja aqui como calcular o período fértil.

Calcular o período fértil em ciclos irregulares é seguro?

Não, calcular o período fértil quando a mulher tem ciclos irregulares não é seguro, pois o cálculo faz uma avaliação retrospectiva que é projetada para o futuro, quando o funcionamento do organismo da mulher é bastante incerto.

Além disso, quanto maior for avariação entre os ciclos menstruais, maior será o número de dias doperíodo fértil e mais impreciso é o cálculo.

Isso porque os ciclos irregulares tornam impossível prever o dia exato da ovulação, uma vez que a mulher ovula num dia diferente do ciclo a cada mês.

Por isso, mulheres que apresentam ciclos com variações de mais de 6 dias não devem usar esse método, pois não dá para prever com segurança quais serão os dias férteis.

Saiba mais em: O período fértil pode mudar de mês para mês?

O ciclo menstrual irregular pode ter diversas causas, como distúrbios hormonais, alterações na produção do hormônio prolactina ou ainda problemas na tireoide.

No seu caso, os ciclos ficaram desregulados depois de ter parado com o anticoncepcional, o que está relacionado com fatores hormonais.

O melhor a fazer é falar com o seu médico de família ou ginecologista para saber o que pode ser feito e descobrir ao certo por que o seu ciclo ficou irregular.

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Menstruação pouca e escura pode ser gravidez?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Menstruação em pequena quantidade e escura pode ser gravidez. Além de gravidez, pode ter outras causas:

  • doenças sexualmente transmissíveis;
  • miomas uterinos;
  • endometriose;
  • inflamação uterina;
  • alterações hormonais;
  • alteração do anticoncepcional;
  • uso da pílula do dia seguinte;
  • efeito colateral de algum medicamento.

Se você apresentar sangramento fora do período menstrual ou anormal, deve procurar um médico ginecologista para uma melhor avaliação.

Quais remédios e o que posso fazer para aumentar a quantidade de sêmen?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O aumento da quantidade de sêmen e esperma pode ser feito com uso de um medicamento chamado Proviron® e/ou suplementos como zinco, vitamina C, cálcio e vitamina D. Tanto os medicamentos como os suplementos devem ser usados sob recomendação médica, de acordo com cada causa.

Além disso, algumas medidas simples como a prática de atividade física e hábitos alimentares saudáveis podem ser adotadas para aumentar a quantidade de sêmen.

1. Proviron®

Proviron® (mesterolona) aumenta o número e melhora a qualidade dos espermatozoides e do sêmen, o que aumenta a fertilidade masculina. É apresentado em comprimidos de 25 mg e a forma de uso e a duração do tratamento devem ser determinados por um médico de família ou urologista.

2. Zinco e ácido fólico

O zinco e o ácido fólico podem amentar a concentração do sêmen, bem como a produção de espermatozoides.

A falta de zinco está associada a baixos níveis de testosterona, o que leva à má qualidade do sêmen e aumento da infertilidade masculina. Portanto, o uso de cápsulas de zinco pode aumentar a quantidade de sêmen.

O ácido fólico ou folato, igualmente colabora para a produção do sêmen e da sua qualidade.

3. Vitamina C

O consumo de vitamina C aumenta a produção de testosterona, o que provoca o aumento da quantidade de sêmen e melhora a produção e o vigor dos espermatozoides.

4. Vitamina D e cálcio

A deficiência de vitamina D e cálcio podem interferir na saúde do sêmen. Nestes casos, se recomenda suplementos de vitamina D e uma alimentação rica em cálcio como, por exemplo, brócolis, espinafre, queijo, leite e sardinha.

Tanto a vitamina D como o cálcio ajudam a aumentar a qualidade de esperma e a tratar a infertilidade masculina.

O que posso fazer para aumentar a quantidade de esperma?

Alguns hábitos e medidas simples podem ajudar a quantidade de esperma e você pode realizá-las no seu dia a dia. Estas medidas incluem:

  • Alimente-se com alimentos ricos em vitamina A, C, E, zinco e ômega 3: cenoura, manga, mamão, espinafre, brócolis, laranja, limão goiaba, salmão sardinha, abacate, atum e amendoim são alguns exemplos.
  • Pratique atividade física,
  • Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas,
  • Busque reduzir ou evitar as situações de estresse e
  • Durma bem.
Quantidades normais de sêmen e espermatozoides no espermograma

O volume de sêmen normal em uma ejaculação, deve ser igual ou superior a 1,5 ml. Já a quantidade de espermatozoides deve ser superior a 15 milhões/ml de esperma.

