Perguntar
Fechar
Xixi na Cama: Qual médico procurar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Casos de xixi na cama (enurese noturna) normalmente ocorrem em crianças, e, portanto, podem ser tratados pelo/a médico/a pediatra. Porém, se o problema persistir até à adolescência ou idade adulta, o mais indicado será agendar uma consulta com médico/a urologista, que é o especialista responsável pelo sistema urinário.

O urologista poderá buscar o diagnóstico e definir o tratamento, caso a enurese noturna seja causada por doenças e ou distúrbios relacionados com os órgãos do trato urinário, masculino e feminino.

A enurese noturna é o ato involuntário de urinar durante o sono, de maneira que a bexiga fica completamente ou quase vazia. Ocorre em crianças com um aparelho urinário íntegro, numa idade em que já deveriam ter o controle da micção.

Quais as causas de enurese noturna na adolescência?

Um adolescente pode urinar na cama pelas seguintes razões:

  • Predisposição genética: Se apenas um dos pais teve enurese, a possibilidade dos filhos também fazerem xixi na cama aumenta 45%; caso o pai e a mãe sejam enuréticos, as chances aumentam 75%;
  • Produção de urina elevada durante o sono: A maioria das pessoas produz pouca urina enquanto dorme devido à ação do hormônio vasopressina. Porém, indivíduos que sofrem de enurese noturna podem produzir menos vasopressina, o que aumenta a quantidade de urina para além da capacidade da bexiga, levando à micção involuntária;
  • Distúrbio neurológico, doenças neurológicas como bexiga neurogênica, fraqueza muscular por inervação anormal; imaturidade no mecanismo de despertar do sono ou na inervação da bexiga;
  • Uso de medicamentos, como ansiolíticos e diuréticos;
  • Uso abusivo de bebidas alcoólicas e ou drogas ilícitas;
  • Infecção urinária;
  • Doenças crônicas, como por exemplo a diabetes mellitus;
  • Fatores emocionais, quadro de depressão e ansiedade generalizada; entre outros.
Lavagem nasal pode ir para o pulmão?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O soro ou a água usados na lavagem nasal não vão para o pulmão, desde que a técnica seja realizada corretamente. Normalmente, o soro colocado numa narina durante a lavagem nasal sai pela outra narina ou escorre para a garganta.

As lavagens nasais são seguras e simples, podendo ser indicadas pelo médico para diferentes problemas e para pessoas de todas as idades. Elas são usadas para a limpeza de muco, catarro e crostas, assim como para diminuir a inflamação nas vias aéreas superiores.

Quando é usado um soro hipertônico ou água, podem ocorrer efeitos como:

  • Ardor ou queimação dentro do nariz;

  • Coceira.

A pessoa também pode sentir dor de ouvido ou sensação de pressão no rosto. Isso não significa que o líquido possa ter ido para o pulmão.

Se tiver alguma dúvida sobre o modo correto de fazer a lavagem nasal ou sobre o produto certo a ser usado, consulte um médico de família, um otorrinolaringologista ou um farmacêutico.

Leia mais sobre a lavagem nasal em:

Referência:

Departamentos Científicos da Sociedade de Pediatria de São Paulo Gestão 2016-2019. Recomendações - Atualização de Condutas em Pediatria. Higienização nasal na prevenção de doenças respiratórias. Departamento de Otorrinolaringologia. 2017; 80.

O que é ascite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ascite é o acúmulo anormal de líquido dentro do abdome. 

Pode ocorrer por diversas causas, como cirrose hepática (fibrose do fígado), esquistossomose (doença infecciosa conhecida popularmente como barriga d'água), tumores no ovário ou no peritônio (membrana que envolve o abdome) e insuficiência cardíaca e/ou renal.

O sintoma mais característico da ascite é o aumento anormal e progressivo do volume abdominal. Outro sintoma pode ser dor no abdome.

Além disso, outros sintomas como icterícia, perda de pelos, inchaço generalizado, aumento das veias do pescoço, antecedente de câncer, hepatite ou perda de peso devem ser pesquisados e podem ser pistas para se descobrir a causa da ascite.

