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Tosse com catarro: o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Todos os casos de tosse devem ser avaliados por um médico visto que se trata de um sintoma comum, mas que pode estar sinalizando desde um simples resfriado, até casos mais graves, como uma infecção, pneumonia ou tuberculose. E apenas o profissional poderá diferenciar esses casos e tratar de forma adequada.

Geralmente, nos casos mais graves, a tosse vem acompanhada de outros sintomas como febre, mal estar, dor no peito ou falta de apetite, embora não seja obrigatório. Pessoas com baixa imunidade, por exemplo, diabéticos, idosos ou pessoas em uso de crônico de medicamentos, podem não apresentar esses sintomas no início, retardando seu diagnóstico e tratamento.

Além da avaliação médica, podemos sugerir como medidas benéficas em qualquer caso de tosse, o aumento da ingesta de água, praticar a inalação e usar chás caseiros, conforme orientação profissional.

Nunca tome medicações por conta própria!

Beber água

Nos casos de tosse com catarro sem mais sintomas, recomendamos que beba muita água, pelo menos 1,5 a 2 litros de água por dia. O aumento da ingestão de água é a principal medida que deve ser tomada, pois, a água fluidifica o catarro auxiliando na sua eliminação.

Inalação

Outra recomendação valiosa é a inalação, que pode ser feita com soro fisiológico ou inalação de vapor de água quente. A inalação age aliviando os sintomas da tosse, fluidificando as vias aéreas, favorecendo também a eliminação da secreção.

Xarope

Xaropes que inibem a tosse (antitussígenos) não são recomendados, pois, assim o catarro não será expelido. Vale lembrar que a tosse é um mecanismo de defesa do corpo para eliminar secreção (catarro), corpos estranhos e agentes infecciosos das vias aéreas.

Em algumas situações, os xaropes expectorantes podem ser indicados porque fluidificam a secreção (catarro), facilitando a sua expulsão e impedindo a obstrução das vias aéreas. Mas nos casos de tosse por infecção, pneumonia ou sinusite aguda, por exemplo, apenas auxiliam na ação dos antibióticos, medicamentos que devem ser prescritos nesses casos.

Efeitos colaterais dos xaropes para tosse

Os xaropes para tosse podem conter em suas fórmulas anti-histamínicos (antialérgicos), descongestionantes e anti-inflamatórios, que podem causar efeitos colaterais indesejados e até problemas mais graves, inclusive com risco de morte. Alguns desses efeitos indesejados incluem: sonolência, aumento da frequência cardíaca ("batedeiras"), agitação e arritmia cardíaca.

Também é importante salientar que nem os xaropes, nem as pastilhas para tosse tratam a causa do problema, apenas aliviam o desconforto e a frequência desse sintoma.

Existe algum xarope ou remédio caseiro para tosse com catarro?Mel para tosse com catarro

Sabe-se que o mel tem propriedades que dilatam os brônquios e diminuem a irritação da garganta, além da ação anti-inflamatória. Por isso, é considerado um bom remédio caseiro para tosse, seca ou com catarro.

A dose indicada é de 1 colher de sopa (adultos) ou 1 colher de sobremesa (crianças) de mel, antes de dormir.

Gengibre para tosse com catarro

Outro produto natural que pode auxiliar o tratamento da tosse é o gengibre, pois possui gingerol, uma substância com ação anti-inflamatória e antibacteriana.

Nos casos de tosse com catarro que durem mais de uma semana, ou que apresentem outros sintomas, como febre, mal-estar, dor no peito e/ou falta de apetite, procure imediatamente um serviço de atendimento de urgência.

Conheça mais sobre o assunto nos artigos a seguir:

Tossir muito e vomitar um líquido amarelo, o que pode ser?

Tosse persistente: o que fazer?

Como aliviar a tosse do bebê? Posso oferecer xaropes para tosse?

