Perguntar
Fechar
Furúnculo é contagioso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, embora não seja fácil, porque a secreção infectada costuma estar abaixo da pele, e não exposta, o furúnculo pode contaminar, se houver contato direto com a secreção purulenta.

É comum a bactéria se instalar nas fossas nasais da pessoa, por ser um ambiente quente e úmido.

Furúnculo é uma infecção que ocorre no interior do folículo piloso e se estende pelo tecido subcutâneo e na pele ao redor do folículo. Essa infecção provoca um pequeno abscesso arredondado e repleto de pus.

Essa infecção fica restrita a quem está com o furúnculo, por isso, dificilmente transmite para outras pessoas.

A pessoa com furúnculo deve manter os hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, para evitar a expansão da infecção. Ela pode continuar o contato com outras pessoas ao redor e não precisa de nenhum isolamento.

Vale ressaltar que não é aconselhável espremer o furúnculo nem furar com materiais inapropriados, pois isso pode agravar e espalhar a infecção para a própria pessoa.

Leia também: O que é um furúnculo e como se forma?

Como identificar alguém com transtorno de personalidade histriônica?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O transtorno de personalidade histriônica caracteriza-se por excesso de emotividade e necessidade constante de obter atenção e elogios das outras pessoas.

São pessoas que sentem-se desconfortáveis quando as atenções não são voltadas para elas, podendo muitas vezes apresentar comportamentos sedutores, provocantes ou manipuladores através do corpo ou da beleza para serem notadas.

Os indivíduos com transtorno de personalidade histriônica são muito dramáticos, teatrais e gostam de apresentar discursos para impressionar, expressando as emoções de maneira exagerada. Porém, a conversa tende a ser vaga e pouco profunda, com poucos detalhes.

Outra característica das pessoas com transtorno de personalidade histriônica é a tendência de serem influenciadas pelos outros ou pelas circunstâncias. Buscam constantemente a aprovação dos outros sobre aquilo que pensam ou fazem.

Também é comum o excesso de consideração por pessoas que não são muito próximas. Esse tipo de transtorno de personalidade caracteriza-se pela carência afetiva constante, com comportamentos exigentes e voláteis.

Pessoas com transtorno histriônico apresentam dificuldade de se relacionar com os outros e o ambiente que as rodeia. Muitas vezes não sabem esperar e não toleram atrasos e adiamentos de situações.

Outros sinais marcantes do transtorno de personalidade histriônica são as crises de fúria e choro desproporcionais às situações que as desencadearam. Porém, embora a emotividade dessas pessoas seja exagerada, seus sentimentos podem mudar com facilidade.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno de personalidade histriônica.

Saiba mais:

Como tratar o transtorno de personalidade histriônica?

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Tomar Ritalina para estudar faz mal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tomar Ritalina para estudar faz mal e ainda prejudica os estudos. O uso da Ritalina para estudar ou qualquer outro fim, sem indicação médica, pode trazer sérios riscos à saúde devido aos seus efeitos colaterais, sobretudo no coração e sistema nervoso central, podendo causar:

  • Arritmia cardíaca;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Palpitações;
  • Parada cardíaca;
  • Crise de pânico e ansiedade;
  • Depressão;
  • Alucinações.

Outro risco associado ao uso inadequado da Ritalina é o de dependência química, semelhante ao que ocorre com a cocaína, pois o medicamento aumenta consideravelmente a concentração de dopamina no cérebro, um neurotransmissor associado à sensação de prazer e bem estar.

A pessoa fica dependente da droga para se sentir bem, pois os outros prazeres da vida, apesar de aumentarem um pouco os níveis de dopamina, não chegam nem perto do efeito da Ritalina, levando à dependência e depressão.

Quais os efeitos da Ritalina nos estudos?

A Ritalina não melhora a atenção em pessoas que não são portadoras do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), para o qual o medicamento é indicado.

Também já foi demonstrado que o aprendizado sob o efeito do medicamento, em indivíduos sem o transtorno de atenção, não é de boa qualidade, não é duradouro.

Apesar da Ritalina ser estimulante e afastar o sono, o seu uso inadequado pode apresentar efeitos contrários, como a diminuição do rendimento intelectual, prejudica a retenção de informações, a concentração e memória. O indivíduo se sente mais ativo e alerta, mas isso não significa necessariamente que a sua concentração esteja melhor.

