A cirurgia de hérnia de disco, seja lombar ou cervical, geralmente está indicada quando os sintomas não melhoram com o tratamento conservador ou quando houver risco de sequelas para a pessoa.
O tratamento conservador é baseado em repouso, fisioterapia, acupuntura, redução de peso, quando necessário e medicamentos, analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Podendo variar de acordo com cada equipe, em geral, após 3 meses de tratamento, não havendo melhora do quadro, a cirurgia pode ser indicada.
Em algumas situações, o tratamento cirúrgico da hérnia de disco é considerado urgente, como:
- Comprometimento neurológico motor - Perda de força em um membro;
- Sinal ou evidência de compressão da medula por exames de imagem;
- Dor incapacitante e
- Perda de sensibilidade, por exemplo na região genital ou nos membros superiores/inferiores.
Contudo, a maioria das hérnias de disco respondem bem ao tratamento com fisioterapia, acupuntura, repouso e medicamentos. Apesar de não curar a hérnia, esses tratamentos têm como objetivo aliviar a dor e diminuir as limitações. Grande parte dos pacientes retomam as suas atividades depois de 1 mês de tratamento.
Apenas uma pequena parcela dos casos de hérnia de disco tem indicação cirúrgica, já que grande parte dos pacientes melhoram espontaneamente ou com tratamento.
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Existem hoje diferentes procedimentos cirúrgicos, que podem ser indicados de acordo com a localização da hérnia, gravidade e condições clínicas do paciente
Alguns procedimentos são menos invasivos, como tratamento através de laser e radiofrequência, com o objetivo de remover a hérnia e os fragmentos do disco, para aliviar a compressão dos nervos que saem da medula espinhal.
Outros mais invasivos, os quais exigem melhor condição clínica do paciente para que sejam realizados, como a cirurgia aberta e remoção completa da hérnia, com opção de estabilização da coluna. Por vezes estão indicadas próteses como substituição de disco intervertebral, até a instrumentação da coluna, com colocação de hastes e parafusos para estabilização, e nesse caso o procedimento é mais complexo.
O/A médico/a neurocirurgião/ã, é o/a mais indicado/a para indicação e realização da cirurgia de hérnia de disco.
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Referências
SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.
SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Na verdade ainda não existe um consenso sobre esse assunto. Esse é um tema bastante estudado e controverso, com publicações constantes sobre o aumento do risco, benefícios e as características principais dos anticoncepcionais.
No entanto, no Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), defende que o uso dessas medicações, é sim segura e que não causa nódulo ou câncer de mama.
Dependendo das opções de vida da mulher e indicação do seu uso, a medicação é bastante benéfica. Especialmente com os anticoncepcionais mais novos, desde que devidamente indicados e acompanhados pelo ginecologista.
Quem tem fibroadenoma na mama pode tomar anticoncepcional?Na grande maioria das vezes sim, um fibroadenoma não contraindica o uso de anticoncepcionais. Entretanto, no caso de nódulo sem diagnóstico, ou fibroadenoma em crescimento, deve ser primeiro avaliado pelo ginecologista assistente, de forma individual para analisar os fatores de risco e os benefícios.
Um nódulo ainda em investigação, história familiar de câncer de mama, história de tromboses, entre outras questões de saúde podem sim contraindicar essa medicação.
Em 2017, um trabalho grande sobre o assunto na Dinamarca, mostrou que sim, o uso do anticoncepcional hormonal foi relacionado ao aumento do risco de câncer de mama, quando comparado a mulheres que não o fazem. Porém, um risco ainda considerado baixo. Porém, concluiu também que existe um benefício no seu uso, de proteção contra o câncer de endométrio, ovário e intestino.
Portanto, é fundamental analisar caso a caso com um especialista, ginecologista ou mastologista.