Referência

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Fezes pretas, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Fezes pretas ou escuras podem ser causadas pela ingestão, em grande quantidade, de alimentos com folhas escuras, feijão preto, ingestão de vinho tinto, ou por medicações, como o do sulfato ferroso.   Os sangramentos do sistema digestivo em regiões como boca, esôfago, estômago e duodeno (região superior do intestino delgado) também são responsáveis por fezes de coloração escura (melena). 

As causas para estes sangramentos podem ser variadas e, dentre elas, as mais frequentes são as lesões traumáticas, úlceras, esofagites, varizes esofagianas, pólipos e tumores do aparelho digestivo. 

O gastroenterologista é o médico indicado para diagnosticar e tratar os problemas relacionados ao sistema digestivo.

Leia também: Minhas fezes estão verdes, o que pode ser?

O que significa ter o útero em anteversoflexão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ter o útero em anteversoflexão (avf) significa que o seu útero está inclinado para frente, ou seja, fletido na direção anterior do corpo. Trata-se de uma posição considerada normal, em que o útero está "dobrado" para frente e repousa sobre a bexiga. 

A anteversoflexão é uma das variações de posição do útero que os ginecologistas consideram normais e também é a mais comum. As outras são a medioversão (útero mediovertido) e a retroversão (útero retrovertido).

Na medioversão o útero está numa posição mediana, enquanto que na retroversão o órgão está fletido para trás. Esta última variação é chamada popularmente de "útero invertido".

Portanto, essas posições são apenas variações da forma como o útero está posicionado na pelve. Nenhuma delas indica uma anomalia anatômica do órgão.

Contudo, o útero retrovertido pode ser considerado patológico quando a fixação do órgão nessa posição ocorre devido a um processo inflamatório ou a uma infecção genital.

Nesses casos, a retroversão uterina pode ser decorrente de aderências resultantes desses processos inflamatórios ou infecciosos. Tais aderências podem afetar as trompas e o funcionamento normal do útero, podendo dificultar uma gravidez.

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico ginecologista.

Saiba mais em:

Tenho o útero em anteversoflexão. Posso engravidar?

Quem tem útero retrovertido pode engravidar?

O que é útero retrovertido (rvf) e quais os sintomas?

Dor no estômago, enjoo e queimação. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor no estômago, enjoo e queimação podem ser causados por gastrite, uma inflamação generalizada no estômago que o deixa mais avermelhado e provoca feridas superficiais.

Além da gastrite, a dor de estômago, o enjoo e a queimação também podem ser sintomas de outros problemas e condições, tais como jejum prolongado, gravidez, estresse, uso de certas medicações, infecção gastrointestinal, entre outros.

O que é a gastrite?

A gastrite provoca uma inflamação da mucosa que reveste o estômago. A mucosa produz várias substâncias fundamentais para a digestão. Na gastrite, devido à inflamação, a produção dessas substâncias fica prejudicada, interferindo com o processo digestivo.

Em condições normais, a parede interna do estômago fica protegida da acidez do suco gástrico. Porém, quando há lesões na mucosa, o ácido estomacal penetra na mesma, aumentando ainda mais as lesões, podendo gerar úlcera e sangramento.

Quais são as causas da gastrite?

Uma das principais causas de gastrite é o aumento da produção de ácido no estômago, que deixa a acidez do aparelho digestivo alta. O aumento do ácido estomacal prejudica a mucosa que reveste o órgão, gerando um processo inflamatório.

A gastrite também pode estar relacionada com a bactéria Helicobacter pylori, que está presente no estômago de cerca de metade da população. Essa bactéria aumenta a secreção de ácido estomacal, deixando o suco gástrico mais ácido, com consequente inflamação da mucosa que reveste o estômago.

Há pessoas que têm defesas naturais contra a H. pylori e não desenvolvem gastrite. Porém, quando a imunidade está mais baixa, essa bactéria pode agir com mais intensidade e desencadear o problema.

Com o avançar da idade, a mucosa que reveste o estômago vai ficando mais fina, tornando-se mais frágil. Por isso, o risco de gastrite aumenta com a idade.

Quais são os sintomas da gastrite?

