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Alergia na pele: o que causa, tipos de alergia e como tratar.
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A alergia na pele pode ser causada por diferentes agentes e situações, sendo os mais comuns:

  • Medicamentos;
  • Ressecamento da pele;
  • Picadas de insetos;
  • Uso de roupas sintéticas, de lã, poliéster, entre outros;
  • Contato com determinadas plantas ou pelo de animais;
  • Intoxicação alimentar;
  • Exposição ao frio ou ao calor;
  • Uso de Bijuteria;
  • Cosméticos como maquiagem, desodorante, produtos de beleza e produtos químicos.

Os tipos de alergia e o tratamento, devem ser definidos por um médico dermatologista ou alergologista, porque embora os sintomas sejam semelhantes, os tratamentos podem ser distintos.

Contudo, em qualquer caso de reação alérgica, é importante limpar rapidamente o local, com água corrente, para retirar toda a substância irritativa, reduzindo a reação inflamatória da pele e assim, evitando maiores complicações.

Quais são os tipos mais comuns de alergia e como tratar?1. Urticária

A urticária é o aparecimento de placas ou manchas avermelhadas na pele, em alto-relevo, que coçam bastante e que geralmente acontecem logo após o contato com o fator causador da alergia.

Medicamentos, picadas de insetos, contato com produtos químicos, intoxicação alimentar, estresse, frio ou calor extremos, são exemplos fatores que desencadeiam uma reação alérgica do tipo urticária.

A reação que costuma desaparecer espontaneamente, dentro de poucos dias.

Como tratar?

A urticária é tratada com medicamentos orais ou tópicos a base de anti-histamínicos, como o Hixizine® ou pomada local de corticoides.

2. Angioedema

O angioedema, na verdade, é a evolução da urticária, a forma mais grave, devido à uma reação inflamatória intensa, que ao invés de melhorar, alcança camadas mais profundas da pele, dando origem a um importante edema (inchaço) local.

Os locais mais acometidos são os lábios, pálpebras, língua e garganta.

Esse inchaço precisa ser rapidamente tratado, para evitar maiores complicações, como queda da pressão arterial e edema de glote (inchaço na garganta), que causa dificuldade para respirar e risco de morte para o paciente.

Como tratar?

Na presença de angioedema, é necessário procurar imediatamente um serviço de emergência para tratamento com corticoide e/ou antialérgico por via endovenosa, ou intramuscular.

3. Dermatite

A dermatite é representada por manchas vermelhas e coceira intensa, em regiões mais "ressecadas" da pele. Além das manchas vermelhas e da coceira, a dermatite pode vir acompanhada de outros sinais e sintomas como bolhas que extravasam um conteúdo líquido e formam crostas. É comum ainda, alterações no tom da pele, que pode ficar mais clara ou mais escura.

Habitualmente causada por exposição à água fria ou muito quente, exposição prolongada ao sol, ou mudança brusca de temperatura, que agravam consideravelmente as manchas e a coceira.

As dermatites podem ser classificadas em dermatite de contato, atópica e seborreica.

  • Dermatite de contato: reação na região que teve o contato com a substância alergena (bijuteria, talco, látex, perfumes, roupa sintética, plantas, medicamentos, entre outros);

  • Dermatite atópica: atinge mais as regiões de dobras, como atrás do joelho, dobra do braço e pescoço. Causa vermelhidão, coceira, bolhas e descamação da pele;

  • Dermatite seborreica: acomete mais as regiões com grande quantidade de glândulas seborreias, como a região da face, barba, couro cabeludo e região do tórax.

Como tratar?

O primeiro passo é sempre limpar bem o local com água, para remover todo a substância que causou a reação alérgica do local. Depois, o tratamento dependerá do tamanho da reação alérgica e local acometido. Geralmente é indicado o uso de anti-histamínicos e corticoides, nas diferentes apresentações (pomada, shampoo, loção hidratante).

O que é uma alergia de pele?

A alergia na pele é uma reação inflamatória, causada por algum estímulo irritativo, dando origem aos sintomas conhecidos, de vermelhidão e coceira no local, algumas apresentam ainda, placas avermelhadas em alto-relevo, "bolinhas", bolhas, sensação de "pinicação", ardência e descamação da pele.

Vale ressaltar que tão importante quanto tratar, deve ser identificar os fatores causadores da alergia na pele, para que consiga afastar todos os fatores e substâncias irritantes, evitando novos episódios e/ou complicações.

