Enxaqueca com aura não tem cura, assim como a enxaqueca sem aura. A enxaqueca é uma doença genética, associada a fatores externos, que não tem tratamento definitivo ainda conhecido, mas que pode ser controlada com o tratamento adequado.
Com o tratamento adequado, as crises de enxaqeuca podem desaparecer por períodos longos. No entanto, em algum momento, seja por situações de estresse, uso de medicamentos ou alimentos estimulantes, as crises podem retornar.
Como tratar uma enxaqueca com aura?O principal tratamento para a enxaqueca, com ou sem aura, é a prevenção das crises através de medicamentos e métodos não medicamentosos associados.
1. Prevenir as crisesO reconhecimento de causas precipitantes de cada indivíduo é fundamental para definir o seu plano de tratamento. Algumas pessoas desencadeiam a dor através de exposição solar por muito tempo, outras após consumir vinho tinto e queijo amarelo e situações de estresse ou emoção forte, também estão associadas a quadros de dor.
Portanto, sabendo os estímulos que podem causar a dor, basta evitá-los para diminuir as crises de enxaqueca.
Para isso, recomenda-se o uso de um diário da dor. Hoje existem inclusive aplicativos de diários da dor, que auxiliam tanto ao médico quanto aos pacientes, a identificar e evitar os fatores precipitantes de dor e também a acompanhar a resposta ao tratamento proposto.
O tratamento preventivo da enxaqueca tem como objetivo evitar novas crises, diminuir a intensidade e a frequência das mesmas, além de deixá-las mais responsivas ao tratamento da dor.
Quando a crise está instalada, a dor de cabeça pode ser combatida com remédios analgésicos de efeito rápido.
3. Toxina botulínica na enxaquecaJá existem indicações para tratamento com aplicação de toxina botulínica tipo A em casos de enxaqueca crônica, que não responde aos tratamentos convencionais.
A toxina age na musculatura promovendo um relaxamento dos músculos da cabeça e pescoço, reduzindo a frequência de episódios de dor.
Quais são os remédios usados para tratar a enxaqueca?O tratamento da enxaqueca pode ser dividido em duas partes: tratamento da dor e prevenção das crises.
Medicamentos para aliviar a dor:Analgésicos comuns: São úteis para aliviar a dor de cabeça durante uma crise de enxaqueca, normalmente não precisam de receita médica e causam poucos efeitos colaterais. Os mais comuns são o Paracetamol e a Dipirona;
Anti-inflamatórios: São utilizados para alívio da dor. Os mais usados para tratar enxaqueca e dor de cabeça são: Ibuprofeno, Diclofenaco, Indometacina, Naproxeno. Apesar de serem eficazes no alívio da dar, provocam efeitos colaterais indesejáveis no estomago e nos rins. Outros anti-inflamatórios como o Etoricoxib e o Celecoxib possuem ação mais específica para dor e provocam menos efeitos colaterais;
Ergotaminas: São remédios antigos usados para tratar dor de cabeça, principalmente enxaqueca. Apesar de serem eficazes em alguns casos, podem provocar efeito rebote, ou seja, o próprio remédio pode causar dor de cabeça;
Triptanos: São remédios específicos para tratar enxaquecas, melhorando as crises de forma mais rápida, com menos efeitos colaterais relatados.
Medicamentos para prevenção da dor:Antidepressivos: O mais usado e eficaz para tratar enxaquecas é a Amitriptilina, um antidepressivo tricíclico, porém com adesão baixa pelos pacientes quando desenvolvem como efeitos colaterais a sonolência e aumento de peso;
Anticonvulsivantes: Foram fabricados para tratamento de epilepsia, mas produzem ótimos resultados na prevenção da enxaqueca. Os mais usados são o Ácido Valpróico, Topiramato e a Gabapentina;
Betabloqueadores: São remédios mais antigos usados no tratamento da enxaqueca, hoje estudos acreditam que sejam menos eficazes. Os mais utilizados são o Propranolol e o Atenolol;
Bloqueadores do canal de cálcio: Esses remédios atuam numa parte específica das células nervosas, bloqueando o sistema dos canais de cálcio e prevenindo a enxaqueca. Os mais prescritos são a Flunarizina e o Verapamil;
Outros medicamentos: Vitamina B2, magnésio, melatonina e toxina botulínica tipo A.