A gastrite pode causar dor constante em queimação, que melhora quando a pessoa come e piora com o estresse. Os principais sintomas da gastrite incluem dor na boca do estômago, azia, perda de apetite, enjoo e vômitos. Em alguns casos, pode haver presença de sangue nos vômitos ou nas fezes.

Nas gastrites crônicas causadas pela H. pylori, pode ocorrer atrofia da mucosa e destruição das células produtoras de ácido e enzimas fundamentais para a digestão.

A gastrite pode causar complicações, como úlcera, formação de pólipos, câncer e tumores benignos.

Qual é o tratamento para gastrite?

O tratamento da gastrite é feito com medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago, reduzindo a dor. Se a gastrite for causada pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios, o médico deverá rever a utilização da medicação.

Também é muito importante tratar a infecção por H. pylori através de antibióticos e outros medicamentos.

Consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista para uma avaliação detalhada, diagnóstico e tratamento adequados para a sua situação.

Qual é o melhor tratamento para amigdalite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O melhor tratamento para a amigdalite bacteriana é feito com antibióticos, enquanto o tratamento da amigdalite viral é realizado com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, sempre conforme orientação médica.

As amigdalites de repetição também podem causar a formação de abcessos, que são acumulações de pus ao lado ou atrás da amígdala. O abcesso precisa ser drenado para retirar o pus. A pessoa necessita ficar internada para que a infecção e a dor sejam controladas e para realização de exames.

Amigdalite bacteriana com abcessos de pus

A cirurgia para retirar as amígdalas só é indicada quando as amigdalites são muito frequentes (5 a 7 vezes por ano) ou quando o inchaço na garganta dificulta a respiração.

As pastilhas para dor de garganta apenas aliviam a dor e não são capazes de tratar a inflamação.

O tratamento das amigdalites depende da idade e estado geral de saúde da pessoa, da gravidade, evolução e do tipo de infecção (viral ou bacteriana), bem como da tolerância do indivíduo às medicações e outros procedimentos médicos.

Como é o tratamento da amigdalite viral?

Nas amigdalites provocadas por vírus, o objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, ou seja, controlar a inflamação, a dor e a febre. As amigdalites virais curam-se espontaneamente após cerca de 5 dias.

Alguns dos remédios usados para tratar a amigdalite viral são os anti-inflamatórios nimesulida, diclofenaco e ibuprofeno.

Como é o tratamento da amigdalite bacteriana?

As amigdalites bacterianas necessitam de maior atenção e precisam ser tratadas com antibióticos específicos, administrados por via oral ou injeção. Dentre os medicamentos mais usados estão a penicilina (benzetacil) e a amoxacilina.

O tratamento da amigdalite bacteriana também inclui medicamentos de suporte para controlar os sintomas, como a dor e a febre. Dentre as medicações utilizadas estão a dipirona e o paracetamol.

O tratamento por via oral tem a desvantagem do paciente suspender a medicação por conta própria assim que os sintomas melhoram, o que geralmente acontece após 48 horas.

A grande vantagem das injeções é que normalmente são aplicadas em doses únicas, tanto em adultos como em crianças.

Abandonar o tratamento da amigdalite bacteriana antes do tempo pode trazer complicações graves, pois a bactéria pode ficar resistente ao antibiótico e provocar recaídas, além de outras infecções, como infecção urinária.

Por isso, os antibióticos devem ser tomados nas horas certas e durante o tempo determinado pelo/a médico/a. Em geral, o tratamento é mantido durante 7 a 10 dias.

Quando a remoção das amígdalas é indicada?

A retirada das amígdalas através de cirurgia só é indicada em casos específicos, que não respondem bem aos medicamento e prejudicam a saúde, a respiração e a qualidade de vida da pessoa, como no caso da amigdalite caseosa e nas amigdalites de repetição, que ocorrem diversas vezes ao ano.

Retirar as amígdalas, quando necessário, não baixa a imunidade do paciente. Apesar de serem glândulas de defesa e fazerem parte do sistema imunológico do organismo, é possível viver perfeitamente sem elas, já que o corpo possui outros mecanismos de defesa que podem executar as suas funções.

