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Atrofia testicular tem cura? Como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, atrofia testicular tem cura e o tratamento é direcionado para o problema que está causando a atrofia. Se após a cura da doença que originou a atrofia testicular o testículo não recuperar o seu tamanho normal, o tratamento pode ser feito com cirurgia ou reposição hormonal.

Uma das principais causas de atrofia testicular é a varicocele, que são varizes no testículo. Trata-se de uma dilatação anormal das veias do cordão espermático, responsáveis por drenar o sangue dos testículos. Como resultado, o sangue fica estagnado no testículo e a circulação fica comprometida, podendo levar à atrofia do órgão.

Nesse caso, a única forma de parar ou reverter a atrofia testicular é interromper o fluxo sanguíneo nessas veias através de procedimentos cirúrgicos.

Quando a atrofia é causada por orquites (inflamação do testículo) de origem viral, como no caso da caxumba, o tratamento consiste em repouso, elevação do escroto e medicamentos anti-inflamatórios. Se a infecção for bacteriana, o tratamento inclui também antibióticos.

A torção do testículo é outra possível causa de atrofia no órgão. O tratamento é cirúrgico. O objetivo do procedimento é tentar desfazer a torção e fixar o testículo nas paredes internas do saco escrotal.

Se um dos seus testículos estiver menor ou mais amolecido que o outro, procure um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em muito casos pode ser necessário o encaminhamento a um urologista para diagnosticar a causa da atrofia e receber um tratamento adequado.

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Pêlo de gato faz mal para bebês?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Não exatamente o pêlo, mas o gato como um todo pode fazer mal para bebês. O contato com gatos pode iniciar quadros alérgicos em crianças pré-dispostas. O problema é uma substância que está presente na saliva desses animais. E sabemos que eles frequentemente lambem seus pêlos e patas, o que faz espalhar essa substância em todo lugar por onde eles passam.

Outro possível problema é a bartonelose, também conhecida como doença da arranhadura do gato. Ela é causada por uma bactéria presente nas unhas desses animais. Quando uma criança sofre um arranhão, essa bactéria pode infectar a pele, levando a vermelhão e bolhas no local, além do aparecimento de gânglios e febre.

Por esse motivo, é indicado que bebês, principalmente os que já tiverem alguma alergia de pele, rinite alérgica ou história de parentes com asma, evitem o contato com esses animais.

O que é sinusite alérgica e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sinusite alérgica é uma inflamação dos seios paranasais causada por alergia respiratória.

Os sintomas mais comuns da sinusite alérgica incluem:

  • Dor na face;
  • Sensação de peso facial;
  • Dor de cabeça;
  • Tosse que piora à noite;
  • Secreção nasal;
  • Congestão nasal, sensação de nariz entupido;
  • Edema (inchaço) ao redor dos olhos.

Os seios paranasais são cavidades ósseas localizadas ao redor do nariz e atrás da maçã do rosto, atrás da testa e dos olhos. Os seios são revestidos por uma mucosa, que produz o muco, que é escoado para o nariz através de pequenos túneis.

Quando esses túneis ficam obstruídos por secreção, edema da mucosa ou outra causa, os seios paranasais perdem a comunicação com o nariz, ficando selados e sem ventilação. O muco fica então acumulado, facilitando inclusive a proliferação de vírus, bactérias ou fungos, por vezes originando quadro de sinusite infecciosa.

Os sintomas da sinusite alérgica também são encontrados nas rinites alérgicas. As alergias provocam com frequência uma reação na mucosa de edema, congestionando os seios, favorecendo a proliferação de germes e consequentemente infecções, ou seja, cria-se um círculo vicioso: a alergia causa sinusite e esta, por sua vez, piora a alergia.

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A sinusite alérgica não tem cura, uma vez que a alergia é uma herança genética. Por isso é fundamental identificar e afastar-se dos fatores que podem desencadear uma crise alérgica e manter acompanhamento médico regular.

O/A médico/a otorrinolaringologista é o responsável por acompanhar casos de sinusite alérgica.

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Cristais na urina: o que significa, quais as causas e os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os cristais na urina são formados quando algumas das várias substâncias presentes na urina se tornam sólidas. A presença de pequenos cristais na urina é considerada normal. Contudo, cristais maiores ou alguns tipos de cristais podem se transformar em cálculo renal (pedra nos rins).

Os cálculos renais são formações duras como pedras, que podem ficar presos no rim e obstruir a passagem da urina, causando inchaço no órgão e dor intensa.

Os cristais na urina podem se transformar em pedras ao longo de semanas ou meses. Os cristais podem ser identificados através de um exame de urina que analisa a quantidade, o tamanho e o tipo de cristais.

Um cálculo renal pode ser pequeno como um grão de areia ou grande como uma ervilha, podendo ser ainda maior em alguns casos. Apesar de raramente causarem danos mais sérios, as pedras nos rins podem causar muita dor.

