Não é comum o câncer causar gosto amargo na boca ou alterações do paladar. Portanto, dificilmente o gosto amargo na boca irá isoladamente ser sinal de câncer.
Existem outras condições mais simples que costumam causar boca amarga, como:
- Cáries
- Problemas gengivais
- Gravidez
- Doença do refluxo gastroesofágico
- Doenças pulmonares e infecciosas
- Uso de tabaco e medicamentos
Em pessoas que já têm câncer e estão em tratamento, é comum a sensação de boca amarga ocorrer devido à quimioterapia e à radioterapia, que são utilizadas no tratamento de diferentes tipos de câncer.
A quimioterapia apresenta como efeito colateral frequente alterações no sabor dos alimentos. Já a radioterapia quando aplicada na região da cabeça ou pescoço pode atingir as papilas gustativas interferindo no sabor dos alimentos.
O clínico geral ou médico de família poderá diagnosticar a causa da sensação de gosto amargo na boca e tratá-la ou indicar outro profissional da saúde para fazê-lo.
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Referências bibliográficas
UK National Health Service: Metallic Taste. Indigestion.
Esquecimentos inferiores a 12 horas praticamente não interferem na eficácia da medicação. O risco de gravidez é muito pequeno.
Esquecimentos superiores a 12 horas podem influenciar de forma mais significativa, com maior risco de engravidar, principalmente se foi próximo ao período fértil e teve relações.
Esqueci de tomar o anticoncepcional na hora certa. O que faço?Se esqueceu de tomar a pílula anticoncepcional a menos de 12 horas, tome a pílula na hora que se lembrar e siga a cartela normalmente com cuidado para não esquecer outra vez.
Se o esquecimento ocorreu há mais de 12 horas, tome a pílula na hora que se lembrar, siga a cartela normalmente e faça uso de outro método anticoncepcional durante esse período, se houver relação.
Esqueci de tomar a pílula por 1 dia. Posso engravidar?Sim. As chances são pequenas, mas pode acontecer. O risco de gravidez é maior nas primeiras semanas do ciclo, mas se voltar o uso normal logo após o esquecimento, passados 14 dias, estará protegida novamente.
Se tiver relação durante esses dias, deve fazer uso de outro contraceptivo, como a camisinha, para evitar a gravidez.
Esqueci de tomar a pílula por 1 dia. O que faço?Tome aquela que se esqueceu imediatamente e mais a pílula do dia, no horário habitual. Depois, continue a cartela normalmente, fazendo uso de outro contraceptivo, nos próximos 7 dias.
Sim. Quanto maior o número de dias que esquece do remédio, maior a possibilidade de uma gravidez, se houver relação nesse período.
No entanto, se voltar o uso normal da pílula e fizer uso de outro contraceptivo durante os próximos 7 dias, o risco de engravidar é bem pequeno.
Esqueci de tomar a pílula por 2 dias ou mais. O que faço?Nesse caso a mulher não deve tomar as medicações esquecidas, apenas a próxima do dia em questão e seguir a cartela como de habitual, sabendo que o restante desse mês não estará totalmente protegida.
Por isso deverá fazer uso de outro método contraceptivo junto, como o uso da camisinha por pelo menos 7 dias e emendar a próxima cartela.
Se a cartela estiver no fim, o mais adequado é parar o seu uso, o que acarretará na descida da menstruação e então iniciar nova cartela ao primeiro dia.
Se esquecer de tomar 3 pílulas ou mais, é provável que ocorra sangramento. Nesses casos, deve começar uma nova cartela no próximo ciclo.
Dei a pausa e esqueci de voltar a tomar no dia certo. Atrasei um dia. Posso engravidar? O que faço?Provavelmente não irá engravidar porque está no início do ciclo, portanto distante da ovulação, mas faça como um esquecimento de um dia, tome cuidado nos próximos 7 dias, com uso de mais um preservativo, para eliminar qualquer risco.