O tratamento não medicamentoso da enxaqueca inclui medidas para ajudar a aliviar a dor de cabeça e prevenir novas crises, tais como:
- Aplicação de compressa fria no pescoço ou na testa (alívio da dor);
- Técnicas de relaxamento;
- Evitar ficar muito tempo em jejum;
- Não fumar;
- Diminuir o stress;
- Ter uma boa qualidade de sono;
- Fazer exercício físico regularmente;
- Psicoterapia;
- Hipnose;
- Acupuntura.
Para prevenir a enxaqueca é muito importante identificar os fatores que desencadeiam as crises e evitá-los.
O médico neurologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento medicamentoso da enxaqueca.
Para entender ainda mais sobre o assunto, leia os artigos:
Referência:
Sociedade Brasileira de Cefaleia.
Dor na sola do pé pode ter diversas causas. A causa mais comum de dor na planta do pé, próxima ao calcanhar, é a fascite plantar. Trata-se de uma inflamação na fáscia plantar, um tecido fibroso plano localizado na sola do pé. O processo inflamatório pode ser decorrente do estiramento dos tendões ou ligamentos da região, uso de sapato de salto alto, prática esportiva, entre outras.
A fascite plantar acomete principalmente pessoas de meia-idade e esportistas, sobretudo os corredores. A inflamação e, consequentemente, a dor, pode ocorrer apenas em um pé ou em ambos ao mesmo tempo.
O tratamento da fascite plantar é feito através de fisioterapia, medicamentos, aplicação de gelo, alongamentos, uso de órteses noturnas e palmilhas especiais. Além disso, é essencial dar descanso para os pés. Em alguns casos, pode ser necessário fazer uma correção cirúrgica.
Se não for devidamente tratada, a fascite plantar pode provocar uma calcificação no osso do calcanhar, conhecida como esporão calcâneo.
Saiba mais em: O que é fascite plantar?; Qual o tratamento para fascite plantar?
A dor na sola do pé também pode ser causada pela compressão do nervo tibial. É a chamada síndrome do túnel do tarso. Nesse caso, além de dor, a pessoa sente também formigamento ou queimação na planta do pé, que normalmente pioram com o movimento.
A compressão nervosa ocorre devido a inflamações, fraturas, presença de cistos, tumores e até pela dilatação dos vasos sanguíneos que acompanham o nervo no seu trajeto.
O tratamento da síndrome do túnel do tarso consiste em repouso e uso de anti-inflamatórios. Também podem ser indicadas palmilhas ortopédicas para ajudar a aliviar o desconforto.
O uso constante de calçados inadequados, que não favorecem uma pisada correta, também pode causar dor na sola do pé ou no calcanhar. Isso acontece devido ao esforço que o pé tem que fazer para controlar a postura, a distribuição do peso corporal e o equilíbrio, ao mesmo tempo que absorve impactos e impulsiona o corpo.
Se a dor na planta do pé permanecer por mais de 3 dias, o/a ortopedista deve ser consultado/a para avaliar o caso e prescrever o tratamento adequado.
Sim, a gastroenterite é contagiosa. A gastroenterite é causada principalmente por vírus, que podem ser transmitidos através das fezes ou vômitos de pessoas infectadas. Uma pessoa com gastroenterite viral pode transmitir o vírus ao contaminar alimentos ou bebidas, principalmente se não lavar adequadamente as mãos depois de ir ao banheiro.
As formas de transmissão mais comuns das gastroenterites virais são os alimentos preparados por alguém infectado pelo vírus, os moluscos (polvo, lula, marisco, ostra) contaminados e os alimentos irrigados com água contaminada.
É comum também haver casos de gastroenterites provocados por intoxicações alimentares. Bactérias como E. Coli e Salmonela são responsáveis por esse tipo de intoxicação.
A prevenção das gastroenterites é feita sobretudo através do correto armazenamento, preparo, limpeza e manipulação dos alimentos. Alimentos perecíveis crus ou cozidos não devem ficar mais de duas horas em temperatura ambiente, pelo que devem ser guardados na geladeira ou congelados imediatamente.