O exame capaz de detectar a quantidade de sêmen e espermatozoide é o espermograma.

Para saber mais sobre sêmen, você pode ler:

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Referências

Bradley D Anawalt, et cols. Approach to the male with infertility. UpToDate: May 13, 2019.

Sociedade Brasileira de Urologia – SBU.

Que alimentos devo evitar antes e depois de uma cirurgia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Alguns alimentos que devem ser evitados antes e depois de uma cirurgia são aqueles que podem intensificar o processo inflamatório, prejudicar a cicatrização ou dificultar a absorção de nutrientes. Alguns deles que podemos citar abaixo:

  • Gordura saturada, açúcar, alimentos industrializados com corantes e conservantes químicos: Prejudicam a cicatrização;
  • Camarão: Diversos estudos comprovaram ser um alimento que  favorece a inflamação da pele, prejudicando a cicatrização das feridas cirúrgicas;
  • Carne de porco: Contribui para a inflamação da pele, além de aumentar os riscos de formação de queloide (cicatrização com uma quantidade elevada de colágeno);
  • Soja: Possui fito-hormônios chamados isoflavonas, que estimulam a liberação de substâncias que podem aumentar a inflamação;
  • Pimenta: Contém capsaicina, que pode ser agressiva para a pele;
  • Chá preto, café e bebidas com cafeína: Dificultam a absorção de nutrientes, essenciais para a recuperação da cirurgia.

Os alimentos que devem ser evitados antes e depois de uma cirurgia variam de acordo com o tipo de operação. Cabe ao médico cirurgião responsável orientar o paciente quanto à alimentação que este deve seguir, para uma melhor recuperação.

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HPV tem cura definitiva?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, HPV não tem cura definitiva, já que não existe tratamento ou medicamento capaz de eliminar completamente o vírus do organismo.

O objetivo do tratamento é destruir as lesões (verrugas) através da aplicação de medicamentos locais, uso de medicação para estimular a imunidade, cauterização, laser, crioterapia (congelamento) ou remoção cirúrgica. Mesmo depois de tratado, o HPV volta a se manifestar em cerca de 25% dos casos.

O HPV é um vírus que se transmite pelo contato com uma pessoa contaminada. Assim que entra no corpo, o vírus se aloja nas várias camadas de células da pele ou mucosa, na região exposta.

Apesar do HPV permanecer no organismo e estar presente na maioria da população, muitas vezes não causa sintomas. Isso porque o sistema imunológico de grande parte das pessoas consegue combater eficazmente o vírus.

Leia também: Quais são os sintomas do HPV?

É importante lembrar que apesar de não ter cura, apenas uma pequena parte dos tipos de HPV (menos de 10%) pode causar câncer. Há centenas de tipos de HPV e somente cerca de 12 deles podem desencadear algum tipo de câncer no colo uterino, na boca, na garganta, no ânus, no pênis ou na vagina.

Existe tratamento para HPV?

O tratamento do HPV depende da localização e da extensão das lesões, podendo envolver uso de cremes e medicamentos à base de ácidos para aplicar no local, crioterapia (congelamento), cauterização (queimar), aplicação de laser ou ainda remoção através de cirurgia.

O tratamento mais comumente utilizado, que envolve a remoção das lesões da pele, não é capaz de eliminar completamente a presença do vírus, uma vez que não é possível detectar a sua presença dentro das células sem lesões.

Sendo assim, é comum que as lesões retornem após algum tempo, com a reativação do vírus causada por fatores emocionais, estresse e quedas de imunidade.

Algumas medicações mais modernas, chamadas de imunomoduladores, têm o objetivo de melhorar a imunidade e tentar eliminar os vírus, porém seu uso é restrito para casos muito específicos e tem uma série de efeitos colaterais.

Veja também: Qual é o tratamento para HPV?

O HPV pode permanecer silencioso, sem manifestar sintomas ou desenvolver câncer durante muitos anos, até décadas. Durante esse período, a infecção passa por diversas fases.

