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Pielonefrite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, pielonefrite tem cura.

O tratamento é baseado no controle da dor, e uso de medicamentos antibióticos, guiados contra a bactéria que esteja causando a infecção. A Escherichia coli é a bactéria responsável pela maioria dos casos de infecção urinária e consequentemente, pelos casos de pielonefrite.

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Qual é o tratamento da pielonefrite?

O tratamento da pielonefrite consiste no início imediato do antibiótico. Atualmente, seguindo as orientações das sociedades nacionais e internacionais de urologia, os medicamentos de primeira escolha são: Sulfametoxazol-Trimetoprim ou Ciprofloxacina, via oral.

Nos casos mais graves o paciente deve ser internado e administrado a medicação por via endovenosa.

Tratamento complementar

Além do uso do antibiótico, o tratamento da pielonefrite consiste no alívio dos sintomas e busca de causas secundárias para a doença.

Para o tratamento da dor e sintomas de mal-estar, náuseas ou vômitos, são prescritos analgésicos, anti-inflamatórios e sintomáticos, de preferência por via endovenosa, para a resposta mais rápida.

Na investigação, que deve ser realizada de forma concomitante ao tratamento, são solicitados exames de sangue, urina, culturas, além de exames de imagem. A ultrassonografia e a tomografia computadorizada sem contraste, evitando sobrecarga renal, são os exames de escolha, para evidenciar presença de cálculos, abscessos, malformações ou alterações físicas, que necessitem de abordagem cirúrgica.

Nos casos de presença de cálculo obstruindo a via urinária, ou abscesso, estará indicada a intervenção cirúrgica de urgência.

Cuidados gerais: 
  • Aumentar a ingesta de água, pois aumenta a quantidade de vezes que urina, e urinar promove uma limpeza constante na bexiga, evitando o acúmulo de bactérias - EVITE "SEGURAR" A URINA;

  • Evitar banhos de banheira, com espuma ou produtos químicos, para manter o Ph vaginal ácido habitual, capaz de reduzir os riscos de proliferação bacteriana;

  • Dar preferência a roupas íntimas de algodão, pois é o tecido que mais absorve a transpiração, reduzindo as chances de proliferação de bacteriana;
  • Evitar o uso de absorvente íntimo;
  • Cuidado com a forma de higienização íntima, o papel higiênico deve ser passado no sentido da vagina em direção ao ânus e descartado, nunca ao contrário;
  • Manter alimentação saudável. Evite o consumo de café, citrinos, bebidas alcoólicas e comidas muito condimentadas.

Por fim, nos casos especiais, como pielonefrite em gestantes, crianças, idosos ou renais crônicos, devem ser avaliados com maior critério, caso a caso pela equipe de urologia.

Também pode lhe interessar: Qual o tratamento para infecção urinária?

Qual é o tratamento da pielonefrite na gravidez?

O tratamento da pielonefrite em mulheres grávidas também é feito com antibióticos, porém, os medicamentos não são os mesmos. 

Antibióticos como norfloxacina e ciprofloxacina, normalmente usados para tratar infecções urinárias, não podem ser usados na gestação.

É importante que a pielonefrite na gravidez seja diagnosticada rapidamente para iniciar o tratamento, evitando prejuízo à mãe ou ao bebê.

A presença de bactérias na urina da gestante, mesmo sem apresentar sintomas de infecção urinária, pode aumentar o risco de parto prematuro e baixo peso do feto.

Leia também: O que é pielonefrite e quais os sintomas?

Estou com um pequeno sangramento tipo borra de café?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pequeno sangramento tipo borra de café próxima ao período menstrual, a princípio é mesmo a menstruação, porém, se houve relação sem proteção, pode ser um sinal de gravidez, o chamado sangramento de nidação.

A menstruação, deve evoluir com sangramento mais volumoso e vermelho vivo, com uma duração de 5 a 7 dias. O sangramento de nidação, quando o embrião penetra o útero, ocorre mais próximo do período fértil, de pequeno volume, e não dura mais de 3 dias.

A melhor forma de distinguir o sangramento de menstruação do sangramento de nidação, é exatamente avaliar o período em que se encontra no ciclo menstrual. No seu caso, dentro do período da menstruação, fala mais a favor de ser a própria menstruação.

Sendo assim, se sentir sintomas sugestivos de gravidez, como maior sensibilidade nas mamas, náuseas, vômitos matinais e aumento de apetite, procure uma unidade de atendimento básico para realização do teste de gravidez, ou faça um teste de farmácia.

De qualquer forma, outras doenças podem causar sangramento escuro, por isso se permanecer o sangramento, não deixe de procurar seu médico de família, ou ginecologista para avaliação e maiores esclarecimentos.