Pessoas que tomam Ritalina para ajudar nos estudos, principalmente à noite, na realidade conseguem estudar durante a madrugada porque ficam acordados e não porque a Ritalina aumenta a concentração nesses casos.

Lembrando que a Ritalina é um medicamento controlado, estimulante do sistema nervoso central, usado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A venda de Ritalina é controlada e a medicação só pode ser adquirida com receita médica especial.

Para maiores esclarecimentos agende uma consulta com médico/a Neurologista ou psiquiatra.

Leia também: O que é ritalina e para que serve?

Quem tem trombofilia pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, quem tem trombofilia pode engravidar, apenas é preciso um cuidado ainda maior durante o pré-natal, com algumas medidas preventivas, visando reduzir os riscos de complicações inerentes a essa condição.

A trombofilia deve estar devidamente diagnosticada e o acompanhamento da gravidez deve ser feito por um médico obstetra com conhecimento desse tipo de problema.

Para prevenir complicações gestacionais relacionadas com a trombofilia, são indicados:

  • Medicamentos anticoagulantes. A heparina é o mais utilizado, principalmente a heparina de baixo peso molecular, que é bastante segura para ser usada na gravidez;
  • Acompanhamento pré-natal rigoroso;
  • Beber muita água, para evitar desidratação, fator de risco para trombose;
  • Evitar sedentarismo, sempre que autorizado pelo médico assistente, deve manter alguma atividade física;
  • Cuidados na alimentação, manter o peso adequado;
  • Evitar roupas apertadas e viagens prolongadas.

A partir do 3º trimestre de gravidez, é importante verificar continuamente a saúde e a vitalidade do feto através de diferentes exames.

Veja também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?; Existem exames para detectar trombofilia durante a gravidez?

Durante o parto, seja normal ou por cesárea, os cuidados com a estabilidade do estado geral da mulher e do bebê devem ser redobrados. O uso de heparina já pode ser reiniciado logo após o parto, cerca de 6 a 8 horas depois.

É importante lembrar que o puerpério (período de 40 a 50 dias após o parto) é a fase que traz maiores riscos para a mulher com trombofilia, pois aumenta a chance dela desenvolver uma trombose. Por esse motivo, a heparina deve ser mantida durante todo esse período e o acompanhamento médico e de exames de sangue, regulares.

O médico ginecologista poderá orientar e esclarecer maiores dúvidas sobre uma gravidez com trombofilia. O mais importante é manter um pré-natal adequado para que sua gestação seja agradável e segura.

Pode lhe interessar também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?

Tenho diarreia verde, o que posso fazer? Quais são as causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A principal medida para tratar uma diarreia, é procurar manter uma alimentação próxima do seu habitual, sem restrições de alimentos, evitando apenas comida gordurosa, frituras ou com grande quantidade de açúcar, e beber pelo menos 2 litros de água por dia.

Isso para garantir uma nutrição e hidratação adequadas. Em paralelo, é preciso investigar a causa da diarreia, que pode ser normal, se for esporádica e ocorrer após uma alimentação com grande quantidade de alimentos verdes e saladas.

Contudo, se a diarreia verde for recorrente ou vier acompanhada de outros sintomas como febre, dores na barriga e mal-estar, não é considerado normal. As causas mais comuns são: gastroenterite, alergias alimentares, doenças inflamatórias do intestino, ou ainda, pelo uso de medicamentos.

Saiba um pouco mais sobre as principais causas e o que fazer, nesse artigo.

Diarreia verde por consumo aumentado de alimentos verde-escuro

A alimentação rica em saladas, verduras e legumes, favorecem o equilíbrio do trânsito intestinal, evitando constipação e a diarreia. Mas se o consumo for excessivo, especialmente de folhas cruas, de cor verde-escuro, como agrião, alface, rúcula, espinafre e couve, por exemplo, pode, resultar em fezes amolecidas e até diarreia.

Tratamento: Nesse caso, recomenda-se variar mais a alimentação, inserindo carboidratos, proteínas e, sempre que possível, solicitar a avaliação de um profissional nutricionista, para orientar uma alimentação adequada ao seu organismo e estilo de vida.

Diarreia verde por gastroenterite

As doenças infecciosas, conhecidas por gastroenterite, causam inflamação e irritação na mucosa do intestino, dificultando a absorção de água e nutrientes, com isso dá origem a diarreia. Certos casos estão mais relacionados com a diarreia esverdeada como a salmonelose e a giardíase, mas qualquer infecção pode se apresentar com quadro de diarreia esverdeada.

