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Neuroblastoma infantil tem cura (entenda as chances)
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Quanto mais nova for a criança e menos avançado estiver o tumor, maiores são as chances de cura. Nas fases iniciais, o neuroblastoma pode ser curado em até 90% dos casos. Por outro lado, quando o câncer já se disseminou para outras partes do corpo (metástase), a probabilidade de cura reduz.

Crianças com menos de 1 ano de idade têm mais chances de serem curadas do que as mais velhas, mesmo que o grau de estadiamento do neuroblastoma seja o mesmo.

Tratamento

O tratamento para neuroblastomas pequenos e sem metástases é feito com cirurgia para remoção do tumor. Quando o neuroblastoma já cresceu muito ou se disseminou para outras partes do corpo, o tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia com retinoides e transplante de células tronco.

As formas de tratamento dependem do estágio do neuroblastoma, da idade do paciente, entre outros fatores. Muitas vezes é necessário utilizar mais de uma forma de terapia.

Quimioterapia e radioterapia

A quimioterapia e a radioterapia servem para tornar possível a retirada cirúrgica do neuroblastoma, controlar o crescimento local do tumor ou tratar paliativamente o câncer quando este já se disseminou para outras partes do corpo (metástase).

Imunoterapia

A imunoterapia utiliza anticorpos específicos produzidos em laboratório que atacam o neuroblastoma e destroem células cancerígenas.

Terapia com retinoides

Os retinoides são substâncias semelhantes à vitamina A. O tratamento com retinoides diminui o risco do neuroblastoma voltar a aparecer após a quimioterapia e o transplante de células-tronco.

Transplante de medula óssea

O transplante substitui as células da medula óssea que foram mortas com a radioterapia e quimioterapia por novas células-tronco que irão formar novas células sanguíneas. Lembrando que a medula óssea é a parte esponjosa do interior dos ossos longos, onde são produzidas as células sanguíneas.

O transplante de medula óssea é feito após altas doses de quimioterapia e radioterapia. Muitas vezes esse tratamento é utilizado como último recurso, quando não há mais chances de curar o neuroblastoma com os outros tratamentos.

O oncologista pediatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do neuroblastoma.

O que é um adenoma pleomórfico?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Adenoma pleomórfico é uma neoplasia de glândulas salivares. Em geral, este tipo de adenoma acomete com mais frequência a glândula parótida, podendo também atingir outras glândulas salivares da região oral e do palato.

O adenoma pleomórfico costuma se apresentar com aumento de volume de consistência firme na região que não provoca dor e possui um crescimento lento. O risco de transformação maligna é pequeno e raro, porém ele existe.

O tratamento para o adenoma pleomórfico poderá ser a retirada cirúrgica da massa tumoral. Após a cirurgia, é comum a pessoa apresentar uma boa evolução e sem recorrência.

Existe injeção para tratar dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Usar alguma injeção para dor de garganta normalmente só é necessário quando não se consegue engolir.

A escolha do melhor medicamento injetável para tratar a dor de garganta vai depender da causa da dor. Pode incluir antibióticos, no caso de infecção; anti-inflamatórios; ou uma combinação dos dois. O médico é quem avalia o caso e decide o que é necessário.

Mas há alguns recursos que podem ser usados para aliviar os sintomas antes de ser necessário recorrer à injeção. Alguns exemplos são:

  • Fazer gargarejo com água morna e sal;
  • Usar sprays e/ou pastilhas com benzocaína;

Também é possível tomar medicamentos por via oral, quando é possível engolir. O ideal é que sejam indicados pelo médico. Eles podem ser um anti-inflamatório ou um antibiótico, dependendo da causa da dor de garganta.

Leia mais sobre tratamentos para dor de garganta em:

Referência:

Fried MP. Dor de garganta. Tratamento da dor de garganta. Manual MSD.

Apareceu um calombo entre meu pulso e a minha mão...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Esse calombo pode ser um cisto artrosinovial e geralmente não é detectado no Raio-X.

O cisto sinovial é um nódulo semelhante a uma bolsa cheia de líquido proveniente da articulação (artro) ou de algum tendão (líquido sinovial). O cisto sinovial pode surgir em qualquer articulação, mas é mais comum no punho e na mão.

