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Dá para ver vermes pelo ultrassom!
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Ultrassom não serve para ver vermes. Eventualmente em situações específicas até pode ser usado para avaliar possíveis complicações das parasitoses, contudo esse não parece ser o seu caso. Procure um médico de família ou um clínico geral para uma avaliação inicial do seu caso.

Esteja também atenta a possíveis sintomas das verminoses e parasitoses intestinais, que quando presentes também contribuem para a suspeita desse tipo de problema. Os principais sintomas são:

  • Dor abdominal;
  • Vômitos;
  • Alteração do hábito intestinal;
  • Diarreia;
  • Constipação;
  • Emagrecimento;
  • Fraqueza.
Como é feito o diagnóstico das parasitoses intestinais?

O diagnóstico das parasitoses intestinais é feito principalmente através do exame de fezes, que geralmente deve ser colhido em três amostras, o exame pode também ter que ser repetido mais de uma vez, isto porque pode ser difícil detectar o parasita. Por esse motivo, um exame negativo também não afasta totalmente a possibilidade de verminose, nessa situação o médico irá correlacionar o exame com os sintomas clínicos e avaliar a possibilidade de tratamento.

Com o exame de fezes pode-se detectar os principais parasitas como a Giardia lamblia, Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Entamoeba histolytica, Cryptosporidium, Tênias, entre outros.

Exame de sangue não são necessários para o diagnóstico das parasitoses, no entanto, em algumas situações a presença de eosinofilia, ou seja, aumento do número de eosinófilos pode sugerir a presença de parasitas se outros sintomas sugestivos também estiverem presentes. O hemograma pode ainda mostrar uma possível anemia também frequente em casos de parasitoses intestinais crônicas.

Exames de imagem raramente são necessários, mas podem ajudar na pesquisa de complicações, como obstrução intestinal.

Consulte o seu médico caso apresente sintomas sugestivos de parasitose.

Sífilis congênita (precoce e tardia): o que é, problemas, sintomas e tratamento
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sífilis congênita é a sífilis que é transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez. A transmissão da gestante para o feto pode ocorrer pela passagem da bactéria através da placenta ou ainda no momento do parto.

Mulheres que engravidam com sífilis ou adquirem a doença depois de estarem grávidas e não fazem o tratamento adequado, podem transmitir sífilis para o bebê.

A sífilis congênita pode causar diversos problemas, como parto prematuro, má formação fetal, morte neonatal, baixo peso ao nascer, anomalias congênitas e sequelas neurológicas.

Sífilis congênita precoce

Quando os sinais e sintomas se manifestam logo após o nascimento ou durante os primeiros 2 anos de vida, a doença é denominada sífilis congênita precoce.

Nesses casos, as manifestações clínicas surgem logo nos primeiros meses de vida. Nos casos mais graves, pode haver sepse (infecção generalizada), anemia severa, hemorragia e icterícia.

A criança com sífilis congênita precoce apresenta ainda lesões em mucosas e pele, doenças ósseas, lesões cerebrais, problemas no aparelho respiratório, aumento do tamanho do fígado e do baço, paralisia dos membros, infecções no pâncreas e nos rins, entre outros problemas graves de saúde.

Sífilis congênita tardia

Quando a sífilis congênita se manifesta após os 2 anos de idade, ela é denominada sífilis congênita tardia. As características são semelhantes às da sífilis terciária do adulto, com lesões que se limitam a um órgão ou a alguns órgãos.

Tratamento

O tratamento da sífilis congênita é feito com antibiótico, normalmente penicilina. O bebê precisa ficar internado durante um tempo para o rastreio de possíveis complicações e deve ser acompanhado até os 18 meses para garantir que o tratamento foi concluído e a doença não deixou sequelas.

O exame de sangue para diagnosticar a sífilis faz parte dos exames que devem ser realizados pelas mulheres durante o acompanhamento pré-natal.

A sífilis pode ser prevenida com o uso de preservativos nas relações sexuais.

Veja também:

Percebi um carocinho no lado direito do pescoço da minha filha de 5 anos. Devo me preocupar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O que você diz "carocinhos" são na verdade linfonodos, pequenos órgãos de defesa espalhados em todo o corpo eles aumentam de tamanho quando necessitam "trabalhar" para a defesa da região próxima de onde estão localizados. Então geralmente aumentam em casos de infecção e inflamação e em casos mais raros câncer (provavelmente essa é sua preocupação). Como sua filha já tem eles há muito tempo e eles não aumentaram de tamanho, então fique tranquila.

