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Dor atrás dos olhos: o que pode ser e o que devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor atrás dos olhos é bastante comum nos casos de viroses, sinusite, enxaqueca e nos problemas diretamente relacionados com os olhos, como o glaucoma, esclerite e neurite óptica.

O tratamento varia de acordo com a causa, e pode incluir o uso de analgésicos comuns, anti-inflamatórios e/ou antibióticos. Contudo, algumas doenças oculares, como o glaucoma, precisa de um tratamento ainda mais específico, com urgência, para evitar danos irrecuperáveis, como a cegueira.

Por isso, no caso de dor atrás dos olhos que não melhore com uso de analgésicos, ou que venha associado a febre alta, dor intensa ou qualquer dificuldade visual, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

1. Resfriado, gripe ou febre

Os resfriados e a gripe por influenza, por exemplo, são condições que vêm acompanhadas de dor intensa atrás dos olhos. Principalmente quando a pessoa apresenta febre.

Nestes casos, além da dor atrás dos olhos e febre a pessoa pode sentir dor no corpo, cansaço, falta de apetite e fraqueza.

O tratamento inclui, repouso, aumentar a ingesta de água, alimentar-se bem, e no caso de febre, fazer uso de antitérmicos e/ou analgésicos para aliviar os sintomas. Caso os sintomas permaneçam, procure um médico de família.

2. Dengue e chikungunya

A dengue e a chikungunya são doenças infecciosas, transmitidas por mosquitos, que apresentam clinica bastante semelhante. Os sintomas mais frequentes incluem dor atrás dos olhos, dor ao movimentar os olhos, febre alta > 38.5oC, dor de cabeça, dor muscular intensa, falta de apetite, fraqueza, manchas vermelhas no corpo e mal-estar.

Por vezes, apresentam ainda inchaço nas articulações e coceira no corpo.

O tratamento é feito de acordo com os sintomas com uso de analgésicos e antitérmicos. É recomendado repouso e ingestão de líquidos (pelos menos 2 litros de água ao dia).

Se ainda assim mantiver dor, ou apresentar um desses sintomas: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos de mucosas e outras hemorragias, procure um serviço de emergência, para avaliação médica criteriosa.

3. Sinusite

A sinusite é uma inflamação na mucosa dos seios da face, onde acontece o acúmulo de secreção, o que dá origem a dor atrás dos olhos, em "pressão", que piora ao abaixar a cabeça.

Os sintomas mais comuns de sinusite são a dor atrás dos dois olhos ou de apenas um deles, dor de cabeça em pressão, sensação de pressão no rosto, tosse, febre, secreção nasal e nariz entupido e cansaço.

Para aliviar os sintomas é recomendado aumentar a ingesta de água, com pelo menos 2 litros de água por dia, lavar o nariz com soro fisiológico, fazer compressas quentes no rosto e dormir com a cabeceira elevada, para ajudar a drenar as secreções.

Evite permanecer em ambiente fechados com ar-condicionado, pois estes ambientes ressecam as mucosas e dificultam a eliminação de secreções.

O tratamento da sinusite pode envolver ainda o uso de sprays nasais, descongestionantes orais, corticoides e antibióticos. Estes medicamentos são indicados pelo médico de família, clínico geral ou otorrinolaringologista, após a avaliação.

4. Enxaqueca

A enxaqueca é uma dor de cabeça intensa que, durante uma crise, pode incapacitar a pessoa de realizar suas atividades simples, de vida diária. A dor é tipo latejate ou pulsátil, que piora com a luz e/ou barulho e melhora após repouso e permanecer em ambiente escuro. As náuseas, vômitos e tontura, geralmente estão associados.

Se você tem enxaqueca, evite pular refeições (jejum prolongado), não consuma álcool e prefira bebidas sem cafeína, pratique atividade física regularmente, mantenha uma rotina de sono procurando deitar-se e levantar-se em horários regulares e reserve tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento.