Os pontos aceitos pela maioria dos pesquisadores nesta área mostram os seguintes fatores benéficos para o uso de anticoncepcionais:
1. O uso de medicamentos antigos, com dosagens maiores de hormônios aumentam o risco de câncer de mama;
2. O uso contínuo por mais de 10 anos, parece aumentar o risco de câncer de mama;
3. A história familiar de câncer, seja de mama ou outro órgão, aumenta o risco pela predisposição genética, por isso deve ser avaliado com mais cautela a sua indicação;
4. Obesidade, sedentarismo, uso abusivo de bebidas alcoólicas, são comprovadamente fatores de maior risco para câncer de mama, que pode aumentar ainda mais com a associação de anticoncepcionais;
5. Existem também evidências bem estabelecidas e aceitas de que a pílula anticoncepcional pode ajudar a prevenir além do câncer de ovário, endométrio e intestino, protegem contra:
- Miomas;
- Endometriose;
- Pólipos;
- Cistos no ovário;
- Alguns tipos de infecção vaginais e as
- Alterações benignas das mamas.
Leia mais sobre o assunto nos artigos:
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Além de impedir a gravidez, para que pode servir o anticoncepcional?
Fale com o/a seu/sua médico/a ginecologista sobre os eventuais riscos e os benefícios da pílula anticoncepcional e faça regularmente seu auto exame de mama.
Referência:
- FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
- Lina S Morch, et al.; Contemporary Hormonal Contraception and the Risk of Breast Cancer. N Engl J Med. 2017 Dec 7;377(23):2228-2239.
Anemia microcítica é caracterizada pela redução de hemoglobina dentro das células vermelhas do sangue.
- Inflamação crônica;
- Anemia ferropriva: deficiência de ferro;
- Talassemia;
- Intoxicação por alumínio;
- Anemia sideroblástica;
- Intoxicação por chumbo;
- Deficiência de Zinco.
Os sintomas da anemia microcítica podem ser:
- Cansaço;
- Palidez;
- Diarreia;
- Taquicardia;
- Fraqueza;
- Dor de cabeça;
- Tontura.
Na presença desses sintomas, procure uma unidade de saúde para uma avaliação.
Saiba mais em:
A causa mais comum de anemia na população é a deficiência de ferro (anemia ferropriva) e os alimentos que são fonte de ferro estão listados a seguir. O ferro está presente em alimentos de origem animal, nos quais está numa forma que é mais aproveitada pelo homem, e de origem vegetal.
- Fígado de boi;
- Peixe;
- Gema de ovo;
- Feijão;
- Lentilha e ervilha ;
- Beterraba;
- Folhas escuras (Brócolis, espinafre, couve e agrião).
É importante frisar que, uma vez estabelecida a anemia ferropriva, ou seja, se houver queda da hemoglobina sérica, é necessária a reposição com medicamentos, sendo o sulfato ferroso a forma mais comum, disponível nas unidades básicas de saúde, por período de seis meses no mínimo. Outro fato importante é que há certos alimentos, como as frutas cítricas e aqueles ricos em vitamina C, que aumentam o aproveitamento do ferro ingerido pelo organismo. Por outro lado, há alimentos que diminuem esse aproveitamento, como leite e chá preto, chá mate, que devem ser evitados de serem consumidos junto ao sulfato ferroso ou ao alimento fonte de ferro. É importante que o médico avalie a causa da anemia ferropriva. Nas crianças mais novas e nas mulheres que menstruam é comum a ocorrência de anemia ferropriva, porém cada caso deve ser avaliado em particular, para afastar que esteja ocorrendo sangramento ou dificuldade na absorção do ferro ingerido.
Há outras deficiências de elementos que podem causar anemia, como a deficiência de vitamina B12 e de ácido fólico (anemia megaloblástica). Alimentos que são fontes de vitamina B12 são:
- Peixes;
- Carnes;
- Ovos;
- Queijo;
- Leite.
