A pleurite é uma inflamação da pleura, uma membrana fina que envolve os pulmões e a parte interna da cavidade torácica. As principais causas da pleurite incluem infecções respiratórias causadas por vírus ou bactérias, como gripe e pneumonia, infecções pulmonares causadas por fungos, artrite reumatoide, uso de determinados medicamentos e ainda câncer de pulmão.
A pleura é, composta por duas camadas. Entre elas existe um líquido viscoso, que serve como lubrificante e permite que os pulmões se expandam suavemente durante a respiração, sem atrito com o interior do tórax.
A pleura atua diretamente na defesa contra infecções, processos inflamatórios, lesões e presença de elementos estranhos nos pulmões e cavidade torácica. Quando a inflamação tem pouca duração, a superfície da pleura não sofre danos e as alterações se normalizam, sem deixar sequelas.
Por outro lado, processos inflamatórios prolongados podem levar à formação de cicatriz, com fibrose e aderências que podem prejudicar a respiração.
Quando a pleura está inflamada, aumenta a fricção entre as suas camadas, o que causa dor torácica durante a respiração. Essa dor com origem na pleura é denominada pleurisia.
O tratamento depende da causa e pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos e anticoagulantes, ou ainda cirurgia nos casos mais graves.
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Existem diversos fatores de risco que favorecem o aparecimento das doenças cardiovasculares. Os principais estão relacionados com idade, diabetes, tabagismo, sedentarismo, estresse, alimentação com excesso de gorduras, outras doenças cardiovasculares prévias, níveis altos de colesterol e triglicérides no sangue e predisposição genética.
Para prevenir as doenças cardiovasculares, recomenda-se praticar atividade física regularmente, controlar o peso, não fumar, evitar o excesso de bebidas alcoólicas e sal, ter uma alimentação balanceada e saudável. Além disso, é essencial controlar o diabetes, os valores de pressão arterial e manter o controle de outras doenças cardiovasculares pré-existentes. Controlar os níveis de estresse também é importante.
Lembrando que os exercícios físicos devem ser realizados de forma regular, durante pelo menos 30 minutos, 4 a 5 vezes por semana.
O controle dos níveis de colesterol e triglicérides contribuem para evitar o acúmulo de placas de gordura na parede das artérias, o que pode ser conseguido em muitos casos através de uma alimentação saudável e prática de exercícios físicos.
O controle da pressão arterial é muito importante, uma vez que a hipertensão é um importante fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
A pressão arterial pode ser controlada através de uma alimentação balanceada, saudável e com pouco sal, associada ao controle de peso e prática regular de exercícios físicos.
O acúmulo de gordura no abdômen aumenta o risco de hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto, daí a importância em emagrecer e manter o peso dentro do normal.
Não fumar é uma medida importante para evitar doenças cardiovasculares, já que o fumo deixa os vasos sanguíneos mais rígidos, favorece a formação de coágulos e pode baixar o nível de colesterol bom (HDL) no sangue.
O estresse é um fator de risco para doenças cardiovasculares pois reduz o fluxo de sangue para o coração e deixa os batimentos cardíacos irregulares, além de aumentar o risco de formação de coágulos na circulação.
Os sintomas das doenças cardiovasculares podem variar muito, conforme o tipo de doença e o órgão afetado. Contudo, muitas vezes não causam sintomas. Quando presentes, podem incluir falta de ar, fraqueza, visão turva, sangramento nasal, tontura, alterações na memória, dor no peito, inchaço nos membros inferiores, zumbido no ouvido, fraqueza, entre outros.
Na presença de algum desses sintomas, consulte um médico de família, clínico geral ou cardiologista.
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Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?
Melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele. A doença surge nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele), por isso o nome melanoma.
A taxa de mortalidade do melanoma é a mais alta e o seu prognóstico é o pior dentre todos os tumores malignos de pele. Dependendo da profundidade, o melanoma pode atingir a circulação linfática e se disseminar para órgãos internos. É a chamada metástase.
Apesar de ser o mais letal, o melanoma é o câncer de pele menos comum. Mais de 90% dos tumores malignos de pele são do tipo não-melanoma, que apresentam baixos índices de mortalidade.