Principalmente se for um quadro de urticária, que pode evoluir com angioedema, levando ao risco de complicações respiratórias graves.

Na presença de uma reação alérgica na pele, procure um médico dermatologista, alergologista ou médico da família, para confirmação do diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequado.

Leia também:

Referência:

Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O que é cancro mole e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cancro mole é uma doença sexualmente transmissível (DST), altamente contagiosa, causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, que penetra na pele através de microlesões causadas pelo atrito sexual. Os sintomas surgem após um período de incubação de 4 a 10 dias, que pode chegar até 35 dias.

O cancro mole é transmitido através de relação sexual vaginal, anal ou oral sem proteção com uma pessoa infectada.

O cancro mole é mais comum nas regiões tropicais, sobretudo nas comunidades com maus hábitos de higiene. A prevalência em homens é muito superior que nas mulheres, na proporção de 20 homens para cada mulher.

Quais são os sintomas do cancro mole?

Os sintomas do cancro mole caracterizam-se por lesões tipo úlceras, de 1 a 2 cm, geralmente dolorosas, de borda irregular, com contornos inchados, vermelhos e fundo irregular, coberto por uma secreção (exsudato) amarelada, purulenta ou necrótica, de odor fétido. Quando esse exsudato é removido, nota-se um tecido de granulação que sangra com facilidade.

O sinal inicial do cancro mole é o aparecimento de uma ferida pequena com pus, que pode surgir isoladamente ou em grupo. Depois, a lesão fica úmida e causa muita dor, que irradia para outras partes do corpo e aumenta de intensidade. A seguir, aparecem outras lesões ao redor das primeiras.

Duas semanas depois do início dos sintomas, pode surgir um nódulo doloroso e avermelhado na virilha (íngua). Esse nódulo pode se abrir e libertar um pus de consistência espessa e coloração esverdeada, juntamente com sangue.

Os sinais e sintomas do cancro mole podem vir acompanhados de dor de cabeça, fraqueza e febre.

As lesões do cancro mole são parecidas com aftas e estão mais espalhadas que no herpes genital, em que as vesículas concentram-se numa área avermelhada. Quando as lesões do herpes genital são acompanhadas de candidíase, podem ser confundidas com cancro mole.

Sintomas de cancro mole no homem

O cancro mole no homem localiza-se geralmente no prepúcio, frênulo e sulco balanoprepucial (extremidade do pênis).

Lesões fora dos órgãos genitais não são muito frequentes. Dependendo do estágio em que a doença é diagnosticada, 30 a 50% dos pacientes homens apresentam "íngua" unilateral (em apenas um lado). A íngua surge na região inguinal (virilha), é extremamente dolorosa e tem evolução aguda, que culmina com o extravasamento de uma grande quantidade de pus.

Sintomas de cancro mole na mulher

Na mulher a infecção pode não manifestar sintomas. Quando surgem, as lesões localizam-se no ânus, na entrada da vagina e na face interna dos grandes lábios. Podem também surgir lesões com sintomas discretos no colo uterino e na parede vaginal.

Vale lembrar que, na mulher, mesmo quando a lesão não é visível, há dor durante a relação sexual e a evacuação.

Qual é o tratamento para cancro mole?

O tratamento do cancro mole é feito à base de antibióticos, além do uso de sabonetes, loções e higienização intensa do local. Durante o tratamento e até que a doença esteja completamente curada, a pessoa não deve ter relações sexuais.

A pessoa que está sendo tratada deve ser acompanhada até a resolução completa das lesões.

Pode ser indicada a aspiração dos linfonodos regionais acometidos, por meio de agulhas de grosso calibre, para aliviar a tensão nos mesmos. A retirada dos gânglios afetados ou a drenagem dos mesmos através de cortes é contraindicada.

O tratamento do cancro mole pode ser realizado gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde. A prevenção da doença é feita com uso de preservativos em todas as relações sexuais.

Quais as causas da icterícia neonatal e como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A icterícia neonatal é causada pelo excesso de bilirrubina indireta no sangue do recém-nascido. Trata-se de uma condição "normal", fisiológica, de adaptação do organismo do bebê na grande maioria das vezes.

Entretanto também existem outras causas, não fisiológicas, ou seja, consideradas anormais, que sobrecarregam o fígado do recém nato causando a icterícia, e nessas situações é necessário um tratamento específico. São consideradas causas não fisiológicas de icterícia neonatal:

  • Hipotireoidismo congênito;
  • Incompatibilidade RH entre mãe e bebê;
  • Bebês de mães diabéticas;
  • Hemorragias;
  • Hematomas ou equimoses em reabsorção;
  • Infecções;
  • Anomalias gastrointestinais, e
  • até Oferta inadequada do leite materno.
O que é icterícia neonatal?

