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Quem tem herpes pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Quem tem herpes genital pode engravidar. A presença de herpes genital não inviabiliza a gestação nem diminui a fertilidade quer da mulher quer do homem. Por isso, mulheres com herpes podem engravidar normalmente.

A herpes genital é uma doença sexualmente transmissível que pode ser prevenida com o uso de preservativo durante os atos sexuais. Trata-se de uma infecção causada por vírus que, apesar de não apresentar uma cura definitiva, pode ser tratada e manejada de acordo com a frequência e sintomas.

Posso transmitir herpes para o bebê?

O risco de herpes neonatal é maior quando a mãe adquire herpes genital no final da gravidez. Isso porque o seu corpo ainda não produziu anticorpos suficientes e o bebê deixa de ter a sua proteção natural ao nascer.

O risco de transmissão pode chegar aos 50% se a gestante adquirir herpes genital quando está mais próxima do parto. Contudo, se a mãe for infectada pelo vírus no primeiro trimestre de gravidez, o risco pode ser inferior a 1%. Gestações em que a mulher é portadora de herpes genital podem ser consideradas de risco, sobretudo se a infecção acontecer durante a gravidez.

Apesar dos riscos, a infecção do feto durante a gestação através da placenta é pouco comum. De fato, o maior risco de contaminação do herpes ocorre no momento do parto, o que ocorre em cerca de metade dos casos, mesmo que a mulher não apresente sinais e sintomas.

O feto pode ser infectado pelo vírus presente no útero, o que é raro, ou pelo contato direto do bebê com as secreções maternas infectadas no momento do parto. Essa forma de contágio pode ocorrer em até 80% dos casos.

Para tentar prevenir a infecção do bebê, geralmente indica-se o parto por cesariana, principalmente quando a gestante apresenta lesões ou se o surto tiver acontecido até 6 semanas antes do nascimento.

Apesar da cesariana não eliminar por completo o risco de transmissão do herpes genital para o bebê, trata-se do tipo de parto indicado se a gestante apresentar lesões no momento do parto. Essa forma de parto diminui a exposição do recém-nascido ao vírus e a taxa de mortalidade materna decorrente do parto natural.

Quais as complicações do herpes na gravidez?

A transmissão do herpes genital da gestante para o feto é grave. A encefalite está entre as piores complicações, pois é responsável pela maioria dos casos de mortes.

O herpes genital na gravidez pode causar ainda aborto ou parto prematuro. Se infectar o feto através da corrente sanguínea, pode provocar lesões fatais para o bebê. Sabe-se que a quantidade de anticorpos presentes na gestante antes do parto pode influenciar a intensidade da infecção e as chances de transmissão do herpes para a criança.

A gravidade do herpes neonatal está no aumento de infecções no sistema nervoso central, o que aumenta significativamente as taxas de mortalidade.

Como é o tratamento do herpes na gravidez?

O diagnóstico do vírus do herpes é feito através de exames de sangue. A cesariana não evita por completo a transmissão do herpes genital para o bebê, mas é o tipo de parto recomendado se a gestante apresentar lesões no momento do parto.

A herpes neonatal é um quadro grave, que exige cuidados médicos e hospitalares especializados. O tratamento também é feito com aciclovir, na dose de 5 mg por dia, por via intravenosa, a cada 8 horas, durante uma semana.

Para prevenir a transmissão do herpes genital, recomenda-se usar preservativos durante toda a gestação. Embora não exista uma cura definitiva para o herpes genital, há medicamentos antivirais específicos que podem reduzir o tempo de duração dos sintomas e prevenir o aparecimento de novas lesões.

A mulher que pretende engravidar deve procurar um serviço de saúde para uma consulta pré-concepcional justamente para avaliar a sua saúde, bem como iniciar algumas terapias preventivas como o uso de ácido fólico.Leia também:

Qual a diferença entre gripe e resfriado?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Duas das principais diferenças entre a gripe e o resfriado são a febre e o estado geral da pessoa. O resfriado normalmente não causa febre (exceto em crianças pequenas), enquanto que na gripe a febre é comum e geralmente é acima de 38ºC.