O melanoma é mais comum em pessoas de pele clara. A ocorrência em indivíduos de pele negra ou morena é mais rara, mas pode acontecer. Fatores hereditários desempenham um importante papel no desenvolvimento desse tipo de câncer de pele.
Quais são os sintomas do melanoma?Em geral, o melanoma se manifesta sob a forma de um sinal de pele ou de uma pinta de coloração negra ou acastanhada. Contudo, a diferença para os sinais e pintas não cancerígenos é que o melanoma normalmente muda de cor, tamanho, forma e pode sangrar.
As lesões geralmente surgem nas regiões do corpo mais expostas ao sol. Contudo, também pode surgir nas unhas, planta dos pés e palma das mãos. O melanoma normalmente surge como uma lesão negra e escura, mas também pode apresentar coloração rosa ou avermelhada. É comum o melanoma mudar de cor, podendo apresentar numa mesma lesão várias cores, como preto, marrom, cinza, branco e vermelho.
O seu crescimento é progressivo, podendo parecer com uma ferida que não cicatriza ou pintas que crescem lentamente. O melanoma pode coçar e doer, podendo ter uma forma plana ou surgir em nódulos.
As bordas do melanoma são irregulares e a pigmentação termina abruptamente. O diâmetro costuma ser de mais de 6 mm.
Qual é o tratamento para melanoma?O tratamento mais usado em casos de melanoma é a cirurgia. Porém, o seu tratamento depende do tamanho, da localização e da agressividade do tumor.
O tratamento cirúrgico do melanoma consiste na retirada da lesão e de uma parte de pele saudável ao redor do tumor, como margem de segurança. A cirurgia tem elevadas taxas de cura e pode ser realizada novamente se o tumor voltar a aparecer.
No entanto, em casos de metástase, as opções de tratamento são mais restritas e o melanoma não tem cura na maior parte dos casos. Para melanomas metastáticos, são usados medicamentos orais com objetivo de melhorar a sobrevida dos pacientes.
Apesar da sua gravidade, o melanoma tem mais de 90% de chances de cura se for diagnosticado no início. Isso porque, na fase inicial, a doença está restrita à camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção completa do tumor através da cirurgia.
Nas fases mais avançadas o câncer já está mais profundo, o que eleva os riscos de metástase e reduz a probabilidade de cura. O melanoma metastático tem menos opções de tratamento e apresenta um pior prognóstico.
Pessoas com histórico de melanoma na família, principalmente em parentes de 1º grau, devem fazer exames regulares de prevenção com o/a médico/a dermatologista.
Nefrite é uma inflamação nos rins. Existem pessoas que tiveram uma vez (ou poucas vezes) nefrite, trataram ficaram boas e nunca mais tiveram e não ficaram com nenhuma sequela nos rins, e existem pessoas que tem episódios recorrentes de nefrites.
Quanto maior o número de nefrites maior a chance de uma sequela crônica, pode até acontecer em quem teve apenas um episódio (mas é pouco comum).
A dor no peito preocupa a todos, pelo medo de ser um sinal de infarto no coração (infarto agudo do miocárdio). E embora essa não seja a causa mais comum de dor torácica, é uma das causas que mais oferece risco de vida, por isso deve mesmo ser sempre investigada.
Hoje existem protocolos bem estruturados de atendimento nas emergências médicas, com excelentes resultados quando a doença é tratada a tempo.
Na suspeita de um infarto agudo do miocárdio, procure um serviço de emergência imediatamente.
Como saber se a dor no peito é infarto?Os sintomas característicos de infarto agudo do miocárdio (IAM) são:
- Dor ou desconforto no peito, de início súbito,
- Localizada no lado esquerdo do peito (ou no meio do peito),
- Tipo aperto, pressão ou desconforto, contínua,
- A dor pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso (do mesmo lado),
- Sintomas associados: Suor frio, tontura, náuseas, vômitos, fraqueza, mal-estar e falta de ar.
Vale ressaltar que portadores de diabetes podem não apresentar a dor no peito, mas apenas os sintomas de mal estar, suor frio, náuseas e vômitos. Por isso, em caso de diabetes, com esses sintomas, procure imediatamente um serviço de emergência para avaliação médica cardiológica.
