Não, tomar anticoncepcional durante muito tempo não faz mal à saúde. Se a mulher estiver bem adaptada à pílula, não sofrer efeitos colaterais e tomar o anticoncepcional com acompanhamento do seu médico de família ou ginecologista, ela pode usar o medicamento continuamente, pelo tempo que quiser e sem necessidade de trocar de pílula.
Porém, apesar do anticoncepcional ser seguro, o seu uso por tempo prolongado produz um pequeno aumento da pressão arterial, que volta ao normal com a suspensão do medicamento.
Por essa razão, recomenda-se que mulheres hipertensas utilizem um método contraceptivo não-hormonal, pois mesmo um pequeno aumento da pressão arterial pode ser prejudicial para quem tem hipertensão.
Também se sabe que o risco de trombose em usuárias de anticoncepcionais orais é quatro vezes maior quando comparadas com mulheres que não tomam a pílula.
Leia também: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?
Apesar de alguns riscos, que são avaliados pelo médico de acordo com a história clínica de cada paciente, o anticoncepcional pode trazer alguns benefícios para algumas mulheres, como:
- Prevenção de câncer de ovário e de útero;
- Diminuição do fluxo menstrual, das cólicas e da TPM.
Não, o uso contínuo de anticoncepcional não dificulta a gravidez. A ideia de que tomar anticoncepcional por muito tempo seguido pode causar infertilidade está associada à chamada síndrome pós-pílula, que ocorre quando a mulher deixa de tomar e a menstruação não desce.
Saiba mais em: Dúvidas sobre Anticoncepcional
Como ela não menstrua, acha que deixou de ovular e ficou infértil por causa do anticoncepcional. Contudo, na grande maioria dos casos, esse problema se resolve espontaneamente em até 6 meses.
A síndrome pós-pílula também não está relacionada com o tempo que a mulher tomou a pílula, mas sim com o comportamento do seu organismo em relação ao medicamento.
Para maiores esclarecimentos sobre os riscos e benefícios do uso de anticoncepcional oral, consulte um médico ginecologista ou médico de família.
Leia também: A menstruação vai continuar regulada se eu parar de tomar anticoncepcional?
As chances de se contrair HIV se a camisinha estourar existem sempre, independentemente, de haver ou não uma lesão visível no pênis. Porém, no caso específico do seu amigo, se houve uma lesão visível no pênis, mesmo que não tenha sangrado, o risco de contrair HIV aumenta.
O mais indicado nessas situações é procurar um médico o mais rápido possível (máximo 72 horas) para iniciar o PEP (profilaxia pós-exposição), que evita a infecção definitiva pelo HIV.
Mesmo assim, o risco de ser infectado pelo HIV numa relação sem preservativo ou em que o mesmo se rompa, não é de 100%. Esse risco depende de vários fatores. Primeiro, se a outra pessoa tem ou não o vírus. Se ela não tiver HIV, a chance de infecção é de 0%.
Por outro lado, se a outra pessoa for portadora do vírus HIV e a camisinha se romper, o risco de contaminação depende muito da carga viral (quantidade de vírus) que ela tem no organismo. Quanto mais alta, maior é a chance de contrair o HIV. Além disso, hoje já se sabe que pessoas em tratamento com carga viral indetectável por mais de 6 meses praticamente não transmitem o vírus.
Vale ainda lembrar que o risco de transmissão é maior no sexo anal, principalmente se for receptivo, do que no sexo vaginal. Sexo oral apresenta risco de transmissão baixíssimo, sendo que para a pessoa que recebe sexo oral não há risco.
Caso tenha dúvidas sobre a transmissão do HIV, ou tenha entrado em situação de exposição ao vírus consulte um médico.
Saiba mais sobre o que é PEP?
Gastrite enantematosa é um diagnóstico endoscópico da inflamação da mucosa do estômago, pode ser aguda ou crônica. Pode estar associada a diversos fatores:
- infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que também está associada a formação de úlceras gástricas;
- uso de ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios e prednisona;
- consumo de bebidas alcoólicas;
- inflamação auto-imune da mucosa estomacal.