Se o HPV não tem cura, como prevenir?

O uso de preservativo em todo tipo de relação sexual é a melhor forma de prevenir não só a transmissão do HPV como de todas as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). No entanto, a camisinha não é totalmente eficaz para evitar o contágio por HPV, já que a pele não recoberta pelo preservativo fica exposta.

Além, disso, não é necessário haver penetração para que a pessoa fique infectada pelo vírus. Basta passar a mão sobre o local da lesão já é suficiente para espalhar a doença para outras partes do corpo.

No caso das mulheres, além do uso de preservativos, é importante a realização do exame de rastreamento de câncer de colo de útero, quando indicado pelo/a médico/a. Existe ainda a vacina, que é essencial para proteger contra determinados tipos de HPV responsáveis por grande parte dos casos de câncer de colo de útero e verrugas genitais.

Saiba mais sobre a vacina contra o HPV em: Como tomar a vacina contra HPV?

Mesmo os HPV que causam câncer têm tratamento na maioria dos casos. Contudo, é importante que a infecção seja diagnosticada precocemente para que as lesões pré-cancerígenas sejam tratadas antes de evoluírem para tumores malignos.

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Estou com dores do lado direito depois da cirurgia de apendicite. Apendicite pode voltar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Apendicite é um processo inflamatório e infeccioso do apêndice, um órgão intestinal localizado na região inferior direita do abdômen. Quando se realiza a cirurgia de apendicite, o apêndice é retirado e, por isso, não é possível haver outro episódio de apendicite.

Após a cirurgia, a região da cicatriz pode ficar sensível e devido ao processo de cicatrização, pode haver formação de bridas intestinais, que ocorrem entre as alças intestinais. Essas bridas pode causar desconforto e dores, o que pode justificar o retorno da dor do lado direito. Porém, essa dor é bem diferente da dor de apendicite e, geralmente, possui menor intensidade além de não vir acompanhada de outros sintomas como vômito, febre, etc.

Outras patologias e situações podem explicar a dor do lado direito inferior do abdômen como por exemplo: ovulação, cisto no ovário, gravidez ectópica, constipação ou infecção intestinal.

Caso essa dor seja persistente, procure um serviço de saúde para uma avaliação.

Leia também: Fiz uma cirurgia de apêndice há 30 dias e estou com dores, fisgadas na barriga e dor para evacuar. O que pode ser?

Qual o tratamento para ateromatose aórtica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da ateromatose aórtica se baseia no controle ou eliminação dos fatores de risco, atividade física regular e medicamentos anticoagulantes. Em alguns casos, o tratamento cirúrgico deve ser indicado.

O controle dos fatores de risco inclui principalmente em deixar de fumar, perder peso ou manter o peso dentro do normal, controlar hipertensão, colesterol, triglicerídeos e diabetes, ter uma alimentação equilibrada e saudável, evitar abuso de bebidas alcoólicas.

Alguns dos fatores que sabidamente aumentam o risco para desenvolver ateromatose aórtica são: idade entre 50 e 70 anos, sexo masculino, colesterol e triglicerídeos altos, tabagismo, hipertensão arterial, sedentarismo, história familiar de ateromatose.

É imperativo deixar de fumar, pois os componentes do cigarro são muito nocivos para os vasos sanguíneos e para a coagulação do sangue.

A atividade física deve ser orientada por um educador físico, fisioterapeuta ou médico e é importante para auxiliar no controle da pressão arterial, reduzir o colesterol e melhorar a circulação sanguínea, além de ajudar na perda ou manutenção do peso.

O uso de medicamentos tem como principal objetivo reduzir os riscos de infarto e "derrames", que estão entre as principais complicações da ateromatose aórtica. Para isso são indicados remédios anticoagulantes para prevenir a formação de trombos que podem entupir as artérias e provocar isquemia (sofrimento) ou necrose (morte) em áreas do coração, cérebro e membros.

Já o tratamento cirúrgico da ateromatose aórtica é indicado principalmente quando os sintomas não melhoram com o tratamento clínico e causam limitações e dificuldades nas atividades diárias do paciente. A cirurgia não é indicada se o paciente apresentar limitações cardiovasculares importantes, uma vez que o infarto é a principal causa de morte no pós-operatório.