Não. Tome a pílula assim que se lembrar e continue a cartela normalmente. Até 12 horas de atraso da pílula, a eficácia é mantida e assegurada, segundo os fabricantes.
Existe risco de gravidez se tomar a pílula em horários diferentes?Não, desde que a diferença de horário seja de poucas horas.
Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula anticoncepcional, consulte um médico de família, clínico geral ou ginecologista.
Dor abdominal do lado direito, abaixo as costelas, pode ser hepatite, apesar de que no seu caso, os exames estão dentro da normalidade. Outra possível causa para as dores abdominais é a presença de cálculos (“pedras”) na vesícula biliar. Lesões na parte inferior do pulmão direito, no rim, nas costelas ou ainda em músculos também podem causar dor na porção superior direita do abdômen.
A hepatite nem sempre manifesta sintomas e, quando estão presentes, caracterizam-se por fadiga, falta de apetite, febre, náusea, vômitos, diarreia, clareamento das fezes, dor nas articulações, urina escura, dores abdominais, icterícia (pele e olhos amarelados), entre outros.
Se a hepatite durar mais de 6 meses, ela é considerada crônica. Nesses casos, a doença pode evoluir para cirrose hepática ou ainda câncer de fígado.
Há diversos tipos de hepatite e a gravidade dos sintomas varia muito de acordo com o tipo de hepatite. Algumas hepatites podem resolver-se espontaneamente em poucos dias ou necessitar de amplo tratamento. Há casos em que a hepatite não tem cura e o objetivo do tratamento é apenas controlar a evolução doença.
O que é hepatite?A hepatite é uma inflamação do fígado, causada principalmente por vírus. A hepatite impede o fígado de exercer as suas diversas funções, como digestão, armazenamento de energia e eliminação de toxinas. A hepatite causa lesões no fígado que podem evoluir para cirrose hepática ou câncer de fígado.
A hepatite também pode ter como causas bactérias e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, medicações e algumas plantas. Há ainda hepatites autoimunes, em que o sistema imunológico da pessoa ataca as próprias células do fígado.
A hepatite, independentemente do tipo e da causa, precisa sempre de avaliação e acompanhamento médico adequado.
Qual é o tratamento para hepatite?O tratamento da hepatite aguda é feito com repouso e dieta adequada. O objetivo do tratamento é permitir a recuperação do fígado. Nos casos mais graves de hepatite e na hepatite crônica, o tratamento é feito com medicamentos específicos que controlam a multiplicação do vírus e diminuem as lesões causadas ao órgão.
Sim. Além do fígado, a vesícula biliar é outra causa comum de dor no lado superior direito do abdômen, principalmente quando há pedra na vesícula. As pedras na vesícula são formadas por sucos digestivos endurecidos que se depositam na vesícula biliar.
Nesse caso, a dor abdominal é na realidade uma cólica biliar, provocada pela obstrução da vesícula por uma ou mais pedras.
Como se formam as pedras na vesícula?A vesícula biliar é uma pequena bolsa que se localiza abaixo do fígado, do lado superior direito do abdômen, abaixo das costelas.
Dentro da vesícula biliar está a bílis, produzida pela fígado. Ao se contrair, a vesícula “injeta” a bílis para dentro do intestino para atuar na digestão das gorduras.
Porém, quando está muito concentrada, a bílis pode cristalizar, dando origem aos cálculos (pedras) biliares. A maioria das pedras na vesícula são constituídas por colesterol e se formam quando a concentração de colesterol na bílis está muito alta ou quando a vesícula biliar não se esvazia de forma adequada.
Quais são os sintomas de pedra na vesícula?A grande maioria das pessoas que têm pedra na vesícula biliar não manifesta sintomas. Quando presentes, a principal manifestação é a dor abdominal do lado direito, embaixo das costelas. A dor pode irradiar para o lado esquerdo do abdômen, para as costas, para o tórax ou se difundir para todo o abdômen.
A dor abdominal pode durar minutos ou horas e surge subitamente, podendo durar minutos ou horas. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar também náuseas, vômitos, aumento da transpiração e palidez.