O tratamento da enxaqueca depende da intensidade, da dor, as suas características e da frequência das crises. Pode ser feito com anallgésicos específicos, corticoide, antidepressivos e sintomáticos, como medicametno para evitar os vômitos. O neurologista deve ser consultado.

5. Glaucoma agudo

O glaucoma é uma doença ocular provocada pelo aumento súbito da pressão dentro do olho (pressão intraocular).

A dor intensa atrás dos olhos é um sintoma típico de uma crise de glaucoma agudo. Além desta dor intensa, o paciente pode apresentar vermelhidão e inchaço dos olhos, visão embaçada, lacrimejamento, náuseas, vômitos, tonturas e dor de cabeça.

A crise de glaucoma agudo é uma emergência médica, pois pode levar à perda da visão. Por este motivo, nestes casos procure um serviço de emergência hospitalar o mais rapidamente possível.

6. Esclerite

A esclerite é uma inflamação grave e destrutiva da parte branca que cobre o olho, chamada de esclerótica. É considerada grave porque pode afetar a visão e provocar a sua perda gradativa.

Geralmente, os dois olhos são afetados e os principais sintomas são dor intensa e profunda atrás dos olhos, vermelhidão, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

O tratamento inicia-se com o uso de corticosteroides orais, entretanto, podem ser necessários os imunossupressores ou até mesmo procedimento cirúrgico para repara a lesão na esclerótica. O oftalmologista é o médico indicado para avaliar o caso e definir o tratamento mais adequado.

7. Neurite ótica

A neurite ótica é a inflamação aguda do nervo ótico. Os sintomas, geralmente, ocorrem em um dos olhos e incluem: dor atrás do olho inflamado, que piora ou movimentá-lo, redução da visão das cores, perda parcial ou total da visão.

O tratamento da neurite ótica é feito de acordo com a sua causa e, normalmente, envolve o uso de corticosteroides. Uma avaliação com médico de família ou oftalmologista são indispensáveis para definir o tratamento.

Quando devo procurar um médico?
  • Dor intensa e contínua em um ou ambos os olhos,
  • Dor que persiste há mais de 2 dias,
  • Febre alta (acima de 38º),
  • Redução da visão,
  • Visão embaçada,
  • Visão dupla,
  • Dificuldade de perceber as cores,
  • Vermelhidão, lacrimejamento e inchaço nos olhos.

Na presença destes sintomas busque um médico de família ou uma emergência o quanto antes. Não use nenhum medicamento ou colírio sem indicação médica.

Pode lhe interessar:

Glaucoma tem cura? Qual o tratamento?

Referências

  • American Academy of Ophthalmology. Important coronavirus updates for ophthalmologists.
  • Chandra S.; Flanagan, D.; Hingorani, M. et al. Covid-19 and ophthalmology: a brief summary of the literature. Eye. 2020.
  • Cheema M. et al. Keratoconjunctivitis as the initial medical presentation of the novel coronavirus disease 2019. (COVID-19). Canadian Ophthalmological Society.
  • Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Açúcar demerara é bom para a saúde? Engorda?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Nenhum tipo de açúcar (mascavo, demerara, cristal, refinado) é benéfico para a saúde. Embora passe por um processo de refinamento leve no qual não são utilizados aditivos químicos, o uso sem moderação de açúcar demerara pode sim levar ao aumento de peso.

Consumo de açúcar demerara e saúde

Quando comparamos o açúcar demerara ao açúcar branco, podemos dizer que o açúcar demerara é menos prejudicial à saúde. Os principais motivos para isto são:

Não contém aditivos químicos

Quanto mais branco for açúcar, mais aditivos químicos foram adicionados ao seu processo de produção. As toxinas ingeridas diariamente com os alimentos, entre elas os aditivos químicos, causam danos à saúde. Deste modo, o consumo moderado de açúcares mais escuros reduz os danos provocados ao organismo.

Possui minerais e vitaminas

Por passar por refinamento leve, algumas vitaminas e minerais presentes no açúcar demerara são preservados. Os minerais presentes em maior concentração em 100 g açúcar demerara são: potássio (346 mg), cálcio (85 mg), ferro (42 mg), o magnésio (29 mg) e o fósforo (22 mg).