Os tratamentos para a ascite podem ser diversos, e têm o objetivo de remover o líquido que se depositou na cavidade abdominal e controlar sua produção e extravasamento. Incluem o uso de diuréticos, a restrição de sal na dieta diária, a interrupção do consumo de bebidas alcoólicas e a administração de albumina.

Saiba mais em: Ascite tem cura? Como é o tratamento?

No caso de suspeita de ascite, deve-se procurar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para investigação da causa e tratamento associado.

Teratoma tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Teratoma tem cura, porém, como se trata de um tumor, o tratamento e a cura dependem do tipo de teratoma, se benigno ou maligno, além da localização (ovário, cóccix, sistema nervoso) e do grau de evolução do tumor.

Tratamento dos teratomasTeratomas benignos

Os teratomas benignos, também conhecidos como cistos dermoides, geralmente são tratados através de remoção cirúrgica apenas.

Assim como normalmente acontece com a grande maioria dos tumores benignos, o paciente fica completamente curado com a retirada do teratoma e ele não volta a crescer.

Teratomas malignos

Já os teratomas malignos geralmente são tratados com cirurgia e quimioterapia. O tratamento cirúrgico pode retirar apenas o tumor e parte do órgão afetado ou, dependendo do estágio do teratoma e comprometimento do órgão, pode ser necessário e mais seguro a remoção de todo o órgão.

A retirada do órgão pode ocorrer, por exemplo, nos casos de teratomas malignos que afetam apenas um dos testículos ou ovários. Nestes casos, a quimioterapia geralmente não é necessária.

Veja também o artigo: Quem tem teratoma no ovário pode engravidar?

Se o teratoma maligno voltar a surgir (recidivas), o tratamento pode incluir quimioterapia, ou mais raramente, a radioterapia.

Leia também: O que é teratoma?

A especialidade médica responsável pelo tratamento dos teratomas varia de acordo com a localização do tumor. Porém, nos casos de tumores malignos, o tratamento deve ser acompanhado por um/a médico/a oncologista.

Tenho a pele amarela desde que nasci. Posso ter hepatite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pele amarelada (icterícia) é um dos sinais de hepatite, mas é muito pouco provável que você tenha a doença desde o nascimento.

Icterícia (pele amarela)

A icterícia é um sinal, provocado pelo acúmulo de bilirrubina indireta no sangue, que então se deposita na epiderme, parte branca dos olhos e mucosas, deixando a pele e os olhos amarelados.

A bilirrubina é uma substância de cor amarela, resultante do metabolismo da hemoglobina (substância que dá a cor vermelha aos glóbulos vermelhos do sangue). Normalmente a bilirrubina é "conjugada", transformada em bilirrubina direta, no fígado, em seguida é lançada no intestino, para finalmente ser excretada. Quando existe algum defeito nesse circuito, a concentração de bilirrubina "não-conjugada" (indireta) aumenta no sangue, causando a icterícia.

Causas de icterícia

Dentre as condições e doenças que podem deixar a pele amarelada estão:

  • Condição fisiológica pós-parto, ou amamentação (condição bastante comum e benigna, causada pela imaturidade do organismo do bebê),
  • Hepatites;
  • Cirrose hepática;
  • Hemocromatose (doença genética que provoca uma absorção excessiva do ferro presente na alimentação);
  • Síndrome de Gilbert (condição benigna, também genética, que provoca uma elevação nos níveis de bilirrubina);
  • Câncer de fígado;
  • Anemia falciforme;
  • Cálculos ou tumores biliares;
  • Câncer de pâncreas.

Para cada caso existe um tipo de tratamento. Nos casos de icterícia neonatal fisiológica, está indicado exposição solar ou fototerapia. Para a maioria das hepatites, geralmente é indicado hidratação e orientações médicas. Porém em casos de tumores e outros mais graves, podem ser indicados cirurgia ou transplante hepático.

Portanto o mais importante é diagnosticar o quanto antes para iniciar o tratamento precocemente.

Também pode lhe interessar o artigo: Olhos amarelados, o que pode ser?

Hepatites

A hepatite é uma inflamação no tecido hepático (fígado), causada por infecções virais, excesso de medicamentos ou substâncias ilícitas, ou ainda secundária a doenças crônicas.