A bilirrubina é uma substância amarela proveniente do metabolismo da hemoglobina. Por isso, quando sua fração "indireta", ainda não transformada, encontra-se em excesso no sangue, ela dá à pele e aos olhos do bebê a sua coloração, amarelada.

Quando a substância passa pelo fígado, é transformada em bilirrubina "conjugada" ou bilirrubina direta, sendo então eliminada nas fezes ou na urina. Porém, como o fígado do recém-nascido ainda é imaturo, pode haver um atraso nessa conjugação, acumulando a bilirrubina no corpo, o que resulta na icterícia neonatal.

Recém-nascido com icterícia neonatal Quais são os sintomas da icterícia neonatal?

O principal sintoma é a coloração amarelada inicialmente na face e olhos do bebê, que depois são evidenciados também no tronco, abdômen, braços e pernas.

A icterícia neonatal costuma surgir entre o 2º e 3º dias de vida, o que permite seu tratamento ainda na maternidade, e tende a desaparecer progressivamente a partir do 10º dia de vida.

Em geral, a icterícia neonatal não oferece riscos ao bebê. Contudo, existem causas que devem ser investigadas e tratadas, para prevenir maiores riscos ao bebê, como as doenças gastrointestinais, a incompatibilidade sanguínea entre a mãe e a criança e alterações endócrinas, como o hipotireoidismo congênito principalmente.

Nos casos de doenças que levam a icterícia pela alta concentração de bilirrubina indireta no sangue, podem ser observados ainda outros sintomas, como irritabilidade, dificuldade na amamentação, coloração amarelada logo no 1º dia de vida, entre outros. Em situações muito raras, a quantidade de bilirrubina acumulada é tão alta que pode causar danos no sistema nervoso do bebê, a complicação mais temida da icterícia neonatal..

Qual é o tratamento para icterícia neonatal?

O tratamento da icterícia neonatal consiste na aplicação de luzes fluorescentes azuis na pele do recém-nascido, chamada fototerapia. Esse tratamento favorece o metabolismo e a excreção da bilirrubina, auxiliando o organismo ainda frágil do bebê.

A amamentação deve ser estimulada e frequente, sem restrições. São indicadas cerca de 10 mamadas por dia (24 horas). Essa recomendação durante o tratamento da icterícia neonatal serve sobretudo para aumentar o aporte calórico e o volume ingerido, o que favorece a eliminação da bilirrubina pelas fezes e pela urina.

Quando a icterícia tem origem em alguma doença ou incompatibilidade sanguínea, a fototerapia deve ser mais intensa e as sessões mais longas. Em alguns casos, o recém-nascido pode precisar receber transfusão de sangue.

Felizmente, na maioria dos casos de icterícia neonatal, o excesso de bilirrubina acaba por ser eliminado gradativamente e a icterícia resolvida em poucos dias sem qualquer sequela.

O tratamento da icterícia neonatal é da responsabilidade do/a médico/a pediatra.

Leia também: Como posso saber se o meu bebê tem icterícia?

O que é peito de pombo?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

O pectus carinatum, também conhecido como "peito de pombo", tórax de sapateiro ou tórax em quilha, é uma deformidade da caixa torácica que caracteriza-se pela protusão do osso esterno e das costelas. Em geral, aparece ou se torna mais evidente no início da puberdade, por volta dos 10 anos de idade.

O peito de pombo é uma condição permanente, que não melhora sozinho, e que traz consequências para a postura, podendo causar dores nas costas e no pescoço, além de problemas sociais e psicológicos relacionados à autoestima e ao bullying.

O tratamento para o peito de pombo depende gravidade do caso. O uso de um tipo de colete chamado CDT pode ser suficiente para remodelar a caixa torácica em alguns casos.

Contudo, nos casos mais graves, pode ser necessário fazer a cirurgia corretiva. Nesse caso, é fundamental que o paciente e sua família sejam profundamente esclarecidos sobre os riscos relacionados a anestesia, infecções, cicatrizes entre outros.

Com relação a fisioterapia e a musculação, elas têm seu papel no alívio da dor e da má postura, porém não são suficientes para resolver a deformidade óssea.