Os sintomas de gastrite são:
-
dor e queimação na "boca do estômago";
-
azia;
-
perda do apetite;
-
náuseas e vômitos;
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distensão da "boca do estômago";
-
sensação de saciedade precoce;
-
sangramento digestivo, nos casos complicados, com evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).
O diagnóstico é suspeitado pela queixa do paciente e deve ser confirmado através da realização de endoscopia digestiva alta.
O estômago é dividido em algumas partes: cárdia, corpo, antro e fundo. A inflamação pode acometer algumas destas localizações do estômago e normalmente a endoscopia especifica as regiões acometidas (pangastrite, quando acomete todo o estômago; gastrite de corpo, quando acomete o corpo do estômago; gastrite de antro, quando acomete o antro). Pela endoscopia, a gastrite pode ser classificada em leve, moderada ou grave, conforme o grau de acometimento da mucosa visto ao exame (classificação de Sidney), que considera os seguintes sinais: edema, enantema, exsudato e erosão.
O seguimento deve ser feito por médico clínico geral ou gastroenterologista.
Miométrio heterogêneo é um miométrio que não é uniforme em toda a sua extensão, o que sugere a presença de mioma ou adenomiose. O miométrio é a camada mais grossa do útero, formada por músculos, enquanto que o endométrio (camada interna) e o perimétrio (camada externa) são bem mais finos.
A adenomiose é a invasão do endométrio no miométrio. Trata-se da presença de tecido endometrial na parte muscular do útero, o que provoca um aumento do órgão.
Nesses casos, o miométrio apresenta-se heterogêneo durante o exame de ultrassom, podendo ter também pequenos cistos. Há também espessamento ou irregularidades na área de junção entre as duas camadas do útero, o que é um forte indício de adenomiose.
Para maiores esclarecimentos, consulte um médico ginecologista.
Leia também: O que é adenomiose e quais os sintomas?
Os sinais e sintomas do câncer no colo do útero normalmente são observados quando o câncer já está em uma fase mais avançada. Um dos sintomas mais comuns do câncer de colo de útero é o sangramento vaginal ou corrimento vaginal com presença de sangramento logo após a relação sexual, após a menopausa ou de forma espontânea.
Outros sintomas que podem estar incluídos:
- Sangramento vaginal durante ou após as relações sexuais;
- Sangramentos vaginais após a menopausa;
- Sangramento excessivo durante a menstruação;
- Dor durante as relações sexuais;
- Sensação de peso na região entre o ânus e a vagina (períneo);
- Corrimento vaginal mucoso, que pode ser avermelhado e ter mau cheiro;
- Dor pélvica ou abdominal;
- Presença de sangue na urina.
Nos casos mais avançados, os sintomas podem vir acompanhados de alterações urinárias ou intestinais.
Porém, vale lembrar que no início, o câncer no colo do útero geralmente não apresenta sintomas. O desenvolvimento desse tipo de câncer é lento e os sinais tendem a surgir com a evolução do quadro.
Quais são os fatores de risco para câncer no colo do útero?A causa do câncer de colo uterino não está totalmente definida. Porém, sabe-se que o principal fator de risco para o câncer no colo do útero é a infecção pelo vírus HPV, que pode ser transmitido sexualmente e pode ser prevenido. A infecção por HPV provoca modificações nas células do colo do útero que podem evoluir para câncer.
Há ainda outros fatores que podem aumentar as chances da mulher desenvolver esse tipo de câncer, tais como: ter muitos filhos, ter vários parceiros sexuais, início precoce da vida sexual, fumar, história de infecções sexualmente transmissíveis, ter mais de 40 anos de idade e tomar pílula anticoncepcional durante 5 anos ou mais.
Como é feito o diagnóstico do câncer no colo do útero?O diagnóstico do câncer de colo de útero é feito pelo exame físico e confirmado por uma biópsia. Os exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada são importantes para definir o grau de avanço do câncer e detectar possíveis comprometimentos de outros órgãos.