O teste de cristais na urina faz parte do exame microscópico da urina. Pode ser usado para diagnosticar pedras nos rins ou problemas no metabolismo.

A presença de muitos cristais, cristais grandes ou certos tipos de cristais na urina pode indicar que a pessoa tenha pedra nos rins. O cálculo renal pode ou não necessitar de tratamento. Se a pedra for pequena, ela pode ser eliminada com a urina, causando pouca ou nenhuma dor.

Quais os tipos de cristais que podem estar na urina?

Os cristais de cálcio são os mais comuns, sendo mais frequentes em homens entre 20 e 30 anos de idade. O cálcio pode combinar com outras substâncias para formar cristais e tornar-se pedra. A mais comum delas é o oxalato, que está presente em certos alimentos, como o espinafre, e em suplementos de vitamina C. Quando se une ao cálcio, forma cristais de oxalato de cálcio.

Doenças do intestino delgado também aumentam o risco de formação de cristais de cálcio, que também podem ser formados a partir da combinação com fosfato ou carbonato.

Outros tipos de cristais que podem estar na urina incluem:

Cristais de cistina: podem se formar em pessoas com cistinúria. Esse distúrbio é hereditário, afeta homens e mulheres e caracteriza-se pela eliminação de cistina (um tipo de aminoácido) pela urina.

Cristais de estruvita: são encontrados principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Podem formar pedras que crescem muito e podem bloquear os rins, os ureteres ou a bexiga.

Cristais de ácido úrico: são mais comuns em homens do que em mulheres. Podem surgir devido à gota ou quimioterapia.

Quais os sintomas de cristais na urina?

Os cristais na urina não causam sintomas, exceto nos casos em que já se transformaram em pedra. Pessoas com cálculo renal podem apresentar os seguintes sinais e sintomas:

  • Dor aguda no abdômen, localizada em apenas um lado do corpo ou na virilha;
  • Dor nas costas (região lombar);
  • Presença de sangue na urina;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Dor ao urinar;
  • Urina turva ou com mau cheiro;
  • Náuseas;
  • Vômito.

Para maiores informações sobre a presença de cristais na urina, consulte um médico de família, um clínico geral, um nefrologista ou um urologista.

Pode lhe interessar ainda: Foram detectados cristais de oxalato de cálcio na minha urina. O que é possível fazer para eliminá-los do organismo?

Como tratar uma queimadura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento inicial de uma queimadura provocada por fonte de calor, é retirar a fonte de calor e colocar água fresca e corrente, o máximo de tempo possível, para reduzir o calor e assim, a extensão da queimadura.

Após reduzir o calor da área, deve aplicar pomada sulfadiazina de prata (dermazine®) e fazer o curativo. A pomada além de aliviar os sintomas, reduz o risco de infecção local. Existem outras pomadas indicadas para queimadura, que devem ser avaliadas pelo médico.

Outra medida importante, é nunca colocar produtos caseiros na queimadura, como açúcar, borra de café ou pasta de dentes. Apenas água corrente ou compressa fria, e procurar um atendimento de urgência.

Depois, para definir o melhor tratamento, é preciso avaliar o tamanho e profundidade dessa queimadura. Com as características, a queimadura é dividida em 3 níveis: primeiro, segundo e terceiro grau e cada nível recebe um tratamento específico.

Tipos de queimaduras:
  • Queimadura de primeiro grau: A queimadura de 1º grau normalmente é provocada pelo sol e atinge apenas a camada mais superficial da pele (epiderme).
  • Queimadura de segundo grau - A queimadura de 2º grau atinge também a derme (camada de pele logo abaixo da epiderme), provocando dor, vermelhidão e bolhas. No caso da superficial, a base das bolhas é de cor rosada úmida e dolorosa e nas feridas mais profundas, as bolhas têm a base branca, seca e indolor.
  • Queimadura de terceiro grau - Já a queimadura de 3º grau atinge todas as camadas da pele, podendo chegar ao osso. Provoca pouca dor devido à destruição das terminações nervosas. A pele pode se apresentar de coloração mais pálida, com formação de placas esbranquiçadas, ou enegrecida, seca e com aspecto mais enrugado.
Como tratar uma queimadura de primeiro grau:
  • Fazer compressas de água fresca até que o local esteja frio;
  • Não colocar pasta de dentes ou manteiga;
  • Manter a queimadura hidratada passando óleo mineral ou vaselina líquida;
  • Tomar analgésico se necessário;
  • Usar protetor solar regularmente.
Como tratar uma queimadura de segundo grau superficial:
  • As bolhas devem ser drenadas, preferencialmente por um médico, mas não devem ser removidas, pois servem de curativo natural;
  • Após o rompimento da bolha, devem ser feitos curativos com sulfadiazina de prata, além de limpeza conforme orientação médica e manter com curativo fechado;
  • Quando a queimadura cicatrizar, pode deixar sem curativo, mantendo sempre bem hidratada e com filtro solar para evitar o aparecimento de manchas;
  • Tomar analgésico se necessário;
Como tratar uma queimadura de segundo grau profunda e de terceiro grau:
  • Na maioria dos casos é necessário internar o paciente devido às manifestações sistêmicas comuns nessas situações, como desequilíbrio dos níveis de eletrólitos, como o sódio, potássio e/ou cálcio, por vezes chegando a desidratação, assim como, algumas vezes é preciso remover tecidos necrosados e partículas estranhas na ferida;
  • No caso de feridas muito extensas e ou profundas pode ser indicado também cirurgias para limpeza com anestesia e enxertos posteriormente;
  • Tomar vacina contra o tétano;
  • Ingerir muito líquido;
  • Manter os membros acometidos elevados, para aliviar a dor e o edema (inchaço);
  • Se as queimaduras forem na face, nas mãos, nos pés e genitália, queimaduras elétricas ou de vias aéreas superiores, a pessoa deve ser leva imediatamente para um hospital.

