O tempo que a mulher tem que esperar para engravidar depois de uma cirurgia depende do tipo e do local da ciurgia realizada. Alguns exemplos:
- Cirurgia no útero para retirada de pólipos (polipectomia): 30 dias, pois as lesões causadas no procedimento geralmente são superficiais;
- Cirurgia no útero para remover um mioma (miomectomia): Recomenda-se esperar pelo menos 12 semanas antes de tentar engravidar, uma vez que as lesões tendem a ser mais profundas que aquelas da polipectomia;
- Cirurgia bariátrica: Deve-se esperar pelo menos 1 ano antes de tentar engravidar por causa da rápida perda de peso que ocorre nesse período, o que provoca uma instabilidade nos eletrólitos e nutrientes do corpo;
-
Cirurgia plástica:
- Redução de mamas (mamoplastia redutora): O ideal é esperar pelo menos 2 anos para engravidar, pois só depois desse período as mamas estarão novamente em condições praticamente normais;
- Abdominoplastia: Pode engravidar 1 ano após a cirurgia;
- Lipoaspiração: A mulher já pode engravidar 6 meses depois da cirurgia;
- Cirurgias de rosto, nariz, orelhas: Deve-se aguardar 6 meses para tentar engravidar.
Leia também: Quanto tempo depois de perder o bebê posso engravidar?
Informe o/a médico/a obstetra que irá fazer o seu pré-natal sobre a cirurgia para que ele possa definir com segurança quanto tempo você terá que esperar antes de tentar engravidar.
O exame Beta-hCH é um exame de sangue usado para diagnosticar a gravidez. O exame serve para detectar a presença do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) no sangue. O hCG normalmente só é produzido pelo corpo da mulher se ela estiver grávida. Contudo, o nível de hCG também pode estar elevado em mulheres com certos tipos de tumores ovarianos.
O exame de gravidez Beta-hCG pode ser qualitativo ou quantitativo. O resultado do Beta-hCG qualitativo indica apenas “positivo” ou “negativo”. Se der positivo, a mulher está grávida. Resultados negativos indicam ausência de gravidez.
Já o Beta-hCG quantitativo indica a quantidade do hormônio hCG no sangue. Os resultados são baseados em valores. Trata-se de um exame mais usado para determinar as semanas de gestação, já que o exame de sangue Beta-hCG qualitativo já é suficiente para confirmar a gravidez.
A medição quantitativa de hCG ajuda a determinar a idade exata do feto, além de auxiliar o diagnóstico de gravidez anormal, como gravidez ectópica e gravidez molar, além de abortos.
O Beta-hCG quantitativo também é usado como parte de um teste de rastreio para a síndrome de Down e também para diagnosticar condições não relacionadas à gravidez que podem aumentar os valores de hCG.
Como entender os resultados do exame Beta-hCG quantitativo?Os resultados do exame Beta-hCG quantitativo são apresentados em mUI/mL. Mulheres que não estão grávidas apresentam resultados com valores abaixo de 5 mUI/mL.
Na gravidez, o nível de hCG aumenta rapidamente durante o 1º trimestre de gestação e depois cai ligeiramente. Os valores esperados de hCG em mulheres grávidas são baseados no tempo de gravidez.
- 3 semanas: 5 a 72 mUI/mL;
- 4 semanas: de 10 a 708 mUI/mL;
- 5 semanas: de 217 a 8.245 mUI/mL;
- 6 semanas: 152 a 32.177 mUI/mL;
- 7 semanas: 4.059 a 153.767 mUI/mL;
- 8 semanas: de 31.366 a 149.094 mUI/mL;
- 9 semanas: de 59.109 a 135.901mUI/mL;
- 10 semanas: de 44.186 a 170.409 mUI/mL;
- 12 semanas: de 27.107 a 201.165 mUI/mL;
- 14 semanas: de 24.302 a 93.646 mUI/mL;
- 15 semanas: de 12.540 a 69.747 mUI/mL;
- 16 semanas: de 8.904 a 55.332 mUI/mL;
- 17 semanas: de 8.240 a 51.793 mUI/mL;
- 18 semanas: de 9.649 a 55.271 mUI/mL.
Vale lembrar que os valores de Beta-hCG podem variar um pouco entre os laboratórios.