O diagnóstico precoce do câncer de colo de útero pode ser feito através do exame preventivo papanicolau, que detecta o HPV e a presença de células anormais, uma vez que a infecção pelo vírus é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.
Se o papanicolau detectar a presença de alterações nas células, o tratamento pode incluir crioterapia, procedimentos para queimar a lesão, retirada da lesão e ainda medicamentos.
Câncer no colo do útero tem cura? Como é o tratamento?Sim, câncer no colo do útero tem cura. Se for diagnosticado precocemente, as chances de cura são de aproximadamente 90%. O tratamento depende do grau de avanço da doença.
Se o câncer estiver numa fase inicial, é feita uma cirurgia, que pode ou não ser complementada com radioterapia ou quimioterapia. A associação de radioterapia e quimioterapia permite manter o câncer de colo de útero bem controlado em casos mais avançados.
Nos casos mais graves de câncer de colo uterino, é feito primeiro o tratamento com quimioterapia e radioterapia, que permite depois a realização da cirurgia. O procedimento cirúrgico pode remover o útero, as trompas e o ovário.
A radioterapia pode ser aplicada externamente ou internamente:
Na radiação externa, utiliza-se um aparelho que emite um feixe de radiação para a área a ser tratada. Nesses casos, geralmente são feitas 5 sessões de radioterapia, durante um período que varia entre 5 e 7 semanas.
Na radioterapia aplicada internamente, a radiação é administrada pela colocação de implantes com substâncias radioativas na vagina. Os implantes permanecem no corpo durante algumas horas ou até por 3 dias. Essa forma de radioterapia necessita de internamento hospitalar e o tratamento pode precisar ser repetido, às vezes por algumas semanas.
Se o câncer já tiver alcançado outros órgãos, o tratamento com quimioterapia terá como objetivo tentar conter a doença e melhorar os sintomas.
Quanto mais cedo o câncer no colo do útero for detectado, maiores são as chances de cura. Por isso é muito importante visitar regularmente a/o médico/a de família ou ginecologista e fazer o exame preventivo papanicolau com a regularidade indicada pelo/a médico/a.
Pênis inchado pode ser sinal de inflamações, infecções, fraturas, traumas ou ter ainda outras causas. Se o inchaço vier acompanhado de dor, vermelhidão e calor local, é provável que seja uma inflamação na glande (cabeça do pênis), no prepúcio (pele que recobre a glande) ou em ambos.
A inflamação na glande é conhecida como balanite. Se a pele estiver inflamada, ela é denominada postite, se acometer ambas ao mesmo tempo, balanopostite. A balanite e a balanopostite deixam a glande e o prepúcio inchados, além de causarem dor, vermelhidão e aumento da temperatura nesses locais. Alguns pacientes podem apresentar inclusive feridas na cabeça do pênis.
Se a balanite ou a balanopostite estiverem associadas a processos infecciosos, os sinais e sintomas podem incluir ainda a presença de pus, coceira e secreção com odor desagradável.
As principais causas dessas inflamações são as infecções provocadas por bactérias, vírus, fungos ou outros micro-organismos, podendo ainda ser originadas por doenças de pele, reações alérgicas, traumas, higiene inadequada e até câncer de pênis.
O inchaço no pênis também pode ser decorrente de uma uretrite. Trata-se de uma inflamação da uretra, o canal excretor da urina.
A uretrite é um tipo de infecção urinária e tem como principais sintomas a dor ou a ardência no momento de urinar e a presença de corrimento amarelado no pênis, normalmente acompanhado de mau cheiro. Alguns homens também podem ficar com o pênis inchado e sentir coceira e aumento da sensibilidade.
Veja também: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?
Já as fraturas ocorrem quase sempre durante o ato sexual, sobretudo quando a mulher está posicionada por cima do homem. Como o pênis não possui ossos, o termo "fratura" refere-se ao rompimento da membrana que recobre os corpos cavernosos (câmaras que se enchem de sangue para manter o pênis ereto).