Entre as vitaminas, apesar de se apresentarem em baixas quantidades, encontra-se: vitamina B1 (0,01 mg), vitamina B2 (0,01 mg) e vitamina B3 (0,03 mg). Estas concentrações de vitaminas estão presentes em 100 g açúcar demerara.

Açúcar demerara e ganho de peso

Pessoas que desejam emagrecer e preservar sua saúde não devem ingerir nenhum tipo de açúcar e nem alimentos doces. Mesmo sendo menos prejudicial, o açúcar demerara é bastante calórico. Em 100 g de demerara encontramos um total de 377 Kcal.

O consumo de açúcar estimula o aumento dos níveis sanguíneos de glicose (glicemia). Este aumento, além de ampliar o risco para o desenvolvimento de diabetes, estimula a produção de gordura pelo corpo.

Se você não consegue se manter sem consumir açúcar, o demerara é uma opção melhor para o seu organismo. Entretanto, atente sempre para as quantidades de açúcar que você ingere e procure consumir sempre menos.

O que é o açúcar demerara?

O açúcar demerara é produzido a partir do suco de cana-de-açúcar. No processo de fabricação, este suco é fervido e evaporado o que faz com que a maior quantidade de água seja retirada e fique somente os grãos de açúcar.

Por passar por uma etapa de refinamento leve e sem aditivos químicos, o açúcar demerara é composto por cristais de coloração marrom-claro e alguns de seus nutrientes são preservados. Seu sabor é delicado e mais suave que o sabor do açúcar mascavo.

O açúcar demerara, assim como o açúcar mascavo, são boas alternativas ao uso de açúcar cristal ou refinado. O açúcar demerara é também uma boa opção para quem não consegue se adaptar ao açúcar mascavo.

Pessoas diabéticas ou que apresentam resistência à insulina devem evitar consumir qualquer tipo de açúcar.

Cimelide serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Cimelide pode ajudar a diminuir a dor de garganta. Este medicamento é composto por nimesulida, que tem efeito anti-inflamatório, analgésico e anti-térmico.

Entretanto, existem situações em que o Cimelide não resolve o problema, como quando há uma infecção na garganta. Por isso, é importante saber qual é a causa da dor de garganta para poder iniciar o tratamento adequado. Procure o médico quando a dor de garganta persiste, é muito forte ou se tiver febre ou placas brancas na garganta.

Você também pode querer ler:

Referência:

Cimelide. Bula do medicamento.

Vaginose bacteriana: como identificar e tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade
O que é vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é a causa mais comum de corrimento vaginal na mulher. Ela pode causar sintomas que incomodam o dia a dia da mulher e aumentar o risco de adquirir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Quais são os sintomas da vaginose bacteriana?

Os sintomas característicos de vaginose bacteriana são corrimento vaginal branco-cinzento com odor fétido parecido à “peixe podre”. Esse cheiro é mais percebido logo após a relação sexual.

Algumas mulheres podem ter também coceira vaginal. Além desses sintomas, a mulher pode ter, com menos frequência, vermelhidão, inchaço, dor ao urinar e dor durante as relações sexuais.

Mais de 50% dos casos de vaginose bacteriana podem não manifestar nenhum sintoma. Porém, quando os sintomas estão presentes são muito incômodos para a mulher.

Vaginose bacteriana ou Candidíase?

A vaginose bacteriana pode ser confundida com a candidíase. As duas podem ser desencadeadas por um desequilíbrio da flora vaginal. Em geral, na candidíase, os principais sintomas são:

  • coceira vaginal
  • corrimento branco e espesso

Na candidíase, não é comum o corrimento com cheiro forte que lembra peixe podre.

Além disso, o agente etiológico é diferente. Enquanto na vaginose bacteriana, a Gardnerella vaginalis é a bactéria que fica em maior evidência, na candidíase o desequilíbrio é causado pelo fungo Candida.

