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Qual o valor de referência da ureia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os valores de referência da ureia no adulto variam entre 16 e 40 mg/dL, enquanto que nas crianças o valor de referência fica entre 5 e 36 mg/dL.

A ureia alta pode ser um sinal de que os rins não estão funcionando adequadamente, embora os níveis de ureia não sejam muito confiáveis para verificar a função renal, uma vez que a sua elevação muitas vezes está relacionada com a dieta e o estado de hidratação da pessoa.

Na insuficiência renal, os níveis de ureia no sangue estão sempre elevados. Contudo, ureia alta nem sempre significa problemas renais, pois os seus valores podem ser alterados em casos de dieta rica em proteínas, desidratação, infarto, infecções, tumores, doenças hepáticas, entre outras situações.

Já a ureia baixa pode estar relacionada com desnutrição, falta de proteínas na alimentação, insuficiência hepática, gravidez, doença celíaca, entre outras condições.

A ureia é resultante da metabolização das proteínas ingeridas na alimentação, sendo produzida pelo fígado e eliminada pelos rins através da urina. Quando os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue de forma adequada, a ureia começa a se acumular na corrente sanguínea e os seus valores ficam elevados.

Devido a todos esses fatores que podem alterar os valores da ureia, normalmente esse exame é solicitado junto com o exame de dosagem de creatinina, que é um marcador mais confiável para avaliação da função renal.

Para que serve o exame de ureia?

O exame de ureia é usado para avaliar a função dos rins, sendo indicado em caso de suspeita de lesão renal ou de modo preventivo em pessoas que têm mais chances de desenvolver insuficiência renal crônica, junto com o exame de creatinina.

Fazem parte desses grupos de risco pessoas com hipertensão arterial, rins policísticos, diabetes, cálculos renais frequentes, história de insuficiência renal na família, infecções renais recorrentes, entre outras doenças e condições que aumentam a predisposição para desenvolver insuficiência renal.

Embora não seja suficiente para diagnosticar uma insuficiência renal crônica, a avaliação dos valores de ureia oferece uma boa ideia desta função. Quanto mais alta estiver a ureia, maior é o comprometimento da função dos rins.

O resultado do exame deve ser interpretado pelo/a médico/a que o solicitou, que irá levar em consideração a história e o exame clínico do/a paciente.

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Minha namorada tomou a pílula do dia seguinte 3 vezes... pode causar alguma coisa séria a saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o uso de mais de uma pílula do dia seguinte, no mesmo mês, pode causar graves danos à saúde. A medicação deve ser usada apenas como contracepção de urgência, no máximo uma vez ao mês.

O uso de mais de 1 pílula do dia seguinte por mês, pode ocasionar:

  • Sangramento volumoso (hemorragias)
  • Anemia
  • Náuseas e vômitos
  • Ciclos menstruais irregulares
  • Maior risco de problemas vasculares como: trombose, infarto do coração e derrame cerebral.

Alguns estudos apontam ainda para um maior risco de desenvolver câncer de útero e de mama, principalmente se já houver uma predisposição genética.

Para se proteger corretamente de uma gravidez não planejada, procure o seu ginecologista e avalie a melhor opção para o seu caso. Enquanto isso, deve fazer uso de métodos de barreira, como a camisinha (feminina ou masculina).

O que pode ser sangramento e fraqueza após o uso de pílula do dia seguinte?

Pode ser um efeito colateral da medicação, que é composta de grande quantidade de hormônios. A fraqueza pode ser ainda um sinal de anemia, se o sangramento for muito volumoso.

O que fazer?

No caso de sangramento, náuseas, vômitos e fraqueza após uso de mais de uma pílula do dia seguinte, o mais indicado é que procure um atendimento médico para avaliação.

Sendo confirmada anemia ou se houver sinais de gravidade, o médico poderá prescrever um remédio para interromper o sangramento, reposição de ferro e orientar quanto a alimentação.

Mais raramente, nos quadros graves, pode ser preciso internação hospitalar e transfusão de sangue.