Se a obstrução permanecer por muito tempo, a vesícula inflama e surge a colecistite. Além de cólica biliar, que surge após a ingestão de alimentos gordurosos, a colecistite causa febre e vômitos.
Se não provocar sintomas, os cálculos biliares podem não necessitar propriamente de um tratamento, exceto em casos específicos. Porém, se houver sintomas como dor abdominal (cólica biliar) ou outras complicações, é necessário fazer uma cirurgia para retirar a vesícula biliar.
Consulte um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família se a dor abdominal for muito intensa, durar horas ou dias, ou ainda se vier acompanhada de vômitos, febre ou outros sintomas.
Para saber mais sobre dor na barriga, você pode ler:
Dor do lado direito da barriga: o que pode ser?
Dor abdominal: diferentes lados e suas causas
Dor no estômago e dor nas costas, o que pode ser?
Referências
FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Dor na nuca pode ter várias causas, sendo as mais comuns:
- Pressão arterial alta,
- Enxaqueca,
- Problemas de coluna,
- Problemas de visão e
- Estresse ou Tensão muscular.
A dor pode ser dos dois lados ou unilateral (dor à direita ou à esquerda), dependendo da causa.
Dor na nuca e hipertensão arterialO aumento da pressão é uma das causas mais comuns de dor na nuca, embora algumas pessoas mesmo com a pressão muito elevada, não apresentem nenhum sintoma.
À medida que os níveis de pressão se mantêm elevados, ou subam gradativamente, o organismo tende a se adaptar à situação, sem causar dor ou outras queixas. O que é prejudicial para a pessoa, porque não existe um sinal de algo errado, retardando o devido tratamento.
A dor na nuca associada a hipertensão arterial, pode vir acompanhada de: dor no peito, tontura, náuseas, sonolência, confusão mental, vômitos, palidez, tremores nas mãos, zumbido no ouvido, sangramento pelo nariz, fraqueza, visão turva e alterações visuais.
Qual o tratamento para dor na nuca causada por pressão alta?O tratamento para essa fase de crise hipertensiva, deve ser procurar um serviço de emergência, para tratar o problema e evitar maiores complicações, como um derrame cerebral, ou infarto agudo do miocárdio.
Após resolvida a crise de hipertensão, o tratamento deve ser direcionado a causa do problema, ou seja, o melhor controle da pressão arterial. A hipertensão arterial não tem cura, mas tem tratamento eficaz, que deve ser feito sem interrupções e durante a vida toda, para evitar complicações cardiovasculares, neurológicas e ou renais, principalmente.
Algumas medidas para o tratamento e controle da hipertensão arterial incluem:
- Não fumar;
- Manter uma alimentação saudável com frutas, verduras e fibras, evitando alimentos industrializados, gordurosos e muito calóricos;
- Manter o peso adequado à altura;
- Reduzir a ingestão de sal e de bebidas alcoólicas;
- Praticar atividades físicas regulares, 30 minutos diários, 5 dias por semana, com orientação médica;
- Tomar os medicamentos para hipertensão sempre, mesmo quando a pressão estiver boa, a não ser que seja alterado pelo médico cardiologista;
- Procurar reduzir o nível de estresse, mudando hábitos de vida e com o auxílio de atividades ou técnicas para esse fim;
- Realizar técnica de respiração lenta, com 10 respirações por minuto durante 15 minutos por dia.
A dor na nuca associada ao quadro de enxaqueca, se caracteriza por ser uma dor unilateral, tipo latejante ou em pontadas, acompanhada de náuseas, vômitos, tontura, fotofobia (piora da dor com a luz) e ou fotofobia (piora da dor com o barulho).
Qual o tratamento para dor na nuca causada por enxaqueca?O tratamento da crise de dor deve ser feito com analgésicos fortes e anti-inflamatórios, além de se manter em repouso e em ambientes escuros.
Contudo, sabendo que a enxaqueca não tem cura, é fundamental a avaliação e o acompanhamento pelo médico neurologista, que poderá indicar o melhor tratamento de manutenção, caso a caso.