Na gripe, a pessoa fica mais prostrada, com dor de cabeça e, frequentemente, com dores musculares e articulares, enquanto que o resfriado causa coriza, tosse e espirros e a pessoa apresenta-se mais ou menos bem disposta ou apenas incomodada com os sintomas.

No caso do resfriado, os sintomas se iniciam em 24 a 72 horas do contágio. No caso da gripe, é um pouco mais tardio, em média três a quatro dias após o contágio. A duração dos sintomas é similar, variando de 5 a 7 dias. No caso do resfriado, em 25% dos casos, os sintomas persistem por até 2 semanas.

A gripe e o resfriado são doenças agudas causadas por vírus, que provocam sintomas como tosse, coriza e dores no corpo. A gripe é causada por vírus do tipo Influenza. O resfriado pode ser causado por diferentes vírus, como Rinovírus, Adenovírus, Parainfluenza, entre outros.

A transmissão de ambas as condições se dá por contato com vírus dispersos em partículas que são expelidas no ar por indivíduos infectados.

O que é gripe?

A gripe é uma doença aguda causada pelo vírus Influenza, que afeta sobretudo as vias respiratórias. O vírus da gripe é transmitido através de gotículas de partículas expelidas por uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar. O contato direto com secreções infectadas também pode transmitir gripe.

A melhor forma de prevenir a gripe é através da vacina, que deve ser tomada anualmente, de preferência durante os meses de outono e inverno, período em que ocorrem os picos dos surtos de gripe.

As pessoas que devem tomar a vacina contra a gripe são aquelas que apresentam um maior risco de complicações, como os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, doenças pulmonares, cardíacas, hepáticas ou renais, diabetes, entre outras doenças que diminuem a resistência do organismo às infecções.

Quem já teve reação alérgica grave depois de ter tomado a vacina da gripe não deve voltar a se vacinar. A vacinação também é contraindicada para pessoas alérgicas ao ovo.

A transmissão e o contágio da gripe podem ser evitados através do isolamento da pessoa infectada, uso de máscara e lavagem frequente das mãos com água e sabão. Ao tossir ou espirrar, deve-se tapar a boca com um lenço ou com o antebraço. Não usar as mãos.

Quais são os sintomas da gripe?

A gripe apresenta um quadro clínico com febre alta, dores pelo corpo, dor de cabeça, mal estar, perda do apetite, dor de garganta e tosse. Os sintomas na gripe costumam surgir subitamente. A tosse e a febre são sintomas precoces. Apresenta taxa de complicações mais elevada, como pneumonia causada pelo próprio vírus Influenza ou por bactérias oportunistas.

Para aliviar os sintomas da gripe, recomenda-se fazer repouso, tomar antitérmicos para baixar a febre (como o Paracetamol), usar soro fisiológico para diminuir a congestão nasal e ingerir líquidos em abundância, como água, sucos e chás.

O que é resfriado?

O resfriado é uma infecção leve das vias aéreas superiores, causada por vírus. A transmissão também ocorre de pessoa para pessoa, através da inalação ou contato direto com gotículas de secreção respiratória eliminadas por uma pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar.

Para prevenir o resfriado, recomenda-se lavar frequentemente as mãos com água e sabão, além de evitar o contato próximo com pessoas resfriadas. Para evitar a transmissão, deve-se usar máscara e tapar a boca com o antebraço ou com um lenço durante espirros e tosse.

Quais são os sintomas do resfriado?

Os sintomas mais comuns do resfriado são coriza, tosse, espirros, congestão nasal, coceira e vermelhidão no nariz, diminuição do olfato e do paladar, lacrimejamento dos olhos, dor de cabeça e dor de garganta. Em alguns casos, pode haver febre baixa.