Vale lembrar que fazer musculação sem usar uma órtese pode piorar o peito de pombo ou tornar a deformidade mais rígida. O aumento de massa muscular somente disfarça o problema e não corrige a deformidade.

O médico ortopedista ou cirurgião torácico é o especialista responsável por diagnosticar o peito de pombo e indicar o tratamento mais adequado.

Plasil: para que serve e quais são os efeitos colaterais?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O Plasil ® é um medicamento comercializado sob a forma de gotas e comprimidos e que tem como princípio ativo o cloridrato de metoclopramida monoidratado. O

Plasil ® serve para tratar alterações dos movimentos peristálticos do aparelho digestivo, como em casos de náuseas e vômitos decorrentes de cirurgia ou não, doenças metabólicas e infecciosas, ou ainda causadas pelo uso de medicamentos.

O Plasil ® também é indicado para facilitar a realização de exames de raio-x do aparelho gastrointestinal.

Como funciona o Plasil ®?

O cloridrato de metoclopramida monoidratado, princípio ativo do Plasil ®, atua sobre órgãos do sistema digestivo, como estômago e intestinos, aliviando náuseas e vômitos.

Quais são os efeitos colaterais do Plasil ®?

Efeitos colaterais muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos casos): sonolência.

Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 1% a 10% dos casos): sintomas extrapiramidais (sobretudo em crianças e adultos jovens), síndrome parkinsoniana, pressão baixa, inquietude, depressão, diarreia, fraqueza.

Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos): movimentos involuntários, alteração do tônus de tecidos do corpo, alergia, redução do nível de consciência, choque, desmaio, diminuição da frequência cardíaca, alucinação, ausência de menstruação, produção excessiva do hormônio prolactina, responsável pela produção de leite, galactorreia (produção de leite fora do período da amamentação).

Efeitos colaterais raros (ocorrem em 0,01% a 0,1% dos casos): convulsões, confusão.

Posso tomar Plasil ® durante a gravidez e amamentação?

Durante o primeiro trimestre de gravidez, o uso de Plasil ® não está associado a malformações fetais nem a prejuízos na saúde do bebê após o nascimento. Mesmo quando usado nos outros trimestres de gestação, não foi observada toxicidade após o nascimento nesses bebês. Por isso, desde que com conhecimento médico, o Plasil ® pode ser usado na gravidez.

Contudo, o mesmo não ocorre durante a amamentação, uma vez que o Plasil ® é excretado no leite materno, o que pode causar efeitos colaterais no bebê. Por isso, se estiver amamentando, a mulher deve interromper a amamentação ou o uso de Plasil ®.

O uso de Plasil ® deve ser feito com orientação médica. Para maiores esclarecimentos sobre como tomar o medicamento, indicações e possíveis efeitos colaterais, consulte um médico clínico geral ou um médico de família.

Como é a cirurgia de endometriose?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A cirurgia de endometriose normalmente é realizada por videolaparoscopia. O método é o mais usado no tratamento cirúrgico da endometriose, pois permite visualizar os focos da doença de forma mais precisa e definida, além de diminuir os riscos de complicações e garantir uma melhor recuperação no pós-operatório.

A videolaparoscopia é um procedimento minimamente invasivo, em que são realizados pequenos cortes de 5 a 10 mm na parede abdominal e, através deles, são introduzidos uma câmera de vídeo e os instrumentos cirúrgicos.

Depois, o interior do abdômen é insuflado com gás carbônico para facilitar o procedimento e permitir que o cirurgião realize a operação com maior segurança. A seguir, todos os focos de endometriose são retirados e são corrigidas as distorções provocadas pelas aderências resultantes da doença.

O objetivo da cirurgia de endometriose é retirar totalmente os focos de endometriose profunda, corrigir as alterações anatômicas e liberar as aderências da cavidade abdominal. A cirurgia elimina os principais focos da doença e diminui o processo inflamatório dentro do abdômen, melhorando a dor e a fertilidade.

A grande maioria das mulheres submetidas à cirurgia apresentam melhora da dor, embora o risco das lesões voltarem após a operação exista. Para diminuir as chances de recidiva dos sintomas após a cirurgia, normalmente realiza-se um tratamento com medicamentos para as mulheres que não pretendem engravidar a curto prazo.

Lembrando que a cirurgia é indicada para tratar a endometriose quando os sintomas não melhoram com o tratamento medicamentos ou nos casos mais graves da doença.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da endometriose.

Saiba mais em:

Endometriose tem cura? Qual o tratamento?

