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O que é ponte de safena?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Ponte de safena é uma técnica cirúrgica de revascularização do miocárdio (músculo do coração). Quando uma pessoa apresenta obstrução crítica das artérias coronárias, que saem da artéria aorta e irrigam o miocárdio, pode ser necessário realizar a cirurgia de ponte de safena para restabelecer o fluxo sanguíneo. Se a irrigação sanguínea do músculo cardíaco não for restabelecida, a pessoa pode sofrer um infarto.

A cirurgia de revascularização do miocárdio consiste na implantação de um enxerto de vaso sanguíneo entre as artérias aorta e coronária. O enxerto permite melhorar o fluxo sanguíneo para o coração, criando uma nova rota ou desvio em torno de uma seção bloqueada ou danificada da artéria.

Para tal, podem ser utilizados alguns vasos sanguíneos, como a veia safena (retirada da perna), a artéria mamária e a artéria radial (retirada do punho).

A escolha do tipo de vaso utilizado na cirurgia de ponte de safena depende das coronárias e em quais pontos elas estão obstruídas. Essa informação geralmente é fornecida pelo exame de cateterismo cardíaco.

Usualmente, é necessário utilizar mais de um vaso para o restabelecimento do fluxo sanguíneo. Por isso, algumas pessoas dizem ter "duas safenas e uma mamária", referência aos vasos que foram utilizados para tal. Para alguns pacientes, é a única forma de restabelecer o fluxo sanguíneo ao miocárdio.

A cirurgia é feita pelo cirurgião cardíaco e, na maioria dos casos, requer circulação extracorpórea e recuperação pós-operatória em unidade de terapia intensiva (UTI).

Como é feita a cirurgia de ponte de safena?

O paciente deve estar em jejum absoluto, inclusive de líquidos, a partir da meia-noite da noite anterior ao dia da operação.

Antes da cirurgia de ponte de safena a pessoa recebe uma anestesia geral, permanecendo inconsciente e sem sentir dor durante o procedimento.

Assim que a pessoa estiver inconsciente, o cirurgião cardíaco realiza um corte de 20 cm a 25 cm no centro do tórax. O osso esterno é separado para criar uma abertura, permitindo que o que o cirurgião veja o coração e a artéria aorta.

A seguir, o cirurgião pega uma veia ou uma artéria de outra parte do corpo e a utiliza para fazer um desvio ou enxerto ao redor da área obstruída da artéria. Um dos vasos sanguíneos usados é a veia safena da perna. Para alcançar essa veia, é feita uma incisão (corte) na parte interna da perna, entre o tornozelo e a virilha.

Depois, uma extremidade do enxerto é suturada na coronária e a outra é suturada numa abertura feita na aorta.

Após a colocação do enxerto, o esterno é fechado com fios que permanecem dentro do corpo. A incisão cirúrgica é fechada com pontos.

A cirurgia de ponte de safena pode ter um tempo de duração de 4 a 6 horas. Após o procedimento, o paciente é levado à unidade de terapia intensiva (UTI).

A artéria mamária interna, localizada no peito, também pode ser usada como enxerto. Nesse caso, uma extremidade dessa artéria já está conectada a um ramo da aorta. A outra extremidade é fixada na artéria coronária.

O enxerto da cirurgia de revascularização do miocárdio também pode ser obtido a partir da artéria radial, localizada no punho.

A maioria das pessoas submetidas à cirurgia de ponte de safena fica conectada a um sistema de circulação extracorpóreo. Enquanto a pessoa está conectada à máquina, o coração para.

O sistema de circulação extracorpóreo faz o trabalho do coração e dos pulmões enquanto o coração está parado durante a cirurgia. A máquina fornece oxigênio ao sangue, remove gás carbônico da circulação e faz o sangue circular pelo corpo.

Contudo, há cirurgias de ponte de safena em que não se utiliza o sistema de circulação extracorpóreo. Nesses casos, o procedimento é feito com o coração batendo.

Como é a recuperação após a cirurgia de ponte de safena?

