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O que é linfadenopatia? Quais são as causas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Linfadenopatia é qualquer alteração no tamanho e na consistência dos linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos. Os linfonodos são pequenos órgãos de defesa localizados no trajeto dos vasos linfáticos. Eles filtram a linfa, podendo reter, destruir ou retardar a proliferação de micro-organismos (como bactérias e vírus) e células cancerígenas pelo organismo.

A linfadenopatia pode ser regional (cervical, inguinal, axilar), quando os linfonodos acometidos drenam um local infectado ou afetado por um tumor, ou generalizada, quando os linfonodos aumentam de tamanho devido a uma doença disseminada pelo corpo.

A linfadenopatia cervical é causada principalmente por infecções virais ou bacterianas que afetam a face ou a orofaringe. Dentre as doenças que podem causar alterações nos linfonodos cervicais estão: 

  • Rubéola;
  • Mononucleose (doença do beijo);
  • Toxoplasmose;
  • Tuberculose ganglionar;
  • Doença da arranhadura do gato;
  • Linfomas;
  • Escabiose;
  • Infecções de cabeça e pescoço;
  • Tumores malignos na cabeça ou pescoço.

Veja também: Íngua no pescoço: o que pode ser?

A linfadenopatia na região inguinal normalmente têm como causa pequenas infecções nos membros inferiores, DST e câncer.

Saiba mais em: O que pode causar íngua na virilha?

Já as linfadenopatiasgeneralizadas podem ser causadas por:

  • Tuberculose miliar;
  • Infecção por HIV;
  • Linfomas;
  • Medicamentos, como a fenitoína;
  • Mononucleose infecciosa;
  • Citomegalovirose;
  • Sífilis;
  • Brucelose;
  • Leptospirose;
  • Lúpus Eritematoso Sistêmico;
  • Eczemas.

Uma linfadenopatia que persiste por mais de duas semanas deve ser vista por um médico clínico geral ou médico de família. Dependendo do caso, pode ser necessário fazer uma biópsia para identificar a causa do aumento do gânglio.

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O que é proteinúria e quais as causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Proteinúria é a excreção de proteína na urina feita pelos rins. O rim é o órgão responsável pela filtração do sangue removendo o excesso de água e de sal e evitando que proteínas saiam do sangue. Quando há algum dano nos rins, essa proteína pode escapar da filtração e ir para a urina, dando origem à proteinúria.

 As causas são vinculadas a algumas doenças renais e outras que prejudicam os rins como diabetes mellitus, hipertensão arterial, câncer, doenças autoimunes.

Há 3 tipos de proteinúria:

  • Transitória: a forma mais comum, que acontece em algumas situações pontuais como episódios de febre ou excesso de atividade física. Geralmente se resolve sem tratamento.
  • Ortostática: perda de proteína que ocorre quando está em posição de pé e não ocorre quando deitado. Acomete uma porcentagem reduzida de adolescentes, desaparece com a idade e não precisa de tratamento.
  • Persistente: essa é preocupante e que demonstra um acometimento renal prolongado característicos de algumas doenças crônicas como a diabetes e hipertensão arterial.

Normalmente, a proteinúria é avaliada na urina coletada em 24 horas e é também comparada com alguns resultados do exame de sangue como a creatinina.

O tratamento dependerá da causa e do tipo da proteinúria e pode variar desde o uso de medicamentos específicos, controle da dieta e ingestão de água até medidas de acompanhamento sem um tratamento específico. Essa orientação é fornecida pelo/a médico/a que está cuidando do/a paciente.

Tuberculose ganglionar é contagiosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, a tuberculose ganglionar não é contagiosa. Este é um tipo de tuberculose extrapulmonar, ou seja, que não afeta os pulmões, portanto não é transmitida de pessoa para pessoa através das secreções respiratórias.

A tuberculose ganglionar acomete os gânglios linfáticos (linfonodos), que são pequenos órgãos de defesa localizados em várias partes do corpo.