Vale lembrar que os sintomas da ateromatose só começam a se manifestar quando boa parte da artéria já está obstruída. Por isso, quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento.

O médico angiologista e/ou cirurgião vascular é o especialista responsável pelo tratamento da ateromatose aórtica.

Muco branco nas fezes: as 10 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas mais comuns de muco branco nas fezes são a intolerância a lactose, doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite, tumores ou infecção.

O muco intestinal normal, é uma secreção de aspecto gelatinoso, amarelo-claro, produzida em pequena quantidade pela parede do intestino, para lubrificar e facilitar a passagem das fezes.

A presença de muco branco nas fezes sugere um processo inflamatório na parede do intestino. Entenda um pouco mais sobre as causas mais comuns e as suas características.

1. Intolerância a lactose

A lactose é o açúcar encontrado no leite e seus derivados, como queijos e iogurtes. Pessoas com intolerância à lactose possuem dificuldade em quebrar e absorver essa substância. Com isso, o açúcar se deposita na parede do intestino, causando uma inflamação.

Sintomas: Diarreia com muco branco, dores abdominais, falta de apetite e perda de peso.

Tratamento: Dieta com restrição total ou parcial de lactose. Nem sempre é preciso a restrição absoluta desses alimentos, principalmente, para crianças em fase de desenvolvimento. Sendo assim, o mais indicado é que procure um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista, para avaliação e orientação quando a dieta, caso a caso.

2. Doença de Crohn

A doença de Crohn é uma doença inflamatória crônica, que causa lesões na parede do sistema gastrointestinal, em qualquer região, da boca até o ânus, embora seja mais frequente acometer o intestino. É uma doença hereditária, com importante comprometimento na qualidade de vida do paciente.

Sintomas: Diarreia frequente, com a presença de muco branco ou amarelado e por vezes, sangue nas fezes. Além disso, é comum a presença de dores abdominais, perda de peso, cansaço e desnutrição.

Tratamento: A doença ainda não tem cura, e o tratamento se baseia em reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. Os medicamentos mais usados são os corticoides, mesalazina, imunossupressores e orientação alimentar. A cirurgia é menos frequente, porém em alguns casos pode ser indicada.

3. Retocolite ulcerativa

Doença inflamatória intestinal crônica, de origem autoimune, semelhante à doença de Crohn, mas que atinge o intestino grosso, causando uma inflamação contínua. A doença está relacionada ainda a um maior risco de câncer no intestino.

Sintomas: Episódios de diarreia recorrente e frequente, com presença de muco branco, com ou sem sangue nas fezes, urgência em evacuar, dor e desconforto no ânus e dor abdominal que alivia após a evacuação.

Tratamento: O objetivo do tratamento é a melhora na qualidade de vida dessas pessoas, com a redução do número de crises e do risco de evoluir para câncer. Os medicamentos mais indicados são a mesalazina, corticoide, imunossupressores e mais raramente, cirurgia.

4. Doença celíaca

A doença celíaca tem origem genética e autoimune. É caracterizada por reações inflamatórias na mucosa intestinal, quando em contato com alimentos ricos em glúten como o trigo, centeio, cevada e aveia.

Sintomas: Diarreia prolongada, por mais de 3 semanas na maioria das vezes, com muco esbranquiçado ou amarelado nas fezes. Pode haver ainda, sangue nas fezes, dores abdominais, náuseas, perda de peso e, nas crianças, irritabilidade, deficit no crescimento e acompanhamento escolar.

Tratamento: Dieta rigorosa, evitando alimentos que contenham glúten e deve ser iniciada assim que seja confirmada a doença. Em geral, o diagnóstico depende de uma biópsia intestinal.

5. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é uma doença funcional, mais comum entre as mulheres de meia-idade, onde o intestino apresenta uma sensibilidade aumentada a determinados alimentos, estresse ou infecções. Com isso aumenta o peristaltismo dando origem aos sintomas gastrointestinais.

Sintomas: Cólicas abdominais frequentes, diarreia que pode vir com muco branco ou amarelo-claro, intercalando com períodos de constipação, excesso de gases e flatulência.