Tipos de dores no peitoNa avaliação da dor no peito, a descrição da sua localização, pode auxiliar na pesquisa da causa desse problema. Entenda com a tabela abaixo, os principais diagnósticos, para cada tipo de dor torácica.
Tipos de dor | O que pode ser? |
Dor no peito à esquerda |
Infarto agudo do coração, Dor muscular, Pneumonia, Asma, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Gases. |
Dor no meio do peito | Refluxo gástrico, Espasmo esofagiano, Infarto agudo do miocárdio, Pericardite, Endocardite, Derrame pericárdico, Dissecção de Aorta, Hérnia de hiato, Asma, Ansiedade, Gases. |
Dor no peito à direita | Dor muscular, Pneumonia, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Embolia, Pedras na vesícula, Gases. |
Dor no peito que piora com a respiração profunda | Pneumonia, Derrame pleural, Pneumotórax, Embolia pulmonar, Pericardite. |
A angina é considerada por alguns como o "princípio de infarto". De fato, a angina se caracteriza pela dor no meio do peito, tipo aperto, desconforto ou pressão, que pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso, e assim como no infarto, é causada pela falta de sangue em uma área do miocárdio (músculo do coração).
A grande diferença, é que a falta de sangue não é completa, a obstrução é parcial, portanto, o fluxo não é totalmente interrompido fazendo com que a dor dure menos de 15 a 20 minutos. A dor não é contínua, ela não dura mais de 20 minutos.
Quando a dor se mantém por mais de 20 minutos já caracteriza uma angina "instável" ou infarto.
No caso de angina, procure imediatamente um serviço de emergência médica. O tratamento é realizado com medicamentos sublinguais (para efeito mais rápido), com intuito de dilatar os vasos do coração, restituindo a circulação.
2. EndocarditeA endocardite é uma infecção no endocárdio (camada mais interna do coração). Os sintomas mais comuns são a febre, suor noturno, perda de peso, tosse e mal-estar.
Devido a tosse frequente, não é raro a presença de dor ou desconforto no peito. Entretanto não é um sintoma específico para essa doença. Contudo, por se tratar de uma doença grave com elevada taxa de mortalidade, deve entrar no grupo de causas possíveis a ser investigada.
O tratamento é feito com antibioticoterapia intravenoso, em ambiente hospitalar.
3. PericarditeA pericardite é a infecção no pericárdio (uma espécie de "bolsa" que recobre o coração). A doença pode ser causada por uma infecção (bacteriana, fúngica ou viral), por trauma, uso crônico de medicamentos, doenças autoimunes ou pela presença de células neoplásicas (tumores).
Os sintomas característicos são a dor torácica no lado esquerdo do peito, que se irradia para o pescoço ou dorso, que melhora quando está sentado e piora quando se deita (decúbito dorsal).
O tratamento depende da gravidade do quadro e do agente causador dessa infecção. Sempre em ambiente hospitalar, pode ser tratado apenas com antibióticos venosos, ou associado a cirurgia.
4. Derrame pericárdicoO derrame pericárdico é o acúmulo de líquido no pericárdio. Os sintomas mais frequentes são a dor no peito do lado esquerdo, ou mais ao centro, tipo pressão ou aperto, associado a febre baixa, tosse e cansaço extremo.
O tratamento depende da causa do problema, do volume de líquido encontrado e do quadro clínico. Podendo ser conservador, com medicamentos, tratamento da causa e acompanhamento. Ou cirúrgico de urgência para os casos com falta de ar intensa e queda da pressão arterial.
5. Dissecção de aortaA dissecção de aorta é uma emergência médica, uma das doenças que mais mata, se não tratada imediatamente. Chama-se dissecção, quando uma das camadas dos vasos se rompe, causando um extravasamento de sangue entre os folhetos do vaso.
Com o aumento da pressão entre essas paredes dos vasos, acontece uma ruptura do vaso, e sendo a aorta o maior vaso do corpo humano, o sangramento costuma ser fatal.
Os sintomas inicialmente são leves e inespecíficos, com dor entre os ombros, no meio do peito, sensação de peso no peito, dor no abdômen, fraqueza e ou mal-estar. O diagnóstico pode ser feito no exame clínico nos casos de aneurisma de grande volume na cavidade abdominal, ou por exames de imagem se for na região do tórax.
