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Endometriose pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não há evidência de que a endometriose possa causar câncer. Além disso, a incidência de câncer não parece ser maior em mulheres com endometriose do que nas mulheres da população em geral. 

No entanto, observa-se que alguns tipo de câncer de ovário são ligeiramente mais frequentes em mulheres com endometriose, por isso muitas vezes pensa-se que a endometriose causaria ou se transformaria em câncer, mas na verdade ainda não se sabe qual é a relação exata entre endometriose e o risco de câncer.

É importante salientar que a endometriose é uma doença benigna e a sua associação com o desenvolvimento de câncer depende de outros fatores, como predisposição genética e fatores ambientais.

Os casos de câncer ovariano relacionados à endometriose costumam se manifestar ainda nas fases iniciais, com lesões de baixo grau e com maiores chances de cura, quando comparados com os casos não associados à endometriose.

A endometriose profunda caracteriza-se pela presença de lesões de endometriose com mais de 5 mm de profundidade.

Saiba mais em: O que é endometriose profunda e quais os sintomas?

Normalmente essas lesões surgem na forma de nódulos e podem acometer qualquer órgão pélvico, sobretudo os ligamentos uterinos, vagina, intestino e bexiga.

Para mais esclarecimentos sobre a endometriose consulte o seu médico ginecologista ou médico de família.

Leia também:

Endometriose tem cura? Qual o tratamento?

Quais são os sintomas do câncer de ovário?

Quais são os sintomas da conjuntivite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas de conjuntivite são: vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, secreção, sensação de areia no olho e coceira. A conjuntivite é altamente contagiosa e tem início em um olho, mas quase sempre afeta o segundo em poucos dias, muitas vezes com gravidade diferente. Os sintomas da conjuntivite são os mesmos em adultos, crianças e bebês.

As conjuntivites podem ser virais, bacterianas, ou causadas por fungos, alergias, traumas e irritação química, como os protetores solares que, juntamente com o suor, irritam os olhos.

Na conjuntivite viral e bacteriana, existe sempre a presença de vermelhidão nos olhos e secreção. Os outros sinais e sintomas da conjuntivite variam conforme o agente causador.

Alguns tipos de conjuntivite podem causar dor e redução da visão, pois formam uma falsa membrana inflamatória que arranha e que tem que ser removida para melhorar o quadro mais rapidamente. É comum ter que remover a membrana várias vezes. 

Porém, o sintoma mais grave é a inflamação da córnea (ceratite intersticial) de origem imunológica, que pode reduzir a visão e permanecer durante meses, sendo necessário um tratamento prolongado com corticoides.

Como identificar a conjuntivite viral?

A conjuntivite viral pode manifestar sinais e sintomas semelhantes aos de uma gripe ou resfriado, como nariz entupido, presença de secreção e tosse. De manhã, ao acordar, as pálpebras podem estar "grudadas". Também é comum haver inchaço na região dos olhos, que ficam vermelhos e libertam secreção, bem como sensação de ardência ou areia nos olhos.

Leia também: Olhos inchados: quais as causas e tratamento?

Após um período de 2 a 7 dias, os sintomas da conjuntivite viral começam a se manifestar no segundo olho. O pico da evolução dos sintomas normalmente ocorre entre o 3º e o 5º dia. Depois de uma ou duas semanas o quadro começa a melhorar progressivamente.

Como se transmite a conjuntivite viral?

A conjuntivite viral transmite-se com muita facilidade. A transmissão da doença se dá pelo contato direto ou indireto com secreções, além de ser altamente transmissível quando estão muitas pessoas aglomeradas, como em piscinas, por exemplo.

A conjuntivite viral é o tipo de conjuntivite mais comum, podendo inclusive ser uma consequência de outra doença provocada por vírus que esteja afetando todo o corpo. 

O principal vírus causador da conjuntivite viral é o adenovírus, cujo período de incubação varia entre 5 e 12 dias. Porém, a infecção causada pelo vírus geralmente resolve-se espontaneamente dentro um determinado período de tempo. Depois de estar curada da conjuntivite, a pessoa fica imune ao vírus.

Quais os sinais e sintomas da conjuntivite bacteriana?

Os sintomas iniciais da conjuntivite bacteriana geralmente surgem em apenas um olho, que fica vermelho e irritado. A secreção é eliminada juntamente com pus, podendo ser amarelada, esverdeada ou esbranquiçada. No 2º ou 3º dia os sinais e sintomas começar a se manifestar no outro olho.

Uma das principais diferenças entre as conjuntivites virais e bacterianas é a presença de pus na secreção, enquanto que nas virais ela não é purulenta.

O médico clínico geral ou médico de família podem tratar casos de conjuntivite. Na presença de outras patologias ou doenças crônicas oculares, o paciente pode ser encaminhado ao oftalmologista.