Também é importante cozinhar os alimentos com as temperaturas suficientemente altas e durante o tempo necessário para matar as bactérias e os vírus que causam gastroenterite.
As frutas e os legumes devem ficar imersos numa solução com 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio para cada litro de água, durante 15 a 20 minutos minutos antes de comer.
Outra medida fundamental para prevenir a gastroenterite é lavar as mãos com água e sabão durante pelo menos 20 segundos, antes e depois de manipular alimentos crus, como carnes, aves, peixes, moluscos e ovos. O mesmo deve ser feito depois de ir ao banheiro, trocar fraldas, mexer ou tocar em animais.
Os principais sintomas da gastroenterite são vômitos, diarreia ou diarreia com sangue, cólicas abdominais, febre e calafrios. Os sintomas podem durar algumas horas ou permanecer por vários dias.
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Quais os sintomas da gastroenterite viral? Como é o tratamento?
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A gastroenterite pode causar desidratação e trazer sérias consequências, principalmente em bebês, crianças e idosos. Consulte um médico clínico geral, médico de família ou gastroenterologista na presença desses sintomas.
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Quais os sintomas da gastroenterite? Qual o tratamento?
Sim. Alguns medicamentos, como os imunossupressores e corticoides (em dose alta - dose imunossupressora), podem interferir no resultado da vacina da gripe e da maioria das vacinas.
Os medicamentos imunossupressores, ou seja, que baixam a imunidade, podem reduzir ou cortar o efeito da vacina da gripe. Isso porque o objetivo de qualquer vacina é ativar uma resposta do sistema imunológico da pessoa, produzindo anticorpos específicos contra uma determinada doença, para prevenir futuras infecções.
Assim, tomar um medicamento que inibe o sistema imune certamente irá influenciar na eficácia da vacina, como a da gripe.
Depois de interrompido o tratamento imunossupressor, o organismo pode demorar de 3 meses a 1 ano para recuperar a sua capacidade de responder a uma vacina.
Alguns exemplos de medicamentos imunossupressores (mais utilizados):
- Azatioprina (Imuran);
- 6-Mercaptopurina (PuriNethol);
- Metotrexate (Metotrexate);
- Ciclosporina (Sandimmun).
No caso dos corticoides, se estiverem sendo utilizados há menos de duas semanas ou com doses que não reduzam a ação do sistema imunológico, não irão cortar ou influenciar o efeito da vacina da gripe, portanto pode ser vacinado/a.
Se a pessoa estiver tomando corticoides há mais tempo, mesmo que em doses baixas, ou estiver em uso de doses altas de corticoides, deverá adiar a vacinação.
Medicamentos antibióticos, como Benzetacil por exemplo, não cortam nem interferem na resposta à vacina da gripe, podendo ser tomados sem problemas.
O mais indicado, se o paciente estiver tomando qualquer medicamento e decidir tomar a vacina da gripe, é informar ao/a médico/a que prescreveu o remédio, para confirmar se poderá ser vacinado naquele momento, e ainda avaliar a necessidade de alterar sua prescrição e/ou orientar sobre outras precauções.
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Tuberculose óssea é um tipo de tuberculose extrapulmonar que afeta ossos e articulações, principalmente as vértebras da coluna (Mal de Pott), os ossos longos e as articulações do quadril, joelho e tornozelo. Os seus principais sintomas são a dor óssea e o inchaço da articulação afetada.
A tuberculose óssea é mais comum em crianças e idosos. A infecção dos ossos e das articulações pela bactéria causadora da tuberculose ocorre frequentemente através do sangue. A coluna também pode ser atingida pela via linfática, em casos de tuberculose pleural (membrana que recobre os pulmões).
Os sintomas mais frequentes da tuberculose óssea são a dor e o aumento do volume da articulação. A dor instala-se lentamente e a sua intensidade evolui de forma progressiva. Também pode haver limitação dos movimentos, atrofia muscular e fístulas na pele, além de sintomas gerais como febre, emagrecimento e fraqueza muscular.
A coluna torácica é a parte da coluna mais afetada pela tuberculose óssea, sobretudo entre as vértebras T8 e T12. Se a infecção se espalhar pela vértebra, o disco intervertebral também é envolvido, com disseminação para a vértebra adjacente.