Saiba mais em: Que remédios devo tomar para enxaqueca?
Dor na nuca e problemas de colunaAs doenças de coluna como a escoliose, cifose, a hérnia de disco e doenças degenerativas, causam frequentemente uma tensão na musculatura do pescoço, que para compensar o problema existente piora ainda mais a deformidade do local, levando a um quadro de dor.
Nesses casos, a dor piora com o movimento e com a palpação, e melhora com o repouso e medicamentos para dor. Pode ser localizada apenas na nuca, ou irradiar para um dos braços, com uma dor tipo "choque", nos casos de hérnia de disco, devido à compressão de uma raiz nervosa.
Qual o tratamento para dor na nuca causada por problemas de coluna?O tratamento deve ser conservador inicialmente, com o uso de medicamentos anti-inflamatórios e ou relaxante muscular. E mais raramente, nos casos que não respondem, ou com sinais de maior gravidade e alterações neurológicas, pode ser indicada cirurgia para a correção do problema.
Saiba mais no link: O que é hérnia de disco? Quais as causas, sintomas e tratamento?
Dor na nuca e problemas de visãoOs problemas de visão, como miopia, astigmatismo e outros, devem ser corrigidos com o uso de óculos. Porém é comum o uso irregular dos óculos, causando uma sobrecarga na visão durante todo o dia, e com isso a dor na nuca ao final do dia.
Sendo assim, a dor associada aos problemas de visão, são mais comuns a tarde ou a noite. Especialmente para pessoas que fazem uso de computador durante o dia.
Qual o tratamento para dor na nuca causada por problemas de visão?O tratamento deve ser manter o uso correto dos óculos e o acompanhamento regular com oftalmologista.
Dor na nuca e tensão muscularA tensão muscular resulta de vários fatores como má postura, contração muscular por estresse ou esforços físicos. Nesse caso, a dor pode irradiar da nuca para outras partes do corpo como cabeça, ombros e braços.
Qual o tratamento para dor na nuca causada por tensão muscular?O tratamento da dor na nuca causada por tensão muscular baseia-se na correção da postura, na realização de exercícios físicos adequados ao problema, redução do estresse e uso de analgésicos e relaxantes musculares.
Pode também ser um sintoma de doença neurológica, como a meningite. Nesse caso, geralmente aparece acompanhada de outros sinais e sintomas como rigidez de nuca, enjoos, vômitos e febre. Trata-se de uma doença grave e com risco de morte, por isso na suspeita de meningite, procure imediatamente uma emergência.
O clínico geral ou médico de família pode diagnosticar e orientar o tratamento para a dor na nuca.
Nível de leucócitos alto no sangue ou leucocitose pode ser indicativo de infecção, mas não necessariamente. O aumento do nível de leucócitos no sangue pode indicar a presença de um organismo ou substância estranha que precisa ser combatido e eliminado do corpo para não causar complicações.
Esse aumento também pode estar presente em algumas situações temporárias de estresse, como após exercícios físicos intensos, infarto, gangrena, queimaduras, pós-operatório, uso de medicações (lítio, corticoides, epinefrina), tabagismo, gestação, recém-nascido nos primeiros dias após o parto, além de situações crônicas, como alergias, artrite reumatoide, rinite, leucemia, parasitoses intestinais, Doença de Crohn, entre outras.
Os leucócitos atuam na resposta do organismo a agentes causadores de doenças, bem como a situações de estresse ou esforço físico intenso. Quando os níveis de leucócitos estão altos, com valores acima de 11.500 por milímetro cúbico de sangue, é um quadro denominado leucocitose. As causas desse aumento variam conforme as características da leucocitose e o tipo de leucócito que está alto.
Quando o aumento do número de leucócitos ocorre devido a uma situação de estresse para o organismo, como atividade física intensa, gravidez ou uso de anestesia, a leucocitose é fisiológica.
