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Dor na parte de cima da barriga durante a gravidez, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A dor na parte de cima da barriga durante a gravidez pode ser causada devido ao estiramento e à distensão dessa parte do abdome que ocorre, principalmente, nos últimos meses de gravidez. A dor de estômago (epigastralgia) e cólicas também são sintomas frequentes durante essa fase e podem ser confundidos com uma dor abdominal nessa região.

No entanto, a dor na parte de cima da barriga (região superior abdominal) pode ser um sintoma de distúrbios mais graves como obstrução intestinal, doença biliar, pancreatite, trauma abdominal, síndrome de HELLP, além das alterações obstétricas que podem ocorrer nas trompas, ovários e placenta. É importante estar atento para a presença de outros sinais e sintomas associados, alguns comuns durante a gravidez, como náuseas, vômitos, constipação e gases, e outros mais específicos, como febre, dor de cabeça e pressão alta (hipertensão).

Deve-se procurar um atendimento médico sempre que houver dor na parte de cima da barriga e o aparecimento de outros sinais e sintomas. O obstetra é o médico indicado para diagnosticar e orientar sobre os problemas surgidos durante a gravidez.

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Como e quando retomar o anticoncepcional depois de usar a pílula do dia seguinte?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Primeiramente, quero frisar que a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo para situações excepcionais e não deve ser utilizado rotineiramente.

Se você fazia uso correto e regular do contraceptivo oral (pílula anticoncepcional) e teve uma relação sexual desprotegida, não é necessário utilizar a pílula do dia seguinte.

A pílula do dia seguinte deve ser usada quando:

  • a mulher tem uma relação desprotegida num momento inoportuno,
  • em caso de esquecimento ou falha de um ou mais comprimidos da pílula anticoncepcional,
  • quando a camisinha se rompe (fato que não é incomum) e não está sendo usado qualquer outro método anticoncepcional,
  • em casos de violência sexual.

É importante deixar claro que a pílula do dia seguinte é um método que evita a gravidez, mas não a transmissão de DSTs, como HIV, hepatite B e sífilis. É recomendável, após uma relação sexual desprotegida, seja feita a coleta de sorologias, de preferência em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).

A cartela do contraceptivo oral deve ser iniciada no primeiro dia em que ocorrer a menstruação após o uso da pílula do dia seguinte e deve ser regulamente ingerida, conforme as orientações da bula. Até que ocorra a menstruação e durante o próximo mês, a contracepção deve ser feita com uso do preservativo masculino (camisinha).

A mulher deve fazer acompanhamento regular com médico ginecologista, com quem poderá tirar suas dúvidas sobre anticoncepção.

RDW alto no hemograma pode ser anemia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O RDW alto no hemograma é sinal de que os glóbulos vermelhos do sangue têm tamanhos variados, o que pode indicar defeitos na forma dessas células. Apesar de ser um achado comum no eritrograma, resultados com níveis altos de RDW podem indicar anemia.

Em casos de anemia ferropriva, o tipo mais comum de anemia na população, a falta de ferro impede e ou reduz, a formação de hemoglobina, uma proteína de cor vermelha que está presente nas hemácias, cuja função é se ligar ao oxigênio para que este seja transportado dos pulmões para os tecidos do corpo.

A carência do ferro, portanto, dá origem a formação de hemácias de tamanho menor, o que aumenta o índice de variação desses tamanhos, o RDW.

O que significa RDW?

RDW é a sigla em inglês para Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos). É um índice que indica a variação de tamanho entre os glóbulos vermelhos, também chamados de eritrócitos ou hemácias.

Serve para avaliar numa amostra a distribuição dessas células em relação ao seu diâmetro, mostrando assim o grau de heterogeneidade entre elas. Para classificar a anemia, deve ser usado em conjunto com o VCM.

Os valores de referência do RDW ficam entre 11,6% e 14,5%.

O RDW é um dos índices hematimétricos utilizados no hemograma para avaliar as características das hemácias. Os demais índices usados no eritrograma são o: VCM (Volume Corpuscular Médio) e o CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média).

VCM e CHCM

O VCM serve para medir o tamanho da célula, enquanto o CHCM serve para avaliar a quantidade de hemoglobina presente nos eritrócitos.