Os alimentos que são fontes de ácido fólico estão listados abaixo:
- Feijão;
- Laranja (200 ml de suco = 75 mcg de ácido fólico);
- Amêndoa, avelã e amendoim;
- Fígado (100g = 217 mcg de ácido fólico);
- Lentilhas (1 xícara cozida = 360 mcg de ácido fólico);
- Levedura, soja, milho e cereais;
- Espinafre, brócolis, couves e todos os vegetais verdes (10 folhas de alface= 136 mcg de ácido fólico);
- Caju;
- Ovos (1 unidade = 24 mcg de ácido fólico);
- Leite
Também é necessária uma avaliação médica, para determinar se a anemia megaloblástica é causada por dificuldade na absorção da vitamina B12 e/ou ácido fólico e, em alguns casos, será necessária a reposição destes nutrientes.
Para uma avaliação da existência da anemia,da sua causa (etiologia) e do tratamento necessário, deve ser procurado um médico clínico geral ou pediatra, no caso das crianças.
Saiba mais em: Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?
Coração grande, também chamado de cardiomegalia, é uma condição em que o coração aumenta de tamanho e peso por alguma razão.
Quando o coração fica muito grande, ele perde a capacidade de bombear sangue com força suficiente para todo o corpo, provocando sintomas como cansaço intenso e falta de ar. Nos casos mais graves, a cardiomegalia pode levar à insuficiência cardíaca e morte.
O coração grande pode resultar de uma doença congênita, ou seja, já no nascimento o coração apresenta defeito nos seus compartimentos ou válvulas que provocaram um aumento de tamanho do órgão. Mas também pode se originar de doenças adquiridas durante a vida como Hipertensão Arterial, Insuficiência Cardíaca ou doença de Chagas.
A cardiomegalia também pode ter como causa doenças que não tem origem no coração, como:
- Lúpus eritematoso;
- Artrite reumatoide;
- Distrofia muscular progressiva.
- Hipotireoidismo;
- Amiloidose;
- Hemocromatose;
- Leucemia;
- Câncer metastático (que teve origem em outro órgão e chegou ao coração).
Em caso de cansaço e falta de ar ao fazer esforços ou mesmo em repouso, consulte um clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial. Em muitos casos pode ser necessário o acompanhamento também por um cardiologista. O coração grande possui tratamento e quanto antes o problema for diagnosticado, melhores são os resultados.
Leia também: Coração grande tem cura? Qual o tratamento?
A pressão 14x8 não é considerada normal, pois é um valor ligeiramente aumentado que está muito próximo de 14x9, valor a partir do qual se começa a suspeitar de hipertensão.
O ideal é que faça medições diárias da pressão para saber se esse valor foi uma situação passageira ou se é recorrente. No caso do valor continuar por volta de 14x8, pode significar que você está desenvolvendo pré-hipertensão e, por isso, deve consultar o seu médico de família ou um cardiologista.
A pré-hipertensão pode levar à hipertensão e às suas complicações. Alguns dos fatores de risco para desenvolver hipertensão são:
- Idade (o envelhecimento aumenta o risco de hipertensão);
- Raça (pessoas negras têm um risco maior de desenvolver hipertensão);
- Sobrepeso e obesidade;
- Consumo de alimentos com alto conteúdo de sal;
- Consumo crônico e aumentado de álcool;
- Sedentarismo.
Como a maioria destes fatores pode ser modificada, é possível reverter o quadro de pré-hipertensão e evitar a hipertensão. Para isso, é importante adotar cuidados com a alimentação, como reduzir o consumo de sal e de álcool; e fazer exercícios físicos regulares, pelo menos 20 minutos, 3 vezes por semana.
Você pode querer ler também:
Referência:
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2016; 107(3, Suplemento 3): 1-5
Dermatite seborreica não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada, pode passar períodos em remissão. Trata-se de uma doença crônica, com períodos em que os sintomas melhoram ou pioram.