Apesar de ser um cisto benigno que não vira câncer, ele pode crescer consideravelmente e provocar dor, deformidade articular e interferir nos movimentos do punho. O tratamento é feito através de punção ou remoção cirúrgica do cisto.

O cisto no punho surge quando o líquido sinovial extravasa da articulação ou dos tendões. Para tentar conter esse extravasamento, o corpo cria uma cápsula, dando origem ao cisto.

Ainda não se sabe ao certo por que os cistos sinoviais no punho se formam. Acredita-se que eles podem ser causados por traumas que geram rupturas na cápsula que envolve a articulação, movimentos repetitivos ou ainda um defeito de vedação da cápsula articular.

O tratamento para o cisto no punho geralmente é feito através de cirurgia ou punção do cisto. A punção consiste na introdução de uma agulha no interior do cisto, seguida da aspiração do conteúdo do cisto por meio de uma seringa. O procedimento é pouco doloroso e elimina definitivamente o cisto em praticamente metade dos casos.

Se o cisto provocar dor, interferir nos movimentos do punho ou caso o cisto volte a crescer após a punção, o tratamento cirúrgico é indicado. A cirurgia remove completamente o cisto e resolve de vez o problema em cerca de 90% dos casos.

O diagnóstico do cisto sinovial pode ser feito pelo médico/a ortopedista, reumatologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Leia também:

Tenho um cisto no punho o que pode ser e o que devo fazer?

O que é cisto sinovial e quais os sintomas?

Qual o tratamento para cisto sinovial?

Cisto sinovial pode desaparecer sem tratamento?

Quais os sintomas da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas da esclerose lateral amiotrófica são:

  • Fraqueza nos braços e nas pernas, assimétrica, geralmente começando em apenas um lado (lateral) e depois alcança os quatro membros;
  • Contrações, espasmos e atrofia muscular (amiotrófica);
  • Movimentos lentos, desajeitados e rígidos (esclerose);
  • Dificuldades para engolir e falar.

A esclerose lateral amiotrófica normalmente começa a se manifestar com maior frequência nos membros superiores, principalmente nos músculos das mãos. Causando dificuldade de realizar movimentos finos, como girar uma chave, manipular objetos pequenos, ou mesmo segurar algum objeto por mais tempo.

A fraqueza muscular é o principal sintoma da doença. A fraqueza vai aumentando progressivamente, com deterioração dos músculos que começa nas extremidades e geralmente apenas em um lado do corpo, depois progride.

Com a evolução da doença, a fraqueza aumenta, junto a dificuldade de locomoção, respiração e fala.

Outros sinais e sintomas da esclerose lateral amiotrófica incluem espasmos musculares, cãibras, aumento dos reflexos, atrofia muscular, rigidez e dificuldade respiratória.

Esses sintomas são dependentes da cadeia de músculos afetada e, normalmente, a pessoa começa a perceber que não consegue fazer movimentos simples do cotidiano, como caminhar, subir escadas, fechar o botão ou zíper da calça, escrever, entre outras tarefas e atividades.

Com a evolução da doença, a pessoa fica com dificuldade para respirar, mastigar, engolir, firmar a cabeça e se locomover, com redução da autonomia e da independência, passa a necessitar de ajuda inclusive para os cuidados básicos diários.

Qual é o tratamento para esclerose lateral amiotrófica?

Não existe tratamento curativo para a esclerose lateral amiotrófica. O tratamento específico atual inclui medicamento que parece prolongar a sobrevida em 2 a 4 meses, o Riluzole. 

Entretanto, com o início precoce de tratamento sintomático, como fisioterapia, terapia ocupacional e cuidados gerais, observamos alívio dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Fisioterapia

A fisioterapia é importante no tratamento da esclerose lateral amiotrófica, pois trabalha a força, a coordenação motora e a independência nas atividades de vida diária, enquanto possível.

Os objetivos do tratamento fisioterapêutico incluem prevenir deformidades, promover a independência do paciente nas atividades de vida diária (enquanto possível), bem como manter as amplitudes de movimento das articulações.

O tratamento da esclerose lateral amiotrófica é multidisciplinar e envolve médicos/as, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo/a, psicólogo/a e enfermeiro/a.

Candidíase vaginal: tratamentos com medicamentos e remédios caseiros
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da candidíase deverá ser feito com a aplicação de pomadas antifúngicas na vagina ou por medicamentos antifúngicos administrados por via oral.