Qual o tratamento para edema de língua?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para edema de língua depende da sua causa. Se o edema for devido a uma mordida na língua ou a machucados causados por aparelhos de dentes, por exemplo, o inchaço e a dor podem ser aliviados chupando um pedra de gelo ou comendo alimentos gelados, como sorvete.

No entanto, as causas para o edema de língua são muito variadas e podem incluir doenças ou situações graves que necessitam de tratamento médico especializado, como infecções, tumores, hipotireoidismo, choque anafilático, entre outras.

Veja também: O que pode causar edema de língua?

Se não for devidamente tratado, o inchaço na língua pode trazer complicações como:

  • Dificuldade para engolir;
  • Dificuldade para respirar, devido ao bloqueio das vias aéreas;
  • Desconforto.

Para determinar a origem do edema de língua deve-se consultar o/a médico/a de família, clínico/a geral ou otorrinolaringologista, que poderão prescrever um tratamento adequando ou encaminhar para outro/a especialista.

Quem tem Parkinson pode dirigir?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. Quem tem Parkinson pode dirigir, desde que os sintomas motores permaneçam leves. Se os sintomas piorarem e houver uma diminuição considerável dos reflexos, aumento da rigidez e lenificação de movimentos exacerbada, não poderá mais dirigir.

Por isso, a capacidade de condução de uma pessoa com Parkinson deve ser avaliada continuamente pelo médico neurologista.

Muitas vezes os pacientes conseguem conduzir de forma eficaz na fase inicial da Doença de Parkinson e podem inclusive tirar uma Carteira de Habilitação específica, válida apenas para a condução de veículos especiais. Porém, com o avançar da doença, chegará um momento em que o médico terá que determinar de forma definitiva a interrupção da condução.

Isso porque todos os sinais característicos do Parkinson são limitantes para dirigir, são eles:

  • Tremor em repouso;
  • Rigidez muscular;
  • Movimentos lentos, com demora para iniciá-los;
  • Alteração dos reflexos posturais.

Saiba mais em: Quais os sintomas do Mal de Parkinson?

Assim, uma vez estabelecida a síndrome, o paciente deverá ser constantemente reavaliado quanto a essa tarefa específica, sabendo que a qualquer momento, inevitavelmente, a doença deverá afetar a sua capacidade de controlar um veículo com segurança.

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Melanoma tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, melanoma tem cura. Apesar de ser o câncer de pele com o pior prognóstico e os maiores índices de mortalidade, o melanoma pode ser curado em mais de 90% dos casos, se for diagnosticado no início.

Na fase inicial, a doença está restrita à camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção completa do tumor através da cirurgia. Nas fases mais avançadas, o câncer já está mais profundo, o que aumenta o risco de metástase (disseminação para outros órgãos) e reduz a probabilidade de cura.

O tratamento do melanoma depende sobretudo do tamanho, da localização e da agressividade do tumor, sendo o tratamento cirúrgico o mais utilizado.

A cirurgia excisional consiste na remoção da lesão e de uma borda de pele saudável ao redor do tumor, que serve como margem de segurança. Este procedimento tem altas taxas de cura e pode ser usado quando o melanoma é recorrente.

Enquanto que a cirurgia excisional é feita com um bisturi, a cirurgia micrográfica é realizada com uma cureta, com a qual o cirurgião retira o tumor com um pouco de pele saudável ao redor e faz uma raspagem no local.

Os tecidos removidos são analisados ao microscópio e, se ainda houver vestígios de células cancerosas, o procedimento é repetido sucessivamente até não haver mais nenhum resquício de células doentes.

A cirurgia micrográfica é indicada quando o melanoma está localizado em áreas críticas ou quando o tumor não está bem delimitado.

Já o melanoma metastático tem menos opções de tratamento e não tem cura na maioria dos casos. Contudo, alguns medicamentos administrados por via oral podem aumentar consideravelmente a sobrevida desses pacientes.

O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele, com a taxa de mortalidade mais alta e o pior prognóstico dentre todos os tumores malignos de pele. A doença surge nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele), daí o nome "melanoma.