A doença não tem uma causa bem definida, parece estar associada com o fungo Malassezia, encontrado normalmente na pele. Também pode apresentar piora ou ser desencada por fatores como alergias, fadiga ou estresse emocional, frio ou excesso de oleosidade.
O tratamento da dermatite seborreica pode variar conforme a extensão e gravidade dos sintomas. Podem ser utilizados:
- Shampoos com antifúngicos e anti-inflamatórios;
- Pomadas com antifúngicos e fungicidas;
- Pomadas de corticoides;
- Corticoides por via oral, nos casos mais graves.
Dependendo da intensidade e da extensão das lesões, o médico pode indicar ainda o uso de sabonetes, loções e cremes.
Além dos medicamentos, alguns cuidados especiais podem ajudar a aliviar os sintomas e facilitar o tratamento medicamentoso, como:
- Usar shampoos que sejam adequados ao tipo de pele;
- Evitar banhos em água muito quente;
- Secar o corpo antes de se vestir;
- Evitar usar roupas com tecidos sintéticos, que não deixam o suor evaporar;
- Controlar estresse e ansiedade;
- Enxaguar bem o cabelo para tirar completamente o shampoo e o condicionador;
- Evitar usar chapéus, bonés ou passar gel no cabelo.
- Evitar alimentos gordurosos;
- Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas;
- Não fumar;
Caso apresente dermatite seborreica consulte o seu médico de família, em casos de maior gravidade pode ser necessário o acompanhamento por um dermatologista.
Sim, lipoma tem cura e o tratamento é cirúrgico. A cirurgia para retirar o lipoma é indicada apenas quando a localização do tumor causa incômodo do ponto de vista estético ou comprime órgãos e estruturas vizinhas, causando dor, desconforto ou outras complicações.
Se houver dúvidas quanto à benignidade do lipoma, o tratamento cirúrgico também é indicado. Nesses casos, o tumor geralmente tem um crescimento rápido, apresenta dor à palpação ou tem um aspecto endurecido.
LipomaOutras indicações para a retirada do lipoma incluem alterações nervosas, limitação dos movimentos, crescimento do lipoma, irregularidades nas suas características, tamanho superior a 5 cm de diâmetro, entre outras.
Porém, uma vez que o lipoma não causa sintomas na maioria dos casos, o tratamento muitas vezes não é necessário.
Como é feita a cirurgia para retirar o lipoma?O lipoma pode ser removido através de cirurgia ou lipossucção (aspiração da gordura do interior do lipoma). O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização do tumor.
A cirurgia é simples e pode ser feita em consultório, com anestesia local e sedação, sem necessidade de internamento.
A cirurgia é realizada com anestesia local e um corte na pele, através do qual o lipoma é removido. Depois, a incisão é suturada com pontos, que são retirados após 10 a 14 dias, conforme o tamanho e a localização do lipoma.
A remoção cirúrgica do lipoma é a única forma de garantir que ele não vai voltar a crescer, pois retira o tumor na totalidade, garantindo a cura definitiva do problema.
A vantagem da cirurgia, daí ser o procedimento mais usado no tratamento do lipoma, é garantir que o tumor seja completamente retirado. Se partes do tumor não forem retiradas, é provável que ocorra o crescimento de um novo lipoma.
O número de lipomas que podem ser retirados na cirurgia depende das condições clínicas e pessoais do paciente, como doenças associadas, medicamentos, trabalho, tempo para recuperação, entre outras.
Já a lipossucção só é indicada para os lipomas menores. O procedimento é pouco invasivo e deixa uma cicatriz pequena, mas as chances do tumor não ser totalmente retirado são maiores, uma vez que a visualização do mesmo é limitada.
O/a médico/a dermatologista é o/a responsável pelo diagnóstico do lipoma. O tratamento cirúrgico pode ser feito pelo/a próprio/a dermatologista ou por um/a cirurgião/ã geral.