Além da diarreia, a infecção intestinal causa dores abdominais, falta de apetite, vômitos e febre.

Tratamento: Se observar um desses sintomas, procure um atendimento médico para dar início ao tratamento correto, com uso de antibióticos e as demais orientações que forem necessárias.

Diarreia verde por doenças inflamatórias intestinais

As principais doenças que causam inflamação na mucosa do intestino, e dificuldade no processo de digestão, são a doença de Crohn, as intolerâncias alimentares, síndrome do intestino irritável e a doença celíaca. Mas nesse caso, acompanhado a diarreia, existem outros sintomas, dependendo da doença, como cólica, falta de apetite e perda de peso.

Tratamento: O tratamento para cada uma dessas doenças é específico, podendo incluir corticoides e imunossupressores. O médico gastroenterologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos.

Diarreia verde por uso de medicamentos

Medicamentos como os antibióticos e suplemento de ferro oral, podem ter a diarreia verde como um efeito colateral. O que não traz preocupação, é apenas a eliminação do composto do produto.

Tratamento: Nesse caso, é importante ingerir bastante água e alimentar-se bem, para evitar a desidratação e a desnutrição, especialmente em crianças. Após o término do tratamento, se a diarreia ou a coloração anormal permanecerem, procure um médico para avaliação mais detalhada.

Se nenhuma dessas condições se aplicam ao seu caso, deve consultar o médico clínico geral, médico de família ou procurar diretamente o gastroenterologista para uma avaliação mais detalhada.

Conheça mais sobre esse assunto nos seguintes artigos:

Cocô verde em crianças ou adultos, o que pode ser?

Quando muco nas fezes é preocupante?

Tipos de fezes: o que o cocô revela sobre a sua saúde?

Referências:

  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Anna Nowak-Węgrzyn, et al.; Food protein-induced enterocolitis syndrome (FPIES). UpToDate. Apr 10, 2019.
  • Michael Auerbach, et al.; Treatment of iron deficiency anemia in adults. UpToDate. Oct 07, 2020.
Joanete tem cura? Qual o melhor tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, joanete tem cura e o melhor e único tratamento definitivo para o problema é a cirurgia. Se a joanete for diagnosticada logo no início, é possível prevenir a sua evolução trocando os calçados. Porém, se a deformidade já for grande e causar muita dor, o tratamento cirúrgico é a única solução.

No início dos sintomas da joanete, o uso de sapatos bem ajustados ao pé, confortáveis, de preferência baixos e com as pontas lisas, para evitar o atrito, pode ajudar a aliviar a dor.

O uso de órteses corretivas pode ajudar a conter a evolução da joanete, mas ainda assim não é suficiente para resolver o problema.

Se com essas medidas a dor não desaparecer, é necessário realizar a cirurgia para corrigir definitivamente a deformidade.

É importante salientar que, na maioria dos casos, a cirurgia só é indicada quando a joanete provoca dor. A operação apenas para fins estéticos é contraindicada.

A intensidade da dor varia muito de pessoa para pessoa. Algumas pessoas apresentam apenas um pequeno desvio, com incômodo e dor durante as atividades diárias, enquanto outras possuem grandes joanetes que causam mais sintomas.

Como é a cirurgia de joanete?

A cirurgia de correção da joanete é feita através de técnicas minimamente invasivas, da seguinte forma:

1. São feitos pequenos "furos" com cerca de 3 mm no local da joanete;

2. Introduz-se uma broca de dentista modificada nesses orifícios;

3. O médico corrige as deformidades com a broca.

A cirurgia é realizada com anestesia local e sedação. No pós-operatório, não há necessidade de usar gesso. Apenas fitas adesivas, enfaixamento e calçado adequado.

O paciente recebe alta do hospital no mesmo dia e pode sair andando sobre o pé operado, porém com carga parcial.

Existe algum tratamento caseiro para joanete?

Os "tratamentos caseiros" para joanete consistem em evitar sapatos de salto alto e bico fino, além de ficar descalço ou usar chinelo sempre que possível. Essas medidas podem ajudar a prevenir o agravamento da joanete e aliviar as dores.

O uso de espaçadores para melhorar o posicionamento dos dedos, protetores de calos e palmilhas também auxiliam no alívio da dor, mas não são suficientes para prevenir ou corrigir a deformidade.