Por fim, o tratamento de cada uma também é diferenciado. Para realizar um tratamento efetivo da vaginose bacteriana, o tratamento pode incluir o uso de pomada vaginal com um tipo de antibiótico. No caso da candidíase, a pomada vaginal também é indicada, porém com outro tipo de antibiótico.

Por que posso estar com vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana ocorre quando há uma mudança no número e nos tipos de bactérias na vagina. Em geral, os lactobacilos são um tipo de bactérias encontradas habitualmente na vagina. Na vaginose bacteriana, a quantidade de lactobacilos é reduzida e há um desbalanceamento local da flora vaginal.

A real explicação ainda não foi detalhada, porém, na presença de alguns fatores pode haver maior propensão ao aparecimento dessa infecção:

  • múltiplos parceiros sexuais
  • realização frequente de duchas vaginais
  • nova parceria sexual
  • tabagismo

A vaginose bacteriana pode ser transmitida sexualmente, por brinquedos sexuais (sex toys), pelo contato da boca com a genitália e pelos dedos.

Qual é o tratamento para vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana precisa de tratamento adequado. Os medicamentos mais comumente usados são metronidazol e clindamicina. Eles podem ser usados em comprimido via oral ou em creme/pomada vaginal. A duração do tratamento pode variar entre 5 a 7 dias nos casos mais comuns. Quando a infecção é recorrente e acontece várias vezes ao ano, pode ser necessário aumentar o tempo de tratamento para até 14 dias.

Como esses medicamentos são antibióticos, é muito importante realizar o tratamento completo até o final dos dias recomendados pelo médico.

Como posso saber se estou com vaginose bacteriana?

O diagnóstico de vaginose bacteriana é feito com a história clínica da paciente e com o exame físico realizado pelo médico ou enfermeiro. Em alguns casos, pode ser necessário a realização de alguns testes para definir especificamente a causa.

De qualquer forma, na presença desses sintomas que incomodam, como o corrimento vaginal com mau cheiro, é importante procurar o serviço de saúde.

Vaginose bacteriana é perigoso?

A vaginose bacteriana propriamente não é prejudicial à saúde da mulher. Porém, ela pode ser associada a alguns problemas de saúde como:

  • aumento do risco de parto prematuro em mulheres gestantes
  • infecção do local cirúrgico em casos de abortamento ou histerectomia
  • aumento do risco de infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, HIV/AIDS, herpes genital

O mais indicado é a utilização de preservativo durante todas as relações sexuais como forma de prevenção das infecções vaginais.

Quando procurar o serviço de saúde?

Pode ser difícil saber se o corrimento vaginal é causado pela vaginose bacteriana ou por outras infecções vaginais. Por isso, realizar uma consulta médica é importante na presença desses sintomas para diferenciar o agente etiológico e indicar o tratamento específico para seu caso.

Leia também:

Resultado do exame deu gardnerella: será que é vaginose?

Pomadas para feridas nas partes íntimas: qual devo usar?

Referências:

Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Tosse com catarro: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tosse produtiva é popularmente chamada de tosse com catarro.

Se o muco (ou catarro) eliminado ao tossir for de coloração mais transparente, sugere um quadro de gripe ou resfriado, e não provoca maiores preocupações. Entretanto, esteja atento no caso de muco amarelado, esverdeado ou com presença de estrias de sangue.

A tosse é a expulsão súbita e forçada de ar dos pulmões, com o objetivo de "limpar" o sistema respiratório e proteger os pulmões contra partículas e/ou germes inalados. É uma defesa involuntária do nosso organismo.

O que pode ser? Causas da tosse produtiva

As causas mais comuns de tosse produtiva (tosse com catarro) são:

  • Gripes e resfriados;
  • Gotejamento pós-nasal (drenagem de secreções do nariz pela garganta ou pela faringe), mais comum quando se deita;
  • Sinusite;
  • Pneumonia;
  • Crise de asma ou Bronquite crônica;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) descompensada;
  • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em períodos de crise;
  • Tuberculose ou outras infecções pulmonares;
  • Corpo estranho (mais comum em crianças).
O que fazer em caso de tosse produtiva?