Tratamento: A primeira medida deve ser identificar e tratar o agente causador dos sintomas. No caso de alimento, evitá-lo. Para casos de ansiedade, procurar um psicólogo e tratamento específico.

Uma dieta balanceada e atividade física regular também contribuem para a redução dos sintomas. E mais recentemente, um tratamento promissor, é o transplante de microbiota fecal.

6. Câncer

As células tumorais em crescimento desordenado, estimulam uma produção excessiva de muco.

Sintomas: Fezes com muco esbranquiçado ou amarelado, perda de peso e, menos frequentemente, dores abdominais.

Tratamento: O gastroenterologista e o oncologista devem solicitar um biópsia para determinar o tipo, a extensão e gravidade do tumor, para só então planejar o melhor tratamento. O tratamento definitivo pode incluir cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.

7. Diverticulite

Os divertículos são pequenas bolsas formadas na parede do intestino, comum em pessoas idosas, que podem não causar sintomas, até que aconteça uma inflamação, a diverticulite.

Sintomas: Dor abdominal, na região inferior esquerda na grande maioria das vezes, diarreia com muco branco, febre e mal-estar.

Tratamento: Se houver sinal de infecção, o tratamento é feito com antibióticos e nos casos mais graves, pode ser preciso cirurgia de urgência.

A dieta rica em fibras e boa hidratação, evita a constipação e reduz o risco de uma crise de diverticulite.

8. Fissura anal

A fissura é uma ferida linear na mucosa do ânus, que acomete tanto homens quanto mulheres, em qualquer faixa etária. Traumas, fezes endurecidas e diarreia infecciosa são as causas mais comuns, mas doenças inflamatórias e vasculares também dão origem a essa ferida.

Sintomas: Dor anal intensa, por horas após uma evacuação, diarreia com muco branco e/ou sangue vivo nas fezes.

Tratamento: Dieta rica em fibras, aumento da ingesta de água, laxantes, gel de lidocaína tópico e banhos de assento são a primeira opção de tratamento. Para os casos crônicos e que não respondem, pode ser indicada cirurgia de correção da ferida.

9. Hemorroidas volumosas

A presença de hemorroidas de grande volume também causam inflamação na parede do intestino e maior produção de muco esbranquiçado.

Sintomas: Diarreia com muco branco, sangue nas fezes de coloração vermelho vivo, coceira e dor anal.

Tratamento: Dieta rica em fibras e aumentar o consumo de água por dia, a fim de evitar fezes endurecidas e/ou constipação. Medicamentos tópicos para aliviar os sintomas e cirurgia para os casos de ruptura ou obstrução retal, pelo volume da hemorroida.

10. Gastroenterite

Nas infecções intestinais, as bactérias dão origem a inflamação na mucosa do intestino, responsável pela maior presença de muco e por vezes, de sangue nas fezes.

Sintomas: Diarreia com muco branco, pus e/ou sangue, febre, dor na barriga, mal-estar e fraqueza. A criança pode inclusive desenvolver desidratação rapidamente, é preciso estar atento.

Tratamento: Dieta balanceada, sem deixar de se alimentar, muita água, especialmente em crianças e antibiótico.

Quando procurar um médico?

Sempre que perceber um aumento exagerado de muco nas fezes, seja ele branco, amarelado ou esverdeado, é importante informar ao seu médico de família ou gastroenterologista para avaliação.

Especialmente nos casos de muco associado a:

  • Febre (temperatura axilar acima de 37,8º)
  • Emagrecimento
  • Sangue nas fezes
  • Feridas ou fissuras no ânus

O médico gastroenterologista é o especialista para avaliar, diagnosticar e tratar esses casos.

Saiba mais sobre a presença de muco nas fezes nos artigos:

Muco nas fezes durante a gravidez é normal?

Fezes com muco em bebês e crianças é grave? O que pode ser?

Referências:

  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Mayo Clinic - Chron's disease overview. 2020.
  • Mahesh Gajendran, et al.; A comprehensive review and update on ulcerative colitis. Dis Mon. 2019 Dec;65(12):100851.
  • Alexandros Hadjivasilis, et al.; New insights into irritable bowel syndrome: from pathophysiology to treatment. Ann Gastroenterol. Nov-Dec 2019;32(6):554-564.