Pode haver uma curta dor de garganta nos primeiros dias. A tosse seca pode durar semanas após o fim dos sintomas. Raramente ocorre febre em adultos. As complicações são raras e incluem exacerbação de asma e presença de infecção bacteriana associada, como sinusite ou otite.

Para aliviar os sintomas do resfriado, recomenda-se fazer repouso, beber bastante líquido (água, sucos, chás), não se expor ao frio e a ambientes com fumaça e usar soro fisiológico para diminuir a congestão nasal. O paracetamol é útil para diminuir as dores ou baixar a febre, quando presente.

Qual é o tratamento para gripe e resfriado?

O resfriado não necessita tratamento específico, sendo indicado o uso de analgésicos, hidratação e repouso. No caso da gripe, pode haver indicação de tratamento com medicações antivirais como o Oseltamivir (Tamiflu®) se a pessoa for do grupo alvo para esse tipo de tratamento.

Se você apresentar sintomas de tosse, febre, coriza persistentes, ou apresentar grande indisposição ou fizer parte de grupo de risco, procure uma unidade de saúde ou um pronto atendimento.

Quais os sintomas de câncer de próstata?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do câncer de próstata são a dificuldade para urinar e o aumento da frequência urinária durante o dia ou durante a noite. Na fase avançada, pode haver ainda dor nos ossos, dor lombar, sangue na urina, insuficiência renal, infecção generalizada, entre outras manifestações.

Contudo, o câncer de próstata não costuma causar sinais e sintomas na fase inicial, já que, na maioria dos casos, o tumor tem evolução lenta e silenciosa. Grande parte dos tumores malignos de próstata cresce muito lentamente, podendo demorar quinze anos para chegar a 1 centímetro.

Por isso, muitas vezes a doença nem chega a manifestar sintomas ou trazer graves riscos à saúde e o paciente frequentemente vai a óbito por razões não relacionadas ao tumor. Porém, em alguns casos, o câncer pode crescer rapidamente e se disseminar para outros órgãos (metástase), podendo levar à morte.

Dificuldade para urinar

A próstata é uma glândula que envolve a porção inicial da uretra, que é o canal da urina. Está localizada em frente ao reto (porção final do intestino grosso) e abaixo da bexiga.

Portanto, com o crescimento do tumor, o jato de urina fica mais fraco, a micção é feita em gotas ou em jatos (dois tempos) e é preciso fazer força para manter o jato de urina. Depois de urinar, o homem fica com a sensação de que a bexiga não esvaziou completamente.

O paciente geralmente apresenta dificuldade para começar e interromper a micção, daí ser frequente o gotejamento após o ato de urinar.

Aumento da frequência urinária

Outro sintoma muito comum do câncer de próstata é o aumento da frequência urinária, sobretudo noturna, levando o paciente a acordar várias vezes para ir ao banheiro durante a noite. Também pode haver urgência urinária, que é a necessidade urgente de urinar.

Quais os outros sinais e sintomas do câncer de próstata?

À medida que o tumor continua crescendo, pode ocorrer dor na coluna lombar, dor pélvica, presença de sangue na urina, insuficiência renal, inchaço no saco escrotal e nas pernas.

A dor nos ossos é sentida principalmente no quadril, na coluna e nas costelas e está associada ao alastramento do câncer ao tecido ósseo. Dor durante a passagem da urina, ao ejacular ou nos testículos é rara.

Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata? Raça

Sabe-se que homens de raça negra têm mais chances de desenvolver câncer de próstata e manifestar as formas mais agressivas da doença. A razão para essa diferença ainda não é conhecida.

Idade

Os riscos de câncer de próstata aumentam com a idade, sendo que a maior parte do homens afetados tem mais de 65 anos de idade.