Se a tosse produtiva que você apresenta vem acompanhada dos sinais de alerta listados abaixo, você deve procurar um/a médico/a:

  • Falta de ar;
  • Expectoração de Sangue;
  • Febre;
  • Perda de peso;
  • Se for portador de doenças crônicas;
  • Se fizer uso de medicamentos que reduzem a imunidade, como corticoides;
  • Ou na presença de fatores de risco para tuberculose (como contato recente com pessoas portadoras da doença).
Tratamento da tosse produtiva

O tratamento da tosse produtiva depende da sua causa e pode incluir:

  • Aumento de ingesta hídrica (pelo menos 2 litros de água por dia);
  • Antibióticos (se a tosse for provocada por bactérias);
  • Expectorantes (medicamentos que facilitam a excreção de muco).

Os Antitussígenos (medicamentos que inibem a tosse), geralmente são contraindicados, porque podem impedir a eliminação do catarro, perpetuando a infecção. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente.

O que posso usar em casa para aliviar a tosse produtiva? Mel

O mel tem ação anti-inflamatória, ajuda a dilatar os pulmões e aliviam a irritação na garganta. Pode ser usado tanto para ajudar no tratamento da tosse com catarro ou da tosse seca.

Você pode consumir uma colher de sopa de mel antes de dormir. Para as crianças, o indicado é uma colher de sobremesa antes de dormir.

Gengibre

O gingerol, substância presente no gengibre tem ação anti-inflamatória e antibacteriana e pode ser utilizado no tratamento da tosse produtiva (tosse com catarro).

Se você apresenta tosse acompanhada de febre, falta de apetite, mal estar, dor no peito, o mais indicado é que procure um serviço de emergência o mais rápido possível, para adequada avaliação.

Veja também: Tosse com catarro: o que fazer?

Minha mãe teve AVC e não quer comer e tomar os remédios, isso e normal? O que devo fazer?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Ela pode estar passando por dificuldades emocionais pelo que aconteceu. Deve insistir para ela tomar os remédios e comer, porém deve lembrar que a escolha é dela e ela deve arcar com as consequências de suas escolhas. Precisam levar ela num médico e num psicólogo.

Existe alguma maneira de evitar doenças genéticas e hereditárias?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, dependendo da doença, existem maneiras de evitar doenças genéticas e hereditárias. Através de um método conhecido como aconselhamento genético, a pessoa é informada sobre as características da doença, a probabilidade e o risco de desenvolvê-la ou transmiti-la, além das opções de prevenção e melhora da condição.

O aconselhamento genético é definido após estudos e avaliações da família por uma equipe médica especializada em Genética Clínica. Trata-se de um processo complexo e delicado.

Primeiro é importante lembrar que toda doença hereditária é genética, mas nem toda doença genética é hereditária.

Isso significa que as doenças hereditárias (passadas de pais para filhos) são sempre decorrentes de algum problema nos genes do indivíduo, que favorece o desenvolvimento da doença. Já as doenças genéticas não precisam ser necessariamente herdadas dos pais e podem surgir pela primeira vez na família, como acontece na Síndrome de Down.

Portanto, o aconselhamento nos casos de doenças hereditárias com alto risco de transmissão e com riscos de vida, pode ser de desaconselhar a gestação. Nos casos de doenças leves ou diagnosticadas já na gestação, podem ser orientações de tratamentos ou medidas para tornar as doenças hereditárias e genéticas menos graves ou pelo menos sob controle.

Por exemplo, se o paciente sabe que há uma tendência familiar para ter colesterol alto ou diabetes, ele deve ter hábitos alimentares adequados desde a infância, para evitar o surgimento ou o agravamento do problema.

Essa avaliação e aconselhamento, acontece com todas as doenças que possuem uma vertente genética ou hereditária, desde alergias, hipertensão, transtornos psicológicos, ao câncer.

Porém, vale salientar que o fato de alguém ter tendência para desenvolver uma doença não significa, obrigatoriamente, que ela a terá. A probabilidade dessas doenças se manifestarem também depende da interação com o ambiente e os hábitos de vida de cada um.

