Para baixar os triglicerídeos é necessário ter uma dieta equilibrada, praticar atividade física e manter o peso dentro do adequado. O tratamento para triglicerídeos altos consiste principalmente em mudanças no estilo de vida. Quando essas medidas não são suficientes ou os níveis de triglicerídeos estão muito elevados, o tratamento também pode incluir medicamentos.
A dieta para baixar os triglicerídeos deve incluir alimentos com baixo teor de gordura saturada, gordura trans e colesterol. A alimentação deve ser rica em fibras, que podem reduzir em até 20% os níveis sanguíneos de triglicerídeos.
Também é importante diminuir a ingestão de carboidratos (principalmente açúcar branco e doces) e bebidas alcoólicas.
Além da dieta, recomenda-se praticar atividade física regularmente (pelo menos 30 minutos por dia) e não fumar. Emagrecer e manter-se no peso adequado faz parte do tratamento para triglicerídeos altos.
Ao aumentar o gasto energético do corpo com os exercícios e reduzir a ingestão calórica, o organismo irá utilizar as reservas de gordura como fonte de energia. Como os triglicerídeos são um tipo de gordura, eles também serão usados como combustível pelo corpo e os seus níveis tendem a baixar.
Veja também: O que são triglicerídeos?
Quando os triglicerídeos estão muito altos, acima de 400 mg/dl, podem provocar pancreatite (inflamação do pâncreas). O tratamento nesses casos deve ser imediato e intenso, com dieta, exercícios e medicamentos.
Saiba mais em: Quais são as causas e os sintomas de triglicerídeos altos?
Há várias opções de medicamentos usados para baixar os triglicerídeos. Eles vão atuar sobre os triglicerídeos e podem ainda aumentar os níveis de colesterol HDL, o chamado “colesterol bom”.
Muitas pessoas com triglicerídeos elevados têm doenças de base ou desordens genéticas, como diabetes e obesidade, o que torna fundamental manter essas doenças/desordens sob controle.
O tratamento para triglicerídeos altos pode ser prescrito pelo/a clínico/a geral, médico/a de família ou endocrinologista.
Também pode lhe interessar: Triglicerídeos baixos: o que pode ser?
Psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, de natureza auto imune. A psoríase não é contagiosa e os seus sintomas são cíclicos, ou seja, aparecem e desaparecem periodicamente.
Grande parte dos casos de psoríase ocorre em pessoas com idade entre 15 e 30 anos, embora também seja frequente em indivíduos entre 50 e 60 anos. A doença costuma estar associada diabetes, doenças do coração, ansiedade ou depressão.
Há 5 tipos de psoríase. O mais comum é a que forma as placas avermelhadas na pele, com a superfície esbranquiçada. Lembrando que as placas são formadas por células mortas.
Quais as causas da psoríase?A psoríase tem causa desconhecida, mas sabe-se que a doença pode estar relacionada com fatores genéticos, sistema imunológico e interações com o meio ambiente. Em muitos casos, a doença é desencadeada por estresse emocional, atrito da pele ou ainda processos infecciosos.
Acredita-se que a origem da psoríase esteja relacionada com os linfócitos T, que são células de defesa do organismo.
Os linfócitos libertam substâncias inflamatórias que produzem respostas imunológicas, com dilatação dos vasos sanguíneos e consequente infiltração de outras células de defesa na pele.
Com a resposta imunológica, as células da pele são atacadas e, consequentemente, a produção delas aumenta. A rapidez na produção de novas células gera as escamas.
Esse ciclo de maturação mais curto das células dificulta a eliminação tanto das células mortas como das mais jovens, formando então as manchas descamativas e espessas na pele.
A psoríase muitas vezes é desencadeada por eventos estressantes, amigdalites, uso de certos medicamentos, cortes na pele, além de queimaduras de sol e frio.
Quais são os sintomas da psoríase?A psoríase caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas na pele, sobretudo nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo. Os sinais podem se manifestar também nas unhas, palmas das mãos, plantas dos pés ou ainda em toda a superfície do corpo.