Após a cirurgia de ponte de safena, a pessoa permanece no hospital durante 3 a 7 dias. A primeira noite é passada numa unidade de terapia intensiva (UTI). Após 24 a 48 horas, o paciente geralmente é transferido para a enfermaria.

A pessoa pode ter 2 ou 3 sondas no peito para drenar o líquido da área do coração, que normalmente são removidos 1 a 3 dias depois da cirurgia.

Também podem ser colocados um cateter na bexiga para drenar a urina, além de.vias intravenosas drenar líquidos. Podem estar conectados pequenos fios a um marcapasso, que serão removidos antes da pessoa ter alta.

Em geral, leva de 4 a 6 semanas para a pessoa começar a se sentir melhor após a cirurgia de ponte de safena. Porém, o retorno a algumas atividades e o programa de reabilitação cardíaca podem ter início após alguns dias. O retorno ao trabalho, desde que não exija esforço físico, pode ocorrer dentro de 4 a 6 semanas.

O cirurgião cardíaco é o especialista responsável pela indicação e realização da cirurgia de ponte de safena.

Perda de memória: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A perda de memória recente em jovens e adultos com menos de 60 anos, na maioria das vezes está relacionada a estresse e ansiedade, porém listamos outros motivos comuns como:

  • Má qualidade do sono;
  • Alimentação inadequada;
  • Depressão;
  • Sedentarismo;
  • Uso de medicamentos, como ansiolíticos em doses altas ou por tempo prolongado;
  • Uso excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Falta de atenção; entre muitas outras causas. 

Já a perda de memória em idosos (mais de 60 anos), pode estar relacionada ao envelhecimento natural e morte das células nervosas do cérebro, ou originadas por doenças degenerativas, como doenças demenciais, sendo a mais comum, a doença de Alzheimer.

A doença de Alzheimer se caracteriza pela perda progressiva das funções intelectuais, sendo a perda de memória um dos seus primeiros e principais sinais.

Quais as possíveis causas de perda de memória?1. Colesterol alto, diabetes, tabagismo, hipertensão arterial

O conjunto de colesterol alto, tabagismo, diabetes e pressão alta mal controladas, podem provocar o depósito de placas de gordura nos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, prejudicando a circulação. Essa falta de oxigenação provoca micro lesões na área do cérebro responsável pela memória, levando aos esquecimentos.

No caso da hipertensão (pressão alta), também prejudica a circulação sanguínea cerebral, pois pode leva a um estreitamento das artérias cerebrais, gerando déficit de memória.

2. Má qualidade do sono, ansiedade, estresse, depressão

São as principais causas de perda de memória em jovens e adultos com menos de 60 anos, pois prejudicam a atenção e, consequentemente, afetam a memória.

Uma pessoa desatenta retém menos informação e por isso tem mais dificuldade de armazenar informações.

3. Mal de Alzheimer

Atinge cerca de 7% dos idosos entre 60 e 65 anos e caracteriza-se pela perda progressiva das funções intelectuais. A perda de memória está entre os seus primeiros sintomas.

O paciente começa a esquecer nomes, fisionomias, compromissos e datas com muita frequência. Outros sintomas iniciais do Alzheimer incluem:

  • Manias de perseguição e traições;
  • Falta de assunto e iniciativa;
  • Incapacidade de manter diálogos;
  • Respostas monossilábicas.

É muito importante que os familiares estejam atentos a esses sinais e na presença deles, procurem um médico neurologista. Se a doença for diagnosticada no início, é possível controlar os sintomas e retardar a sua evolução, oferecendo uma melhor qualidade de vida ao paciente.

4. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos como os benzodiazepínicos e alguns psicotrópicos são frequentemente associados a queixas de falta de memória. 

5. Falta de vitaminas, minerais e outros nutrientes

Alguns nutrientes essenciais como vitamina B12, cálcio, ômega 3, zinco, ferro e carboidratos são fundamentais para garantir o bom funcionamento cerebral.

A falta dos mesmos na alimentação ou quando essa deficiência é provocada por doenças, como a anemia (ferro), a memória será prejudicada.