O que é endometriose intestinal? Quais os sintomas?

Qual é o tratamento para a Síndrome de Tourette?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da Síndrome de Tourette pode incluir medicamentos para amenizar os sintomas e psicoterapia, como a terapia comportamental. O objetivo do tratamento é melhorar a qualidade de vida e fornecer um suporte para um desenvolvimento positivo do paciente.

Se os sintomas forem discretos, a Síndrome de Tourette pode não necessitar de tratamento. Cerca de 60% dos casos não necessitam de tratamento. Contudo, há casos em que os tiques podem incomodar muito a criança, sendo aconselhável tratar o distúrbio.

Também é preciso identificar a presença de outros transtornos psiquiátricos que podem estar associados à Síndrome, como deficit da atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtornos de ansiedade, entre outros.

Nesses casos, esses transtornos geralmente precisam de mais tratamento e atenção que os próprios tiques. Frequentemente os tiques diminuem ao se tratar os outros distúrbios associados.

O tratamento medicamentoso da Síndrome de Tourette é indicado quando os sintomas interferem na vida social, no trabalho ou nas atividades diárias do paciente, na maioria das vezes criança.

Existem diversos remédios que podem ser usados para tratar os tiques, como clonidina, flufenazina, pimozida e haloperidol. Porém, esses medicamentos podem causar diversos efeitos colaterais, como aumento de peso, sonolência, inquietude, raciocínio lento, sintomas depressivos, entre outros.

Portanto, cabe ao médico, juntamente com os pais, avaliar se os benefícios superam os efeitos indesejados da medicação.

Pacientes que apresentam apenas tiques motores focais podem ser tratados somente com injeções de botox nos músculos afetados.

No caso de não haver resposta ao tratamento medicamentoso ou se houver preferência por um tratamento não farmacológico, uma opção é a terapia comportamental.

Vale ressaltar que é essencial também a orientação dos pais e familiares e outras pessoas do convívio da criança, de modo a informar melhor sobre a doença e maneira de lidar com a doença e a pessoa acometida, evitando assim qualquer estigma relacionado a doença.

O médico responsável pelo diagnóstico e tratamento da Síndrome de Tourette é o psiquiatra pediátrico, que é o especialista em saúde mental de crianças e adolescentes.

Saiba mais em: O que é Síndrome de Tourette?

As 8 principais causas de menstruação prolongada e como parar o sangramento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de menstruação prolongada são: os miomas, pólipos, distúrbios de coagulação, uso de medicamento, adenomiose e a presença de um tumor.

É considerada menstruação prolongada, a menstruação que dura mais de 8 dias, mesmo que com pouco fluxo, visto que a menstruação considerada normal tem a duração de 4 a 8 dias apenas.

Contudo, a menstruação prolongada também pode ser normal, se acontecer nos extremos da vida reprodutiva da mulher, como na adolescência, ou próximo à menopausa. Nesse caso, a melhora acontece naturalmente, quando os hormônios estabilizarem.

Para definir a causa e o tratamento, é preciso procurar um ginecologista, e por vezes, realizar exames complementares como ultrassonografia ou exames de sangue.

1. Pólipos

Os pólipos são formações anormais de tecido que se forma dentro do útero. São considerados tumores benignos, que podem não causar sintomas, mas quando apresentam, os sintomas principais são de menstruação prolongada, dolorosa, com ou sem presença de coágulos e também é comum, apresentar eventos de sangramento fora do período menstrual.

O tratamento definitivo dos pólipos é através de pequenas cirurgias, podendo ser realizadas em consultórios, quando pequenos, ou ambiente hospitalar, se o médico entender mais seguro.

2. Miomas

Os miomas são tumores benignos, encontrados especialmente nas mulheres em idade reprodutiva, que podem não causar sintomas, ou desencadear sangramento prolongado com presença de coágulos e cólicas durante a menstruação.

A regressão desse tumor pode ser conseguido com uso de medicamentos, como as pílulas anticoncepcionais, ou com cirurgia para a ressecção do tumor. Cabe ao médico, de acordo com as condições de saúde e intensidade dos sintomas, decidir o melhor tratamento.

3. Problemas de coagulação

Os distúrbios de coagulação, como a hemofilia, e doença de von willebrand, também têm como sintoma típico, o prolongamento dos dias de menstruação. Além disso, apresenta outros sinais de sangramento espontâneo, como sangramento gengival durante a escovação de dentes e manchas roxas em áreas de protuberância óssea.