O/A dermatologista é o/a médico responsável pelo tratamento de queimaduras.

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O que fazer em caso de queimadura?

Queimaduras de 2º grau: como identificar e o que fazer

Referências

SBQ- Sociedade Brasileira de Queimaduras.

Quem teve sífilis pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem teve sífilis pode doar sangue, desde que tenha feito o tratamento completo e espere 12 meses para fazer a doação depois de ter tratado a doença. 

A portaria nº 1.353 de 2011 do Ministério da Saúde indica todas as doenças e condições que impedem a doação de sangue e aquelas que impedem temporariamente. A sífilis entra nessa classificação temporária. Uma vez completado o tratamento correto e após aguardar 12 meses, a pessoa que já teve sífilis poderá doar sangue.

O teste para detectar sífilis e outras doenças transmissíveis pelo sangue serve como triagem para a doação de sangue.

Indivíduos que já tiveram sífilis permanecem com anticorpos contra a doença durante um tempo, mesmo depois de já estarem curados. Se ainda tiverem anticorpos no sangue, o teste dá positivo.

Por isso é necessário esse tempo de espera de 12 meses após o tratamento para doar sangue, pois os anticorpos demoram um tempo para estabilizarem na corrente sanguínea.

A doação de sangue é uma prática muito importante que pode salvar vidas. Se você tem entre 16 e 69 anos de idade, acima de 50 Kg, procure um Centro de Doação (Hemocentro) mais próximo para maiores informações.

Leia também:

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O que é sífilis?

Como ocorre a transmissão da sífilis?

Quais os sintomas e tratamento da sífilis?

Existe algo para tratar hemorroidas sem cirurgia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Hemorroidas não complicadas podem ser tratadas sem cirurgia.

A maioria das hemorroidas podem ser tratadas com tratamento não conservador, ou seja, sem cirurgia. O tratamento conservador para aliviar a dor, reduzir o sangramento e a coceira também deve ser orientado pelo/a médico/a e seguido como indicado, com as medicações prescritas e recomendações indicadas.

Para o/a paciente que aguarda a cirurgia, a melhor opção é melhorar a dieta aumentando a ingesta de fibras presentes em frutas, legumes, castanhas e vegetais. Aumentar a ingestão de água além da realização de atividades físicas regulares são outras medidas importantes.

Saiba mais sobre hemorroidas em:

Como saber se tenho hemorroida e quais são os sintomas?

O que pode causar hemorroida?

Como tratar hemorroida?

Herpangina: o que é, quais os sintomas e qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Herpangina é uma infecção viral causada pelos vírus coxsackie A, coxsackie B ou echovírus. A doença provoca vesículas ("bolhas") no fundo da garganta que atingem o céu da boca, a úvula ("campainha") e os pilares amigdalianos. Quando se rompem, as vesículas deixam feridas esbranquiçadas espalhadas pela garganta.

A herpangina é comum em crianças, sobretudo no verão. A doença geralmente é assintomática. Quando presentes, os sintomas podem incluir, além das vesículas, febre, dor de cabeça, dor no pescoço, perda de apetite, dor ou dificuldade para engolir e vômitos.

Também podem surgir nódulos no pescoço devido ao aumento dos linfonodos como resposta à infecção.

Nos casos mais graves, aparecerem feridas na parte anterior e posterior da cavidade oral. As lesões na garganta são múltiplas, pequenas, de coloração branco-acinzentada e com as bases avermelhadas.

As bolhas se rompem em 2 a 3 dias e deixam úlceras que podem aumentar de tamanho. Já as lesões na boca podem durar mais de uma semana.

Não há um tratamento específico para a herpangina. A doença normalmente resolve-se espontaneamente em 5 a 10 dias. O tratamento visa apenas aliviar os sintomas, com medicamentos para dor e febre, além de hidratação oral.

Consulte o pediatra ou o médico de família caso apareçam sintomas sugestivos de herpangina.

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