A dor causada pela joanete se agrava com o uso de calçado inadequado, o que inclui a forma e o tamanho dos sapatos utilizados. O pouco espaço para a saliência da joanete dentro do calçado provoca atrito, inflamação e, em alguns casos, feridas.

A cirurgia é a única forma de tratar a joanete definitivamente.

O que é a joanete e quais as suas causas?

A joanete, conhecida pelos médicos como Hállux Valgus, é o desvio do dedão (hálux) para fora (valgo), que deixa uma protuberância óssea dolorosa na parte interna do pé.

O desalinhamento entre os ossos, os ligamentos e os tendões leva a um aumento progressivo da deformidade, que vai piorando com o passar dos anos.

A joanete afeta principalmente as mulheres e tem como principais causas fatores genéticos e uso de sapatos de salto alto e bico fino.

Por isso, a melhor forma de prevenir a joanete é usar sempre calçados confortáveis e adequados.

O tratamento da joanete é da responsabilidade do médico ortopedista, especialista em tornozelo e pé.

Fezes escuras, fezes claras, esverdeadas ou fezes com sangue, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A mudança de cor ou de consistência das fezes, pode ser causada por alimentos diversos, medicamentos ou pela presença de alguma doença no organismo. Portanto, deve sempre ser considerado uma avaliação médica, especialmente se for frequente.

As fezes, popularmente chamada de cocô, representam a saúde do trato gastrointestinal de cada um. A sua composição pode ajudar a descobrir problemas na saúde ainda em estágios iniciais, possibilitando melhor tratamento e resultados.

Esteja atento a essas alterações, e se persistirem por mais de 5 a 7 dias, procure um médico da família ou gastroenterologista o mais rápido possível.

Fezes escuras, o que pode ser?

As fezes de cor escura, podem estar relacionadas a alimentação, como o consumo exagerado de alimentos escuros ou arroxeados, como a beterraba. Pode ser devido ao uso de certos medicamento, como na reposição de ferro (sulfato ferroso), ou por um sangramento no sistema digestivo, principalmente o estômago, o que chamamos de hemorragia digestiva.

Na hemorragia, o sangue é digerido e eliminado nas fezes, que se tornam bem escuras, quase pretas, com a consistência amolecida e aspecto brilhoso e um odor extremamente forte e desagradável, característico. Essas fezes recebem o nome de melena.

A causa mais frequente de melena é a perfuração de uma úlcera (ferida), na parede do estômago. Uma situação de urgência, que se não for tratada rapidamente, pode levar à morte. Por isso, na suspeita de melena, procure um atendimento de urgência, imediatamente.

Fezes claras, o que pode ser?

As fezes claras, são consequência da falta do pigmento bilirrubina no bolo fecal, e isso acontece principalmente quando existe algum problema nas vias biliares ou no fígado.

Dentre as doenças que mais ocasionam as fezes claras podemos citar, as hepatites, cirrose hepática, alcoolismo, uso de certos medicamentos, presença de "pedras" ou cálculos na vesícula e obstrução do ducto biliar.

No caso de fezes muito claras, procure um gastroenterologista para iniciar uma investigação e tratamento.

Fezes verdes ou esverdeadas, o que pode ser?

A presença de fezes verdes ou esverdeadas, sugere algum problema na digestão, ou na flora bacteriana intestinal, responsável por modificar a cor esverdeada da bilirrubina para o castanho.

Infecção intestinal (gastroenterite), uso de antibióticos, remédios de emagrecimentos, ansiedade ou qualquer situação que acelere a passagem do bolo fecal, impede a ação das bactérias naturais do órgão, mantendo a cor esverdeada das fezes.

Alguns alimentos também são capazes de modificar a coloração das fezes mesmo que aconteça a ação normal das bactérias, como a alface, brócolis, agrião, espinafre e outros alimentos de coloração ver-escura.

Fezes amarelas ou amareladas, o que pode ser?

As fezes mais amareladas, ocorrem devido à dificuldade na absorção de gordura.

O que pode acontecer nos casos de infecção intestinal, alimentação com alto teor de gordura, doença celíaca, intolerância a lactose, pancreatite, síndrome do intestino irritável, parasitose intestinal, entre outras.

Na suspeita de infecção, especialmente no caso de fezes amolecidas, amareladas ou esverdeadas, associada a cólica e febre, é importante procurar um atendimento de emergência, para iniciar o tratamento correto e evitar complicações.

Fezes avermelhadas ou com sangue, o que pode ser?