História de câncer de próstata na família

Homens que têm pai ou algum irmão que tem ou já tiveram câncer de próstata possuem mais chances de desenvolver esse tipo de tumor, sobretudo os mais agressivos.

O risco de câncer de próstata para esses homens é ainda maior se o familiar teve a doença antes dos 55 anos ou se vários familiares já tiveram essa forma de câncer.

Obesidade

O excesso de peso é outro fator de risco para desenvolver câncer de próstata, especialmente os que crescem rapidamente.

Sedentarismo e má alimentação

A falta de atividade física e de vegetais na alimentação aumenta os riscos de câncer de próstata, mesmo que o peso corporal esteja dentro do normal.

Qual é o tratamento para câncer de próstata?

Quando o câncer de próstata está localizado, as chances de cura são maiores. Nesses casos, o tratamento pode ser feito por cirurgia e radioterapia.

Quando o câncer de próstata está localizado, porém avançado, ou seja, já ultrapassou o limite da glândula, o tratamento pode ser feito por meio do bloqueio do hormônio masculino testosterona, associado à cirurgia ou radioterapia.

Em caso de metástase, ou seja, quando o câncer de próstata já se disseminou para outros órgãos e tecidos, o tratamento pode ser feito através do bloqueio do hormônio testosterona. Isso porque as células cancerosas são estimuladas por esse hormônio. Ao bloquear a ação do mesmo, o tumor, esteja ele localizado em qualquer parte do corpo, pode regredir e não evoluir.

Quando a terapia hormonal não produz resultados, o tratamento do câncer de próstata é feito com quimioterapia.

Cirurgia

A cirurgia para câncer de próstata consiste na retirada completa da próstata, vesículas seminais e gânglios linfáticos eventualmente afetados. Após a retirada da glândula, a bexiga é ligada à uretra por meio de pontos. Depois, uma sonda que sai pelo canal da uretra drena a urina. A sonda é mantida durante 5 a 14 dias.

Durante o procedimento cirúrgico, os nervos responsáveis pela ereção, que se localizam muito próximos à próstata, podem ou não ser preservados. A preservação dos nervos depende sobretudo do tumor ter ou não invadido os nervos.

A cirurgia para câncer de próstata pode ser feita pela via abdominal convencional (aberta), por laparoscopia ou pela via perineal (região entre ânus e genitais).

Na via abdominal, é feito um corte no abdômen que vai do umbigo ao osso púbico.

A cirurgia por laparoscopia, são feitos 4 ou 5 pequenos cortes de 5 a 10 mm no abdômen. Depois, é injetado gás por esses orifícios para favorecer a visualização da cavidade abdominal. A seguir, o laparoscópio é inserido por um desses furos e fornece imagens através de uma microcâmera.

Já na via perineal, a incisão (corte) é feita entre o saco escrotal e o ânus, fornecendo um acesso direto à próstata. Essa forma de procedimento cirúrgico pode limitar a retirada de gânglios linfáticos que possam estar afetados pelo tumor.

Radioterapia

O tratamento com radioterapia consiste na aplicação de radiação na próstata. A radiação pode ser aplicada externamente ou através do implante de sementes radioativas diretamente na próstata.

No caso de suspeita de câncer de próstata, um médico urologista deve ser consultado o quanto antes. Os exames de rastreamento podem ser realizados a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos para homens histórico familiar de câncer de próstata.

Logo após a relação sexual tenho dor de cabeça. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É preciso observar se a dor de cabeça começa mesmo logo após a relação sexual ou se ela tem início durante o ato. Existem muitos tipos de dor de cabeça (cefaleia) e um deles está relacionado ao orgasmo (cefaleia orgástica).

Este tipo de dor de cabeça atinge homens e mulheres, podendo acontecer antes do orgasmo (menos comum), no início da excitação ou da relação sexual, com aumento progressivo à medida que a pessoa vai se excitando. No entanto, o mais comum é que essa dor de cabeça aconteça durante o orgasmo, no momento do clímax.