Fatores hereditários desempenham um importante papel no desenvolvimento desse tipo de câncer de pele, que é mais frequente em pessoas de pele clara.

Indivíduos com histórico de melanoma na família, principalmente em parentes de 1º grau, devem fazer exames regulares de prevenção. A presença de qualquer pinta ou sinal de pele que muda de cor, formato ou relevo deve ser examinada pelo/a médico/a dermatologista.

Saiba mais em:

O que é melanoma?

Quais são os sintomas do melanoma?

Quem tem lúpus pode engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem tem lúpus pode engravidar, embora seja considerada uma gravidez de alto risco. Porém, desde que seja feito um acompanhamento adequado antes e durante a gestação, é possível ter uma gravidez sem complicações.

O ideal é que a mulher só engravide quando o lúpus estiver totalmente controlado durante pelo menos 6 meses. Isso porque já se sabe que o lúpus na gravidez aumenta os riscos de:

  • Abortamento;
  • Parto pré-maturo;
  • Baixo peso ao nascimento;
  • Morte fetal;
  • Pré-eclâmpsia.

Outra complicação que pode surgir, embora mais rara, é o desenvolvimento de um bloqueio cardíaco, que faz com que o coração do bebê tenha batidas mais lentas. Esse problema está relacionado com a presença de um anticorpo no sangue da mãe, que atravessa a placenta e afeta o coração do feto.

Esse anticorpo também é responsável pelo chamado lúpus neo-natal, uma condição em que o bebê nasce ou desenvolve manchas na pele, semelhantes àquelas do lúpus. Contudo, as manchas desaparecem e a criança não desenvolve a doença. De fato, a grande maioria dos filhos de mulheres com lúpus não irá desenvolver lúpus.

Portanto, uma mulher com lúpus que pretende engravidar deve planejar bem a sua gravidez e falar com antecedência com o seu médico reumatologista, pois é preciso suspender o uso de alguns remédios antes de engravidar.

O pré-natal deve começar logo que a gravidez seja descoberta. Também é importante que haja um companhamento da mulher durante o pós-parto.

Desde que sejam tomados todos os devidos cuidados, há uma grande chance da gestação ser bem sucedida, com bons resultados para a mãe e para o bebê.

Se você têm lúpus e quer engravidar, fale com o seu médico reumatologista e ginecologista.

Leia também:

Lúpus discoide tem cura? Qual é o tratamento?

Quais são as causas da incontinência urinária feminina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A incontinência urinária feminina pode ter causas muito variadas. A mais comum é o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico. Por isso, as chances da mulher desenvolver incontinência urinária é maior durante a gravidez, o pós-parto e a menopausa, já que nesses períodos há uma maior fragilidade da musculatura pélvica e das estruturas que sustentam a bexiga.

Outras causas de incontinência urinária feminina incluem: bexiga hiperativa, obesidade, uso de medicamentos, prisão de ventre, doenças que afetam nervos ou músculos, lesões na medula espinhal, fraqueza do esfíncter (músculo que fecha a uretra), infecções urinárias, cirurgias, entre outras.

O enfraquecimento ou alongamento excessivo da musculatura de sustentação pélvica é a principal causa da incontinência urinária de esforço (perda de urina associada a esforço físico, tosse, espirro, riso intenso). Este tipo de incontinência também está relacionado com obesidade e tosse crônica.

A incontinência urinária de urgência (perda de urina associada a uma vontade urgente de urinar) geralmente ocorre em casos de bexiga hiperativa, uma condição na qual o músculo da bexiga se contrai involuntariamente, mesmo quando a bexiga não está cheia. Pode ser causada por doenças que afetam a bexiga, como infecção, litíase (formação de "pedras") e tumor.

Formas menos comuns de incontinência urinária podem ter como causa lesão da medula espinhal (incontinência urinária reflexa), lesões em nervos periféricos, obstrução do canal urinário, diabetes (incontinência urinária paradoxal), distúrbios psiquiátricos ou neurológicos (incontinência urinária psicogênica).

A perda urinária durante a gestação normalmente é transitória. Já a incontinência no pós-parto pode ser evitada na grande maioria dos casos com exercícios de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, antes e depois do parto.

A causa da incontinência urinária deve ser investigada pelos médicos clínico geral, médico de família, ginecologista ou urologista, que irá propor o tratamento mais adequado de acordo com o diagnóstico.

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