A cirurgia para retirar as amígdalas também é indicada quando as amígdalas são muito grandes e atrapalham a respiração e a deglutição dos alimentos, podendo inclusive causar perda de peso em crianças.

Nos adultos, além de obstruir as vias aéreas e a deglutição, as amígdalas muito maiores que o normal podem provocar apneia do sono.

Durante o procedimento cirúrgico de remoção das amígdalas, muitas vezes também é retirada a adenoide, uma carne esponjosa do nariz que tem uma função semelhante a das glândulas.

Existe algum tratamento caseiro para amigdalite?

Os gargarejos com água morna e sal são bons remédios caseiros para aliviar a dor, pois limpam a garganta e ajudam a soltar o muco que se forma devido ao pus.

Como fazer o gargarejo:

  1. Misture uma colher (chá) rasa de sal em um copo de água morna;
  2. Faça o gargarejo durante 5 minutos;
  3. Repita o procedimento pelo menos 3 vezes ao dia ou sempre que for necessário.

Não coloque vinagre nem limão na solução, pois são ácidos e podem irritar ainda mais a garganta.

É importante lembrar que o gargarejo não trata a inflamação e, por isso, não substitui os medicamentos receitados pelo/a médico/a.

Quais as complicações do tratamento inadequado da amigdalite?

Suspender por conta própria o tratamento da amigdalite ou se automedicar com antibióticos aumenta os riscos de febre reumática e nefrite (inflamação do rim).

A febre reumática é uma doença inflamatória autoimune, ou seja, o sistema imunológico do indivíduo ataca o seu próprio corpo. Está entre as complicações mais comuns provocadas pelo tratamento incorreto das amigdalites bacterianas.

Todas essas complicações são decorrentes das bactérias que não são eliminadas completamente do organismo e se instalam em outros órgãos e tecidos do corpo.

Como ocorre a transmissão e como evitar a amigdalite?

As amigdalites são transmitidas pelo contato direto ou inalação de saliva ou secreções nasais de pessoas infectadas com os vírus e bactérias causadores da infecção.

Para evitar a amigdalite, além de evitar o contato direto com saliva e secreções infectadas, recomenda-se não fumar e evitar ambientes com ventilador ou ar-condicionado, pois deixam as mucosas secas e reduzem a resistência das amígdalas.

Também é importante tratar adequadamente as amigdalites para que as bactérias não fiquem resistentes aos antibióticos e provoquem recaídas.

Para tratar a amigdalite, consulte um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou um/a otorrinolaringologista.

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O que é amigdalite caseosa?

Linfonodos aumentados pode ser câncer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, linfonodos aumentados pode ser sinal de câncer. Porém, na maioria dos casos, o aumento dos linfonodos está relacionado com inflamações ou infecções localizadas próximas aos gânglios.

Se a causa da linfonodomegalia (aumento do linfonodo) for câncer, os linfonodos aumentam de tamanho, ficam endurecidos, mas geralmente não causam dor. Em geral, o crescimento é lento, a pele não fica avermelhada, não há aumento da temperatura local e a superfície é irregular. Nesses casos, o gânglio tem mais de 2 cm.

Quando o linfonodo está aumentado devido a uma inflamação, o seu crescimento é rápido, há dor no local, a pele que recobre o gânglio fica avermelhada e a sua superfície é regular e lisa. Normalmente o linfonodo não tem mais que 2 cm nesses casos.

Os sinais de alarme que podem indicar que o aumento dos linfonodos é causado por câncer ou alguma infecção grave, como tuberculose, incluem:

  • Aumento progressivo dos linfonodos;
  • Linfonodos que não diminuem de tamanho em 4 semanas;
  • Gânglios linfáticos com consistência dura;
  • Emagrecimento, falta de apetite ou aumento da transpiração;
  • Presença de sinais e sintomas de inflamação, como dor, vermelhidão, aumento da temperatura local ou pus, acompanhados ou não de febre;
  • Linfonodos aumentados na clavícula ou nas axilas;
  • Linfonodos aumentados em mais de duas áreas diferentes do corpo.
Linfonodos aumentados no pescoço

Linfonodos aumentados no pescoço podem indicar a presença de câncer na cabeça ou no pescoço, ou ser sinal de linfoma (câncer do sistema linfático que se origina na maioria das vezes nos linfonodos).