Como ocorre a transmissão da conjuntivite bacteriana?  

A conjuntivite bacteriana afeta sobretudo crianças e muitas vezes provocam epidemias de conjuntivite. A principal bactéria causadora da doença é o Staphylococcus aureus. 

Assim como a conjuntivite viral, a conjuntivite bacteriana é altamente contagiosa. A forma de transmissão também é a mesma, ou seja, através do contato direto com secreções ou objetos e superfícies contaminadas com a bactéria ou com secreções de alguém infectado.

A conjuntivite bacteriana tem tendência para atingir pessoas com a imunidade baixa, podendo causar alterações na parte branca do olho e nas lágrimas.

Qual é o tratamento para conjuntivite?

O tratamento da conjuntivite consiste em lavar várias vezes os olhos com soro fisiológico ou água filtrada fria. Nas conjuntivites bacterianas, fúngicas e alérgicas são utilizados medicamentos específicos, enquanto que nas conjuntivites irritativas e virais o tratamento é inespecífico, com lavagem e colírios anti-inflamatórios.

O/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família podem tratar casos de conjuntivite. Na presença de outras patologias ou doenças crônicas oculares, o/a paciente pode ser encaminhado ao/à oftalmologista.

Saiba mais em: Olhos inchados: quais as causas e tratamento?

Fissura anal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a fissura anal tem cura. A fissura anal cura-se espontaneamente na maioria dos casos. Em outros, a fissura anal pode ser curada através da aplicação local de cremes, uso de laxantes e lavagem do local com água morna.

Quando os sintomas permanecem por vários dias e não há resposta ao tratamento, o quadro deve ser reavaliado. Nesses casos, a origem da fissura anal pode estar em doenças que afetam o intestino, como a Doença de Crohn. Quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios, pode ser necessário realizar cirurgia.

Qual é o tratamento para fissura anal?

O tratamento da fissura anal irá depender se ela é aguda ou crônica. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e o espasmo além de curar a ferida.

A maioria dos casos apresenta uma boa melhora apenas com o tratamento conservativo. Esse pode ser feito com aumento da ingestão de líquidos e uma dieta rica em fibras.

Também é indicado o uso de pomadas com anestésico local, além de banho de assento com água morna para aliviar a dor.

Em alguns casos, a cirurgia pode ser indicada para uma melhor resolução da fissura anal.

O que é fissura anal?

A fissura anal é uma ferida localizada no ânus, que causa dor, sangramento e coceira. As principais causas de fissura anal incluem a prisão de ventre devido ao endurecimento das fezes, diarreia e inflamação do canal anal.

Caso você apresente fissura anal, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou proctologista para uma avaliação detalhada.

Diferenças entre Esquizofrenia e Depressão
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As diferenças entre esquizofrenia e depressão são bastante significativas. Apesar de muitas vezes o paciente esquizofrênico apresentar também depressão, esta última em geral se instala após o aparecimento da esquizofrenia.

Embora a apatia e a falta de motivação se manifestem na esquizofrenia e na depressão, existem outros sinais e sintomas que podem facilmente diferenciar uma doença da outra.

Características da Esquizofrenia

A esquizofrenia é um transtorno mental que provoca crises de psicose caracterizadas por delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento amplamente desorganizado ou catatônico, negativismo, alterações da afetividade (indiferença, falta de expressão afetiva) e perda de motivação.

O esquizofrênico também pode apresentar dificuldade de concentração, alterações na coordenação motora, desconfiança excessiva e indiferença.

As alucinações são sobretudo auditivas e caracterizam-se pela sensação de ouvir vozes que não são reais. Os delírios geralmente se manifestam pela sensação de perseguição devido a situações irreais.

O discurso do esquizofrênico é desorganizado e os comportamentos são inadequados, com falas e atitudes sem sentido ou lógica. Também apresentam mudanças de humor sem razão aparente, manifestando alegria ou tristeza.

Outro sintoma da esquizofrenia é a dificuldade de memória, organização e entendimento em relação a assuntos, ideias e pormenores.

No trabalho, os esquizofrênicos normalmente têm dificuldade de relacionamentos, podendo apresentar ainda dificuldade nos estudos ou nas relações familiares.

Os sintomas da esquizofrenia tendem a se manifestar entre a adolescência e a idade adulta, até mais ou menos os 30 anos de idade. O indivíduo começa a apresentar mudanças de comportamento e nos relacionamentos sociais e interpessoais.

A causa da esquizofrenia está relacionada com fatores genéticos, ambientais e psicológicos.

A doença geralmente evolui em episódios agudos onde surgem vários destes sintomas, sobretudo delírios e alucinações. As crises são intercaladas por períodos de remissão, com poucos sintomas manifestos.