Outros sintomas da psoríase incluem ainda pele ressecada e rachada, coceira, dor, queimação, unhas grossas, descoladas e com sulcos.
Porém, existe um tipo de psoríase que acomete as articulações e pode afetar gravemente a mobilidade da pessoa, por vezes levando a incapacidade, chamada artrite psoriática. Os seus sintomas incluem dor, inchaço, rigidez e deformidades nas articulações de mãos, pés, pernas, braços ou coluna.
Os sintomas da psoríase variam conforme o tipo de doença. Nos casos mais leves, as manifestações podem causar apenas desconforto, enquanto que nos casos mais graves a dor e as alterações podem trazer prejuízos significativos na qualidade de vida e autoestima do paciente.
Qual é o tratamento para psoríase?O tratamento da psoríase depende do local e do tamanho da área afetada. Em áreas pequenas e limitadas, são utilizados fototerapia ou cremes. Quando a psoríase prejudica a qualidade de vida do paciente, podem ser indicados medicamentos por via oral ou injetável como imunossupressores.
A fototerapia consiste na aplicação de raios ultravioleta capazes de diminuir o ritmo de multiplicação das células da pele. O médico também pode recomendar exposições moderadas ao sol, como forma de complementar o tratamento.
Muitas vezes, o uso de pomadas, hidratantes ou xampu já é suficiente para controlar a formação de placas, reduzindo a inflamação e a multiplicação celular. Em outros casos, o tratamento é feito com laser.
O diagnóstico e o tratamento da psoríase é da responsabilidade do médico dermatologista.
Endometriose é uma doença causada pela presença do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) fora do útero, ou seja, são encontradas "ilhas" de tecido endometrial em outros órgãos que não o útero, causando inflamação.
A inflamação e evolução dessas "ilhas" denominadas endometriomas, levam a uma série de sintomas específicos, especialmente durante o período menstrual, são eles:
- Cólica menstrual;
- Dificuldade para engravidar (30 a 40% dos casos);
- Diarreia ou prisão de ventre e dor para evacuar durante o período menstrual;
- Desconforto ou dor durante a relação sexual;
- Dor para urinar ou presença de sangue na urina durante a menstruação;
- Dores contínuas no baixo ventre, independentemente do período menstrual.
Vale lembrar que os sintomas da endometriose não ocorrem necessariamente todos ao mesmo tempo, variando com a localização das lesões (endometriomas), e com as características de cada mulher.
O que causa a endometriose?Ainda não se sabe exatamente qual a causa da endometriose. Acredita-se que o seu desenvolvimento possa estar relacionado com a genética ou com a imunidade que não consegue inibir o surgimento da doença.
Sabe-se que o hormônio estrogênio, produzido nos ovários, é responsável pelo crescimento da parede do endométrio no ciclo menstrual, aonde quer que esteja localizado, portanto está relacionado com a evolução da doença. Durante o período menstrual, aonde o tecido é mais estimulado, as mulheres tem mais queixas de dor ou alterações nos órgãos afetados.
A endometriose está presente em cerca de 10 a 15% das mulheres e surge mais frequentemente nas mulheres mais jovens, em idade reprodutiva.
A doença se desenvolve principalmente na cavidade pélvica, em locais como:
- Ovários;
- Peritônio (tecido que recobre os órgãos);
- Intestino (saiba mais em: O que é endometriose intestinal? Quais os sintomas?);
- Ligamentos localizados atrás do útero;
- Região atrás do colo do útero.
Leia também: Quais são os sintomas da endometriose?
Como é o tratamento para endometriose?O tratamento da endometriose é feito com medicamentos hormonais ou cirurgia, dependendo da sua localização, extensão e gravidade.
O tratamento medicamentoso é indicado na maioria dos casos e também serve para diminuir as chances da doença voltar após a cirurgia. Em geral, os medicamentos usados são anticoncepcionais orais ou injetáveis, ou o sistema intrauterino com hormônio (progestagênio).