O tratamento é baseado no tamanho da dissecação, queixas e condições clínicas da pessoa.
6. PneumoniaA pneumonia é a infecção do tecido pulmonar, geralmente decorrente de uma gripe mal curada. O principal sintoma é de dor no peito, em aperto ou pontadas, do lado acometido, que piora com a respiração profunda. Apresenta ainda, tosse produtiva, com secreção amarelada ou esverdeada, febre alta, falta de ar, fadiga e inapetência.
O tratamento é realizado com antibióticos. O médico da família, clínico geral ou pneumologista são os profissionais responsáveis pela confirmação desse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.
7. Crise de asma (doenças crônicas do pulmão)O processo de inflamação ou de fibrose encontrado nos problemas crônicos do pulmão, como a crise de asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), dificultam a passagem de ar devido ao edema, causando como sintomas: a dor no peito, ou desconforto tipo pressão, mais comum no meio do peito ou difusa, com dificuldade de respirar, sibilos ("chiado") e tosse seca.
A crise de asma pode evoluir para o óbito se não for devidamente tratada. O tratamento se baseia em medicamentos dilatadores para os brônquios, corticoides, nebulizações e oxigênio.
Na suspeita de crise de asma, procure imediatamente um serviço de emergência médica.
8. PneumotóraxO pneumotórax é o acúmulo de ar entre as pleuras do pulmão (membranas que recobrem os pulmões). O afastamento das pleuras, que costumam ser "coladas", causa dor intensa tipo pontadas ou "agulhadas", que piora muito com a respiração profunda.
O tratamento depende do volume de ar encontrado e do quadro clínico. Nos casos mais leves, de pequena quantidade de ar, o tratamento é tratar a causa do problema e acompanhamento. Mas nos casos de grande quantidade de ar, impedindo uma boa ventilação, a drenagem torácica deverá ser indicada.
9. Derrame pleuralO derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as pleuras dos pulmões (membranas que recobrem os pulmões). Pode ser originado de traumas, infecções ou doenças autoimunes.
A separação das pleuras pelo líquido acumulado, causa dor no peito, no lado acometido, que piora com a respiração profunda. Pode haver também, febre, falta de ar e cansaço associados.
O tratamento depende da causa e do volume de líquido acumulado. No caso de comprometimento da respiração, está indicado drenagem torácica, para restabelecer a expansão dos pulmões, e possibilita coleta do material para análise.
10. TraumaNo trauma torácico, pode haver contusão ou fratura de costela(s). As fraturas resultam em dor intensa no local do trauma, dificuldade de respirar e de falar devido à dor, pôr 5 a 7 dias em média. O tratamento é repouso absoluto, para consolidação da lesão, e analgésicos potentes.
No trauma grave, com mais de 8 costelas fraturadas ("tórax instável"), a dificuldade respiratória pode evoluir para parada respiratória, o que pode ser fatal. Nesses casos o tratamento exige internação hospitalar, com monitorização, vigilância respiratória e quando necessário, intubação orotraqueal para assegurar uma boa oxigenação ao organismo, até sua consolidação.
11. Tuberculose pulmonarA tuberculose pulmonar é uma doença endêmica no nosso país, altamente contagiosa, causada pela bactéria M. tuberculosis. Os sintomas típicos são de tosse seca ou produtiva, sudorese noturna, febre vespertina, cansaço e fraqueza.
A tosse é contínua, com duração de mais de 3 semanas, fato que acaba por desencadear a dor no peito, do lado comprometido, do tipo pressão ou pontadas.
O tratamento é baseado em medicamentos antibióticos específicos e orientações gerais. Esses medicamentos são oferecidos gratuitamente pelo Ministério da saúde, nos postos de saúde da cidade, aonde deve realizar também o acompanhamento solicitado pela equipe.
12. Embolia pulmonarA embolia pulmonar é uma obstrução súbita de artérias do pulmão, impedindo o fluxo de sangue nessa região, com consequente isquemia ou infarto pulmonar. A causa mais comum é a formação de um coágulo nas veias da perna, que caem na circulação e chegam aos pulmões, aonde o calibre de veia é menor, impedindo a sua passagem.
