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O que é carcinoma basocelular?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O carcinoma basocelular é um tipo de câncer de pele, originado na camada basal da epiderme (porção superficial da pele, constituída por células especializadas em constante multiplicação) ou nos apêndices cutâneos (pelos, glândulas sebáceas ou sudoríparas, por exemplo).

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum. Afeta mais homens do que mulheres e pessoas com a pele clara e antecedente de longa exposição ao sol, sem proteção.

Usualmente, se manifesta depois dos 40 anos, em áreas do corpo diretamente submetidas à radiação ultravioleta, como face, pescoço, costas e pernas.

O prognóstico dos carcinomas basocelulares é favorável, porque os tumores evoluem devagar e muito raramente geram metástases. Contudo, podem se comportar com agressividade local e o diagnóstico precoce é fundamental para evitar que as feridas provoquem deformidades estéticas, muitas vezes irreparáveis.

Quais os sintomas do carcinoma basocelular?

Em geral, o primeiro sinal do carcinoma basocelular é o aparecimento de um caroço consistente, róseo ou translúcido, com pontos perolados e telangiectasias (pequenos vasos visíveis na superfície). Essas lesões podem sangrar e formar crostas e dificilmente cicatrizam.

O carcinoma basocelular também pode se manifestar sob a forma de uma ferida que não sara nem cicatriza ou ainda uma mancha rósea ou marrom que aumenta de tamanho progressivamente.

Outros sinais menos comuns são os nódulos com pontilhados de pigmentos, que caracterizam o carcinoma basocelular pigmentado, algumas cicatrizes superficiais (carcinoma basocelular esclerodermiforme) e placas avermelhadas e descamativas (carcinoma basocelular superficial).

As formas mais agressivas de carcinoma basocelular são invasivas e destroem os tecidos ao redor do tumor, podendo chegar à cartilagem e aos ossos.

Feridas que sangram com facilidade ou que não cicatrizam em aproximadamente duas semanas, feridas que formam crostas sucessivamente sem cicatrizar ou o aparecimento de uma cicatriz num local em que não havia uma ferida, são sinais suspeitos de carcinoma basocelular e precisam ser avaliados por um médico dermatologista.

O diagnóstico leva em conta as características clínicas da lesão cutânea e o resultado da biópsia.

Qual é o tratamento para carcinoma basocelular?

O tratamento de escolha do carcinoma basocelular é cirúrgico, com remoção completa da lesão. O tratamento depende das características individuais da pessoa, da localização e do tipo de carcinoma basocelular, podendo incluir ainda curetagem, congelamento, cirurgia de Mohs e aplicação local de medicamentos.

O carcinoma basocelular pode voltar a aparecer, mesmo depois da completa remoção cirúrgica do tumor. Além disso, o carcinoma aumenta o risco de aparecimento de outros tipos de câncer de pele associados à exposição ao sol.

Em geral, o carcinoma basocelular destrói o local em que se encontra o tumor. A disseminação para outras partes do corpo (metástase) é rara.

Para prevenir o aparecimento do carcinoma basocelular, recomenda-se evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia (das 10hs às 16hs), usar roupas para se proteger da luz solar, aplicar protetor solar nas áreas expostas ao sol diariamente e evitar bronzeamento artificial com UV.

O aparecimento de lesões de crescimento lento, mas difícil cicatrização, que sangram ou coçam devem obrigatoriamente passar por avaliação médica dermatológica.

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Aftas podem ser por causa da gastrite nervosa que tenho?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Aftas podem estar associadas com problemas estomacais ou esofágicos, como dispepsia, refluxo gastroesofágico ou presença da bactéria Helicobacter pylori no estômago, além disso, as aftas estão muito relacionadas a estresse intenso e a gastrite nervosa é desencadeada por sintomas de estresse emocional, portanto é possível haver uma relação entre uma coisa e outra.

O que causa as aftas?