O tratamento cirúrgico da endometriose é indicado quando não há melhoras após o uso de medicação ou em casos mais avançados, com algum prejuízo para o órgão afetado.
A cirurgia normalmente é feita por videolaparoscopia e retira todos os focos de endometriose encontrados.
Veja também: Endometriose tem cura? Qual o tratamento?
O diagnóstico da endometriose pode ser difícil, às vezes necessitando de vários exames, tais como ultrassonografia, histerossalpingografia, ressonância magnética nuclear ou até videolaparoscopia.
O/A ginecologista é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da endometriose.
Saiba mais sobre endometriose em:
Tenho endometriose: posso engravidar?
Não, cisto sinovial não vira câncer. Trata-se de um tumor benigno, sem possibilidades de evoluir para um tumor maligno (câncer).
O comportamento de um tumor benigno é bem diferente daquele do tumor maligno. Isso significa que o cisto sinovial não invade tecidos vizinhos e também não apresenta riscos de se disseminar para outras partes do corpo, como acontece no câncer.
Apesar de não oferecer riscos à saúde geral do paciente, o cisto sinovial pode crescer e comprimir estruturas vizinhas, causando dor e perda da mobilidade e força da articulação afetada. Nesses casos, o tratamento cirúrgico é necessário.
Contudo, há casos em que o cisto sinovial desaparece espontaneamente ou não causa nenhum sintoma ou desconforto, não sendo necessário nenhum tipo de tratamento nessas situações.
Consulte um médico de família para uma avaliação inicial do cisto sinovial.
Leia também:
Cisto sinovial pode desaparecer sem tratamento?
A trombofilia na gravidez aumenta os riscos de complicações, pois interfere na circulação sanguínea entre o útero e a placenta, podendo provocar:
- Trombose venosa profunda (TVP);
- Nascimento prematuro do bebê;
- Pré-eclâmpsia;
- Descolamento de placenta;
- Aborto espontâneo.
É importante lembrar que a própria gravidez em si já provoca alterações na coagulação sanguínea que favorecem o desenvolvimento de trombose venosa profunda, mesmo em mulheres que não são portadores de trombofilia.
Porém, desde que sejam tomados os devidos cuidados, com um acompanhamento médico e tratamento adequados, a mulher com trombofilia pode engravidar.
Existem dos grupos de trombofilias as hereditárias e as adquiridas. Entre as trombofilias adquiridas uma das mais comuns é a Síndrome antifosfolípide, que consiste na produção de anticorpos que afetam a coagulação sanguínea, podendo causar complicações na gravidez.
Veja mais sobre o assunto em: Quem tem trombofilia pode engravidar?; Existem exames para detectar trombofilia durante a gravidez?
Para maiores esclarecimentos sobre os riscos de trombofilia na gravidez, fale com o seu médico ginecologista/obstetra.
As infecções fúngicas (micoses) podem acometer várias partes do corpo e podem ser classificadas em:
- Micoses superficiais: pitiríase versicolor, piedra branca e piedra preta, tinea nigra;
- Micoses cutâneas: tineas;
- Micoses subcutâneas: esporotricose, cromomicose, lobomicose e rinosporidiose;
- Micoses sistêmicas: paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose e blastomicose americana;
- Micetomas.