O aumento do RDW no hemograma deve ser investigada pelo/a médico/a que solicitou o hemograma e que irá interpretar os resultados do eritrograma e de todo o exame juntamente com a história e o exame clínico do/a paciente.

Saiba mais sobre esse assunto, nos artigos a seguir:

CHCM alto no hemograma, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

CHCM alto no hemograma significa que há mais hemoglobina que o normal dentro dos glóbulos vermelhos, também chamados eritrócitos ou hemácias. Logo, essa células ficam mais escuras e são denominadas hipercrômicas. Em caso de anemia, ela também é chamada de hipercrômica.

Há ainda outras condições e doenças que podem deixar os valores de CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) elevados, como problemas na tireoide e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Nos adultos, os valores de referência de CHCM ficam entre 30 e 33 pg.

A CHCM serve para medir a quantidade de hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos. A hemoglobina liga-se ao oxigênio, permitindo que o gás seja transportado pelas hemácias dos pulmões para os tecidos do corpo. Também é a hemoglobina que dá a cor vermelha ao sangue.

A CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) é um índice hematimétrico do eritrograma. Esse exame está incluído no hemograma completo e serve para contar e avaliar as características das hemácias.

Leia também: O que significa CHCM no hemograma?

Quando o valor de CHCM está baixo, os glóbulos vermelhos tornam-se mais claros e são classificados como hipocrômicos. Em caso de anemia, ela é chamada de hipocrômica.

Se os valores de CHCM estiverem normais, os eritrócitos são chamados normocrômicos e, a anemia, normocrômica.

Os resultados de CHCM, bem como todo o hemograma, devem ser analisados pelo/a médico/a que solicitou o exame.

Saiba mais em:

O que é hérnia hiatal e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Hérnia hiatal (hérnia de hiato) é a protusão, ou seja, a passagem de parte do estômago, da cavidade abdominal para dentro do tórax, através de um orifício pelo qual o esôfago atravessa o diafragma, e chega a cavidade abdominal.

Por algum motivo esse orifício se torna mais alargado possibilitando a subida de parte do estômago. A hérnia de hiato é a principal causa de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), responsável por quase 95% dos casos.

Muitos casos são assintomáticos, ou seja, não apresenta nenhum sintoma e ahérnia é encontrada acidentalmente. Mas quando apresenta, os sintomas mais comuns são sensação de "bola na garganta", azia, refluxo, tosse, rouquidão e arrotos frequentes.

Sintomas de hérnia de hiato

1. Sensação de "bola" ou "peso" no estômago - digestão lenta e inchaço ("empachamento") do estômago;

2. Pirose ou azia - sintomas mais característico do refluxo, é a sensação de queimação ou calor no peito, que normalmente irradia da parte superior do abdômen até a garganta. Costuma ocorrer depois da alimentação, quando o estômago cheio favorece o refluxo gastroesofágico. Quando se torna crônico, pode causar úlceras e esofagite, uma inflamação na parede do esôfago;

3. Refluxo gastro esofágico - retorno dos ácidos estomacais e conteúdo alimentar até a boca, que podem alcançar a garganta, com gosto ácido e azedo. Regurgitações frequentes podem levar a lesões erosivas dos dentes (desgaste do esmalte dentário pela diminuição do pH bucal);

4. Tosse, rouquidão e asma - o refluxo de material ácido para a parte inferior da garganta pode levar em alguns casos a tosse crônica e alterações na voz. O refluxo é uma das três principais causas de tosse (rinite alérgica e asma são as outras duas). Em pessoas susceptíveis, o refluxo pode desencadear crises de asma;

5. Arrotos frequentes (eructações) - que ocorrem pelo retorno do conteúdo gástrico, e irritação da mucosa, além da compressão direta do diafragma pela hérnia;

6. Dor no peito - alguns pacientes apresentam dor torácica que pode lembrar a dor de um infarto, mas esta dor não tem relação com esforço e melhora com analgésicos específicos;

7. Dor de garganta - dores de garganta crônicas, sem causa aparente e sem outros sinais de infecção, como febre, podem ser sinal de doença do refluxo gastroesofágico;

8. Salivação excessiva.

A incidência da hérnia hiatal é maior em obesos, idosos e multíparas (mulheres que tiveram muitos partos).