Além do pênis ficar inchado, pode haver dor, hematomas e sangramento. É comum o paciente ouvir um estalo no momento da ruptura e inchaço.
O médico especialista indicado para avaliar e diagnosticar a origem do edema peniano é o urologista. Procure um na presença dos sintomas.
Saiba mais em:
Corrimento no pênis: o que pode ser e como tratar?
Verruga na região genital pode ser indicativo de alguma doença sexualmente transmissível (DST). A lesão mais frequente associada às verrugas na vagina é causada pelo vírus papiloma humano (HPV). A verruga genital, também conhecida como condiloma acuminado, pode ser plana ou elevada, com aspecto semelhante a couve-flor.
Na mulher, o condiloma por surgir na vagina, vulva, ânus, reto, uretra e colo do útero. Essas verrugas podem aparecer de 3 semanas a 8 meses depois que ocorreu a relação sexual desprotegida. Porém, o HPV pode ser transmitido mesmo com o uso de preservativo, se houver contato íntimo da pele ou da mucosa com a verruga.
Se a mulher tiver verruga genital e engravidar, pode haver um aumento no número e no tamanho das lesões. Porém, geralmente diminuem depois do parto.
Qual é o tratamento para verruga genital?A maioria das verrugas na vagina decorrentes do HPV são transitórias e podem desaparecer espontaneamente em 2 anos, não precisando de nenhum tratamento específico.
Se houver crescimento da verruga, dor e incômodo, procure um serviço de saúde para avaliação e tratamento. Em alguns casos, essas verrugas precisam ser "queimadas" com ácido para serem eliminadas. Até porque, se não forem eliminadas, podem transmitir o HPV.
Em alguns casos, quando a verruga é muito grande ou volta a aparecer depois do tratamento, pode ser necessário realizar uma pequena cirurgia para retirá-la. Mesmo após a remoção cirúrgica, a verruga genital pode reaparecer, sendo necessário repetir o tratamento.
Estima-se que 50% a 80% das pessoas sexualmente ativas está infectada pelo HPV. Porém, na maioria dos casos, não manifestam sintomas.
Se a verruga genital é causada por HPV, posso ter câncer?A presença de verruga genital não tem propriamente relação com câncer. É importante frisar que existem mais de 200 tipos de HPV, subdivididos em diferentes grupos. Cada grupo de HPV causa um tipo diferente de manifestação e aqueles que causam verrugas não são os mesmos que provocam câncer.
Dentre todos os tipos de HPV, 40 deles podem infectar a região anal ou genital e 12 podem causar câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus ou orofaringe. Embora muitas mulheres estejam infectadas pelo HPV, são poucos os casos que evoluem para câncer.
Os vírus considerados de alto risco para câncer são o HPV 16 e o HPV 18, que não causam verrugas. Além disso, existem fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de colo do útero, tais como:
- Infecção por HIV;
- Início precoce da vida sexual;
- Ter muitos parceiros sexuais;
- Partos múltiplos;
- Genética;
- Tabagismo;
- Presença de outras micro-organismos transmitidos sexualmente, sobretudo o Herpes Simplex tipo 2 e a Chlamydia trachomatis.
No entanto, a infecção por HPV nas mulheres está altamente associada ao câncer de colo do útero. O vírus é responsável por quase todos os casos da doença. Como o tumor apresenta evolução muito lenta e geralmente não manifesta sintomas, pode haver atraso no diagnóstico e o câncer pode evoluir para formas invasivas.
Por isso, é fundamental a realização do exame preventivo com frequência anual ou a cada 3 anos, dependendo do resultado do exame, para avaliação do útero, colo do útero e da região interna da vagina.
Esse exame é capaz de avaliar a presença de lesões e corrimentos que, ao serem detectados podem ser devidamente tratados. O exame preventivo é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde gratuitamente.