6. Acidentes e traumas

Situações traumáticas, como acidentes, ou pancadas na cabeça podem deixar sequelas e provocar quadro de amnésia (perda de memória).

7. Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (Distúrbio do Déficit de Atenção)

Caracteriza-se pela dificuldade em manter a atenção, inquietude e impulsividade. É mais comum seu diagnóstico na infância, embora também seja observado em adultos. A falta de atenção, ocasiona a falta de memória.

8. Amnésia Global Transitória

Trata-se de uma perda temporária de memória causada por um mau funcionamento do hipocampo, a sede da memória no cérebro. 

Dá um "branco" na pessoa e ela esquece como fazer coisas com as quais está acostumada, como por exemplo chamar um elevador ou dirigir.

O indivíduo também pode ficar perdido ou desorientado em lugares familiares, sem referência de tempo e espaço. Ele reconhece os outros, sabe quem é quem, mas não faz a menor ideia de onde, como ou por que está ali, mesmo que esteja na sua própria casa.

No entanto, depois da crise, a memória volta ao normal. Porém, tudo o que foi vivido durante a amnésia global transitória não será lembrado. A pessoa fica com uma lacuna na memória.

Ainda não se sabe exatamente a causa da amnésia global transitória, mas acredita-se que o problema possa estar vinculado a quadros de enxaqueca, traumas ou situações de estresse extremo.

9. Outras causas de perda de memória:
  • Problemas de tireoide;
  • Abuso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas;
  • Múltiplos "derrames" (acidente vascular cerebral - AVC);
  • Traumas repetidos na cabeça.
O que fazer em caso de perda de memória? Quando devo procurar um médico?

Pessoas que sofrem de perda de memória e se esquecem frequentemente das coisas devem procurar ajuda nas seguintes situações:

  • Quando os esquecimentos são frequentes e intensos ao ponto de atrapalhar a rotina de vida, a segurança ou a independência da pessoa;
  • Quando a perda de memória estiver associada a dificuldades em encontrar lugares conhecidos, realizar tarefas do dia-a-dia, fazer contas, reconhecer rostos conhecidos;
  • Quando além de alterações na memória observar também, alterações na coordenação motora e variações de humor, personalidade ou comportamento;
  • Quando os esquecimentos pioram progressivamente ao longo do tempo;
  • Quando a perda de memória e os esquecimentos ocorrem em pessoas com mais de 60 anos de idade.

Esses são alguns sinais de alarme que podem indicar que a perda de memória esteja relacionada com problemas neurológicos mais graves. Nesses casos, é altamente recomendável procurar um médico neurologista.

Leia também: Dificuldade de concentração: o que pode ser e o que fazer?

Enfisema pulmonar é câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, enfisema pulmonar não é câncer. O enfisema é uma doença degenerativa crônica que provoca lesões irreversíveis nos alvéolos ("saquinhos de ar" que armazenam o ar nos pulmões e através dos quais ocorrem as trocas gasosas na respiração).

No enfisema pulmonar, os alvéolos vão sendo destruídos pouco a pouco, à medida que são expostos a substâncias agressivas ao longo de vários anos.

Com o tempo, surge um processo inflamatório crônico nos alvéolos, que se rompem e formam bolhas. Isso reduz a superfície disponível para as trocas gasosas, diminuindo assim a quantidade de oxigênio que chega ao sangue e dificultando a respiração.

A principal causa do enfisema pulmonar é o tabagismo, sendo responsável por cerca de 85% dos casos. Contudo, a exposição a outros tipos de poluentes e substâncias agressivas, como poluição do ar, pó de sílica, fumaças de indústrias, também podem causar enfisema.

Há ainda uma forma genética de enfisema pulmonar, cuja causa é a falta de uma proteína pelo organismo para proteger as estruturas elásticas do pulmão.

Já o câncer de pulmão é uma doença maligna, ou seja, as células do tumor multiplicam-se de forma rápida e descontrolada, podendo se infiltrar em estruturas próximas ou se disseminar em órgãos distantes dos pulmões (metástase).