Valores de Beta-hCG alteradosSe os valores de Beta-hCG estiverem acima do esperado, seja para mulheres grávidas ou não grávidas, podem ser sinal de:
- Gravidez com mais de um feto, como gêmeos ou trigêmeos;
- Coriocarcinoma uterino (câncer grave do útero);
- Mola hidatiforme ou gravidez molar (complicação rara de gravidez em que ocorre multiplicação anormal de células da placenta);
- Câncer de ovário;
Durante a gravidez, valores de Beta-hCG abaixo do normal, de acordo com o estágio gestacional, podem indicar:
- Morte do feto;
- Aborto incompleto;
- Ameaça de aborto espontâneo;
- Gravidez ectópica (gestação fora do útero).
Sim, o exame Beta-hCG qualitativo pode dar resultado falso positivo, ou seja, o resultado é “positivo” e a mulher não está grávida. Isso pode ocorrer em caso de:
- Gravidez ectópica (gestação fora do útero);
- Aborto espontâneo;
- Tumor trofoblástico;
- Mola hidatiforme ou gravidez molar;
- Câncer de ovário.
Sim, o exame Beta-hCG qualitativo pode dar resultado falso negativo, ou seja, o resultado é “negativo” e a mulher está grávida. Isso pode ocorrer se o exame for feito antes de completar uma semana de gravidez, quando os níveis de hCG ainda estão muito baixos para serem detectados no sangue. Por isso, é necessário esperar pelo menos 7 dias após a concepção para fazer o exame.
O médico que solicitou o exame Beta-hCG é o responsável pela análise e interpretação dos resultados.
Para saber mais sobre o exame Beta-hCG, você pode ler:
Fiz dois Beta-HCG e o segundo foi menor, estou com...
Beta HCG ajuda a detectar gravidez molar?
Após aborto em quanto tempo beta-HCG dá negativo?
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O cisto de Naboth é um pequeno cisto que se forma na superfície do colo do útero pela obstrução das glândulas de Naboth ali localizadas. Podem aparecer como um cisto único ou através de um agrupamento de vários pequenos cistos.
Estes cistos não representam nenhum perigo a saúde das mulheres, mas podem indicar que houve uma infecção prévia que levou a formação do cisto.
Qual a causa do cisto de Naboth?Estas glândulas mucosas podem ficar cheias de secreção devido ao bloqueio no ducto, que ocorre pela proliferação de células semelhantes às da pele, em virtude de infecção do colo uterino.
Os cistos de Naboth ocorrem mais em mulheres em idade reprodutiva, sobretudo naquelas que já foram mães.
Não existe nenhuma forma de prevenção conhecida.
Quais os sintomas do cisto de Naboth?Geralmente, os cistos de Naboth são assintomáticos. Em algumas situações podem causar dor, desconforto ou a sensação de que se tem "algo na vagina", principalmente se o cisto for de grandes dimensões.
Ocasionalmente, a mulher não apresenta sintomas e o diagnóstico é feito no exame ginecológico de rotina.
Em alguns (raros) casos, pode ser necessário fazer-se um exame colposcópico para que se distingam os cistos de Naboth de lesões cervicais de outros tipos.
Qual o tratamento para o cisto de Naboth?Em muitos casos, não é necessário nenhum tratamento específico para o cisto de Naboth, já que os estes cistos raramente causam sintomas. No entanto, os cistos podem ou não desaparecer espontaneamente.
Quando causam sintomas como dor ou sensação de plenitude na vagina, causando incomodo, pode ser drenado ou totalmente retirado. Podem ser removidos por eletrocauterização, uma das técnicas mais usadas, e que pode ser realizada no consultório médico.
Caso tenha mais dúvidas sobre o cisto de Naboth, consulte o seu ginecologista.
Leia também:
É possível engravidar tendo cisto de Naboth?
Referências bibliográficas:
Benign cervical lesions and congenital anomalies of the cervix. Uptodate. 2021
Não existe um intervalo de tempo recomendado para ficar deitada quando se usa uma pomada ginecológica. No entanto, é indicado fazer a aplicação da pomada à noite, antes de dormir, para garantir que ficará agindo no canal vaginal durante o período de sono.
Aconselha-se a aplicação da pomada ginecológica na posição horizontal (deitada, de barriga para cima) e com as pernas dobradas e um pouco afastadas. Assim, fica mais fácil e confortável para introduzir o aplicador.