É mais uma emergência médica, com alta taxa de mortalidade se não tratada dentro das primeiras horas.
O tratamento é realizado com medicamentos anticoagulantes, para dissolver esse coágulo (ou êmbolo), restabelecendo o mais rápido possível, o fluxo de sangue naquela região. Quanto antes for recanalizado o vaso, menor a chance de sequelas.
13. Excesso de gasesOs sintomas de dores no peito devido a excesso de gases, são dores do tipo cólica ou em "pontadas", mais intensas na região abaixo das costelas. Tem como principal característica, a melhora da dor com a mudança de posição e ou com a eliminação de gases.
As dores por excesso de gases costumam estar associadas ao sedentarismo, alimentação gordurosa ou consumo excessivo de bebidas gaseificadas, como os refrigerantes e a água com gás.
Para evitar a formação excessiva de gases, é importante manter hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e preferir o consumo de água e sucos naturais. O uso de chás naturais e massagem auxiliam na melhora dos sintomas.
Nos casos de dor refratária, podem ser utilizados os medicamentos à base de simeticona (dimeticona), capazes de unir as bolhas de gás e acelerar a sua eliminação.
14. Refluxo gástrico / aziaA doença do refluxo se caracteriza pelo retorno de uma parte do conteúdo do estômago para o esôfago, que origina a queimação no meio do peito, com sensação de peso ou "aperto" na região.
Isso acontece porque o conteúdo gástrico já foi misturado e contém uma quantidade de suco gástrico, um líquido ácido produzido no estômago para auxiliar a digestão dos alimentos.
Porém a parede do esôfago não é preparada para receber um conteúdo ácido, sendo assim, esse refluxo gera uma irritação na mucosa esofagiana, desencadeando os sintomas.
O refluxo é popularmente conhecido por azia.
Para reduzir o refluxo, é necessário comer mais vezes em menor quantidade, evitar beber líquidos junto com a comida, e evitar se deitar logo após as refeições.
O tratamento específico para cada caso, deverá ser definido por um médico gastroenterologista, após a identificação da causa do refluxo.
15. Espasmo esofagianoOs distúrbios esofagianos alteram a sua motilidade, gerando contrações fortes, que chamamos de espasmos. A causa mais comum é a doença do refluxo, mas os espasmos podem ser desencadeados também por tabagismo, situações de estresse, alimentos ácidos, entre outros.
O sintoma de espasmo esofagiano é uma dor no meio do peito, tipo aperto ou pressão, de moderada a forte intensidade, intermitente, que piora após as refeições ou em situações de estresse importante ou crise de pânico.
O tratamento dependerá da causa do problema e da gravidade dos sintomas.
16. Tumor de esôfagoNos casos de tumores, os sintomas são causados principalmente pela compressão de estruturas próximas. As queixas mais comuns são de dor no meio do peito, dificuldade de engolir, rouquidão e ou tosse.
Com a evolução da doença podem apresentar ainda, emagrecimento sem causa aparente, mal-estar, inapetência, febre baixa e sudorese.
Nesses casos, deve procurar seu médico da família e ou clínico geral para iniciar uma investigação ampla e assim possibilitar o tratamento mais indicado.
17. GastriteA gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, causada por diversas situações, como o uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios, alimentação inadequada, infecção pela H.Pylori ou estresse contínuo.
A inflamação origina os sintomas de dor no meio do peito, dor abdominal, náuseas, má digestão, falta de apetite e perda de peso nos casos mais avançados.
A dor típica da gastrite é uma dor em queimação, conhecida popularmente como azia, que piora após as refeições ou com jejum prolongado, no meio do peito.
O tratamento se baseia na orientação alimentar, redução de fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo, e medicamentos que reduzem a acidez do estômago, para restabelecer a mucosa gástrica, os inibidores de bomba de prótons.
Nos casos de infecção pela bactéria H.Pylori, é necessário o uso de antibióticos
18. Hérnia de hiatoA hérnia de hiato é a passagem de parte do estômago para o tórax, através do diafragma, o que causa grande desconforto ou dor no meio do peito, do tipo aperto ou pressão.