Caracteriza-se como uma dor explosiva, sentida em toda a cabeça ou apenas na nuca. Este tipo de cefaleia pode durar até 2 dias, podendo desaparecer em até uma hora se o indivíduo interromper a atividade sexual. Pode ter intensidade tão forte que em muitos casos é preciso interromper a relação sexual.

A principal causa dessa dor de cabeça ainda não é conhecida. Pode estar relacionada com o aumento da pressão sanguínea durante a relação sexual, enxaquecas ou até estresse.

O melhor é procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial. Em casos de maior gravidade, quando as crises são muito intensas e frequentes, pode ser necessário o acompanhamento pelo neurologista para uma investigação mais aprofundada da causa dessa cefaleia após as relações sexuais.

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Ranitidina: para que serve e qual é a indicação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A ranitidina é uma medicação indicada para tratamento de úlceras ativas no estômago e intestino, excesso na produção de ácido no estômago, inflamação no esôfago (esofagite), tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, prevenção de úlceras gástricas causadas por estresse ou pelo uso de medicações, prevenção de azia, alívio na queimação e auxiliar na erradicação do H. pylori juntamente com outras medicações.

O cloridrato de ranitidina serve para tratar úlcera duodenal e úlcera gástrica. O medicamento também é usado para prevenir úlcera duodenal relacionado com o uso de medicamentos anti-inflamatórios, sobretudo em pessoas que já tiveram ou têm úlcera péptica causada por H. pylori, úlcera de pós-operatório e esofagite de refluxo.

Estudos mostraram que o uso de ranitidina combinado com amoxicilina e metronidazol pode eliminar a bactéria H. pylori em quase todas as pessoas, sendo assim eficaz para prevenir o reaparecimento das úlceras.

O cloridrato de ranitidina serve também para aliviar os sintomas de refluxo gastroesofágico, síndrome de Zollinger-Ellison e a dor estomacal durante e após as refeições.

A ranitidina é indicada ainda para diminuir a produção de suco gástrico pelo estômago em casos de úlcera, hemorragia gástrica ou duodenal e ainda para prevenir aspiração de ácido estomacal.

Uma dose de 150 mg de cloridrato de ranitidina pode inibir a secreção de ácido gástrico durante um período de 12 horas.

O cloridrato de ranitidina pode curar, em média, 80% dos casos de úlcera duodenal em até 4 semanas. A eficácia para tratar úlcera gástrica é maior, chegando aos 89% dos casos em 3 meses de tratamento. 

No tratamento da esofagite erosiva, a ranitidina também é muito eficaz, com taxas de cura de aproximadamente 82%.

Como tomar ranitidina? Adultos

Em adultos com úlcera duodenal e úlcera gástrica, a dose geralmente indicada é de 150 mg, 2 vezes ao dia, ou uma única dose de 300 mg, à noite.

Grande parte das úlceras cicatrizam em até 4 semanas de tratamento com cloridrato de ranitidina. Contudo, em alguns casos, dependendo da doença, o tempo de tratamento pode ser de até 3 meses.

Nos tratamentos mais prolongados, a dose de ranitidina normalmente usada é de 150 mg, à noite. Para prevenir úlceras provocadas por anti-inflamatórios, a dose administrada geralmente é de 150 mg, 2 vezes ao dia.

Os comprimidos de ranitidina devem ser ingeridos com 1 copo de água. No caso de se esquecer de tomar alguma dose, o medicamento deve ser tomado o quanto antes, mantendo o horário normal das doses seguintes.

Crianças

Para crianças, a dose de cloridrato de ranitidina indicada é de 2 a 4 mg/kg, 2 vezes ao dia. A dose máxima diária não deve ultrapassar 300 mg.

Quais são os efeitos colaterais da ranitidina?