As fezes com presença de sangue vivo, ou avermelhada, não "escuras" como no caso da melena (descrita acima), falam a favor de uma doença do trato intestinal baixo, ou lesão de vasos sanguíneos próximos ao reto, orifício de saída das fezes. Porque não deu tempo de "digerir" esse sangue, por isso é mais vermelho.

As hemorroidas, feridas, traumas e pólipos intestinais são as causas mais frequentes desse sangramento. Raramente, pode representar um quadro de câncer de cólon, em estágio mais avançado.

Sendo assim, se o sangramento persistir por mais de 3 a 5 dias ou perceber outros sintomas, como perda de peso, mal-estar e fraqueza, deve procurar um gastroenterologista para avaliação médica.

Muco nas fezes, o que pode ser?

O muco é uma espécie de descamação da mucosa do intestino, que pode ser expelido com as fezes em situações de maior peristaltismo, como no uso de laxantes, na preseça de infecção intestinal, mais uma vez, ou outras doenças intestinais.

A diferença se dá pela quantidade de muco expelido e pela presença ou não de sintomas associados. Na eliminação natural, o muco é encontrado em pequena quantidade e não há mais sintomas.

No caso de doenças intestinais, como infecções, pólipos, tumores ou síndrome do cólon irritável, outros sintomas são encontrados, por exemplo, a diminuição do apetite, perda de peso, náuseas, vômitos, febre e oscilação do trânsito intestinal.

Fezes moles ou muito duras, o que pode ser? Fezes amolecidas

As fezes mais amolecidas, ou “coco mole”, costuma acontecer nos casos de alimentação líquida ou gordurosa, uso de antibióticos e outros medicamentos mais potentes. Para cada um dos casos, será indicado um tratamento e orientações.

Fezes muito duras

A desidratação e alimentação inadequada, são sem dúvida a principal causa para essas situações. Ainda, a falta de atividade física e estilo de vida, contribuem para a formação desse tipo de fezes. Procure um profissional dessa área, nutricionista e ou nutrólogo, para planejamento alimentar individualizado.

Qual a cor normal do cocô?

A coloração considerada normal para o cocô, deve ser castanho, em geral castanho-escuro. A coloração mais escura, mais clara, esverdeada, amarelada, com presença de sangue ou de muco, sinalizam diferentes situações, que detalhamos mais adiante para cada caso.

A consistência deve ser mais endurecida, porém úmida, sem causar dificuldade ou dor na sua eliminação.

Quais são os alimentos que podem alterar a cor do coco?

Os alimentos que costumam causar alterações na cor das fezes são alimentos verde-escuro, como brócolis, espinafre, couve; beterraba e o alface.

Vale ressaltar que a mudança de cor devido à alimentação, não oferece riscos à saúde, nem deve ser modificada por esse motivo.

Quais os remédios que podem alterar a cor do coco?

Dentre os remédios mais comuns que alteram a coloração do cocô, podemos citar os antibióticos, como rifampicina, amoxacilina, ampicilina, entre outros, e o suplemento de ferro.

Na presença de mudança de consistência, cor ou situações que perceba alterada no trânsito intestinal, ou nas fezes eliminadas, procure um médico especialista, gastroenterologista, que poderá avaliar e orientar o seu caso adequadamente.

Pode lhe interessar ainda:

Fluconazol tira mau cheiro vaginal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O fluconazol não ajuda a tirar o mau cheiro vaginal. Ele é utilizado para o tratamento de candidíase vaginal, mas o mau cheiro não é um sintoma associado a essa infecção.

O mau cheiro vaginal pode ser um sintoma de outras infecções que são tratadas com outros medicamentos, como a tricomoníase ou a vaginite por Gardnerella vaginalis.

Para o correto diagnóstico da doença que está causando o mau cheiro vaginal, é necessário ir ao médico de família ou ao ginecologista.

Para saber mais, leia também:

Referências:

Fluconazol. Bula do medicamento.

Simões JA. Sobre o diagnóstico da candidíase vaginal. Rev. Bras. Ginecol. Obstet.2005; 27 (5): 233-4

da Silva FV. Candidíase vaginal: Conhecimento de um grupo de mulheres cadastradas em uma clínica de enfermagem. Relatório final de pesquisa. Prof. Orientador: Mestre Paula de Sousa e Castro. 2018. UNIP. São Paulo - SP

Araújo CLF, Santos C. Consulta de Enfermagem Ginecológica: Eficácia do