Os sintomas podem variar bastante, existem casos leves, que não chegam a manifestar qualquer sintoma, outros apresentam mal-estar, náuseas, vômitos, febre baixa, dor abdominal e icterícia. Nos casos mais graves, pode chegar a quadro de confusão mental e coma.

Na fase crônica da hepatite B, por exemplo, a maioria das pessoas não manifesta sintomas. Quando estes estão presentes, são causados pela insuficiência e cirrose do fígado, o que leva ao quadro de icterícia, e ainda:

  • Líquido acumulado no abdômen (ascite);
  • Inchaço nos membros inferiores;
  • Baço aumentado;
  • Confusão mental.

A icterícia pode ter diversas causas, para sua correta investigação é preciso realizar exames laboratoriais específicos.

Caso apresente esse sinal, recomendamos agendar uma consulta com médico clínico geral, médico de família ou hepatologista, para avaliação e orientações adequadas.

Pode lhe interessar também:

Bilirrubina alta: o que pode ser?

Para que serve o exame de bilirrubina no sangue?

Quais os sintomas da hepatite A?

Quais são os sintomas da hepatite B?

Quais são os sintomas da hepatite C?

Quais as causas da pleurite?

A pleurite é uma inflamação da pleura, uma membrana fina que envolve os pulmões e a parte interna da cavidade torácica. As principais causas da pleurite incluem infecções respiratórias causadas por vírus ou bactérias, como gripe e pneumonia, infecções pulmonares causadas por fungos, artrite reumatoide, uso de determinados medicamentos e ainda câncer de pulmão.

A pleura é, composta por duas camadas. Entre elas existe um líquido viscoso, que serve como lubrificante e permite que os pulmões se expandam suavemente durante a respiração, sem atrito com o interior do tórax.

A pleura atua diretamente na defesa contra infecções, processos inflamatórios, lesões e presença de elementos estranhos nos pulmões e cavidade torácica. Quando a inflamação tem pouca duração, a superfície da pleura não sofre danos e as alterações se normalizam, sem deixar sequelas. 

Por outro lado, processos inflamatórios prolongados podem levar à formação de cicatriz, com fibrose e aderências que podem prejudicar a respiração.

Quando a pleura está inflamada, aumenta a fricção entre as suas camadas, o que causa dor torácica durante a respiração. Essa dor com origem na pleura é denominada pleurisia. 

O tratamento depende da causa e pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos e anticoagulantes, ou ainda cirurgia nos casos mais graves.

Leia também: Pleurite: quais os sintomas e como tratar?

Doenças cardiovasculares: Quais os fatores de risco e como prevenir?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diversos fatores de risco que favorecem o aparecimento das doenças cardiovasculares. Os principais estão relacionados com idade, diabetes, tabagismo, sedentarismo, estresse, alimentação com excesso de gorduras, outras doenças cardiovasculares prévias, níveis altos de colesterol e triglicérides no sangue e predisposição genética.

Para prevenir as doenças cardiovasculares, recomenda-se praticar atividade física regularmente, controlar o peso, não fumar, evitar o excesso de bebidas alcoólicas e sal, ter uma alimentação balanceada e saudável. Além disso, é essencial controlar o diabetes, os valores de pressão arterial e manter o controle de outras doenças cardiovasculares pré-existentes. Controlar os níveis de estresse também é importante.

Lembrando que os exercícios físicos devem ser realizados de forma regular, durante pelo menos 30 minutos, 4 a 5 vezes por semana.

O controle dos níveis de colesterol e triglicérides contribuem para evitar o acúmulo de placas de gordura na parede das artérias, o que pode ser conseguido em muitos casos através de uma alimentação saudável e prática de exercícios físicos.

O controle da pressão arterial é muito importante, uma vez que a hipertensão é um importante fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.

A pressão arterial pode ser controlada através de uma alimentação balanceada, saudável e com pouco sal, associada ao controle de peso e prática regular de exercícios físicos.

O acúmulo de gordura no abdômen aumenta o risco de hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto, daí a importância em emagrecer e manter o peso dentro do normal.