Quando procurar atendimento médico?
  • Sangramento por mais de 7 dias
  • Sangramento volumoso (troca mais de 5 absorventes por dia)
  • Febre
  • Fraqueza
  • Confusão mental
  • Náuseas e vômitos que não melhoram com medicação habitual

Na presença de uma das situações citadas, procure imediatamente um atendimento médico.

A pílula do dia seguinte pode falhar?

É muito raro engravidar se fizer o uso correto da medicação. A pílula do dia seguinte deve ser usada, de preferências, nas primeiras 24 horas após a relação desprotegida, embora possa ser feita até 5 dias após, para as medicações mais novas.

Quanto mais tempo levar para tomar a pílula, menor será a eficácia. Mas se fizer uso dentro das primeiras 24h, a eficácia ultrapassa os 95%, na grande maioria das medicações.

A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação?

Sim. A menstruação pode vir antes da data prevista ou após. A irregularidade menstrual é um efeito esperado e considerado normal da pílula do dia seguinte.

Vale ressaltar que a pílula do dia seguinte e outros anticoncepcionais protegem o casal apenas de uma gravidez não planejada, por isso, recomendamos que para prevenir infecções sexualmente transmissíveis, como a gonorreia e o HIV, faça sempre uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha.

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu ginecologista.

Se você quiser saber mais sobre pílula do dia seguinte, leia:

Como tomar a pílula do dia seguinte?

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Enjoo durante a menstruação é normal? O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sentir enjoo durante a menstruação é normal, embora não seja muito comum. Os enjoos e os vômitos no período menstrual estão relacionados com a variação hormonal que ocorre nesse período.

Os enjoos na menstruação são mais observados em mulheres que também sofrem com fortes dores nessa fase, devido à relação com os hormônios liberados.

Para diminuir esse enjoo, recomenda-se evitar alguns alimentos que podem piorar o quadro, como:

  • Café;
  • Refrigerantes;
  • Chocolate;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Alimentos industrializados;
  • Embutidos;
  • Alimentos ricos em sal e gorduras saturadas.

Em alternativa, a mulher deve procurar aumentar o consumo de frutas cítricas (laranja, tangerina, abacaxi, limão) e iogurtes.

No caso dos enjoos durante a menstruação serem recorrentes, recomenda-se consultar o/a médico/a de família ou ginecologista.

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Com a menstruação saíram pedaços que parecem o fígado. O que pode ser?

Anti-HBS no exame significa hepatite B?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O exame anti-HBs serve para identificar anticorpos contra a hepatite B. Portanto, quando o anti-HBs dá positivo, significa que a pessoa já está imune ao vírus da hepatite B. Isso geralmente acontece após a vacinação ou cura da doença.

O anti-HBs é o anticorpo que o sistema imunológico produz contra o vírus da hepatite B, mais especificamente contra uma proteína localizada na superfície do vírus, conhecida como HBsAg.

Esse anticorpo não está presente em pessoas que ainda estão doentes. Por isso, o objetivo do exame não é saber se o paciente está com hepatite B, mas verificar se a doença já foi tratada e curada.

Para detectar a hepatite B é feito o exame de HBsAg. Em indivíduos doentes, o HBsAg dá positivo. Se o anti-HBs der positivo e o HBsAg negativo, significa que a pessoa já possui anticorpos contra a hepatite B e o vírus não está circulando mais na corrente sanguínea, ou seja, está curada.

Portanto, o exame anti-HBs positivo indica que o paciente já está imune ao vírus da hepatite B, seja por ter ficado doente ou ter tomado a vacina.

Vale lembrar que a vacina contra a hepatite B está disponível gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde).

Saiba mais em:

Hepatite B tem cura? Se tem, qual o tratamento?

Como pode ocorrer a transmissão da hepatite B?

Existe vacina para a hepatite b?

Fiz uma cirurgia recentemente. Quando posso beber bebida alcoólica?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Em geral, após uma cirurgia é preciso esperar entre 10 e 30 dias para voltar a beber bebida alcoólica, mas esse tempo varia conforme o tipo de cirurgia e a orientação do/a médico/a. 

O consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica no pós-operatório deve ser evitado pelo menos enquanto o/a paciente estiver tomando os medicamentos prescritos.

Em cirurgias de médio e grande porte, normalmente recomenda-se que o paciente fique 30 dias sem consumir bebidas alcoólicas.

Na cirurgia bariátrica (gastroplastia), os pacientes só devem consumir bebidas alcoólicas depois de 6 meses, pois além de ser muito calórico, o álcool pode danificar as mucosas do estômago e do intestino, diminuindo assim a absorção de nutrientes.

Se a operação for simples, como a retirada de um nódulo pequeno, pode ser necessário esperar somente 24 horas para voltar a beber, desde que não haja outras contraindicações.

Em cirurgias de hérnia de hiato, por exemplo, recomenda-se que o/a paciente fique sem beber cerveja e outras bebidas com gás nos primeiros meses depois da operação, embora essa indicação esteja mais relacionada com o gás do que com o álcool especificamente.

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A ingestão de bebidas alcoólicas no pós-operatório deve ser evitada porque o álcool pode:

  • Interagir com a medicação ou interferir no seu efeito;
  • Debilitar e desidratar o corpo;
  • Diminuir a resistência, aumentando assim o risco de infecções;
  • Atuar como agente irritante da mucosa que reveste a boca e o sistema digestivo;
  • Aumentar o inchaço, pois o álcool dilata os vasos sanguíneos;
  • Aumentar o risco de sangramentos.

Para saber quando você pode voltar a beber bebidas alcoólicas depois de uma cirurgia, converse com o/a médico/a que fez a operação e sigas as suas recomendações.

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Quais são os sintomas de aborto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os possíveis sinais e sintomas de um aborto espontâneo incluem sangramento vaginal (com sangue de coloração viva ou escura), dores abdominais ou cólicas, saída pela vagina de um coágulo de sangue ou um jato de líquido claro ou rosa, dor na coluna lombar (parte de baixo das costas), contrações uterinas doloridas e febre (aborto infectado).

Porém, vale lembrar que os abortos espontâneos nem sempre apresentam esses sinais e sintomas. É comum a mulher apresentar um aborto sem saber, sobretudo no início da gravidez.

Quais são os sintomas de uma ameaça de aborto?

Uma ameaça de aborto provoca sangramento vaginal fraco ou moderado. Pode haver dores abdominais, tipo cólicas, normalmente pouco intensas.

O colo do útero encontra-se fechado e o volume uterino condiz com o tempo de gravidez. Não há sinais de infecção. Ao exame de ultrassom, tudo está normal e o feto está vivo.

Quais são os sintomas de um aborto completo?

Esse tipo de aborto ocorre geralmente antes da 8ª semana de gestação. Nesses casos, a perda de sangue e as dores diminuem ou acabam depois da expulsão do embrião.

O colo uterino pode estar aberto e o tamanho do útero está menor que o esperado para a idade gestacional. No exame de ultrassom, a cavidade uterina está vazia ou com imagens de coágulos.

Quais são os sintomas de um aborto inevitável e incompleto?

Apresenta sangramento maior que na ameaça de abortamento. A perda de sangue diminui com a saída de coágulos ou restos embrionários.

As dores geralmente são mais fortes que na ameaça de aborto. O colo do útero encontra-se aberto e o ultrassom confirma o diagnóstico.

Quais são os sintomas de um aborto retido?

Normalmente evolui com a regressão dos sinais e sintomas da gravidez, podendo ocorrer sem os sinais de ameaça de abortamento. O colo uterino encontra-se fechado e não há sangramentos.

O exame de ultrassom mostra ausência de vitalidade ou presença de saco gestacional sem embrião.

Quais são os sintomas de um aborto infectado?

Um aborto infectado provoca febre, sangramento vaginal com odor fétido, dores abdominais e eliminação de secreção com pus pelo colo uterino. A infecção geralmente é provocada por bactérias da própria flora vaginal.