A presença de hemácias ou eritrócitos na urina significa que tem sangue na urina, a presença de sangue na urina é chamada de hematúria.
As hemácias podem ser percebidas na urina pela cor avermelhada, quando em altas quantidades, ou pode ser identificada no exame de urina de rotina (EAS).
No exame de urina normal, a presença de hemácias é raro. Os valores considerados dentro da normalidade são descritos de 3 formas, dependendo do laboratório:
- Menos de 10.000 células/mL ou
- 3 a 5 hemácias por campo ou
- hemácias ausentes / raras hemácias.
Se no resultado do seu exame o valor das hemácias for superior aos valores descritos, significa que as hemácias estão elevadas na urina. As causas mais comuns de hematúria são a cistite, pedras nos rins, período menstrual, uso de medicamentos e as doenças na próstata.
Hemácias na urina, o que pode ser? 1. CistiteA cistite é a infecção urinária que se localiza na bexiga. A infecção causa dor, urgência para urinar, ardência, urina muito amarelada com cheiro forte e incômodo constante. A hematúria, embora não seja um dos sintomas mais comuns, pode também estar presente, especialmente nas infecções mais graves.
Se você perceber sangue na urina, ardência e mau cheiro, aumente a ingestão de água por dia enquanto procura o médico de família, clínico geral ou urologista. Pode ser necessário iniciar o tratamento com antibióticos, por 7 a 10 dias.
2. Pedra nos rinsO cálculo renal ou pedra nos rins, é uma condição que nem sempre causa sintomas. A pessoa pode apresentar dor e sangue na urina apenas quando essas pedras passam pelo ureter e provocam machucados.
Se a pedra obstruir completamente o fluxo da urina, a urina fica acumulada no ureter e no rim o que causa a dor intensa, náuseas, vômitos. A dor se inicia nas costas, apenas do lado acometido, depois irradia para o abdome e virilha. Nos homens pode irradiar para os testículos e, nas mulheres, para a vulva. Esse quadro é chamado de cólica renal.
Na imagem II a presença da pedra no ureter esquerdo, impede o fluxo de urina, com consequente dilatação do ureter e do rim do mesmo lado.Durante uma crise de cálculo renal, evite a ingestão exagerada de líquidos. Beber água e outros líquidos em excesso podem aumentar a pressão da urina no rim e, por este motivo, aumentar a sua dor. Por causa do dor intensa, dirija-se rapidamente à emergência hospitalar.
O tratamento deve ser determinado pelo médico urologista, com o uso de medicamentos para dor, antibióticos, ondas de choque (litotripsia) e/ou cirurgia de urgência.
3. PielonefriteA pielonefrite é uma infecção nos rins que, geralmente ocorre devido à infecção urinária. Os sintomas incluem dor, ardência e mau cheiro na urina, associado a hematúria, calafrios, febre alta, dor lombar do lado direito ou esquerdo, náuseas e vômitos.
Nestes casos é preciso procurar uma emergência médica, pois a pielonefrite pode levar à uma infecção generalizada ou doença renal crônica, se não tratada rapidamente.
O tratamento consiste no uso de antibióticos por 14 dias, de preferência por via venosa, em ambiente hospitalar.
4. Período menstrualDurante o período menstrual, é comum que as mulheres percebam a presença de sangue na urina, porém o sangramento é uterino e não do sistema urinário, por isso não é recomendado colher o exame neste período.
Se for realmente necessário realizar o exame no período menstrual, informe a situação ao laboratório, no momento da coleta e entrega do material.
5. Uso de medicamentosO uso de medicamentos, especialmente os anticoagulantes como a aspirina, podem causar o surgimento de sangue/hemácias na urina. É mais comum que isto ocorra entre os idosos.
Nestes casos, o mais indicado é procurar o médico que indicou o uso deste remédio para que possa ser feito um ajuste na dosagem ou mesmo a troca da medicação.
6. Doenças na próstataA próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga, com a função de produzir o líquido seminal que compõem parte do sêmen, nutrir e proteger os espermatozoides.