As infecções bacterianas, os processos inflamatórios e a gravidez causam as chamadas leucocitoses reativas. Doenças como leucemia e linfoma provocam um tipo de leucocitose denominada patológica.
O que são leucócitos?Os leucócitos são células de proteção do nosso organismo contra agentes externos, tanto mico-organismo que podem provocar infecções, quanto substâncias que provocam alergias.
Essas células de proteção são os glóbulos brancos do sangue e são divididos em 5 categorias: eosinófilos, basófilos, neutrófilos, linfócitos e monócitos. Cada um desempenha um papel diferente no sistema imune. O aumento dos leucócitos pode ser acompanhado da predominância de algum desses subtipos.
A avaliação do número de leucócitos é útil para identificar a presença de processos inflamatórios ou infecciosos no organismo, avaliar a necessidade de se fazer uma biópsia de medula óssea ou a resposta ao tratamento com quimioterapia, radioterapia ou outras formas de terapia.
O resultado de um exame sempre deve ser interpretado de acordo com os sintomas e sinais clínicos que a pessoa apresenta. Além de avaliar as características do aumento dos leucócitos, também faz parte do diagnóstico o exame clínico do/a paciente. Por isso, é importante levar o resultado do exame para que o/a médico/a que solicitou faça a correlação adequada e tome as medidas apropriadas em cada caso.
Leia também:
Bastonetes altos no hemograma, o que pode ser?
Mielócitos altos ou baixos no leucograma, o que significa?
Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?
A vontade de urinar a toda hora pode decorrer de uma série de motivos e nem sempre é sinal de doença. Diversas condições, patológicas ou não, podem provocar um aumento da produção de urina ou irritações na bexiga que deixam a pessoa com uma vontade constante de urinar.
1. DiabetesNa diabetes, o aumento do açúcar no sangue, leva a um aumento também na absorção de água, resultando na maior produção de urina. A doença desencadeia ainda outros sintomas, como sede excessiva e maior vontade de comer.
Portanto, podemos dizer que os sintomas que sugerem a diabetes são:
- Poliúria (maior volume de urina),
- Polidipsia (aumento da sede),
- Polifagia (aumento do apetite),
- Emagrecimento (sem causa aparente).
Na suspeita de diabetes, especialmente se houver familiares com esta doença, procure um endocrinologista para confirmar esse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.
2. Cistite (infecção urinária)A cistite (infecção urinária) é a principal causa de aumento da vontade de fazer xixi na população geral. A infecção leva a uma irritação na parede da bexiga e desenvolve os sintomas:
- Vontade de urinar várias vezes ao dia,
- Urgência para urinar,
- Urinar em pequenas quantidades,
- Ardência ao urinar,
- Coceira,
- Dor no "pé da barriga" (região abaixo do umbigo).
Mais raramente pode haver ainda febre e confusão mental. Esses sintomas são mais comuns em pessoas idosas, diabéticas ou com imunidade baixa e indica maior risco de complicações.
Na suspeita de infecção urinária, procure imediatamente um médico clínico geral, médico da família ou urologista, para iniciar quanto antes o tratamento com antibióticos.
A infecção urinária não tratada pode evoluir com pielonefrite (infecção renal) e infecção generalizada (sepse urinária).
3. Doenças na próstataA próstata é uma pequena glândula localizada abaixo da bexiga e junto a uretra. Por isso, quando acontece um aumento dessa glândula, ela comprime a uretra impedindo a passagem normal do fluxo de urina. Ela pode aumentar seja por inflamação (prostatite) ou presença de um tumor (hiperplasia ou câncer). Com isso, a bexiga não consegue esvaziar completamente, aumentando a necessidade de urinar e outros sintomas, como:
- Maior frequência na micção,
- Urinar em pouca quantidade, em cada micção,
- Pode haver dor, dependendo da compressão na uretra,
- Pode haver sangue na urina, nos casos mais avançados.
Na suspeita de problemas de próstata, é preciso procurar o urologista, para confirmar o diagnóstico. Após o diagnóstico, o médico poderá definir o melhor tratamento, na maioria das vezes existe a indicação de ressecção cirúrgica da próstata.