Utilize o medicamento até o fim do tratamento, pelo período indicado pelo médico. Se tiver alguma reação, como coceira, fale com o médico antes de pensar em parar de usar.
Você pode se interessar:
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- Quanto tempo depois de usar a pomada vaginal posso ter relações sexuais?
Referências:
Gyno-Icaden. Bula do medicamento.
Gino-Canesten. Bula do medicamento.
Trivagel-N. Bula do medicamento.
Os sintomas de hérnia de disco podem incluir dor no pescoço ou na coluna lombar, formigamentos, alteração de sensibilidade e até perda de força muscular em braços ou pernas.
No caso da hérnia de disco lombar, os sintomas podem incluir:
- Dor na coluna lombar (região inferior das costas), que pode irradiar para o glúteo, região posterior da coxa, perna e pé (dor ciática);
- Dor lombar ao se movimentar, fazer esforços ou levantar objetos;
- Formigamento em coxa, perna ou pé;
- Alterações de sensibilidade de um membro inferior;
- Perda de força muscular de um membro inferior.
As hérnias de disco da coluna lombar frequentemente estão associadas a sintomas que envolvem o nervo ciático.
Já a hérnia de disco cervical pode causar os seguintes sintomas:
- Dor no pescoço que pode irradiar para ombro, braço, mão e dedos;
- Formigamentos no pescoço, braço, mão ou dedos;
- Alterações de sensibilidade de um membro superior;
- Perda de força de um membro superior.
As hérnias de disco nem sempre manifestam sintomas, quando existem, variam conforme a área do nervo que está sendo comprimida pela hérnia.
A dor pode ser leve, moderada ou incapacitante. Nos casos mais graves, o comprometimento do nervo pode levar à perda de força muscular, perda do movimento de um membro.
O que é Hérnia de Disco?Hérnia de disco é o extravasamento do núcleo gelatinoso do disco intervertebral que fica entre as vértebras da coluna e atua como um amortecedor.
O rompimento do disco e o consequente extravasamento do seu núcleo pode ocorrer devido a esforços, movimentos bruscos, envelhecimento, má postura, entre outras causas.
Os sintomas da hérnia disco surgem devido à compressão que o núcleo gelatinoso provoca nas raízes dos nervos que saem da medula espinhal.
O diagnóstico da hérnia de disco é feito através de exames de imagem (RX, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, sendo o último o exame mais específico e definitivo para avaliar não só a hérnia, mas o grau de compressão e comprometimento do nervo.
O tratamento inclui repouso absoluto, medicamentos relaxantes musculares e anti-inflamatórios associados a fisioterapia, visando fortalecimento muscular e repostura (RPG). Para a hérnia cervical está indicado ainda o colar cervical, para auxiliar no repouso local. E apenas nos casos sem melhora, ou casos com risco de sequelas neurológicas, está indicado tratamento com cirurgia.
Os pacientes com hérnia de disco devem ser acompanhados preferencialmente por um/a médico/a neurologista ou neurocirurgião/ã.
Leia também:
Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?
Para aliviar a dor no seio durante a gravidez, a gestante deve usar sutiãs adequados e mais confortáveis, feitos com tecidos macios, que tenham alças largas e apoio nas costas. Também é importante que o sutiã não tenha nenhuma armação de ferro, sustente bem a mama e tenha um tamanho ajustável.
Aplicar compressas de água morna nos seios também ajudam a amenizar a dor e o desconforto durante a gestação. Hidratantes com elastina e colágeno na composição podem auxiliar no alívio do incômodo, embora não sejam capazes de acabar com a dor.
Na hora do banho, a mulher deve lavar os seios com sabonete neutro, com movimentos circulares e delicados no sentido dos ponteiros do relógio.
No início da gravidez, é normal os seios ficarem mais sensíveis e doloridos devido às alterações hormonais. O aumento do volume da mama também pode causar algum desconforto e provocar dor.
Para maiores informações sobre como aliviar a dor no seio durante a gravidez, fale durante as consultas com o/a médico/a que está acompanhando seu pré-natal.
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Dor nos rins durante a gravidez não é normal. Se a dor tiver mesmo origem renal, pode ser decorrente de uma infecção urinária ou da presença de pedra nos rins ou nas vias urinárias, ou ainda ser ocasionada por outros problemas renais.