Como aliviar os sintomas de hérnia de hiato?
  • Evitar alimentos gordurosos, ricos em proteínas, muito condimentados e frituras, além de doces e pão branco;
  • Fazer uma dieta rica em frutas, verduras, vegetais e fibras;
  • Fazer exercícios físicos (pelo menos 40 minutos, 5 vezes por semana);
  • Evitar situações estressantes ou fadigantes;
  • Perder peso, procurando manter o índice de massa corporal igual ou menor que 25 (cálculo do IMC = peso em quilos dividido pela altura em metros ao quadrado);
  • Dormir com travesseiro alto ou leve elevação da cabeceira da cama (30º);
  • Procurar não beber álcool, café ou bebidas gaseificadas;
  • Não fumar;
  • Evitar comer em excesso próximo da hora de dormir (e fazer a última refeição pelo menos duas horas antes de deitar);
  • Não usar roupas nem acessórios apertados;
  • Evitar ingerir muito líquido durante as refeições;
  • Fazer refeições menores, mais leves e mais próximas umas das outras.
O que a hérnia de hiato pode causar?

Algumas complicações da doença são:

  • Ulcerações: a esofagite grave pode levar a úlceras e erosões na parede do esôfago, causando grande desconforto;
  • Estenose do esôfago: a inflamação do esôfago pode ser tão intensa que o edema (inchaço) formado no local pode dificultar a passagem de alimentos. O paciente queixa-se de sensação de "bolo na garganta" e impactação dos alimentos ingeridos;
  • Dismotricidade esofágica: o esôfago é um órgão muscular, que através de contrações sequenciais empurra o alimento ingerido em direção ao estômago. Com a inflamação crônica causada pelo ácido estomacal e lesão de nervos e fibras musculares esofágicas, este órgão começa a apresentar dificuldades na sincronização dos movimentos, dificultando o transporte de alimentos da boca ao estômago, colaborando também para os sintomas de impactação e "bolo na garganta";
  • Esôfago de Barrett: a agressão crônica às células do esôfago pelo ácido estomacal faz com que elas sofram transformações e passem a ter características de células intestinais. A essa alteração estrutural do tecido esofagiano damos o nome de esôfago de Barrett. Essa células alteradas apresentam maior risco de transformação em câncer, (adenocarcinoma do esôfago). Portanto, um refluxo contínuo, levando à esofagite, é um fator de risco para câncer do esôfago.

Saiba mais sobre os riscos de hérnia de ahiato no artigo: Hérnia pode virar câncer?

O diagnóstico é feito através do exame de endoscopia digestiva alta. Contudo, 25% dos pacientes com refluxo podem tê-lo na forma leve, não apresentando alterações à endoscopia digestiva. Por isso, uma endoscopia normal não descarta o diagnóstico de DRGE.

O tratamento pode ser feito com simples mudanças nos hábitos de vida (vide abaixo) ou medicamentoso, na maioria dos casos. Casos mais graves podem recorrer ao tratamento cirúrgico.

Em caso de suspeita de hérnia de hiato, um médico (preferencialmente um gastroenterologista) deverá ser consultado para avaliação, diagnóstico e tratamento correto.

Leia também:

Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

O que são linfonodos?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Os linfonodos são estruturas ovóides, pequenas e encapsuladas, localizadas no caminho dos vasos linfáticos. Usualmente medem de poucos milímetros a 1,0cm.

Os linfonodos fazem parte do nosso sistema imune e atuam como filtros da linfa. Têm a capacidade de reter (algumas vezes destruir), ou pelo menos retardar, a difusão de bactérias, vírus, protozoários e cânceres pelo organismo.

Fazem parte do nosso sistema imunológico (linfóide), além dos linfonodos, o baço, timo, amígdalas e intestinos.

Há linfonodos em diversos locais do corpo: nuca, pescoço, submandibular, na frente e atrás das orelhas, supraclaviculares, na frente dos cotovelos, nas axilas, nas virilhas e atrás dos joelhos, dentro de alguns órgaõs, como mamas, pulmões, intestinos, e dentro do tórax e abdome.