As micoses cutâneas (tineas) são as infecções mais comuns e podem ser classificadas quanto ao local que acometem:
- Tinea capitis: é a micose que afeta o couro cabeludo. Clinicamente se caracteriza pelo surgimento de uma "clareira", ou seja, uma área em que há queda dos cabelos, e usualmente há presença de descamação. É muito comum em crianças e o tratamento necessariamente deve ser feito com antifúngico por via oral, sendo que a principal escolha é a griseofulvina, que deve ser utilizada durante oito semanas, no mínimo. Na maioria dos casos, o cabelo cresce novamente, sem deixar cicatrizes;
- Tinea barbae: é a micose que afeta a região da barba. Clinicamente se caracteriza pela ocorrência de lesões avermelhadas ao redor dos folículos pilosos, algumas vezes associadas a bolhinhas de pus, que podem drenar secreção serossanguinolenta. O tratamento é também preferencialmente feito por via oral;
- Tinea corporis: é a micose que afeta a pele glabra, ou seja, aquela sem grande densidade de pelos, como couro cabeludo e barba. As lesões são caracterizadas como "manchas" avermelhadas, com descamação nas bordas. O tratamento é feito com antifúngicos tópicos;
- Tinea unguium: é a micose das unhas, ou onicomicose. Clinicamente se caracteriza pela presença de deformidade das unhas, que podem se tornar esbranquiçadas, tortuosas, mais espessas e descoladas do leito ungueal. O tratamento pode ser feito com antifúngicos tópicos, sistêmicos ou em associação;
- Tinea manum/pedis: é a micose das mãos e dos pés. Pode apresentar-se de algumas formas, como lesões bolhosas interdigitais, lesões avermelhadas e descamativas, lesões esbranquiçadas interdigitais ou hiqueratose plantar/palmar (quando a região fica mais espessa e endurecida). O tratamento é feito com antifúngicos tópicos;
- Tinea cruris: é a micose da região das virilhas. Caracteriza-se pela presença de lesões avermelhadas e pruriginosas. O tratamento é feito com antifúngicos tópicos.
Idealmente o diagnóstico e tratamento das tineas devem ser feitos pelo médico dermatologista. Contudo, o clínico geral ou pediatra também pode diagnosticar e tratar as micoses.
Aqueles casos que não responderam ao tratamento tópico devem ser encaminhados para avaliação com o dermatologista.
É importante frisar que devem ser evitadas as associações com corticoesteróides tópicos, como a betametasona, pois pode piorar o quadro ou mascarar os sintomas.
Leia também:
O tempo de recuperação no caso de entorse do tornozelo é relativo e varia de acordo com alguns fatores como a idade da pessoa, a gravidade da lesão, a presença de outras doenças associadas e de lesões prévias na articulação acometida. Isso pode levar no mínimo 1 semana para alguns e até 1 mês para outros.
Cada pessoa apresenta uma resposta diferente à recuperação. A realização de exercícios de alongamento, juntamente com uso de gelo, compressão local e elevação do membro ajudam a reduzir a inflamação, o inchaço e permitir uma estabilidade do tornozelo, capaz de facilitar o apoio do pé no solo e a caminhada.
Na maioria das vezes, a entorse de tornozelo pode ser tratada em casa com essas medidas indicadas. Em casos de grandes deformidades, instabilidades ou dor intensa é recomendável procurar o/a médico/a para uma avaliação.
O tratamento para cistite aguda é feito com antibióticos, que são escolhidos de acordo com as características do/a paciente e do agente infeccioso. Outros medicamentos, como anti-inflamatórios e antiespasmódicos, também podem ser usados para aliviar a dor e outros sintomas da cistite.
A duração do tratamento com antibióticos, no caso da cistite aguda simples, geralmente vai de 3 a 5 dias, podendo variar entre 1 dia (dose única) e 7 dias a depender da medicação receitada.
Na cistite recorrente, o tratamento é profilático e prolongado (mínimo de 6 meses). Consiste no uso contínuo de antibióticos em doses mais baixas e automedicação intermitente, com o objetivo de prevenir futuros episódios de cistite. Se, mesmo assim, a pessoa voltar a desenvolver uma infecção, pode ser dada uma vacina por via oral que fortalece o sistema imunológico. Este último tratamento geralmente dura 9 meses.
Já o tratamento para cistite intersticial (Síndrome da Bexiga Dolorosa) é bem mais complexo que o da cistite bacteriana e envolve diversos métodos, desde medicamentos antidepressivos à fisioterapia.
O tratamento para cistite pode ser feito pelo/a clínico/a geral ou médico/a de família.