Sintomas de câncer de boca: como identificar os sintomas iniciais e avançados e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O câncer de boca pode afetar qualquer região da boca incluindo os lábios, céu da boca, gengiva, bochechas, língua (especialmente as suas bordas) e assoalho da boca (região embaixo da língua).

Os sintomas iniciais incluem: feridas na boca, manchas, nódulos e rouquidão persistente. Nas fases mais avançadas, são comuns a dificuldade de fala, de mastigar, engolir e perda de peso, sem motivo aparente.

O tratamento varia de acordo com o tipo e fase da doença. O oncologista é o médico especializado em avaliar e definir o melhor tratamento.

1. Feridas na boca

O sintoma mais comum de câncer de boca são as feridas, em qualquer região da boca e dos lábios, de difícil cicatrização.

As feridas duram mais de 15 dias sem melhora, podem aumentar de tamanho gradativamente e apresentar sangramentos.

2. Manchas ou placas

A presença de manchas ou placas de cor avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, bochechas ou céu da boca, podem ser sinal de um câncer nessa região.

Geralmente as manchas não causam dor e pode haver sangramento espontâneo, ou quando é feita a higiene bucal.

3. Nódulos

Os nódulos ou caroços na boca ou no pescoço são indicativos de câncer. Pode ocorrer também o espessamento das bochechas e ou da região embaixo da língua.

4. Rouquidão persistente

A rouquidão que não melhora em até 15 dias, sem causa aparente, pode ser um sinal de câncer de boca ou laringe. É importante uma avaliação completa de um otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço.

Câncer de boca: feridas, placas esbranquiçadas e manchas avermelhadas na região lateral da língua.

Ao perceber qualquer um destes sintomas iniciais, procure um médico de família ou dentista para avaliação. Não utilize nenhum medicamento para tratar as feridas sem indicação de um destes profissionais.

Quanto mais cedo for detectado e tratado o câncer bucal, maiores são as chances de cura.

Quais os sintomas de câncer de boca, na fase avançada da doença?

Conforme a doença evolui, os sintomas se tornam mais evidentes e pode haver comprometimento das funções da boca, dando origem a novos sintomas, como:

  • Dificuldade de falar,
  • Dificuldade ou dor para mastigar e/ou engolir,
  • Dificuldade ou dor para movimentar a língua e/ou a mandíbula,
  • Sensação de algo preso na garganta ou de entalo,
  • Inchaço na mandíbula,
  • Dentes frouxos ou moles na gengiva,
  • Dor ao redor dos dentes,
  • Mudança persistente na voz,
  • Dor na boca que não melhora, mesmo com medicamentos,
  • Respiração ruidosa (respiração com barulho ou ruído indicam que algo está atrapalhando a passagem do ar);
  • Perda de peso.
O que fazer se suspeitar de câncer de boca?

Na presença de sinais de câncer de boca, principalmente feridas, nódulos ou manchas que não cicatrizam há mais de 15 dias, procure um médico de família, clínico geral ou dentista, para uma avaliação e solicitação de exames que confirmam esse diagnóstico.

O diagnóstico deverá ser confirmado por exame de biópsia da lesão, exame de um fragmento da lesão. A biópsia indica se a lesão é benigna ou maligna, um câncer de boca.

É importante que você esteja atento a este sintoma, especialmente, se for fumante ou consumir bebidas alcoólicas com frequência.

O tratamento precoce do câncer de boca, aumenta as chances de sucesso no tratamento.

Pode lhe interessar ainda o artigo: Quais são os sintomas de câncer de língua?

Referências

  • Lalli, A; Aldehlawi,H.; Buchanan, J.A.G.; SEOUDI, N.: Fortune, F.; Wassem, A. Screening for oral cancer utilising risk-factor analysis is ineffective in high-risk populations. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2020.
  • Langton,S.; Cousin, G.C.S.; Pluddeman, A.; Banhead, C.R. Comparison of primary care doctors and dentists in the referral of oral cancer: a systematic review. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2020.