O tratamento depende da gravidade, tamanho da hérnia e condições de saúde de cada pessoa. A doença é mais comum no idoso, e por isso as opções devem ser bem avaliadas. Uma opção é a orientação alimentar e acompanhamento. Nos casos que não melhoram ou com muitas queixas, pode ser indicada a cirurgia para a correção da hérnia.
19. Pedras na vesículaA vesícula é o órgão responsável por armazenar a bile e liberar para o intestino na presença de alimentos, com o objetivo de auxiliar na digestão. A presença de pedras pequenas na vesícula não interfere nesse processo, pois são eliminadas junto com as fezes sem que a gente perceba.
No entanto, as pedras grande ficam impactadas no seu interior e causam dor tipo cólica, do lado direito do abdômen, que se irradia para a região torácica à direita, quando se contrai para enviar a bile para os intestinos.
Esse é o motivo da dor se agravar logo após as refeições, e principalmente nas refeições mais gordurosas, quando é necessário enviar maior quantidade de bile para a digestão.
O tratamento se inicia com orientações alimentares, mas pode evoluir para cirurgia nos casos de dor crônica, inflamação aguda ou complicações graves, como a pancreatite por cálculos biliares.
O mais adequado é que trate adequadamente com as orientações dietéticas, para evitar as complicações que podem ser fatais.
20. Crises de ansiedadeA dor no peito causada por ansiedade, costuma se localizar no meio do peito, do tipo aperto ou pressão, por vezes referida como "angústia no peito". Além disso, costuma estar associada a outros sintomas como: falta de ar, palpitação, formigamento no rosto ou nos braços, "bolo na garganta", pelo espasmo esofagiano, náuseas ou vômitos.
Isso acontece, porque durante uma crise de ansiedade ou pânico, o cérebro funciona da mesma maneira do que em uma situação de perigo real, preparando o organismo para a reação de fuga. Com isso aumenta os batimentos cardíacos, contrai a musculatura, aumenta a pressão arterial, reduz o calibre dos vasos, entre outras modificações, que originam todos esses sintomas.
No entanto, a única maneira de diferenciar com exatidão uma crise de ansiedade e o infarto do coração, é através do exame médico e exames complementares. Não existe um exame que confirme a ansiedade, trata-se de um diagnóstico de "exclusão".
No caso de dor no peito com os sintomas acima citados, o mais recomendado é que procure um atendimento médico de emergência, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.
21. Dor muscularA dor muscular ou contratura muscular é uma das causas mais comuns de dor no peito. Pode ser decorrente de uso excessivo da musculatura, como em frequentadores assíduos de academia, por trauma, posturas ou movimentos repetidos, entre outras situações.
A dor muscular se caracteriza por piorar com o movimento e ou palpação, e melhorar com repouso e uso de medicamentos relaxantes musculares.
O tratamento irá depender da intensidade da dor, basta manter-se em repouso de 1 a 2 dias, ou associar o uso de anti-inflamatórios e analgésicos comuns.
Quando deve procurar uma emergência / urgência?Em caso de dor no peito, procure atendimento médico com urgência se:
- A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de sintomas como suor frio, mal-estar, dificuldade em respirar, batimentos cardíacos aumentados, náuseas e/ou vômitos;
- A dor no peito se espalhar para mandíbula, braço esquerdo ou costas;
- A dor no peito for forte e não melhorar após 20 minutos;
- É portador de angina e o desconforto no peito se torna mais intenso subitamente ao praticar atividades leves ou dura mais tempo que o habitual;
- Os sintomas de angina surgirem enquanto você estiver em repouso;
- História prévia de ataque cardíaco ou embolia pulmonar;
- Dor no peito associado a tosse com catarro verde e ou amarelado.
- A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de dificuldade para respirar, especialmente após viagem longa, permanecer muito tempo sentado (a), acamado(a) ou imobilizado(a) por cirurgia, por exemplo.
Em caso de dor no peito, verifique a ocorrência de outros sinais e sintomas procure um serviço de urgência, visto que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte na população, e se iniciam com queixa de dor no peito.