Os efeitos colaterais da ranitidina são raros. As reações observadas incluem urticária, febre, broncoespasmo, pressão baixa, dor no peito, alterações transitórias e reversíveis nos exames para o fígado e erupções cutâneas.

Outros efeitos colaterais da ranitidina, considerados muito raros (menos de 1 caso em cada 10.000 pessoas que tomam o medicamento):

⇒ diminuição do número de células do sangue, choque anafilático, confusão mental;

⇒ depressão, alucinações, dor de cabeça forte, vertigem;

⇒ movimentos involuntários, visão turva, inflamação de vasos sanguíneos;

⇒ pancreatite, diarreia, hepatite, dores musculares e articulares;

⇒ nefrite, impotência e crescimento das mamas em homens.

É importante usar a ranitidina apenas com orientação médica, na dosagem e horários indicados e pelo período de tempo prescrito.

Caso não haja melhora dos sintomas com o uso da medicação, retorne em consulta com o/a médico/a para uma nova avaliação.

Após cirurgia de aneurisma cerebral é normal ter dor de cabeça?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As dores de cabeça que a sua mãe sente podem ser decorrentes da cirurgia e do processo de recuperação, isto porque cirurgias que são realizadas na cabeça, como a de aneurisma cerebral, podem deixar como sequela dores de cabeça, principalmente nos primeiros dias após a operação. 

A dor é esperada, mas desde que dentro de um limite. Provavelmente ela deve ter retorno no neurologista, que provavelmente irá avaliar e solicitar novos exames de imagem para avaliar o resultado da cirurgia e as causas da dor de cabeça.

O que é um aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral caracteriza-se por uma área de fraqueza na parede de uma artéria localizada dentro do crânio. Essa parte mais fraca do vaso sanguíneo tende a ficar mais dilatada e é preenchida com sangue. Em geral, o aneurisma cerebral se desenvolve na bifurcação das artérias, pois ser a porção mais frágil da sua estrutura.

A dilatação da artéria pressiona nervos ou outras estruturas do cérebro localizadas próximas a ela. E alguns casos, o aneurisma pode se romper e causar hemorragia, que acaba por comprimir estruturas adjacentes à artéria.

O aneurisma cerebral pode ocorrer em qualquer área do cérebro, embora a maioria dos casos ocorra na base do crânio.

O que pode causar um aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral pode ter causa congênita, ou seja, a fraqueza na parede da artéria pode estar presente desde o nascimento. Os aneurismas são mais frequentes em pessoas que já possuem outras doenças genéticas ou circulatórias.

Os aneurismas cerebrais também podem ter outras causas, como traumatismos, tabagismo, pressão alta (hipertensão arterial), infecções, tumores, aterosclerose, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e outras drogas.

Quais são os sintomas de um aneurisma cerebral?

Na maioria dos casos, os sinais e sintomas do aneurisma cerebral só se manifestam quando o aneurisma aumenta de tamanho ou se rompe. Os sintomas são decorrentes da compressão das estruturas vizinhas ao aneurisma.

Os sinais e sintomas do aneurisma cerebral podem incluir dor acima e ao redor dos olhos, formigamento, fraqueza ou paralisia facial em apenas um lado da face, dilatação das pupilas, alterações visuais e aumento da sensibilidade à luz (fotofobia).

Em casos de hemorragia, quando o aneurisma se rompe, o principal sintoma é uma forte dor de cabeça, que começa subitamente. As dores de cabeça também podem surgir dias antes do aneurisma se romper, porém, a dor é mais leve.  

Juntamente com a dor de cabeça, podem estar presentes também visão dupla, náuseas, vômitos, rigidez da nuca e perda da consciência.

O aneurisma cerebral, quando se rompe, provoca um derrame cerebral, que pode provocar lesões permanentes no cérebro ou levar à morte.

Qual é o tratamento para aneurisma cerebral?

Para aneurismas cerebrais pequenos, o tratamento consiste apenas acompanhamento regular. O tratamento do aneurisma cerebral depende do tamanho do aneurisma, da sua localização e do quadro clínico da pessoa.