Na suspeita de problemas de coagulação, procure um hematologista, para avaliação e planejamento do tratamento mais indicado, o mais rápido possível.

4. Distúrbios hormonais

Como citado no início do artigo, nos primeiros ciclos menstruais, devido a imaturidade e constantes oscilações hormonais, é comum que a menina menstrue por mais dias, e passe um ou dois meses sem menstruar. Após o primeiro ano, as irregularidades não devem mais ser entendidas como algo normal.

Da mesma forma, as mulheres que estão próximas da menopausa, experimentam irregularidades menstruais, principalmente a ausência da menstrual, devido a falência ovariana. Mesmo assim, episódios de menstruação prolongada também podem acontecer, e são eventos normais.

5. Câncer

O tumor maligno, é uma causa mais rara de menstruação prolongada, porém deverá ser descartada. Principalmente nos casos de mulher com história de falta de apetite, perda de peso ou sangramento espontâneo, sem motivo aparente.

Cabe ao ginecologista analisar todos esses fatores, avaliar a necessidade de pedir exames de sangue e, definindo a causa, planejar junto a paciente o melhor tratamento.

6. Medicamentos que "afinam" o sangue

Mulheres que usam medicamentos anticoagulantes, aqueles que "afinam" o sangue, podem ter como efeito colateral, o aumento do fluxo da menstruação ou prolonga o tempo de sangramento, semelhante ao que ocorre nas pessoas com doenças hematológicas.

É preciso manter o controle rigoroso das doses dos medicamentos e informar imediatamente ao seu médico, se observar piora ou prolongamento do seu sangramento na menstruação.

7. Adenomiose

A adenomiose é a presença de nódulos de endométrio (tecido da camada interior do útero), na camada exterior do útero, o miométrio. Caracterizada por aumento do fluxo menstrual, cólicas e infertilidade.

O tratamento da adenomiose pode ser feito com medicamentos hormonais, cirurgia para retirada dos nódulos (se estiverem localizados) ou ainda cirurgia para remoção total do útero.

8. Abortamento

Um sangramento prolongado, que não é habitual do ciclo da mulher, acompanhado de cólicas intensas e presença de coágulos, pode sinalizar um problema grave, como um abortamento. Por isso, se houver atraso menstrual, possibilidade de gravidez, e iniciar esse tipo de sangramento, procure imediatamente um atendimento médico para avaliação e devido tratamento.

Menstruação prologada pode ser gravidez?

Não. No início da gravidez, pode até acontecer um discreto sangramento rosado, de pequeno volume, referente ao momento da implantação do óvulo no útero. Um sangramento que não dura mais de 3 dias e não causa mais sintomas.

Portanto, na suspeita de gravidez e início de sangramento, com presença de coágulos e/ou cólica, entre em contato imediatamente com o seu médico, ou um serviço de emergência, para avaliação médica.

Como parar o sangramento prolongado?

Para interromper ou reduzir o sangramento de uma menstruação prolongada, pode ser indicado é preciso procurar um ginecologista para definir o motivo desse sangramento, e assim, planejar a melhor opção de tratamento.

Os medicamentos frequentemente usados são:

  • Pílulas anticoncepcionais,
  • Dispositivo intrauterino (DIU),
  • Ácido Tranexâmico,
  • Anti-inflamatórios não esteroidais (como o ibuprofeno),
  • Cirurgia, em casos que não respondem ao tratamento.

O mais importante, é procurar um ginecologista para diagnosticar e tratar o problema de forma correta e segura.

Quando procurar uma emergência?

Alguns sinais e sintomas são sugestivos de problemas mais graves, que devem ser avaliados rapidamente, em serviço de urgência médica. São eles:

  • dor abdominal,
  • febre alta,
  • sangramento com mau cheiro ou
  • suspeita de gravidez.

No entanto, se não houver sinais de alarme, mas a menstruação prolongada permanecer, procure um ginecologista para dar início a investigação do seu caso e oferecer as devidas orientações.

Conheça um pouco mais sobre esse assunto nos seguintes artigos:

Tenho menstruação abundante: posso fazer alguma coisa para diminuir?

Existe um remédio para diminuir a menstruação?

O que fazer para parar a menstruação?

Referência:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
  • Andrew M Kaunitz, e cols.; Approach to abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients. UpToDate; Oct 29, 2020.
  • Elizabeth A Stewart, et al.; Uterine fibroids (leiomyomas): Treatment overview. UpToDate; Jun 11, 2020.