Pessoas com tuberculose ganglionar não são capazes de transmitir a bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, causadora da doença. Esses indivíduos não precisam ficar em isolamento e podem entrar em contato com outras pessoas pois não existe risco de contágio.

Já a tuberculose pulmonar, que é a forma mais comum da doença, é contagiosa. Quando alguém com tuberculose espirra ou tosse, elimina gotículas de secreção respiratória contaminadas com a bactéria. A transmissão para outras pessoas ocorre pelas vias respiratórias, através da inalação dessas gotículas de secreção suspensas no ar.

Veja também: Tuberculose é contagiosa? Como se transmite?

Por isso, um paciente com tuberculose ganglionar pode transmitir a doença se estiver também com a forma pulmonar da tuberculose, o que geralmente ocorre em pacientes com imunodeficiência relacionada à AIDS.

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O que é sífilis?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sífilis ou cancro duro é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Sua evolução é lenta, com períodos de manifestação aguda e outros de latência (sem sintomas). Sem o tratamento adequado na fase inicial, a sífilis pode comprometer todo o organismo.

A transmissão da sífilis ocorre através de relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada, podendo também ser transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez (sífilis congênita).

Os sintomas iniciais da sífilis caracterizam-se por pequenas feridas que aparecem nos órgãos genitais e ínguas nas virilhas. Esses sinais normalmente se manifestam entre 7 e 20 dias depois da relação sexual (vaginal, oral, anal) sem proteção.

A sífilis pode ser classificada como primária, secundária, terciária e congênita, conforme o seu estágio e forma de transmissão.

A sífilis primária caracteriza-se por uma lesão ulcerada de base endurecida, lisa, brilhante, com secreção líquida, transparente e escassa, que provoca pouca ou nenhuma dor. Nas mulheres, pode aparecer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero; nos homens pode ocorrer na glande e no prepúcio.

Juntamente com a lesão, surgem ínguas nas virilhas que não causam dor e aparecem duas ou três semanas depois da relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada. Depois de 3 a 4 semanas, a úlcera desaparece sozinha, sem deixar cicatriz, o que dá a ideia de cura.

A sífilis secundária é a fase que se caracteriza pela disseminação da bactéria pelo organismo, 4 a 8 semanas após o aparecimento da primeira lesão. Aparecem manchas avermelhadas na pele, principalmente no tronco e extremidades (palmas das mãos e solas dos pés), febre, dor de cabeça, mal estar, perda de peso, dor de garganta, falta de apetite, queda de cabelo e ínguas.

Os sintomas da sífilis secundária também desaparecem espontaneamente, dando novamente ao paciente a falsa ideia de que está curado. A partir da fase secundária, a sífilis pode ficar latente no organismo, ou seja, não manifesta sintomas por um longo período, evoluindo para a fase terciária.

A sífilis terciária é marcada por manifestações severas nos órgãos acometidos. Pode haver meningite, paralisia de nervos e obstrução de vasos sanguíneos no cérebro, com risco de cegueira e acidente vascular cerebral ("derrame"). Afeta também a medula espinhal, levando à perda de reflexos e sensibilidade dos membros, podendo chegar à paralisia.

A sífilis também compromete o funcionamento das válvulas cardíacas e pode provocar lesões em grandes artérias, como a aorta.

Já a sífilis congênita é a sífilis que é transmitida da mãe infectada para o feto durante a gravidez, podendo provocar aborto ou má formação fetal. Grande parte dos sintomas manifestam-se nos primeiros meses de vida, como pneumonia, feridas no corpo, perda da audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico.

A sífilis pode ser prevenida com o uso de preservativos em todas as relações sexuais. O diagnóstico é feito com exame de sangue e o tratamento é realizado com antibióticos, geralmente penicilina.

A doença tem cura e é facilmente tratável, sobretudo na fase inicial. Contudo, sem tratamento, pode provocar danos irreversíveis aos órgãos.