4. GravidezDurante a gravidez, é normal o aumento do volume de sangue e aumento das taxas hormonais. Isso causam um aumento do volume de urina, sendo preciso urinar mais vezes durante o dia.
Além disso, no terceiro trimestre, com o crescimento do bebê, o espaço se torna menor. A bexiga passa a ser comprimida, reduzindo a sua capacidade de armazenamento de urina. Isso aumenta ainda mais a necessidade de urinar da gestante. Os sintomas são de:
- Aumento na frequência urinária,
- Aumento do volume de urina em cada micção,
- Urgência para urinar.
Neste caso, não é preciso nenhum tratamento ou preocupação, trata-se de uma adaptação natural do organismo da gestante, para permitir o desenvolvimento saudável do bebê.
No entanto, se junto a maior frequência de urina, surgir sintomas de ardência, coceira, sangramento ou febre, é preciso procurar imediatamente atendimento médico. A infecção urinária durante uma gestação pode causas graves problemas.
5. Uso de medicamentosO uso de medicamentos diuréticos, é outra causa bastante comum de aumento na vontade de urinar. Algumas vezes é preciso correr ou usar um absorvente, para passar mais tempo na rua, em segurança. Os sintomas são de:
- Urgência para urinar,
- Maior volume de urina,
- Sintomas relacionados ao início de um medicamento diurético, ou ajuste de dose.
Neste caso, é preciso conversar com o seu médico de família ou cardiologista, para avaliar os benefícios e qualidade de vida. Se houver comprometimento no seu dia a dia e/ou constrangimentos, pode ser avaliada a troca da medicação, sem prejudicar o seu tratamento.
6. AnsiedadeNa crise de ansiedade, são liberados neurotransmissores, que dentre outras ações, aumentam a contração involuntária da bexiga e a vontade de urinar. Os sintomas que sugerem os diversos tipos de ansiedade são:
- Preocupação excessiva,
- Palpitação,
- Suor frio,
- Dor no peito,
- Vontade de fazer urinar várias vezes durante o dia.
Nos casos de ansiedade, o tratamento deve ser multidisciplinar, com medicamentos, psicoterapia e atividade física, um conjunto que permite alcançar a cura dessa doença, na grande maioria das vezes.
7. Síndrome da bexiga hiperativaA Síndrome da Bexiga Hiperativa afeta tanto homens como mulheres e é mais encontrada em pessoas brancas, portadores de diabetes. Trata-se de uma alteração no funcionamento da bexiga que provoca contrações involuntárias no órgão, causando vontade constante e urgente de urinar. Os sintomas clássicos desta síndrome são:
- Urgência para urinar,
- Aumento de frequência de micção,
- Noctúria (incontinência urinária noturna),
- Incontinência de urgência.
Pessoas com essa Síndrome têm mais de 8 micções ao longo do dia e da noite, inclusive após dormir. A urgência urinária, ou seja, a necessidade de urinar logo que se tenha vontade, é o sintoma característico.
O tratamento deve ser realizado pelo urologista. Ele inicialmente orienta quanto a comportamentos que podem ajudar:
- Treinamento vesical(estratégias para tentar controlar os músculos dessa região)
- Controle da ingesta hídrica por dia
Quando não for suficiente, poderá incluir o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos.
Segurar o xixi faz mal?Sim. O hábito de prender a urina aumenta o risco de desenvolver doenças como a infecção urinária e a incontinência urinária.
O ato de fazer xixi é uma das defesas do nosso corpo. Na urina são eliminados todos os germes, bactérias e substâncias tóxicas para o organismo, que foram filtradas pelos rins.
Quando seguramos o xixi, mantemos a urina por mais tempo na bexiga, expondo o trato urinário a proliferação dessas bactérias e risco de uma infecção urinária.
Além disso, reter a urina por mais tempo do que o necessário sobrecarrega a bexiga, prejudicando a sua elasticidade e função do esfincter. Isso pode resultar na perda do controle da urina e incontinência urinária.