Características da Depressão

A depressão, um outro transtorno mental, caracteriza-se por uma tristeza profunda, duradoura e muito forte que o paciente não consegue vencer.

Os seus principais sintomas são: tristeza profunda e duradoura, falta de interesse ou prazer em atividades que se gosta de fazer, sensação de vazio, falta de energia, apatia, desânimo, falta de vontade de desempenhar tarefas, falta de esperança, pensamentos negativos, pessimismo e autodesvalorização.

A depressão ainda pode causar dificuldade de concentração, sono irregular, perda de apetite, ansiedade, dor de cabeça e desconfortos estomacais.

Casos mais graves de depressão podem levar também a ideias de morte e tentativas de suicídio. A depressão geralmente é recorrente, ou seja, o paciente tem episódios de depressão de tempos em tempos.

Porém, pacientes com depressão não apresentam alucinações e delírios, como frequentemente ocorre com os esquizofrênicos, a menos que tenham um outro transtorno mental.

Uma pessoa com esquizofrenia pode desenvolver uma depressão, mas esses dois transtornos diferem e devem ser tratados e diagnosticados separadamente pelo médico de família ou psiquiatra.

Uso de anti-inflamatórios aumentam a pressão?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, pode aumentar. Os anti-inflamatórios aumentam a pressão quando usados de forma excessiva por longos períodos, além disso, podem inclusive reduzir o efeito dos medicamentos anti-hipertensivos.

Os anti-inflamatórios são medicamentos que agem na inibição das prostaglandinas, que são substâncias que temos naturalmente em nosso organismo e agem em diferentes processos, como indução da dor e resposta inflamatória, febre, menstruação, controle da pressão arterial e proteção gástrica.

Alguns anti-inflamatórios utilizados comumente são o ibuprofeno, diclofenaco, nimesulida, cetoprofeno, naproxeno, entre outros.

Atualmente, recomenda-se que os anti-inflamatórios sejam usados pelo menor tempo possível, na dose mais baixa, e apenas quando forem prescritos pelo médico. Isto porque, são remédios que podem levar a uma série de problemas e efeitos quando usados de forma indiscriminada por longos períodos como por exemplo, aumento do risco de gastrite, úlcera, insuficiência renal e sangramentos.

Caso precise fazer uso de anti-inflamatórios consulte sempre o seu médico de família ou clínico geral.

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O médico constatou um Hérnia Inguinal, posso fazer academia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A academia e qualquer esforço físico nesse momento pode piorar a hérnia, por isso não deve fazê-lo antes do tratamento ou liberação médica.

No caso de uma hérnia pequena, que não oferece risco imediato de complicações, poderá até ser liberado para realizar alguma atividade física, com intuito de manter os hábitos saudáveis, seguindo as devidas orientações. Se houver qualquer risco estará contraindicado de forma absoluta. Portanto dependerá de diversos fatores, que cabe ao médico na sua avaliação, definir.

Resumindo, depende da avaliação e orientação do médico cirurgião geral.

Depois da cirurgia sim, é claro que deverá aguardar um tempo e ser reavaliado quanto ao resultado da cirurgia, porém após o procedimento habitual de correção da parede muscular e instalação de material mais resistente, como as telas, não existe mais contraindicação para atividades físicas ou participar de academia.

O que é a hérnia inguinal?

A hérnia inguinal é a passagem de uma parte da alça intestinal pelo canal inguinal. Isso ocorre devido ao enfraquecimento da parede muscular desse canal, que principalmente nos homens já é mais enfraquecida devido a passagem dos testículos no seu desenvolvimento. Fato inclusive que justifica a maior incidência de hérnias inguinais nesse gênero.

Os fatores de risco relacionados a formação da hérnia, além do gênero masculino, são situações que levem ao aumento da pressão intra-abdominal, como os exercícios físicos exagerados, constipação intestinal, obesidade, sedentarismo, gestação e dificuldade de urinar (doenças da próstata). Ou seja, tudo o que leva ao aumento da pressão dentro do abdômen, facilita a passagem de órgãos intra-abdominais, pelo canal inguinal, consequentemente à formação da hérnia.

Leia também: O que é hérnia inguinal e quais os sintomas?

Quais os riscos que a hérnia oferece?

A maior preocupação entre as complicações de uma hérnia, é o encarceramento, que significa incapacidade da alça intestinal retornar à cavidade, ela fica presa no canal, mesmo após as manobras de redução, como se manter deitado e em repouso.