Veja também: Câncer de pulmão tem cura?Qual a diferença entre maligno e benigno?

Contudo, apesar de serem doenças completamente diferentes, sabe-se que pessoas com enfisema pulmonar e bronquite crônica (Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas) têm mais chances de desenvolver câncer de pulmão.

Portanto, o enfisema pulmonar não é câncer nem tem chances de se tornar um, mas é considerado um fator de risco para desenvolver a doença.

Saiba mais em:

Enfisema pulmonar tem cura?

Qual é o tratamento para enfisema pulmonar?

Quais são os sintomas do enfisema pulmonar?

O que é varicocele?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Varicocele são varizes nos testículos. Consiste na dilatação anormal das veias testiculares do cordão espermático, que drenam o sangue dos testículos, causada pela dificuldade no retorno venoso.

Na maioria das vezes é causada pela incompetência ou ausência das válvulas encontradas dentro das veias, responsáveis por essa drenagem, o que ocasiona um refluxo do sangue, com dilatação das veias.

A varicocele é a causa mais comum de infertilidade masculina. É uma doença frequente em parentes de primeiro grau de portadores de varicocele e já pode ser identificada na puberdade, entre 12 e 13 anos de idade.

É importante ressaltar, entretanto, que ter varicocele não indica esterilidade, ou seja, impossibilidade absoluta de ter filhos. Muitos homens com varicocele, principalmente em graus mais leves, podem ter filhos normalmente sem precisarem recorrer a qualquer tratamento.

E nos casos de varicocele mais graves, graus II e III, se tratados precocemente, mais de 60% apresenta resposta satisfatória.

Quais as causas da varicocele?
  • Congênita, quando ocorre ausência ou defeito congênito das válvulas da veia espermática interna;
  • Dificuldade da drenagem venosa por obstrução ou compressão do sistema venoso, como presença de tumorações;
  • Fator hereditário;
  • Traumatismo.

A varicocele provoca alteração na formação dos espermatozoides, com diminuição da fertilidade devido ao menor número de espermatozoides e alterações na forma dos mesmos, que reduz a sua motilidade.

Os motivos dessas alterações ainda não foram claramente elucidados, mas acredita-se que estejam relacionados com:

  • Aumento da temperatura na bolsa escrotal (a formação dos espermatozoides deve ocorrer a temperaturas mais baixas, em torno de 35ºC);
  • Diminuição de oxigênio nos testículos;
  • Diminuição do fluxo sanguíneo intratesticular e no epidídimo;
  • Alterações hormonais intratesticulares;
  • Estresse oxidativo;
  • Refluxo de metabólitos do rim e suprarrenal.
Quais são os sintomas da varicocele?

Os sintomas da varicocele incluem coceira, dor, peso ou desconforto na bolsa escrotal, embora muitos não apresentem qualquer queixa.

Os sintomas se tornam mais evidentes quando o paciente está em pé, porque a drenagem sanguínea fica ainda mais dificultada ou quando faz esforços físicos, principalmente quando contrai os músculos do abdômen.

A presença de disfunção erétil (impotência) não é comum, exceto em casos de varicocele bilateral e grau III, casos bastante raros.

Nos casos de maior gravidade, se não for feito o tratamento precocemente, os testículos podem atrofiar, havendo a redução da produção de testosterona, o que muitas vezes causa além da infertilidade, a impotência.

Como é feito o diagnóstico da varicocele?

O diagnóstico da varicocele é feito através do exame físico, com o paciente em pé e preferencialmente numa sala aquecida. O homem pode fazer também o autoexame, procurando varizes palpáveis ou visíveis, mas o ideal é ser visto por um urologista.

Existe uma graduação da varicocele, para aquelas diagnosticadas com o exame físico:

  • Grau I: Varicocele pequena, sendo palpável apenas com aumento da pressão abdominal (tossir ou assoprar contra uma resistência);
  • Grau II: Varizes palpáveis sem o auxílio do aumento da pressão abdominal;
  • Grau III: Varizes visíveis através da pele do escroto.