Saiba mais em:

Após a cirurgia de apêndice tenho dificuldade de evacuar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Após a cirurgia de apendicite é normal apresentar dificuldade para evacuar. Durante a cirurgia há manipulação das vísceras abdominais e, em consequência, isso pode afetar o trânsito intestinal no período pós cirúrgico.

Além disso, o processo de cicatrização pode formar cicatrizes internas que unem partes diferentes do intestino (bridas intestinais), causando desconforto, dores e dificuldade para evacuar.

Contudo, sintomas como diarreia, dor para evacuar e urinar, além da dor nas pernas, por um tempo longo após a cirurgia de apendicite, devem ser avaliados por um/a médico/a da urgência, pois podem indicar alguma infecção ou complicação decorrente da operação.

Quais as possíveis complicações da cirurgia de apendicite?

Algumas das complicações que podem ocorrer durante ou após uma apendicectomia incluem hemorragia, infecção no local do corte ou no abdômen, lesões na bexiga, no intestino, em vasos sanguíneos ou nos nervos próximos ao local da cirurgia.

Qual é o tempo de recuperação da cirurgia de apendicite?

O tempo de recuperação total da cirurgia de apendicite varia entre 15 e 40 dias, conforme o tipo de cirurgia. Se a operação for feita por laparoscopia, o retorno às atividades diárias pode ocorrer dentro de 15 a 20 dias. Quando a cirurgia é feita por laparotomia, o tempo de recuperação pode ser de mais de 40 dias.

Em geral, depois da consulta de retorno, o paciente já pode retornar ao trabalho e às suas atividades diárias, mas sem realizar esforços. Atividades que necessitam de esforços geralmente só são permitidas depois de 1 mês.

O que pode interferir na recuperação da cirurgia de apendicite?

Dentre os fatores que podem influenciar a recuperação após a cirurgia de apendicite estão a idade, a complexidade da cirurgia, a técnica cirúrgica, a presença de doenças associadas (diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares), entre outros.

Se as dores abdominais forem muito fortes e não houver alívio com os medicamentos prescritos, procure o/a seu/sua médico/a ou vá a um serviço de urgência.

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Quem tem hipotireoidismo pode engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, mulheres com hipotireoidismo podem engravidar, desde que a doença esteja controlada. O hipotireoidismo, quando não tratado, pode causar problemas de fertilidade e dificultar a gravidez.

Além disso, já se sabe que mulheres com doenças da tireoide de longa duração têm menos chances de engravidar ou, quando conseguem, é mais difícil manter a gestação até o fim.

O hipotireoidismo é responsável por cerca de 2% dos casos de infertilidade feminina, pois provoca disfunções na ovulação. A falta do hormônio T4 da tireoide também diminui as taxas de fertilização e desenvolvimento do embrião.

Porém, mais da metade das mulheres com hipotireoidismo conseguem engravidar depois de manter a doença sob controle. Se a doença estiver sendo controlada, as chances de engravidar e de ter uma gestação sem problemas são as mesmas de uma mulher que não tem hipotireoidismo.

Sem tratamento adequado ou se não for tratado adequadamente, o hipotireoidismo aumenta os riscos de complicações durante a gravidez, como abortamento, hipertensão arterial, descolamento de placenta, menor crescimento do feto, nascimento prematuro e morte ao nascimento.

Filhos de mães com hipotireoidismo também podem apresentar uma diminuição do coeficiente cognitivo.

Por isso, o TSH de pacientes com hipotireoidismo deve ser avaliado na primeira consulta pré-natal e novamente a cada 3 meses. Boa parte dessas grávidas precisa receber um aumento da dose diária de T4 para não prejudicar o desenvolvimento do bebê.

Para esclarecer mais dúvidas converse com o seu médico obstetra.

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Molusco contagioso: qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do molusco contagioso é feito através da retirada ou destruição cirúrgica das lesões. As técnicas mais usadas são a cauterização, a criocirurgia (destruição pelo frio), a eletrocirurgia e a curetagem (raspagem), esta última tende a ser o método mais escolhido pelos médicos pela sua fácil execução, eficácia e presença de poucos efeitos adversos.