Porém, essa "dor nos rins" pode ser na verdade uma dor na coluna lombar (lombalgia), bastante comum durante a gravidez devido às transformações que ocorrem no corpo da mulher.
É importante lembrar que até 20% das grávidas chegam a ter infecção urinária durante o primeiro trimestre de gravidez. Portanto, é importante estar atenta a sintomas de infecção urinária como: ardência ou dor para urinar, mudança do odor e cor da urina ou ainda aumento da frequência urinária.
Já em relação a dor lombar vale lembrar de algumas características que a ajudam a diferenciar da dor nos rins:
- Pode irradiar para a perna;
- Pode vir associada a uma contratura da musculatura ao longo da coluna;
- Piora com movimentos ou se a mulher ficar muito tempo sentada ou em pé;
- Pode melhorar com o repouso.
Cerca de 50% a 80% das mulheres grávidas apresentam algum tipo de lombalgia, principalmente entre o 5º e o 7º mês de gestação. Há casos em que a dor lombar já começa na 8ª semana de gravidez. A lombalgia é frequente na gravidez por conta de vários fatores, como:
- O hormônio relaxina deixa os ligamentos mais frouxos, inclusive os da coluna e da bacia para poder acomodar o bebê e facilitar o parto;
- À medida que o bebê cresce, a mulher sofre alterações posturais. Uma delas é o aumento da curvatura da coluna lombar (as nádegas ficam mais "empinadas para trás");
- O aumento do útero e o crescimento do feto provocam um ganho de peso na grávida. Isso afeta o seu equilíbrio e provoca uma sobrecarga na coluna lombar.
Veja também: Dor nos rins: o que pode ser e o que fazer?
A grande maioria dos casos de dor lombar não está relacionada com os rins, mas sim com problemas articulares, ósseos ou musculares na coluna.
No entanto, no caso das grávidas, devido ao aumento do risco de infecção urinária, as doenças renais e do aparelho urinário também devem ser consideradas e investigadas.
O melhor é marcar uma consulta com o médico obstetra ou médico de família para que a origem da dor nos rins seja devidamente diagnosticada e tratada, prevenindo assim complicações para a mulher e para o bebê.
Leia também:
É normal ter dor lombar na gravidez?
Os nódulos na tireoide geralmente não são perigosos, já que se tratam de tumores benignos na grande maioria dos casos. Em alguns casos não é necessário nenhum tratamento, em outros casos pode ser necessário realizar acompanhamento clínico, cirurgia ou administração de iodo radioativo, dependendo do tipo de nódulo.
O risco de um nódulo na tireoide ser câncer é baixo, uma vez que apenas cerca de 10% dos nódulos são malignos.
Contudo, mesmo que não seja canceroso, o nódulo de tireoide pode produzir grandes quantidades de hormônios tireoidianos e causar hipertireoidismo. Os sintomas nesses casos podem incluir ansiedade, irritabilidade, dificuldade para dormir, apetite voraz, perda de peso, cansaço, entre outros.
Em algumas situações, o nódulo de tireoide pode crescer muito e comprimir estruturas e órgãos vizinhos, como esôfago e traqueia, causando dificuldade para engolir e respirar,no entanto esse tipo de situação é rara.
O tratamento para os nódulos na tireoide depende do tipo de nódulo diagnosticado. Tumores benignos pequenos, que não produzem hormônios, podem ser apenas monitorados pelo médico clínico.
Para casos de nódulos cancerosos ou suspeitos é indicada a remoção cirúrgica da tireoide, conhecida como tireoidectomia. Após a cirurgia, o tratamento pode continuar com iodo radioativo. O objetivo é destruir eventuais células cancerosas que podem ter permanecido no local.
O tratamento para os nódulos de tireoide que produzem hormônios ou comprimem estruturas próximas também é feito através de cirurgia ou com iodo radioativo.
Se o nódulo não aumentar de tamanho, nenhuma intervenção é necessária. Contudo, se o nódulo começar a crescer, pode ser indicada a sua remoção cirúrgica.
A avaliação e acompanhamentos de nódulos pequenos e benignos pode ser realizado pelo médico de família e comunidade. Em casos de tumor ou produção excessiva de hormônios é necessária a avaliação por um médico endocrinologista.
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Referência
CBRDI. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.