O aumento dessa glândula, a hiperplasia benigna da próstata, é uma doença comum no homem da terceira idade, que devido a sua localização, acaba por comprimir a uretra, causando dor, diminuição do jato de urina e hematúria.
A próstata aumentada comprime a uretra, dificultando a passagem da urina.Os sintomas ajudam no diagnóstico precoce e acompanhamento da doença, que embora seja benigna, tem um risco baixo de evoluir para um câncer de próstata. Portanto, se sentir esses sintomas, procure um médico de família ou urologista para avaliação.
A sociedade de urologia indica o exame de próstata de rotina, com toque retal e exame de PSA no sangue, para todos os homens a partir dos 50 anos, ou 45 quando houver história da doença na família.
7. Câncer renalO câncer renal pode causar aumento de hemácias na urina, dor na região entre as costelas e o quadril do lado direito ou esquerdo (flancos), pode levar a episódios de febre baixa sem causa aparente, perda de peso e inchaço abdominal.
Perceba que estes sinais e sintomas podem ser provocados por outras doenças. Por este motivo a mais indicado é procurar um médico de família, clínico geral ou nefrologista o mais rápido possível.
Além da história clínica, podem ser necessários exames como tomografia ou ressonância magnética. O tratamento pode consistir no uso radioterapia e/ou quimioterapia e/ou remoção do rim. Somente em uma consulta médica com avaliação de exames é possível definir o melhor tratamento.
Como tratar hemácias altas na urina?O tratamento da hematúria (hemácias altas na urina) depende da sua causa. Por exemplo: se as hemácias na sua urina estão elevadas por causa de uma cistite, o tratamento será efetuado com uso de antibióticos.
Em alguns casos, como pedra nos rins, alterações na próstata ou mesmo o câncer renal, podem ser necessários tratamento medicamentoso e cirúrgico. O médico urologista é o responsável por tratar e acompanhar esses casos.
Hemácias na urina durante a gravidez é normal?Não. Se você está grávida, não é normal urinar com sangue e nem apresentar hemácias altas no exame de urina.
As infecções urinárias como a cistite (infecção da bexiga) e uretrite (infecção da uretra) são comuns na gravidez devido ao aumento do trato urinário e ampliação do útero. Quando não são tratadas adequadamente estas infecções podem provocar hemácias altas na urina.
Se durante a gestação você perceber sangue na urina ou sentir sintomas como dor ou ardor ao fazer xixi, dor na virilha, náuseas, vômitos e fraqueza é importante aumentar a ingestão de água e procurar o seu ginecologista ou obstetra.
O médico avaliará se estes são sintomas da própria gravidez, como náuseas vômitos e fraqueza, ou se estão relacionados a doenças. É possível que você precise fazer exame de urina para identificar a causa da presença de hemácias.
Quando devo me preocupar?É importante você buscar rapidamente um médico de família, clínico geral, urologista (para os homens), ginecologista (para as mulheres) ou nefrologista, se você sentir ou perceber:
- Dificuldade para urinar
- Dor ao urinar
- Urina com odor desagradável
- Incontinência urinária
- Dor no baixo ventre
- Suspensão ou redução da quantidade de urina
- Dor lombar do lado direito ou esquerdo
- Urina com sangue persistente, por mais de 48 horas
- Febre
- Vômito
- Edema (inchaço) nas pernas
- Pressão alta
- Edema (inchaço) no abdome
- Perda de peso
Estes sintomas indicam problemas das vias urinárias e/ou renais que precisam ser devidamente investigados e adequadamente tratados.
Se você perceber que a sua urina está avermelhada (hemácias na urina) ou qualquer outro sinal não se automedique. Procure um médico de família, clínico geral ou urologista.
Veja também:
- Hemoglobina na urina é grave? O que pode ser?
- Hemácias altas na urina: o que pode ser e como tratar?
- Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados
- Quais os valores anormais na sedimentoscopia?
Referências
Brasil. Ministério da Saúde; Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde; Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.