O exame complementar padrão-ouro para diagnosticar a varicocele é a venografia de veia espermática. Também podem ser feitos ultrassonografia com doppler colorido, termografia escrotal e cintilografia.

Qual é o tratamento para varicocele?

O tratamento da varicocele é realizado por cirurgia, por meio de ligadura cirúrgica das veias varicosas ou embolização percutânea.

É indicado nos casos que apresentam sintomas, como coceira intensa, dor, infertilidade ou sinais de atrofia do testículo. Homens mais velhos, que não apresentam sintomas e não desejam mais ter filhos não tem a necessidade de passar pela cirurgia.

Ligadura cirúrgica das veias varicosas

Pode ser realizada por diversas vias: retroperitoneal, inguinal, subinguinal ou laparoscópica. A via subinguinal com magnificação óptica aumenta a probabilidade de preservação dos vasos arteriais e linfáticos, reduzindo significativamente o risco de recorrência da varicocele em relação à laparoscopia e cirurgias sem magnificação.

É feita rapidamente (45 minutos, em média), com anestesia geral, e o paciente tem alta em 1 a 2 dias. Deve-se evitar esforços físicos por duas a quatro semanas e relações sexuais por 10 dias.

Embolização percutânea

Consiste na oclusão da veia espermática interna. Essa forma de tratamento está associada a taxas de recidiva superiores aos métodos cirúrgicos convencionais, além de complicações relacionadas ao método.

Varicocele tem cura?

A correção da varicocele melhora o espermograma e corrige a infertilidade em 60% dos casos, quando o tratamento é realizado precocemente. Quanto mais tempo durar a varicocele, menos chance de cura.

As chances de gravidez convencional podem aumentar até 2,8 vezes após o tratamento cirúrgico. Porém, a infertilidade pode ser multifatorial, o que faz com que a correção da varicocele em alguns pacientes apenas atenue o problema, sem resolvê-lo por completo.

A varicocele não é uma doença grave, quando tratada corretamente e no momento adequado, não traz grandes consequências. Entretanto, em caso de suspeita de varicocele, um urologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento adequado.

Sífilis congênita tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, sífilis congênita tem cura e o tratamento é feito com penicilina. Muitas vezes, o bebê precisa ficar internado por tempo prolongado para o rastreio de possíveis complicações. Além disso, a criança deve ser acompanhada até completar 18 meses para garantir que o tratamento foi concluído e a sífilis não deixou sequelas.

A dosagem da medicação e a duração do tratamento irão depender do tratamento prévio realizado pela mãe da criança.

O bebê também é submetido a diversas intervenções, como coletas de sangue, avaliações neurológica, oftalmológica e auditiva, bem como raio-x de ossos longos. A presença de alterações clínicas, radiológicas e sorológicas na criança também irá orientar o tratamento.

Durante e após o tratamento, é importante a realização do seguimento com as consultas programadas e exames de rotina.

A sífilis congênita pode causar diversas complicações, como parto prematuro, malformações fetais, morte ao nascimento, baixo peso ao nascer, sequelas neurológicas, entre outras.

Contudo, quando o tratamento da sífilis na mulher é iniciado prontamente, as chances de transmissão para o feto reduzem.

Por isso, a realização do pré-natal, a detecção precoce e o tratamento completo é fundamental para evitar os agravos da sífilis congênita.

Diabetes interfere no ciclo menstrual?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Sim.

O diabetes, principalmente o do tipo 2, está quase sempre relacionado à obesidade e à resistência a insulina, ou seja, a alterações no efeito da insulina sobre as células do corpo.

Esses dois fatores podem levar a irregularidades menstruais e, consequentemente, a algum grau de infertilidade.

Porém, o contrário também é verdade: o ciclo menstrual pode interferir no controle do diabetes. Isso porque, ao longo do ciclo, os níveis de hormônios como estrógeno e progesterona variam. E eles também interferem no funcionamento da insulina.