Ao se avaliar um linfonodo, é importante saber:

  • localização;
  • tamanho;
  • consistência;
  • mobilidade;
  • presença de dor;
  • presença de drenagem de secreção;
  • tempo de evolução.

Há várias causas para o aumento de linfonodos (ínguas):

  • infecções;
  • hipersensibilidade;
  • cânceres;
  • doenças reumatológicas;
  • outras.

Na presença de aumento de linfonodos (ínguas), que persistam por mais de duas semanas, com crescimento progressivo, dor ou saída de secreção, é importante consultar um médico clínico geral. Algumas vezes será necessária a realização de uma biópsia para elucidar a doença que levou à linfonodomegalia.

Leia também: 

Linfonodo e linfoma são a mesma coisa?

O que é adenite e o que pode causá-las?

Como fazer a troca de anticoncepcional (de injetável para pílula e de pílula para injetável)?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Se a mulher faz uso de anticoncepcional injetável e deseja trocar para a pílula de uso oral, deverá iniciar a cartela da pílula na data prevista para a próxima injeção. Adicionalmente, durante os primeiros sete dias do uso do anticoncepcional oral, deve ser utilizado também um método de barreira (camisinha), pois nesse período há o risco de gravidez.

Se a mulher faz uso da pílula e deseja mudar para o anticoncepcional injetável, deve seguir esta orientação: tomar até o último comprimido da cartela e aguardar a menstruação. O anticoncepcional injetável deverá ser aplicado nos primeiros três dias da menstruação ou entre o sétimo e o décimo dia do ciclo, a depender da composição da injeção (mensal ou trimestral). Adicionalmente, recomenda-se o uso do preservativo masculino (camisinha) nos dias compreendidos entre o término da cartela da pílula e durante o primeiro mês após a primeira injeção, pois há risco de gravidez.

Além disso, é importante sempre usar um método de barreira como a camisinha, pois os anticoncepcionais orais ou injetáveis não protegem contra transmissão de DSTs - Doenças Sexualmente Transmissíveis.

O médico ginecologista deverá orientá-la sobre os métodos contraceptivos e como trocar de método.  

Como saber se sou estéril?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para o homem ou a mulher saber se é estéril, ou seja, incapaz de ter filhos, é preciso fazer exames específicos para detectar a esterilidade.

Para saber se o homem é estéril, é necessário:

  • Fazer um levantamento detalhado da sua história clínica para investigar casos anteriores de infecções, traumas, cirurgias e impotência, bem como conhecer os seus hábitos, como abuso de álcool, cigarro e outras drogas;
  • Fazer um bom exame físico;
  • Pedir um espermograma, que avalia a quantidade e a qualidade dos espermatozoides.

Leia também: Entendendo os Resultados do Espermograma

Em casos específicos, pode ser necessário fazer avaliação endócrina e hormonal, ultrassom dos testículos, exames genéticos e biópsia dos testículos.

Como saber se a mulher é estéril?

Para saber se a mulher é estéril é necessário realizar exames para investigar cada um dos fatores que podem influenciar a sua fertilidade:

  • Anatomia;
  • Ovulação e hormônios;
  • Endometriose;
  • Sistema imunológico;
  • Genética e cromossomos.

Dentre os exames mais usados para detectar a esterilidade feminina estão:

  • Dosagem hormonal: É feito durante o ciclo menstrual e serve para verificar se a mulher tem ovulação, quando ela ocorre e qual é a qualidade da mesma;
  • Ultrassom transvaginal: Avalia útero, ovários e anexos genitais. O exame permite ao/à médico/a acompanhar a ovulação, detectar miomas e outros alterações uterinas;
  • Histerossalpingografia: Serve para avaliar a permeabilidade e a anatomia das trompas;
  • Histeroscopia: Permite visualizar diretamente a cavidade uterina e estudar o endométrio (parede interna do útero) e detectar miomas no interior do útero.

Existem ainda outros exames que a mulher poderá fazer para saber se é estéril, dependendo do caso. Saiba mais em: Que exames devo fazer para saber se posso engravidar?

Os exames para detectar a esterilidade devem ser analisados pelo/a médico/a andrologista ou urologista especialista em fertilidade (homens), ou pelo/a médico/a ginecologista especialista em fertilidade (mulheres).