Portanto, para evitar essas complicações, procure ir com frequência ao banheiro, e beber pelo menos 1litro e meio de água por dia, de modo a auxiliar a filtração renal e limpeza do trato urinário.
É normal ter vontade de urinar a noite?Sim, é normal desde que mantenha o volume considerado normal, e desde que não interfira nos hábitos de sono.
A vontade de urinar durante a noite, alterando a qualidade de sono e/ou com volume e frequência aumentados é chamado noctúria. Pode ter as mesmas causas da poliúria (aumento do volume de urina) e da polaciúria (aumento na frequência de urinar).
A poliúria é definida por um volume de urina maior do que 3 litros por dia, para o adulto e maior de 2litros por metro quadrado, na criança. Polaciúria, número excessivo de micções em 24h, é caracterizado pela frequência acima de 6 vezes por dia para um adulto, e mais de 12 micções por dia para as crianças.
Em caso de vontade de urinar a toda hora, consulte um clínico geral, médico de família, ou um urologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.
Veja também:
- Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinaria?
- Sensação de bexiga cheia mesmo após urinar, o que pode ser?
- O que é cistite e quais os sintomas?
- O que é bexiga hiperativa e quais os sintomas?
Referências:
SBN — Sociedade Brasileira de Nefrologia
SBU - Sociedade Brasileira de Urologia / Portal da Urologia
UpToDate - Daniel G Bichet, et al. Evaluation of patients with polyuria. Sep 27, 2019.
Se tomou a pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu, isso é normal e pode acontecer mesmo quanto a pílula do dia seguinte foi eficaz. Nos casos de atraso menstrual em mulheres que usam a pílula anticoncepcional, a mulher pode continuar tomando sua medicação regularmente, mesmo não vindo a menstruação. Provavelmente no próximo ciclo haverá um reajuste e o ciclo menstrual habitual será retomado.
A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação devido ao desequilíbrio hormonal que ela provoca. Após o uso da medicação, o organismo precisa se readaptar e reajustar o ciclo menstrual. Isso pode demorar algum tempo a depender de qual momento do ciclo menstrual você utilizou a pílula do dia seguinte.
Quando a pílula do dia seguinte é usada próximo do período que viria a menstruação habitual, esse atraso pode ser de mais de 1 semana, prolongando o ciclo menstrual.
Normalmente, depois de tomar a pílula do dia seguinte, a menstruação volta a descer cerca de uma semana depois da data prevista.
Se a menstruação não ocorrer depois de 4 semanas da tomada da pílula, convém fazer um exame de gravidez.
Pílula do dia seguinte atrasa sempre a menstruação?Não, nem sempre a pílula do dia seguinte atrasa a menstruação. Embora o atraso da menstruação seja um efeito colateral comum da pílula do dia seguinte, ele não ocorre na maioria dos casos.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), para aproximadamente 57% das mulheres que tomam o anticoncepcional, a menstruação vem na data prevista. A maioria das mulheres apresenta pouca ou nenhuma alteração relevante no ciclo menstrual.
Ainda segundo a OMS, cerca de 15% das usuárias que tomam a pílula do dia seguinte podem apresentar um atraso de até 7 dias na menstruação. Aproximadamente 13% das mulheres que usam a medicação podem apresentar um atraso menstrual de pouco mais de 7 dias. Em 15% das mulheres, a pílula do dia seguinte pode antecipar a menstruação em até uma semana.
A pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que pode atrasar ou ainda antecipar a menstruação. O anticoncepcional injetável trimestral, o DIU de cobre e os implantes também podem causar irregularidade menstrual.
Depois de tomar a pílula do dia seguinte a menstruação volta ao normal?Sim, depois de tomar a pílula do dia seguinte a menstruação volta ao normal. A irregularidade ocorre no período menstrual imediatamente seguinte ao uso da pílula. Com a vinda da menstruação, o ciclo volta ao normal.