Sendo assim, pode ocorrer flutuações nos níveis de glicemia, o que pode favorecer ou prejudicar o controle do diabetes ao longo do mês.

Consulte seu endocrinologista e seu ginecologista para saber mais detalhes.

Qual o tratamento para fibroadenoma mamário?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento para fibroadenoma mamário pode ser feito através de controle clínico-radiológico ou cirurgia. Nos tumores menores, em pacientes com menos de 25 anos, pode ser efetuado o controle clínico e ecográfico semestral. Se o fibroadenoma apresentar crescimento progressivo, é indicada a sua remoção cirúrgica.

Nos fibroadenomas múltiplos e pequenos, o médico também pode optar pelo seguimento clínico-radiológico como forma de tratamento. A decisão tem como objetivo evitar as múltiplas incisões que seriam necessárias para remover os tumores por meio de cirurgia.

Contudo, mulheres com mais de 35 anos de idade devem ser sempre submetidas ao tratamento cirúrgico. O procedimento pode ser feito por mamotomia (eficaz para tumores de até 1,5 cm), crioablação (promove a morte do tumor por congelamento a temperaturas extremamente baixas) ou remoção do tumor com incisão cirúrgica.

Dependendo da localização e do tamanho do nódulo, a paciente retorna para casa no mesmo dia da cirurgia ou permanece internada após procedimento e volta para casa no dia seguinte.

A cirurgia de fibroadenoma mamário é rápida e a recuperação costuma ser completa, sendo necessários apenas alguns dias de repouso até a retirada dos pontos e cicatrização completa.

O tratamento do fibroadenoma de mama é da responsabilidade do médico mastologista, que deverá orientar a paciente sobre as vantagens e desvantagens de cada modalidade terapêutica.

Saiba mais em:

O que é um fibroadenoma mamário e quais os sintomas?

Fibroadenoma mamário pode virar câncer?

O que é hipotireoidismo e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O hipotireoidismo é uma doença da tireoide que caracteriza-se pela pouca produção dos hormônios tireoidianos T3 e T4. Os sintomas podem incluir falta de energia, cansaço, lentidão, sonolência, constipação intestinal, facilidade em se resfriar, pele seca, unhas quebradiças, queda de cabelo, ganho de peso e depressão.

Nas mulheres, o hipotireoidismo pode causar irregularidades na menstruação, diminuindo a fertilidade.

Os sintomas do hipotireoidismo são decorrentes da diminuição do metabolismo causada pela baixa produção dos hormônios da tireoide.

As causas do hipotireoidismo podem estar relacionadas com uma perda gradual da função da tireoide ou com a retirada da glândula após cirurgia.

A Tireoidite de Hashimoto é uma das principais causas de hipotireoidismo na população adulta, sobretudo mulheres. Trata-se de uma doença autoimune, em que os anticorpos do próprio corpo atacam a tireoide, causando uma inflamação crônica na glândula. A tireoide inflamada pode aumentar de volume e ter a sua função prejudicada, levando à baixa produção de hormônios.

O hipotireoidismo se manifesta quando os níveis de hormônios tireoidianos já não são suficientes para manter o metabolismo de forma adequada. Como resultado, todo o organismo funciona de forma mais lenta.

O hipotireoidismo pode surgir em qualquer idade, embora seja mais frequente em mulheres com mais de 40 anos e homens acima de 60 anos de idade.

O diagnóstico do hipotireoidismo é feito através do exame TSH, juntamente com a dosagem dos níveis de hormônios T3 e T4.

Veja também: TSH baixo, o que significa?

Se não tratado, o hipotireoidismo leva ao enfraquecimento do coração, redução dos batimentos cardíacos, provocando falta de ar ao realizar exercícios físicos e inchaços (principalmente nos tornozelos), além de aumentar a pressão arterial e o colesterol.

O diagnóstico da doença pode ser feita pelo clínico geral, médico de família ou endocrinologista.

Saiba mais em:

Hipotireoidismo tem cura? Qual o tratamento?

Quem tem hipotireoidismo pode engravidar?