A etiologia das aftas não está ainda muito bem estabelecida, mas sabe-se que alguns fatores que desencadeiam queda da imunidade podem contribuir para o seu aparecimento. Alguns fatores que já foram associados ao aparecimento de lesões aftosas são:

  • Estresse;
  • Trauma local (por exemplo, mordida sem querer na boca);
  • Alterações hormonais do ciclo menstrual;
  • Predisposição genética;
  • Dieta (alguns alimentos parecem se associar com o aparecimento de aftas como o abacaxi, chocolate e nozes);
  • Doenças que afetam o sistema imunológico;
  • Medicamentos imunossupressores.

A investigação na área sugere que a carência de alguns nutrientes como vitamina B12, vitamina C, zinco e ferro podem aumentar o risco do aparecimento de aftas.

Atualmente, também estuda-se a relação entre agentes microbiológicos como bactérias e vírus específicos que possam estar relacionados com as aftas.

O que são aftas?

As aftas são lesões em forma de úlceras esbranquiçadas e dolorosas que acometem a cavidade bucal. Podem causar dor intensa ou sensação de queimação, são benignas e não apresentam infecção, mas devido à dor que provocam podem ocasionar problemas na fala, na mastigação e na deglutição.

Caso apresente sintomas de afta persistentemente consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação.

Câncer de próstata tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, câncer de próstata tem cura, principalmente quando o tumor é detectado na fase inicial. Quanto mais cedo o câncer de próstata for diagnosticado, maiores serão as chances de cura.

A cirurgia para remoção total da próstata (prostatectomia radical) é o tratamento mais utilizado em casos de tumores localizados e alcança uma taxa de cura de até 95%. A radioterapia por braquiterapia (implantação de sementes radioativas na próstata) pode curar até 75% dos tumores, enquanto que a aplicação de radiação externa é eficaz em até 80% dos casos.

Quando o tumor já está disseminado para outros órgãos, as chances de cura são reduzidas. Muitas vezes, quando o paciente apresenta sintomas, o câncer de próstata já está avançado, por isso é tão importante o acompanhamento regular com urologista, que manter um rastreamento adequado e com isso um diagnóstico precoce.

Veja aqui quais são os sintomas do câncer de próstata.

Rastreamento

O rastreamento do câncer de próstata é realizado através do exame de toque retal e do exame de sangue para medir o PSA (antígeno prostático específico) anualmente. Se houver alteração no exame clínico e o PSA estiver aumentado, é realizada uma ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética. Porém, como a maioria dos tumores de próstata não aparece em exames de imagem, o diagnóstico só é confirmado através de biópsia.

Tratamento

O tratamento do câncer de próstata localizado é feito com cirurgia, associado ou não a radioterapia. Se o tumor já estiver avançado, mas ainda localizado, é incluído também o tratamento hormonal. No caso de metástase, ou seja, quando o câncer já se disseminou para outras partes do corpo, o tratamento é feito sobretudo com terapia hormonal ou quimioterapia.

Saiba mais em: Como é o tratamento para câncer de próstata?

A melhor forma de prevenir o câncer de próstata é fazer anualmente os exames.

O médico urologista é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do câncer de próstata.

Toda vez que tenho dor de cabeça sai herpes na boca?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Existem duas possibilidades: a herpes causa a dor de cabeça (então a dor se manifesta um pouco antes da erupção da herpes, é um sinal da atividade viral), ou a erupção da herpes é causada pelo mesmo fator que causa a dor de cabeça (neste caso recai a suspeita sobre problemas de ordem emocional, que podem causar a dor de cabeça e a erupção das lesões do herpes).

Tenho um cisto sebáceo, como fazer para eliminar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Somente a extração cirúrgica do cisto sebáceo vai resolver seu problema.

Para que serve a hemodiálise?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A hemodiálise serve para filtrar o sangue quando os rins não estão funcionando adequadamente ou estão em falência. O objetivo da hemodiálise é remover as impurezas da circulação sanguínea e devolver o sangue para o corpo com as propriedades adequadas para o seu bom funcionamento.

Os rins sãos os órgãos responsáveis pela filtração do sangue, jogando fora os fluidos que não são mais necessários para o organismo, como toxinas, ureia, água e sal, e restabelecendo o equilíbrio com outros fluidos corporais.

Quando os rins não conseguem mais desempenhar essa função, há necessidade de um aparelho externo capaz de filtrar o sangue e devolvê-lo de forma purificada para o organismo.