Saiba mais sobre o tema nos artigos:

É normal ter indigestão durante a gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é frequente e esperado ter indigestão durante a gravidez. A má digestão, conhecida como dispepsia pelos médicos, é uma queixa frequente em mulheres grávidas. A indigestão durante a gestação ocorre devido ao aumento na produção do hormônio progesterona, que relaxa a musculatura de diversos órgãos, inclusive esôfago e estômago.

Com o relaxamento dessa musculatura, os movimentos peristálticos que empurram o alimento em direção ao intestino ficam prejudicados, o que retarda o esvaziamento do estômago e deixa a digestão mais lenta.

Essa condição favorece o retorno de suco gástrico e gases do estômago para o esôfago, gerando refluxo, além de náuseas, sensação de estomago estufado e desconforto abdominal. À medida que a gravidez avança, o útero aumenta de tamanho e pressiona o estômago, podendo agravar a indigestão, o refluxo e a azia.

Apesar da má digestão ser uma condição frequente e natural durante a gravidez, a gestante pode comunicar o problema ao médico obstetra ou médico de família, que irá fornecer as orientações necessárias para o alivio dos sintomas, além de avaliar a necessidade de prescrever medicamentos para aliviar o problema.

Saiba mais em:

O que fazer em caso de indigestão na gravidez?

O que é dispepsia?

Existem medicamentos para fortalecer os espermatozóides?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O médico usou a expressão "esperma fraco" para explicar para vocês, o que está acontecendo com os espermatozoides do seu marido. A falta de um mineral chamado zinco pode causar uma menor mobilidade e vitalidade dos espermatozoides. A complementação com suplementos de vitaminas e sais minerais (contendo Zinco) pode ajudar se esse for o caso do seu marido, caso contrário a resposta para sua pergunta é não.

Artrose no joelho tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Artrose no joelho não tem cura. Trata-se de uma doença crônica, sem medicamentos ou tratamentos específicos capazes de curá-la definitivamente. Contudo, com o tratamento adequado, é possível controlar a evolução da artrose, aliviar os sintomas e melhorar as funções do joelho.

Os tratamentos atuais para a artrose no joelho, podem ser:

  • Uso de medicamentos
  • Controle e manutenção do peso
  • Fisioterapia
  • Exercícios com devido acompanhamento
  • Períodos estipulados de repouso
  • Uso de órteses e palmilhas especiais
  • Cirurgias, em casos mais complicados.
Medicamentos

As medicações usadas para tratar a artrose no joelho servem para controlar a inflamação e a dor. Os medicamentos podem ser aplicados diretamente no joelho, tomados por via oral ou injetados dentro da articulação (infiltração).

A aplicação de anti-inflamatórios não hormonais tópicos no joelho, como o ibuprofeno, se mostra muito eficaz para amenizar a dor.

Há ainda medicações de ação prolongada, como o sulfato de glucosamina, administrado por via oral, que é especialmente indicado no caso de artrose no joelho. Para infiltrações, o ácido hialurônico está entre os mais usados.

Controle e manutenção do peso

É fundamental a manutenção do peso adequado para evitar sobrecarga nos joelhos. Portanto, se estiver acima do peso deverá procurar ajuda profissional, com endocrinologista, nutrólogo e ou nutricionista, para traçar um tratamento adequado e com acompanhamento.

Fisioterapia e Exercícios físicos

A atividade física e a fisioterapia representam o tratamento de maior benefício a longo prazo para o portador de artrose e que deverá ser mantido para sempre.

O principal objetivo será promover o fortalecimento da musculatura das pernas, e principalmente dos joelhos, evitando maior desgaste articular. Com o fortalecimento da musculatura é possível melhorar a sustentação, reduzir o atrito entre as estruturas internas (ossos, cartilagem e tendões), reduzindo os sintomas de dor e dificuldade na movimentação do membro.

É também na fisioterapia que são definidas as indicações de uso e tipos de órteses e palmilhas especiais, para tratamento conjunto e melhores resultados.

Repouso

Alguns casos necessitam de períodos de repouso, especialmente no início do tratamento e em situações de inflamação importante, para que a articulação se restabeleça, ou ao menos evite a piora do desgaste.

Cirurgias

Quando os demais tratamentos falham e a artrose no joelho evolui, comprometendo a independência da pessoa para realizar as suas atividades diárias, a cirurgia é indicada.

Dentre os tratamentos cirúrgicos mais usados para casos de artrose no joelho estão as artroplastias. O procedimento consiste em substituir a articulação por uma artificial, diminuindo consideravelmente a dor e melhorando as funções do joelho.

Lembrando que as formas de tratamento escolhidas dependem das características do paciente, do nível de dor e do grau de comprometimento da articulação.

O reumatologista é o especialista responsável pelo tratamento das artroses.

Saiba mais em:

O que é artrose e quais os sintomas?

Como posso saber se tenho artrose? Quais são os sintomas?

Artrose tem cura? Qual o tratamento?