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Os exames que devem ser feitos pelo homem e pela mulher antes de tentar engravidar, são:
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Para a mulher:
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Tipagem sanguínea e fator Rh: Exame de sangue aonde será identificado o tipo sanguíneo da mãe e principalmente o fator RH. Nas mulheres com fator Rh negativo, é importante avaliar o fator do companheiro.
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Hemograma: É um exame de sangue usado para avaliar a série "vermelha", ou seja, o valor das hemácias da mãe, descartando anemia, um quadro que pode prejudicar a gestação.
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Teste de glicemia: Verifica os níveis de glicose (açúcar) no sangue e serve para detectar o diabetes ou saber se a mulher tem tendência para desenvolver a doença;
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Sorologia para toxoplasmose, sífilis, Citomegalovírus (CMV), Hepatites virais, rubéola e HIV: É importante saber se a mulher é imune a essas doenças ou não, para que sejam tomados os devidos cuidados para evitá-las. Se forem adquiridas durante gravidez, podem trazer sérias complicações para a mulher e para o feto, como:
- Parto prematuro, aborto espontâneo;
- Para o bebê, catarata, glaucoma, doença cardíaca, atraso mental, hidrocefalia, retardo mental, surdez, atraso do desenvolvimento;
- Colpocitologia oncológica: Exame de rastreio para alterações celulares que podem evoluir para câncer de colo de útero.
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Nos casos especiais, como mulheres acima de 35 anos de idade, obesas, diabéticas, ou com história prévia de abortos espontâneos, bebês muito grandes ou óbito fetal sem causa definida, podem ser acrescentados os seguintes exames:
- Mamografia: Pode ser indicada para mulheres acima de 35 anos de idade, ou com risco aumentado para câncer de mama;
- Ultrassom: Serve principalmente para detectar alterações no útero, como mudanças no seu formato e miomas, que podem causar aborto, além de endometriose, que pode dificultar a gravidez;
Tão importante quanto os exames antes de engravidar, é a avaliação médica quanto ao cartão de vacinação da mulher, atualizando todas as vacinas que forem necessárias, para prevenir doenças e ou complicações para a mulher e o bebê.
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Para o homem:
- Hemograma: Com o mesmo objetivo de avaliar possíveis doenças no sangue, como anemia;
- Sorologia para HIV: Da mesma forma que na mulher, é importante identificar doenças que podem afetar a saúde da mãe e do bebê precocemente, para dar a opção de tratamento e orientações;
- Espermograma: Não é um exame obrigatório, mas aconselhável que o homem faça se o casal pretende engravidar, pois o exame avalia a capacidade reprodutiva do homem, através da análise da quantidade e qualidade dos seus espermatozoides.
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O/A médico/a obstetra deverá orientar o casal quanto aos exames que ambos deverão fazer antes da gravidez.
Cistite intersticial não tem cura. Trata-se de uma doença inflamatória crônica da bexiga, com causas desconhecidas. Entretanto, os tratamentos atuais melhoram consideravelmente os sintomas.
Como é o tratamento de cistite intersticial?O tratamento é difícil e complexo, definido de acordo com cada caso, e compreende:
- Uso de medicamentos;
- Mudanças comportamentais e alimentares;
- Fisioterapia;
- Cirurgia, mais raramente pode ser indicada.
Sendo o principal objetivo do tratamento, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa.
MedicamentosAs medicações podem ser administradas por via oral ou aplicadas diretamente na bexiga.
Dentre os medicamentos utilizados para tratar a cistite intersticial, o mais prescrito no Brasil é a amitriptilina, um antidepressivo usado para controlar a dor, com resultados bastante satisfatórios. Outros medicamentos via oral são: anti-histamínicos, ciclosporina e Pentosan polissulfato.
Dentre os medicamentos indicados por via intravesical, ou seja, aplicados diretamente na bexiga, com objetivo de reconstituição da parede interna, estão: Pentosan polissulfato, toxina botulínica (botox) e Ácido hialurônico.
Mudança comportamental e alimentarAs atividades físicas estão sempre recomendadas porque além de liberar substâncias que aumentam a sensação de prazer e bem-estar, também atuam no alívio da dor. Assim como os exercícios de fortalecimento e relaxamento para os músculos do assoalho pélvico.