Geralmente, a melhora dos sintomas ocorre entre três a cinco dias, porém é importante que não suspenda o tratamento e siga as recomendações do ginecologista rigorosamente, para evitar a recorrência da doença.

Conheça um pouco mais sobre os tratamentos para candidíase:

Pomadas ou cremes vaginais

As pomadas ou cremes vaginais mais utilizados no tratamento da candidíase são:

  • Clotrimazol (gino-canesten®),
  • Miconazol,
  • Nistatina,
  • Terconazol,
  • Butoconazol e
  • Tioconazol.

Estes medicamentos são aplicados diretamente na vagina, à noite por 3 a 14 dias a depender do medicamento. Durante estes dias, é aconselhado não manter relações sexuais, para proteger a mucosa vaginal e favorecer a absorção completa da medicação aplicada.

Comprimidos vaginais ou óvulos

Os comprimidos vaginais e os óvulos são administrados da mesma forma, inseridos na vagina, à noite. Os medicamentos mais usados incluem:

  • Clotrimazol (gino-canesten®),
  • Miconazol e
  • Terconazol.

Dependendo da dose, e da opção escolhida, pode ser administrado em dose única ou durante 3 a 6 dias. Do mesmo modo que as pomadas e cremes vaginais, as relações sexuais devem ser evitadas durante o tratamento com os comprimidos vaginais ou óvulos.

Comprimidos orais

O fluconazol e o itraconazol são os remédios indicados para o tratamento por via oral da candidíase.

  • Fluconazol é a substância mais utilizada quando o tratamento da candidíase é feito por via oral. Geralmente é administrado 150 mg em dose única. Em mulheres com candidíase recorrente, o uso do fluconazol é indicado 1 vez por semana por, pelo menos, 6 dias.
  • Itraconazol: este medicamento é administrado em doses de 200 mg por dia, durante, 3 dias.

O alívio completo dos sintomas com o uso dos comprimidos ou óvulos, costuma levar um pouco mais de tempo, por volta de 24 a 48 horas, quando comparados ao uso de pomadas.

Ao usar comprimidos orais, é possível que você sinta efeitos colaterais como diarreia, dores de cabeça e náuseas.

Tratamentos caseiros para candidíase vaginal

Não há comprovação científica de que os tratamentos caseiros como banhos de acento com vinagre e o uso de óleo de coco na vagina sejam capazes de curar a candidíase.

A utilização de alho intravaginal vem sendo bastante empregada, entretanto, apesar das propriedades antifúngicas, antimicrobianas, antivirais e antioxidantes já reconhecidas do alho, mais estudos científicos precisam ser efetuados para confirmar a sua eficácia contra essa doença em específico.

Em contrapartida, ao tentar tratar a candidíase com receitas caseiras, você pode retardar o início do tratamento adequado e correr o risco de agravar a doença.

Quais os sintomas da candidíase?

Os sintomas da candidíase, infecção causada por um fungo chamado Candida albicans, incluem:

  • Corrimento esbranquiçado com grumos, parecido com leite talhado,
  • Coceira vaginal intensa e constante,
  • Vermelhidão e inchaço na região íntima,
  • Placas esbranquiçadas na vagina e
  • Dor e sensação de queimação ao urinar e durante o ato sexual.
Cuidados que você deve ter para candidíase vaginal

Se você está com candidíase, alguns cuidados simples podem ser efetuados para aliviar os sintomas e ajudar no tratamento.

  • Mantenha a região limpa e seca, especialmente antes de dormir,
  • Durma sem calcinha, se possível,
  • Use roupas frouxas e, de preferência, calcinhas de algodão,
  • Evite usar produtos como sabonetes com químicos e desodorantes vaginais,
  • Se alimente de forma saudável: priorize a ingestão de probióticos e iogurtes evite comer alimentos ricos em açúcar, gordura e carboidratos.
Quando devo me preocupar?

Em alguns casos, a candidíase é considerada recorrente ou de repetição. Isto quer dizer que a candidíase vai e volta diversas vezes. Para identificar estas situações, esteja atento aos seguintes sinais:

  • Mais de 4 episódios de candidíase por ano,
  • Presença de sintomas muito intensos e
  • Acometimento de mulheres grávidas, mulheres com diabetes mal controladas ou qualquer outra doença que cause depressão do sistema imunológico, como mulheres em tratamento de câncer ou portadoras de HIV.