A irregularidade no ciclo menstrual causada pela pílula do dia seguinte resolve-se espontaneamente. O uso correto do anticoncepcional não provoca alterações duradouras ou permanentes na data da menstruação.
No entanto, o uso repetitivo da pílula do dia seguinte pode tornar as alterações menstruais mais intensas, tornando difícil para a mulher prever a vinda da menstruação e identificar o seu período fértil.
Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte, consulte um médico clínico geral, médico de família ou ginecologista.
Para saber mais sobre a pílula do dia seguinte, você pode ler:
Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?
Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?
Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?
Tomei a pílula do dia seguinte. Posso engravidar?
Referência:
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Leucócitos baixos (leucopenia) podem significar uma série de condições, fisiológicas ou não. Trata-se da redução no número de células de defesa do corpo, chamadas leucócitos ou glóbulos brancos. Não é uma doença, embora possa ser a manifestação de uma, mas sim um resultado de exame laboratorial (exame de sangue). Seu valor de referência normal é de 4000 a 10000 leucócitos por milímetro cúbico (mm3) de sangue.
Quais são as principais causas de leucócitos baixos? FisiológicasAlgumas pessoas podem ter um número normal abaixo ou acima do valor de referência, sem nenhuma implicação clínica, como na leucopenia crônica idiopática benigna. O valor de referência abrange a maioria da população, mas não toda. Algumas etnias como negros e judeus do Yemen e Sudão têm comumente leucopenia. Gestantes também podem apresentar este achado ou pessoas em jejum.
InfecçõesEm doenças como dengue e infecções virais geralmente ocorre leucopenia, com neutropenia (diminuição de neutrófilos), presença de linfócitos atípicos e trombocitopenia (diminuição de plaquetas), com valores abaixo de 100.000 plaquetas/µL.
Também pode ocorrer leucocitose (aumento dos leucócitos), mas precoce, e neutrofilia (aumento dos neutrófilos).
Também pode ocorrer queda de leucócitos na AIDS, febre amarela, rubéola, sarampo, febre tifoide, tuberculose, brucelose, malária, entre outras doenças.
Doenças da medula ósseaAnemia aplástica, leucemias, linfomas, mielofibrose, carcinomatose metastática e síndrome mielodisplásica.
Doenças da tireoide ou baçoHiperesplenismo e doença de Gaucher.
Doenças hepáticasCirrose hepática e hepatites.
Doenças autoimunesLupus Eritematoso Sistêmico; artrite reumatoide e linfoproliferativas.
Doenças genéticasAgranulocitose congênita de Kostmann, anemia de Fanconi e disgenesia reticular.
Outras causas comuns de leucócitos baixosDeficiência de folato ou vitamina B12, complicações do uso de alguns medicamentos (anti-tireoidianos, antibióticos, anticonvulsivantes, antirretrovirais), quimioterapia e radioterapia, alcoolismo, desnutrição e hemodiálise.
Quais são os sintomas de leucócitos baixos?Os leucócitos baixos não causam um sintoma específico. Contudo, é preciso ter atenção, pois se o número de leucócitos estiver muito baixo, há um aumento do risco de infecções.
Nesses casos, alguns sinais e sintomas podem estar presentes, como presença de gânglios ou nódulos no corpo, aumento de tamanho do baço, lesões na pele, além de manifestações que indicam doenças do fígado ou outras doenças.
Pessoas com febre e neutrófilos baixos (menos de 1.500 neutrófilos/µL), um tipo de leucócito, devem ser encaminhadas para um serviço de urgência para uma investigação.
Uma vez que existem diversas condições que podem deixar os leucócitos baixos, é preciso fazer um exame clínico em que se avalia a presença de sinais e sintomas e doenças, uso de medicamentos e complicações, nesse caso, infecções.
Em caso de leucopenia, um médico clínico ou um hematologista deve ser consultado para avaliação. O tratamento, quando necessário, vai depender da causa, que deve ser investigada inicialmente pelo médico que solicitou o hemograma, que poderá encaminhá-lo a algum especialista se houver necessidade.
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