O controle alimentar é o cuidado de maior importância no tratamento, pois na grande maioria dos casos de cistite intersticial, os sintomas se agravam ou são precipitados pela ingestão de determinados alimentos e bebidas. O recomendado é que a pessoa identifique e exclua os alimentos que acredite ter influência na crise, por uma semana. Após esse período, os mesmos podem ser reintroduzidos gradualmente, observando sempre o retorno ou a ausência dos sintomas.
Veja também: tratamento para síndrome da bexiga dolorosa
FisioterapiaNa fisioterapia existem diversas técnicas capazes de auxiliar no tratamento da síndrome, entre elas algumas parecem apresentar melhores resultados, como a reeducação vesical.
Reeducação vesicalNa reeducação da bexiga, os intervalos entre as micções devem ser iguais e programados, para não se chegar ao ponto de sentir vontade urgente de urinar. Ao longo das semanas, os intervalos entre as micções podem ser aumentados gradativamente.
CirurgiaA cirurgia é raramente indicada, apenas para os casos em que os demais tratamentos não obtiveram resultado. As técnicas mais utilizadas são Hidrodistensão, Derivação urinária, Neuromodulação sacral e a Cistoplastia.
A hidrodistensão consiste em encher a bexiga com soro para além do seu limite de armazenamento, provocando uma distensão excessiva nas suas paredes.
A derivação urinária é uma técnica e que o fluxo de urina é desviado, no intuito de poupar a parede da bexiga, mesmo que temporariamente.
Na neuromodulação sacral é implantado um eletrodo diretamente nos nervos envolvidos no controle das funções da bexiga. O eletrodo é conectado a um gerador, assim como o marcapasso cardíaco. Os estímulos gerados por esse eletrodo alteram a sensibilidade da bexiga, reduzindo os sintomas em até 60% dos pacientes.
E a cistoplastia é uma cirurgia plástica, ou restauração da bexiga.
No entanto, nem todos os casos respondem de forma positiva aos tratamentos conhecidos para esta situação.
O médico urologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da cistite intersticial.
Saiba mais em: Cistite intersticial: Quais as causas e complicações?
Os sintomas do transtorno desintegrativo da infância começam a se manifestar antes dos 10 anos de idade, após um período em que a criança apresentava um desenvolvimento normal, pelo menos até os 2 anos de vida. E sua característica marcante é a regressão evidente de habilidades já adquiridas. A criança parece "desaprender o que já havia aprendido."
Crianças com transtorno desintegrativo da infância apresentam um desenvolvimento normal até pelo menos os 2 anos de idade, comunicando-se por palavras, expressões e gestos; manifestando comportamentos apropriados para a idade e controle dos esfincteres, conforme esperado.
Contudo, antes de completar os 10 anos de idade, a criança manifesta uma perda significativa das habilidades adquiridas, em pelo menos duas das seguintes áreas:
- Linguagem;
- Habilidades sociais ou comportamento adaptativo;
- Habilidades motoras;
- Habilidades em realização de jogos e brincadeiras;
- Controle esfincteriano
- Prejuízos na comunicação, como: atraso ou ausência da fala, perda da capacidade de começar ou manter uma conversa, perda da capacidade de interpretar gestos, linguagem repetitiva, ausência de brincadeiras imaginárias variadas;
- Prejuízos nas interações sociais, como: alterações no comportamento não-verbal, dificuldade em desenvolver relacionamentos, pouca abertura social e emocional, falta de resposta diante de tentativas de carinho, contato visual breve;
- Prejuízos no comportamento, apresenta atividades e interesses repetitivos, restritos e estereotipados, incluindo alterações nas habilidades motoras;
- Regressão em relação ao controle esfincteriano, a criança pode voltar a urinar na roupa ou na cama durante o sono, após já ter adquirido esse controle.
O tratamento do transtorno desintegrativo da infância é multidisciplinar e deve começar o quanto antes para favorecer a adaptação da criança e compensar as suas limitações. O objetivo principal será melhorar a linguagem, a comunicação e as habilidades sociais da criança, bem como reduzir os comportamentos inadequados.
Os tratamentos mais usados são os de abordagem psicológica, social e educacional.
O/A médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno é o/a psiquiatra.
Saiba mais em: Transtorno desintegrativo da infância é grave?