Linfonodos aumentados nas axilas

Linfonodos aumentados nas axilas também podem ser um sinal linfoma ou de câncer de mama.

Linfonodos aumentados na virilha

Na virilha, o aumento dos linfonodos pode estar relacionado com linfomas ou metástases de melanoma (câncer de pele) e câncer ginecológico.

O que são linfonodos?

Os linfonodos ou gânglios linfáticos, são pequenos órgãos de defesa localizados no trajeto dos vasos linfáticos. Eles filtram a linfa, podendo reter, destruir ou retardar a proliferação de micro-organismos (bactérias, vírus, protozoários) e células cancerígenas pelo organismo.

Os linfonodos armazenam e produzem glóbulos brancos, células de defesa que combatem infecções e doenças. Por isso, eles podem aumentar de tamanho e ficar doloridos quando há alguma doença ou infecção, pois estão reagindo aos micro-organismos invasores ou aos agentes agressores.

O aumento dos linfonodos é muito comum em crianças com menos de 2 anos de idade, embora esse aumento não indique nada de grave na maioria dos casos.

Em geral, os gânglios estão aumentados em tamanho e número, sendo facilmente palpáveis. Os locais em que os linfonodos ficam aumentados com mais frequência são no pescoço, nas axilas e na região da virilha.

Nesses casos específicos, o aumento dos gânglios linfáticos pode ser decorrente dos estímulos que o sistema imunológico vai recebendo, à medida que a criança vai entrando em contato com o ambiente e ganhando anticorpos.

Contudo, na grande parte dos casos, os linfonodos aumentados são uma resposta imunológica temporária do organismo a infecções ou inflamações benignas, como amigdalite, otite, entre outras.

Apenas uma biópsia poderá determinar se o linfonodo aumentado é ou não câncer.

Se notar a presença de nódulos no corpo que não desaparecem em até duas semanas, procure o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para fazer uma avaliação e receber um diagnóstico adequado.

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Posso tomar Buclina e complexo B para engordar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Buclina e complexo B muitas vezes são prescritos em conjunto para estimular o apetite, aumentando seu ganho calórico e consequentemente aumentando peso. O uso em simultâneo de Buclina com vitaminas do complexo B geralmente é indicado em casos de emagrecimento por perda de apetite ou algum problema de saúde.

É importante lembrar que o efeito desses medicamentos no ganho de peso está relacionado com o fato da pessoa comer mais. Tanto a Buclina como o complexo B não têm calorias para fazer alguém engordar, nem têm a capacidade de produzir gordura corporal.

O efeito estimulante do apetite da Buclina ainda não está bem determinado, mas parece estar relacionado com uma ação hipoglicemiante do medicamento.

Isso significa que a Buclina estimula o pâncreas a secretar insulina, que é o hormônio responsável por transportar a glicose (açúcar) para dentro das células. Assim, com menos açúcar no sangue (hipoglicemia), o cérebro envia o sinal de "fome" para repor os níveis de glicose sanguínea.

Já as vitaminas do complexo B não aumentam propriamente o apetite, mas a falta delas pode causar perda de apetite, já que essas vitaminas atuam no metabolismo e na produção de energia pelo corpo.

O complexo B geralmente é prescrito para engordar quando há suspeita da falta dessas vitaminas na alimentação. O objetivo da suplementação é normalizar o mecanismo da fome.

Saiba mais em: Complexo B engorda?

A utilização da Buclina com complexo B deve ser feita apenas com prescrição médica. O medicamento pode interagir com outros remédios, além de causar efeitos colaterais indesejados. Já o excesso de vitaminas pode prejudicar o organismo, por isso a suplementação deve ser orientada por um médico ou nutricionista.