Durante a hemodiálise, o sangue do paciente sai do corpo e passa por um aparelho chamado dialisador, que é uma espécie de rim artificial. Nele, o sangue é purificado e as toxinas são removidas da circulação. Depois, o sangue filtrado é transportado de volta para o corpo do paciente através de um cateter.

O tempo médio de duração de uma sessão de hemodiálise é de 4 horas. Contudo, o tempo do procedimento pode variar conforme o peso e a idade da pessoa, ou ainda em determinadas condições, como gravidez, por exemplo. Em geral, as sessões são feitas 3 vezes por semana.

Veja também: Quem faz hemodiálise pode engravidar?

Com a hemodiálise, uma pessoa que apresenta insuficiência renal grave pode ter uma qualidade de vida adequada capaz de preservar suas funções vitais. Apesar de não curar a falência dos rins, o tratamento prolonga a vida e melhora o bem-estar do paciente.

O médico especialista responsável pela hemodiálise é o nefrologista.

Saiba mais em:

Como é feita a hemodiálise?

Últimos meses tenho tido dores de cabeça fortes, quase todos os dias no mesmo horário. É alguma doença?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Dores de cabeças em crises com hora certa para acontecer geralmente entra dentro dos diagnósticos diferenciais de enxaqueca, como a principal causa de enxaqueca são os problemas emocionais, repousa sobre você o que seu médico chamou de "estresse". Normalmente quem cuida de dor de cabeça é a especialidade médica: neurologia.

Angioplastia: o que é, como é feita e quais os riscos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A angioplastia é uma cirurgia minimamente invasiva que serve para desobstruir uma artéria do coração que está parcialmente ou totalmente entupida. O objetivo do procedimento cirúrgico é restabelecer o fluxo sanguíneo normal para a área do coração em que a circulação estava comprometida.

A angioplastia das artérias coronárias é indicada em casos de infarto, quando a artéria está totalmente obstruída e precisa ser aberta com urgência. Com o retorno da circulação, o músculo cardíaco volta a ser devidamente oxigenado, prevenindo a piora do quadro, novo episódio de isquemia, ou evolução para o óbito.

Como é feita a angioplastia?

Na angioplastia, é introduzido um cateter (tubo bem fino) na artéria que está obstruída. Na extremidade do cateter existe um balão, que dilata o vaso sanguíneo, quando chega na área obstruída, permitindo o restabelecimento da circulação.

Em alguns casos, além do balão, é feito ainda um implante de uma rede ou malha metálica (stent), o qual mantém o interior desse vaso aberto, para certificar que a artéria permaneça com o seu trajeto livre para o fluxo sanguíneo.

O tempo de duração da cirurgia de angioplastia varia entre 30 e 45 minutos. Em algumas situações, a pessoa necessita ficar internada.

Quais são os riscos da angioplastia?

O principal risco da angioplastia é a formação de trombos na artéria que recebeu o procedimento. Contudo, para prevenir essa complicação, são usados medicamentos antiagregantes plaquetários, que reduzem o risco de coagulação ou formação de placas. O risco de morte como complicação da angioplastia é considerado baixíssimo.

Outro risco da angioplastia é a recorrência do estreitamento da artéria coronária, o que pode requerer a realização de outra cirurgia. Porém, com o uso das malhas metálicas (stents) revestidas com medicamentos, essa complicação atualmente ocorre em menos de 10% dos casos.

Como é o preparo para a angioplastia?

Além da realização de exames, deve-se evitar tomar medicamentos que interferem com a coagulação sanguínea.

Como é a recuperação da angioplastia?

Após a angioplastia, a pessoa deve ficar em repouso por algumas horas. Nos dias a seguir, os esforços físicos devem ser restringir ao mínimo possível.

Para evitar novos quadros de obstrução da artéria coronária, recomenda-se algumas mudanças no estilo de vida, como não fumar, ter uma alimentação equilibrada e saudável e praticar atividade física regularmente.

Saiba mais sobre o assunto em: Sofri um infarto. Que cuidados devo ter depois?

O especialista responsável pela realização da angioplastia é o/a médico/a cardiologista intervencionista.