Muitas vezes, está associado a manipulações do interior do útero através de técnicas inadequadas e inseguras.

Trata-se de um caso grave que deve ser tratado, independentemente da vitalidade do feto, pois pode evoluir para peritonite (infecção generalizada do interior do abdômen).

O que pode causar um aborto espontâneo?

Cerca de metade dos casos de aborto são causados por anomalias genéticas. Outras causas comuns de aborto incluem:

  • Falta de produção de hormônios;
  • Alterações hormonais;
  • Deficiências do sistema imunológico;
  • Problemas renais;
  • Diabetes descompensado;
  • Doenças infecciosas (rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis…).

Os abortos espontâneos nem sempre têm a causa identificada, principalmente se o aborto acontecer logo nas primeiras semanas de gravidez.

Quais são os fatores de risco para ocorrer um aborto? Idade

Mulheres grávidas aos 40 anos têm 40% de chances de terem um aborto. Aos 45 anos, o risco é de até 80%.

Abortos anteriores

Gestantes que já tiveram abortamentos anteriores têm mais chances de sofrerem um aborto espontâneo.

Tabagismo

Fumar mais de 10 cigarros por dia pode aumentar em até 3 vezes as chances de abortamento. O abuso de álcool e o uso de drogas também eleva os riscos.

Uso de medicamentos

O uso de medicamentos anti-inflamatórios durante o período da concepção aumenta as chances de aborto.

Baixo peso ou excesso de peso

Sabe-se que mulheres com índice de massa corpórea (IMC) inferior a 18,5 ou superior a 25 apresentam mais riscos de terem um aborto. IMC menor que 20 indica peso abaixo do normal e acima de 25 significa sobrepeso.

Na presença de qualquer um desses sinais e sintomas de abortamento, entre em contato imediatamente com o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral ou procure um serviço de urgência.

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Pílula do dia seguinte causa aborto?

Dor no pé da barriga pode ser gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, dor no pé da barriga pode ser gravidez. No início da gestação, é possível haver dores (cólicas) no baixo ventre ou pé da barriga devido ao crescimento do útero. A dor costuma ser leve, mas a intensidade varia em cada mulher.

Além de dor no pé da barriga, pode surgir também desconforto pélvico ou sensação de peso na região inferior do abdômen, como se algo estivesse torcido dentro da barriga.

Outros sintomas iniciais de gravidez incluem atraso da menstruação, náuseas com ou sem vômitos, mamas doloridas e inchadas e aumento da frequência urinária.

É importante observar com que frequência a dor no pé da barriga ocorre, bem como a ocorrência de outros sintomas.

Em quanto tempo aparecem os primeiros sintomas de gravidez?

Os primeiros sinais e sintomas de gravidez normalmente aparecem depois de 3 semanas que ocorreu a fecundação, ou seja, o encontro do espermatozoide com o óvulo.

Contudo, algumas gestantes podem apresentar os primeiros sintomas de gravidez logo no 6º dia após a fecundação. O atraso menstrual geralmente é o primeiro sintoma de gravidez. Contudo, alguns sinais podem surgir antes mesmo do atraso menstrual.

Vale lembrar que os sinais e sintomas de gravidez variam muito de mulher para mulher, bem como a intensidade, frequência e duração dos mesmos. Uma mesma mulher pode apresentar sintomas diferentes de uma gestação para outra.

Muitos dos primeiros sintomas de gravidez podem ser parecidos com as manifestações da tensão pré-menstrual.

Quais são os sintomas de gravidez?

No início da gestação, além do atraso menstrual, podem estar presentes os seguintes sinais e sintomas:

  • Dor no pé da barriga (dores abdominais), náuseas, vômitos;
  • Aumento das mamas, alterações no paladar, gases;
  • Tonturas, desejos alimentares, inchaço abdominal;
  • Sangramento vaginal, dor de cabeça, dor nas mamas;
  • Escurecimento dos mamilos, cansaço, sonolência;
  • Constipação intestinal, tonturas, dor de cabeça;
  • Aumento da frequência urinária, tontura, variações de humor;
  • Dor na coluna lombar, acne e corrimento vaginal.