Quais são os riscos de fazer uma colonoscopia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os riscos do exame de colonoscopia são baixos. As complicações mais frequentes, embora sejam raras, são as perfurações e os sangramentos. A grande maioria das complicações ocorrem quando se realiza a retirada de pólipos, a polipectomia.

A perfuração é uma complicação que ocorre em menos de 1% dos exames de colonoscopia. O risco é maior em indivíduos idosos com doença diverticular do cólon. No entanto, as chances de perfuração podem aumentar e chegar a 2% quando os pólipos são retirados.

Já em relação aos sangramentos e hemorragias a frequência quando se realiza a polipectomia varia de 1 a 2%. Essa complicação é mais comum em pessoas que têm problemas na coagulação sanguínea, sobretudo quando a colonoscopia é realizada juntamente com outros procedimentos, como biópsia e polipectomia(retirada de pólipos). Nesses casos, a chance do paciente sangrar pode chegar a 2,5%.

Casos de perfuração normalmente são tratados através de cirurgia, enquanto que os sangramentos podem ser estancados com a cauterização da lesão.

Há ainda outras possíveis complicações como:

  • Reações adversas relacionadas ao preparo do exame (náuseas, vômitos, distúrbios hidreletrolíticos, dor ou distensão abdominal);
  • Síndrome pós-polipectomia: pode levar a sintomas de febre, dor abdominal, e alterações laboratoriais (aumento dos leucócitos) até 5 dias após a realização do exame.
  • Complicações cardiorrespiratórias relacionadas a sedação.

Se após a colonoscopia o paciente apresentar dor abdominal intensa, sangramento persistente, grande quantidade de sangue nas fezes, febre, vômitos ou calafrios, o médico deve ser contactado com urgência.

Caso tenha mais dúvidas sobre o exame de colonoscopia consulte o médico que solicitou o exame.

Saiba mais em:

É normal sentir dor e sangrar depois da colonoscopia?

Preparo para colonoscopia: o que devo fazer?

Como é feita a colonoscopia?

Problema na tireoide pode causar queda de cabelo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, problemas na tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, podem causar queda de cabelo. Esses distúrbios na tireoide são diagnosticados através de exames laboratoriais e, se forem devidamente tratados, é possível reverter a queda de cabelo.

A principal causa de problemas na tireoide são as doenças autoimunes, em que os anticorpos do próprio corpo atacam os hormônios tireoidianos, causando hipotireoidismo, ou fazem aumentar a sua produção, levando ao hipertireoidismo.

A tireoide é a glândula responsável pelo bom funcionamento corpo, sendo responsável pelo controle do metabolismo e equilíbrio dos sistemas. A tireoide atua diretamente sobre:

  • Ganho ou perda de peso;
  • Regulação da temperatura corporal;
  • Pressão arterial;
  • Frequência cardíaca;
  • Força muscular;
  • Funcionamento do intestino;
  • Memória;
  • Humor.

Portanto, quando os hormônios dessa glândula são produzidos em excesso ou de forma insuficiente, todas essas funções sofrem alterações importantes, provocando diversos sintomas. Um deles é a queda de cabelo acentuada.

Consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em alguns casos pode ser necessário também o acompanhamento por um endocrinologista. O dermatologista pode ajudar a melhorar a queda dos fios enquanto a doença de base está sendo tratada.

Leia também:

Quais são os sintomas de tireoide alterada?

O que é alopecia?

Estou com muita queda de cabelos, o que eu faço?

Quem teve trombose pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, quem já teve trombose pode engravidar. No entanto, alguns cuidados são necessários para diminuir o risco de complicações.

Em primeiro lugar, os riscos de um novo episódio de trombose devem ser avaliados de maneira cuidadosa por uma equipe especializada, e a mulher deverá ser acompanhada durante todo o pré-natal por essa equipe, sendo classificada como gestação de alto risco.

Uma mulher que teve trombose e pretende engravidar deve receber medicamentos anticoagulantes para prevenir complicações gestacionais, sendo a heparina o mais utilizado.

Quando a gravidez chega ao 3º trimestre, a saúde e a vitalidade do feto devem ser verificados continuamente através de diferentes exames.

Na hora do parto, os cuidados com a estabilidade do estado geral da mulher e do bebê devem ser redobrados, o anticoagulante deve ser suspenso antes do parto, e se confirmado elevado risco de sangramento é preconizado pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a indicação de parto via cesariana.

O uso do anticoagulante (heparina) deve ser reiniciado 8 a 12 horas após o parto, além de  estimular a deambulação precoce e o uso de meias elásticas.

O Puerpério, período após o parto, deve ser mantido sob acompanhamento com centro de equipe especializada para dar continuidade ao tratamento e término da medicação quando possível.

A mulher que já teve trombose e pretende engravidar deve primeiro consultar um/a médico/a ginecologista para que todos as precauções sejam tomadas e a gravidez ocorra de maneira saudável e segura.

Leia também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?