As grandes articulações são as mais acometidas pela tuberculose óssea, principalmente quadril e joelho. Raramento a infecção ocorre em mais de uma articulação ao mesmo tempo. À medida que a infecção evolui e a cartilagem articular é destruída, o espaço da articulação fica mais estreito. Por isso, se não for devidamente tratada, a tuberculose pode causar deformidades na coluna.
O diagnóstico da tuberculose óssea é feito por meio de exames de imagem como raio-X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O tratamento é realizado com a combinação de medicamentos antibióticos tomados por via oral e tem uma duração superior a 6 meses.
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Quais são os sintomas da tuberculose pulmonar e como é o tratamento?
O médico infectologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da tuberculose óssea.
O herpes labial se transmite pelo contato direto com a lesão de uma pessoa infectada. Ele é causado pelo vírus Herpes simplex tipo 1 e provoca o aparecimento de vermelhidão, dor em "ferroadas", coceira e formação de vesículas (bolhas), que são as lesões típicas do herpes.
O líquido que está dentro dessas bolhas contêm grande quantidade de vírus vivo, e por isso é altamente contagioso.
Depois de penetrar no corpo, o vírus do herpes labial segue o trajeto de um nervo, onde fica inativo durante a maior parte do tempo. Contudo, quando por alguma razão a imunidade fica baixa, o vírus volta a se multiplicar e a doença se manifesta.
Lesão típica do herpes labialDentre os fatores que favorecem o aparecimento do herpes labial estão: cansaço físico, exposição prolongada ao sol, estresse, febre, gripe e infecções.
Vale lembrar que a transmissão do herpes labial só ocorre durante as crises, durante o período de manifestação das lesões. Durante o período de latência, isto é, enquanto não há lesões visíveis, a pessoa portadora do vírus não transmite a doença, e o contato direto não eleva ao risco de contaminação.
Como prevenir o herpes labial?Para não pegar herpes labial, é importante evitar qualquer tipo de contato com as lesões, inclusive o beijo e a atividade sexual. Portanto, a melhor forma de evitar o contágio do vírus é não beijar e não receber beijos de pessoas que estejam manifestando os sintomas.
Para evitar transmissão do herpes labial, lavar sempre as mãos, após contato com a ferida.
Como é o tratamento do herpes labial?O tratamento do herpes labial inclui o uso de pomadas e comprimidos antivirais, capaz de reduzir ou eliminar os sintomas. Porém, o vírus continua sempre vivo dentro dos nervos do indivíduo, e as lesões podem reaparecer em momentos de estresse e baixa imunidade.
Isso pode ocorrer em semanas, meses ou anos após a primeira manifestação.
Para saber qual é o tipo de tratamento mais adequado para cada caso, é fundamental procurar o clínico geral, médico de família ou dermatologista.
Para saber mais sobre herpes labial, você pode ler:
- Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar
- Herpes Labial: 3 principais sintomas que você não pode ignorar
- Herpes labial: o que é, quais as causas, sintomas e tratamento?
- Quem tem herpes pode tomar sol?
Referências
Cole, S. Herpes Simplex Virus: Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Nursing Clinics of North America, 55(3):337-345, 2020.
Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.
Sociedade Brasileira de Infectologia.
Os principais sintomas do câncer de pulmão são a tosse e a dor torácica. Outros sintomas frequentes incluem expectoração de sangue (hemoptise), falta de ar ou desconforto torácico.
O sintoma inicial mais comum do câncer de pulmão é a tosse com expectoração purulenta ou sanguinolenta, seguida de dor no peito. A rouquidão também é uma manifestação comum no início do tumor e ocorre quando o nervo laríngeo é acometido.
Pessoas com câncer pulmonar podem apresentar ainda febre, emagrecimento, perda de força física, aumento do volume do fígado, dor de cabeça, náuseas, vômitos e fraqueza muscular no membro superior.
Quais são os fatores de risco do câncer de pulmão?O câncer de pulmão ocorre principalmente em homens fumantes e ex-fumantes. Cerca de 85% dos casos ocorre em pessoas que fumam, o que faz do tabagismo o principal fator de risco para desenvolver esse tipo de tumor.