Para o tratamento da candidíase, tanto as pomadas, cremes, comprimidos vaginais e óvulos como os comprimidos orais são eficazes. Entretanto, os sintomas reduzem mais rapidamente com os medicamentos locais de aplicação vaginal (pomadas e cremes vaginais, comprimidos e óvulos).

Converse com o seu ginecologista para a escolha do melhor tratamento. Conheça também um pouco mais sobre esse assunto, nos artigos abaixo:

O que é candidíase?

Candidíase na gravidez é perigoso?

Estou com candidíase, meu parceiro deve tratar também?

Referências

  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO
  • Fonseca, G.M.; Passos, T.C.; Ninahuaman, M.F.M.L.; Caroci, A.S.; Costa, L.S. Avaliação da atividade antimicrobiana do alho (Allium sativum Liliaceae) e de seu extrato aquoso. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.16, n.3, supl. I, p.679-684, 2014.
Dor no meio do tórax e nas costas, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diferentes causas para a dor que aparece no tórax e nas costas. Alguns problemas que podem ser considerados são:

  • Refluxo gastroesofágico ou esofagite: podem causar dor em queimação no meio do peito, que também pode ser sentida no meio das costas. A dor é pior após as refeições, principalmente após grandes refeições ou após ingerir substâncias irritantes para o esôfago, como alimentos picantes, ácidos ou que contenham cafeína ou álcool.
  • Angina: é a dor causada pela obstrução das artérias do coração, que é sentida no tórax e irradia para as costas. Pode ocorrer após esforços físicos intensos, fortes emoções ou refeições copiosas. Além de vir muitas vezes acompanhada de sensação de mal estar, sudorese e falta de ar.
  • Infarto: pode causar dor de moderada a forte intensidade no peito, em aperto ou em peso, geralmente localizada no meio do peito ou à esquerda, que pode irradiar para o braço esquerdo, para as costas ou para o queixo. A dor pode vir acompanhada de mal-estar, sudorese ou falta de ar.
  • Costocondrite: corresponde à inflamação da cartilagem existente entre as costelas e o osso no meio do tórax, o esterno. Pode causar dores no meio do tórax, principalmente ao rodar o tronco.
  • Dor miofascial: também pode causar dores na região do tórax no meio do peito, que caminha para as costas, é uma dor desencadeada ou que aumenta de intensidade ao se tocar pontos doloridos no peito.

Se a dor não melhorar, consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.

Se houver suspeita de um infarto, com dor de forte intensidade em aperto no meio do peito, deve-se procurar um serviço médico de urgência imediatamente.

Dor no meio do tórax pode ser COVID-19?

Sentir apenas dor no meio do tórax não é o suficiente para considerar que se tenha COVID-19. Porém se existirem outros sintomas como tosse, febre, dor no corpo e sensação de cansaço, especialmente após ter estado em contato com alguém que testou positivo, poderá indicar COVID-19.

Ainda assim, outras infecções respiratórias, como a gripe, também podem causar os mesmos sintomas. Por isso, consulte um médico de família ou clínico geral para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado..

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Pessoa com lúpus pode fazer selante no cabelo?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Pessoa com lúpus pode fazer selante no cabelo se o médico autorizar. A pessoa com lúpus sofre um desequilíbrio do sistema imunológico ficando mas propensa à ter reações alérgicas e adquirir infecções, por isso é necessário uma avaliação médica das suas condições de saúde para garantir que o processo de aplicar selante no cabelo não causará nenhum problema.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença de origem genética em que ocorre uma alteração no sistema imunológico do organismo iniciando um processo de autoagressão (doença autoimune) e levando-o a atacar as células saudáveis do corpo. Sua ação pode afetar a pele, os músculos, ossos e órgãos. É mais comum em mulheres com idade entre os 20 e os 50 anos.

Leia também: Quem tem lúpus pode engravidar?

Quanto antes o diagnóstico do lúpus por feito e o seu tratamento iniciado melhores serão as chances de se evitar complicações e garantir uma boa qualidade de vida. O acompanhamento psicológico também é muito importante para ajudar as pessoas com lúpus a superarem suas dificuldades.

O reumatologista é o médico especialista no tratamento do lúpus e para orientar sobre os tratamentos cosméticos que podem ser realizados.

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