Depois, ao longo da gravidez, a mulher pode apresentar manchas na pele, aparecimento de uma linha escura no centro do abdômen, estrias, dor nas costas, azia, dor nas pernas, varizes (se houver predisposição) e hemorroidas.

A maioria das gestantes deixa de sentir náuseas depois do 3º mês de gravidez. Também é depois dos 3 primeiros meses que a sonolência diminui.

Identificar os sintomas de gravidez é muito importante para iniciar o acompanhamento pré-natal o mais precocemente possível.

Dentre as medidas que podem ser tomadas logo no início da gravidez incluem: controle dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, controle da alimentação, suplementação com ácido fólico e ferro, controle da pressão arterial, tratamento precoce de infecções, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar.

Se a menstruação não estiver atrasada, é muito provável que a dor não seja sinal de gravidez e por isso deve ser investigada pelo médico a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Para saber mais, leia:

Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Quantas pílulas do dia seguinte posso tomar por ano?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A mulher não deve tomar mais de 12 pílulas do dia seguinte por ano, ou seja, no máximo 1 (uma) por mês.

A pílula do dia seguinte possui doses muito altas de hormônios e o seu uso frequente pode alterar o equilíbrio hormonal e trazer graves complicações, desde hemorragias, quadro de anemia pelo aumento do fluxo menstrual, até o aumento do risco de câncer de útero e mama.

Por isso, é importante lembrar que deve ser usada apenas como um método contraceptivo de emergência. Tomar uma pílula por mês ou 12 por ano já pode ser considerado um uso regular e frequente.

Portanto, se o uso da pílula do dia seguinte é regular e o objetivo é evitar uma gravidez, o mais adequado será iniciar um método contraceptivo mais seguro, que não provoque os mesmos efeitos colaterais e ainda que possa proteger quanto a doenças sexualmente transmissíveis.

Qual é a eficácia da pílula do dia seguinte?

Para que a pílula atinja o objetivo esperado, de impedir a gravidez, ela deve ser tomada dentro de no máximo 72 horas após a relação desprotegida.

O mais indicado é que seja tomada dentro das primeiras 24 horas, quando seu efeito varia entre 90% e 99% de eficácia, e depois reduz gradativamente com o decorrer das horas, podendo chegar a apenas 55%, mantendo assim o risco de gravidez. Após 72 horas da relação este método não tem mais efeito e nem é seguro fazê-lo.

Quando devo tomar a pílula do dia seguinte?

O uso da pílula do dia seguinte deve ser reservado para situações emergenciais como: o rompimento da camisinha, esquecimento do diafragma ou da injeção anticoncepcional, uso incorreto ou esquecimento da pílula anticoncepcional ou ainda em casos de estupro e relações sexuais imprevistas sem proteção.

Pílula do dia seguinte faz mal?

Desde que tomada corretamente e o seu uso não ultrapasse 12 pílulas por ano, a pílula do dia seguinte não faz mal e é um medicamento seguro. Até mesmo mulheres que tomam duas pílulas dentro do mesmo ciclo menstrual não colocam a sua saúde em risco nem apresentam efeitos colaterais graves.

Porém, é sempre importante lembrar que ela é constituída por doses muito elevadas de hormônios e o seu uso frequente pode trazer graves complicações, como alteração do equilíbrio hormonal, sangramentos, anemia devido à maior perda de sangue na menstruação, além de aumentar os riscos de câncer de útero e de mama.

Quais são os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte normalmente é bem tolerada. Contudo, como todo medicamento, pode causar efeitos colaterais. Uma em cada quatro mulheres que tomam a pílula sentem náuseas e ou vômitos.

Outros efeitos menos comuns são o aumento da tensão nas mamas, dor de cabeça, tontura, cansaço, diarreia e sangramentos pequenos após o uso da pílula. Contudo, todos os efeitos indesejáveis da pílula do dia seguinte tendem a desaparecer após as primeiras horas de uso.

Para mais esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte, consulte um médico de família ou ginecologista.

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