Quem fuma tem entre 10 e 30 vezes mais chances de ter câncer de pulmão do que alguém que não fuma. Nos fumantes passivos, o risco é cerca de 1,5 vezes superior do que naqueles que não são expostos à fumaça do cigarro.
Nos fumantes, o risco está relacionado com o número de cigarros que a pessoa fuma por dia, idade em que começou a fumar, tempo de tabagismo e ainda o grau de inalação da fumaça.
Outros fatores predisponentes para desenvolver a doença incluem a presença prévia de doença pulmonar, exposição a produtos químicos, como asbesto, urânio e cromo, além de histórico familiar de câncer de pulmão.
Qual é o tratamento para câncer de pulmão?O tratamento para o câncer de pulmão pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A escolha da forma de tratamento depende do tipo de tumor, do estágio do câncer, da idade e das condições clínicas da pessoa.
A cirurgia para remover o tumor ainda na fase inicial é a forma mais eficaz de tratamento. Se o tumor for detectado ainda no estágio inicial, as taxas de cura com o tratamento cirúrgico podem chegar aos 90%. Porém, quanto mais tarde for feito o diagnóstico, mais difícil é o tratamento, diminuindo a sobrevida do paciente.
O tratamento para casos de câncer de pulmão mais avançados é feito com quimioterapia e radioterapia. Em tumores avançados, a cirurgia nem sempre é indicada.
Depois da cirurgia e dos outros tratamentos, a pessoa ainda deve ser acompanhada frequentemente durante 5 anos. O objetivo desse acompanhamento é detectar se o câncer voltou ou se há metástases (alastramento do câncer para outros órgãos). Depois desse período de 5 anos, o acompanhamento ainda é mantido pelo menos uma vez por ano.
Infelizmente, o câncer de pulmão muitas vezes só é detectado quando já está avançado ou disseminado, uma vez que, no início, os tumores normalmente não causam sintomas específicos que justificam uma investigação. O diagnóstico tardio dificulta o tratamento e reduz a sobrevida do paciente.
A transmissão da hanseníase se dá pelo contato prolongado e frequente com uma pessoa infectada pelo bacilo e que não esteja em tratamento. A pessoa infectada expele bacilos (bactérias) através do sistema respiratório superior quando ela fala, tosse ou espirra, por meio da saliva e secreções nasais.
Como a bactéria tem uma baixa infectividade, apenas o contato por vários anos e frequente com a pessoa infectada é capaz de ocasionar a transmissão da hanseníase. Quando a pessoa inicia o tratamento para erradicar a doença, a transmissão é interrompida.
Hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, uma bactéria que acomete a pele e os nervos periféricos. Ela é uma doença de baixa infectividade, ou seja, o seu poder de contágio é baixo.
Lesões no nariz causadas por hanseníaseVale lembrar que tocar uma pessoa com hanseníase não transmite a doença. Isso significa que a hanseníase não é transmitida pelo contato físico, mas sim pela inalação contínua de gotículas de saliva ou secreções do nariz infectadas pelo bacilo.
Outra informação pouco conhecida é que a grande maioria das pessoas é imune à hanseníase e não desenvolve a doença, mesmo se forem infectadas.
Quais são os sintomas da hanseníase?A hanseníase se manifesta por meio de manchas claras, avermelhadas ou escuras, que não são vistas facilmente. Os limites dessas manchas são irregulares e a sensibilidade no local fica alterada. No local das lesões, também ocorre queda de pelos e não há transpiração.
Hanseníase na mão (mancha vermelha)Na fase aguda da doença, podem surgir nódulos ou inchaço nas orelhas, nas mãos, nos cotovelos e nos pés.
Se algum nervo periférico for afetado, a pessoa sente dormência, perda de força muscular e os dedos ficam retraídos, tornando o membro afetado incapacitado.
A evolução da hanseníase é lenta. Os sintomas só aparecem depois de 2 a 6 anos que ocorreu o contágio.
Por isso, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais rápido o tratamento poderá ser iniciado, permitindo a quebra da cadeia de transmissão do bacilo. O exame físico, diagnóstico e tratamento são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).