Normalmente, o tratamento do aneurisma cerebral é feito através de cirurgia. O procedimento cirúrgico pode ser feito por clipagem, que consiste em interromper a circulação sanguínea através da implantação de um clipe de metal na artéria.

Outra forma de tratar o aneurisma é através da embolização. O procedimento é feito através da inserção de um cateter na artéria femoral, que é guiado até o aneurisma. A seguir, é colocado um dispositivo em forma de espiral no aneurisma para preenchê-lo, bloquear o fluxo sanguíneo e permitir a coagulação do sangue.

Para aliviar os sintomas do aneurisma, também podem ser indicados medicamentos anticonvulsivantes e analgésicos.

Além do tratamento específico do aneurisma cerebral, também é importante tratar outras doenças que podem estar presentes, como a pressão alta, por exemplo.

O diagnóstico e tratamento do aneurisma cerebral é da responsabilidade do médico neurologista ou neurocirurgião.

Qual é o tratamento para a dengue?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

O tratamento para dengue inclui basicamente hidratação e alívio sintomático. A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus, e que se caracteriza, na sua forma clássica (simples), por febre, dor de cabeça atrás dos olhos, dores musculares, dores nas articulações e vermelhão na pele. Nas formas graves, ela pode evoluir para a dengue hemorrágica, em que há sangramento espontâneo, perda de líquido da circulação sanguínea e consequente mau funcionamento dos órgãos.

Por se tratar de infecção viral, não existe um tratamento específico. Sendo assim, o mais importante é tentar evitar a transformação da dengue clássica em dengue hemorrágica.

A forma mais adequada de se fazer isso é por meio da hiper-hidratação, ou seja, o paciente deve ingerir grandes quantidades de líquido. Em alguns casos, pode ser necessário internar a pessoa, e fazer essa hidratação com soro através da veia. Além disso, analgésicos e outros sintomáticos podem ser prescritos no sentido de aliviar as febres e dores.

Leia também: Dengue pode virar hepatite, meningite ou pneumonia?

Todo o tratamento precisa ser indicado e acompanhado por um médico clínico geral ou infectologista.

E é fundamental ressaltar que não devem ser usados medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico ou seus derivados, já que eles podem induzir a graves complicações nos quadros de dengue. No Brasil, esses medicamentos são identificados pelos dizeres "ESTE MEDICAMENTO É CONTRAINDICADO NO CASO DE SUSPEITA DE DENGUE".

O que é o exame de captura híbrida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de captura híbrida para HPV é um teste de alta sensibilidade, realizado pelo médico/a ginecologista, capaz de detectar a presença de DNA do HPV e revelar o tipo do vírus encontrado, ao todo são 18 tipos, 13 de alto risco e 5 de baixo risco para câncer, mesmo antes de aparecerem as lesões. 

Para realizar o exame de captura híbrida, é colhido material do colo do útero ou da vagina com uma espécie de escovinha e o material é enviado para análise laboratorial. No caso do homem, o material é colhido da uretra, pênis ou região anal, por meio de escovado ou raspagem.

Além do HPV, a captura híbrida pode detectar micro-organismos causadores de doenças infecciosas, que não tenham sido encontrados por meios habituais, os mais comuns são a Clamydia e Gonococos.

Uma grande vantagem da captura híbrida é não apresentar falso-positivo por contaminação da amostra, nem falso-negativo devido à presença de enzimas do colo uterino e outras substâncias. Assim, o teste de captura híbrida para HPV complementa os exames citológicos e histopatológicos, que podem apresentar resultados duvidosos.

Vale lembrar que o câncer de colo do útero surge, em média, 10 a 15 anos após a contaminação pelo HPV, o que faz do exame de captura híbrida um importante instrumento para detectar precocemente o vírus e prevenir a doença.

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