Outra opção de tratamento para o molusco infeccioso é a aplicação local de produtos em forma de cremes ou pomadas. Alguns produtos, como o imiquimode, ajudam a e estimular uma resposta imunológica do organismo da criança ao molusco infeccioso, auxiliando assim a sua eliminação.

Molusco contagioso

Pessoas com o sistema imunológico saudável podem não necessitar de tratamento. Isso porque o molusco contagioso geralmente desaparece espontaneamente depois de um período de tempo, que pode durar meses ou anos.

Crianças com molusco contagioso podem ser tratadas com pomadas, como o imiquimode, hidróxido de potássio, extrato de folha de mirtilo-limão, cantaridina, entre outras, por ser um tratamento menos agressivo e que pode ser feito em casa.

Contudo, o tratamento tópico apresenta ainda eficácia incerta. Por isso, a decisão sobre a necessidade de tratamento ou não e qual a melhor forma de se realizar o tratamento deve ser discutido com o médico.

Em algumas situações, como de crianças que convivem em creches, o tratamento pode ser importante para evitar a proliferação da doença.

Em casa, é importante ter alguns cuidados, como evitar coçar, espremer ou tocar nas lesões.

O que é molusco contagioso?

O molusco contagioso é uma infecção causada por um vírus. É mais comum em crianças, mas também pode surgir em adultos.

Quais os sinais e sintomas do molusco contagioso?

O molusco contagioso caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas bolinhas na pele, que podem ter a cor da pele ou serem um pouco amareladas. As lesões podem ser do tamanho da cabeça de um alfinete ou chegar aos 3 milímetros de diâmetro, podendo surgir em grupos com dezenas de lesões.

Como o molusco infeccioso é transmitido?

A pessoa contrai molusco infeccioso pelo contato direto com o vírus, geralmente em locais úmidos, como piscinas. A umidade facilita a entrada do vírus.

O molusco contagioso não é grave, nem influencia a saúde geral da criança.

O diagnóstico e tratamento do molusco contagioso pode ser realizado por um médico de família, clínico geral ou pediatra capacitados. Em casos de maior gravidade pode ser necessária a avaliação de um dermatologista.

O que é hiperplasia endometrial? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hiperplasia endometrial é o espessamento do tecido que reveste a camada interna do útero (endométrio). A hiperplasia endometrial ocorre pelo aumento do número de glândulas do endométrio. Essa proliferação glandular é estimulada pela ação prolongada do hormônio estrógeno sem oposição da progesterona.

O principal sintoma da hiperplasia endometrial é o sangramento uterino anormal, que pode se manifestar sob a forma de menorragia (aumento excessivo do fluxo menstrual), metrorragia (sangramento fora do período menstrual) ou sangramentos pós-menopausa. 

As hiperplasias endometriais podem ser classificadas como simples ou complexas, com ou sem atipias. As hiperplasias complexas com atipias podem estar relacionadas com o desenvolvimento de câncer de endométrio. Sabe-se que quanto mais atípica for a hiperplasia, mais chance ela tem de evoluir para câncer.

Apesar da associação com o câncer de endométrio, a hiperplasia endometrial por si só é uma condição benigna. Trata-se de uma resposta natural do endométrio ao estímulo estrogênico.

Porém, quando esse estímulo está aumentado e não é compensado pela ação oposta da progesterona, ocorre um crescimento exagerado do endométrio devido à proliferação das glândulas endometriais.

Portanto, a hiperplasia endometrial é causada pela exposição excessiva e prolongada ao hormônio estrógeno, o que pode ocorrer na perimenopausa, na ausência de ovulação, na síndrome dos ovários policísticos, na terapia de reposição hormonal exclusiva com estrógeno ou ainda em casos de tumor de ovário.

O tratamento da hiperplasia endometrial depende do tipo de hiperplasia e da gravidade do caso, podendo incluir curetagem, medicamentos ou cirurgia para retirar o útero.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da hiperplasia do endométrio.

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