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Dor no cóccix: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor no cóccix, principalmente ao sentar e levantar, pode ter várias causas. As mais comuns são: instabilidade do cóccix, espícula óssea no cóccix, cóccix desalinhado, cóccix rígido, espasmos musculares e cisto pilonidal sacrococcígeo. Outras possíveis causas de dor no cóccix incluem tumores na região, degeneração de discos lombares e aracnoidite de nervos sacrais.

O cóccix é um osso localizado no final da coluna vertebral, abaixo do sacro, formado por 4 ou 5 pequenos ossos bem superficiais, sobretudo em pessoas com pouca gordura e músculos no local.

Instabilidade do cóccix

É a principal causa de dor no cóccix, que faz com que o cóccix se desloque mais do que é normal quando a pessoa muda de posição, como se sentar ou levantar.

Essa instabilidade do cóccix por ter como causa: traumas (pancada), quedas, parto normal, acidentes de carro e ação do hormônio relaxina, produzido durante a gravidez.

Traumas

A dor no cóccix causada por traumas (pancadas) geralmente surge depois de uma queda com traumatismo no local. As dores nesses casos podem ou não estar associadas a fraturas.

Após o traumatismo, a dor tende a melhorar em duas semanas com analgésicos e proteção local. Quando há fratura, a dor pode demorar até 3 meses para passar. Quando a dor se torna crônica, pode necessitar de fisioterapia, infiltrações ou cirurgia.

Quando a causa da dor no cóccix não é traumática, normalmente está relacionada com distúrbios posturais ao sentar e mobilidade excessiva do cóccix.

Nesses casos, a dor pode surgir depois de viagens longas, períodos em que a pessoa ficou sentada por muito tempo em locais rígidos ou desconfortáveis ou ainda depois de algum exercício físico, uma vez que o local é um ponto importante de inserção de músculos e ligamentos.

Gravidez

Durante a gravidez, a ação dos hormônios provoca frouxidão dos ligamentos, o que aumenta a mobilidade do cóccix e a ocorrência de dor.

Parto normal

No caso do parto normal, principalmente se o parto for difícil e houver necessidade de usar o fórceps, a pressão no cóccix pode causar dor. Em geral, a dor no cóccix resultante do parto normal é causada por alguma contusão óssea ou lesão no ligamento.

Espícula óssea no cóccix

As espículas são redes finas de fibras com depósitos calcificados entrelaçados e só podem ser vistas em radiografias de boa qualidade ou exames de imagem com melhor definição.

Cóccix desalinhado

Se o cóccix estiver virado para um dos lados ao invés de estar na linha média do corpo, pode causar dor.

Cóccix rígido

Ao se sentar, o cóccix sofre uma ligeira flexão. Porém, se estiver rígido pode causar dor.

Espasmos musculares

Algumas disfunções musculares causam espasmos em determinados músculos do assoalho pélvico, provocando dor. Um deles é o anococcígeo, que está ligado ao cóccix.

Cisto pilonidal sacrococcígeo

Trata-se de um cisto ou abscesso na região do cóccix que pode conter restos de pelos. Se o cisto estiver inflamado, pode formar pus e vazar, causando bastante dor quando a pessoa está sentada. Se inflamar constantemente ou aumentar de tamanho, deve ser removido através de cirurgia.

Qual o tratamento para dor no cóccix?

O tratamento para dor no cóccix é feito com medicamentos anti-inflamatórios, banhos de assento com água quente, proteção almofadada para se sentar, fisioterapia, infiltrações com corticoide (quando os outros tratamentos não melhoram o quadro) ou remoção completa do cóccix através de cirurgia, se os restantes tratamentos falharem.

O tratamento inicial da dor no cóccix é feito com medicamentos, fisioterapia e proteção do local, que pode ser feita com almofadas especiais.

Quando o tratamento conservador não melhora a dor no cóccix, pode ser indicada infiltração com anestésico e corticoide no local e no gânglio que inerva a região. A infiltração alivia a dor no cóccix e reduz a inflamação no local. Ao sair da crise, a pessoa pode começar a reabilitação.

Em caso de dor no cóccix, você pode procurar o/a médico de família, clínico/a geral ou ortopedista.