Não fumar é uma medida importante para evitar doenças cardiovasculares, já que o fumo deixa os vasos sanguíneos mais rígidos, favorece a formação de coágulos e pode baixar o nível de colesterol bom (HDL) no sangue.

O estresse é um fator de risco para doenças cardiovasculares pois reduz o fluxo de sangue para o coração e deixa os batimentos cardíacos irregulares, além de aumentar o risco de formação de coágulos na circulação.

Os sintomas das doenças cardiovasculares podem variar muito, conforme o tipo de doença e o órgão afetado. Contudo, muitas vezes não causam sintomas. Quando presentes, podem incluir falta de ar, fraqueza, visão turva, sangramento nasal, tontura, alterações na memória, dor no peito, inchaço nos membros inferiores, zumbido no ouvido, fraqueza, entre outros.

Na presença de algum desses sintomas, consulte um médico de família, clínico geral ou cardiologista.

Leia também:

Quais são os sintomas das doenças cardiovasculares?

Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?

O que é melanoma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele. A doença surge nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele), por isso o nome melanoma.

A taxa de mortalidade do melanoma é a mais alta e o seu prognóstico é o pior dentre todos os tumores malignos de pele. Dependendo da profundidade, o melanoma pode atingir a circulação linfática e se disseminar para órgãos internos. É a chamada metástase.

Apesar de ser o mais letal, o melanoma é o câncer de pele menos comum. Mais de 90% dos tumores malignos de pele são do tipo não-melanoma, que apresentam baixos índices de mortalidade.

O melanoma é mais comum em pessoas de pele clara. A ocorrência em indivíduos de pele negra ou morena é mais rara, mas pode acontecer. Fatores hereditários desempenham um importante papel no desenvolvimento desse tipo de câncer de pele.

Quais são os sintomas do melanoma?

Em geral, o melanoma se manifesta sob a forma de um sinal de pele ou de uma pinta de coloração negra ou acastanhada. Contudo, a diferença para os sinais e pintas não cancerígenos é que o melanoma normalmente muda de cor, tamanho, forma e pode sangrar.

Melanoma

As lesões geralmente surgem nas regiões do corpo mais expostas ao sol. Contudo, também pode surgir nas unhas, planta dos pés e palma das mãos. O melanoma normalmente surge como uma lesão negra e escura, mas também pode apresentar coloração rosa ou avermelhada. É comum o melanoma mudar de cor, podendo apresentar numa mesma lesão várias cores, como preto, marrom, cinza, branco e vermelho.

O seu crescimento é progressivo, podendo parecer com uma ferida que não cicatriza ou pintas que crescem lentamente. O melanoma pode coçar e doer, podendo ter uma forma plana ou surgir em nódulos.

As bordas do melanoma são irregulares e a pigmentação termina abruptamente. O diâmetro costuma ser de mais de 6 mm.

Qual é o tratamento para melanoma?

O tratamento mais usado em casos de melanoma é a cirurgia. Porém, o seu tratamento depende do tamanho, da localização e da agressividade do tumor.

O tratamento cirúrgico do melanoma consiste na retirada da lesão e de uma parte de pele saudável ao redor do tumor, como margem de segurança. A cirurgia tem elevadas taxas de cura e pode ser realizada novamente se o tumor voltar a aparecer.

No entanto, em casos de metástase, as opções de tratamento são mais restritas e o melanoma não tem cura na maior parte dos casos. Para melanomas metastáticos, são usados medicamentos orais com objetivo de melhorar a sobrevida dos pacientes.

Apesar da sua gravidade, o melanoma tem mais de 90% de chances de cura se for diagnosticado no início. Isso porque, na fase inicial, a doença está restrita à camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção completa do tumor através da cirurgia.

Nas fases mais avançadas o câncer já está mais profundo, o que eleva os riscos de metástase e reduz a probabilidade de cura. O melanoma metastático tem menos opções de tratamento e apresenta um pior prognóstico.

Pessoas com histórico de melanoma na família, principalmente em parentes de 1º grau, devem fazer exames regulares de prevenção com o/a médico/a dermatologista.