Em geral, as hérnias deslizam pelo canal, no momento do aumento da pressão, e após repouso ou manobras de redução da hérnia, elas voltam para a cavidade abdominal. Quando por algum motivo ela não consegue mais retornar, leva a um comprometimento da circulação sanguínea local, com risco de isquemia, necrose da alça intestinal, rotura da parede da alça, com passagem do conteúdo intestinal para a cavidade abdominal, resultando em um processo infeccioso grave - infecção generalizada (sepse). Uma complicação com altas taxas de mortalidade.

Além do encarceramento, outras situações menos preocupantes podem ocorrer, como:

  • Dor local
  • Cólicas abdominais
  • Obstrução intestinal
  • Questões psicológicas - devido a estética local.

Portanto, procure um médico cirurgião geral, para esclarecer as demais dúvidas sobre o assunto e sobretudo, determinar seu tratamento.

Pode lhe interessar também: Hérnia inguinal: como é a cirurgia e recuperação no pós-operatório?

Quando o gosto amargo na boca é sinal de problema de fígado? O que fazer?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Popularmente, dizem que o gosto amargo na boca pode ter origem em problema de fígado ou de digestão. As doenças e problemas do fígado podem causar gosto amargo na boca, apesar de não serem as causas mais comuns.

Alguns sinais e sintomas associados ao gosto amargo na boca podem ajudar a perceber quando ele é causado por problemas de fígado:

Fraqueza, cansaço e digestão difícil

Esses são os sintomas que podem estar presentes quando você come muito, mas quando são constantes podem indicar pedras na vesícula e doença hepática gordurosa não alcoólica (gordura no fígado). Ter diabetes, colesterol alto, doença cardíaca ou ter retirado a vesícula são outros sinais associados a essas doenças.

Diminuição do apetite e alterações de paladar

Além de fraqueza e cansaço, esses são outros sinais que podem estar presentes para quem tem doenças crônicas do fígado, como a hepatite C. A percepção de alguns sabores, como o doce, pode estar aumentada e o prazer em comer diminui. Outros sinais possíveis são:

  • Perda de peso
  • Náuseas
  • Vômitos

Algumas hepatites são causadas por vírus. Você pode pegar a doença se algum líquido do corpo de uma pessoa doente (sangue, sêmen e muco vaginal) entrar no seu corpo. Isso pode acontecer no contato sexual e no uso de drogas com seringas ou agulhas compartilhadas.

Você também pode ficar doente quando um dentista, manicure, pedicure, quem coloca seu piercing ou faz sua tatuagem não lavar e esterilizar da forma adequada o material que utiliza. As hepatites virais podem ser transmitida para o bebê durante a gravidez, se a mãe tiver a doença.

Pele e branco dos olhos amarelados

Você pode perceber que a pele e branco dos olhos estão amarelados no início de uma hepatite viral ou quando uma doença hepática crônica se agrava (como no caso da cirrose). Outros sintomas, além do gosto amargo na boca, podem ser:

  • Perda de peso e de apetite
  • Fraqueza
  • Cansaço

Na cirrose, podem aparecer, ainda:

  • Inchaço, principalmente na barriga (ascite)
  • Efeitos no sistema nervoso central (confusão, problemas psiquiátricos, de equilíbrio e de locomoção)

A cirrose hepática pode ser consequência de muitos anos de alcoolismo, de uma hepatite causada por vírus ou por medicamentos, principalmente.

O que fazer para diminuir o gosto amargo na boca?

O tratamento da doença que está causando o gosto amargo é a medida mais adequada. Isso já ajuda a diminuir o gosto amargo na boca. Para identificar qual é o seu problema e iniciar o tratamento, você precisa procurar um médico de família ou clínico geral.

Há algumas medidas indicadas para diminuir a sensação:

  • Escovar os dentes e a língua
  • Beber água em quantidade suficiente

O nível de zinco no sangue normalmente diminui com os problemas do fígado. Isso é uma das causas da sensação de gosto amargo na boca. O nível baixo do mineral também pode causar piora da doença hepática, entre outros efeitos. Por isso, é indicado o uso de um suplemento à base de zinco quando você tem uma doença hepática e sente o gosto amargo na boca.

Se tiver um diagnóstico de doença do fígado, consulte o médico para saber se pode usar essas ervas que costumam ajudar no seu funcionamento e podem diminuir o gosto amargo da boca:

  • Chá de boldo do Chile e de alcachofra
  • Berinjela e alcachofra (há remédios de venda livre que contêm esses alimentos)
  • Tianma Gouteng (é uma planta usada na medicina chinesa)
Outros problemas que causam gosto amargo na boca

As doenças e problemas do fígado podem causar gosto amargo na boca. Entretanto, é mais comum que ele esteja associado a:

  • Problemas na boca: cáries, língua com placa bacteriana (quando a língua fica branca) ou inflamações e sangramentos na gengiva e na boca
  • Alterações hormonais na gravidez
  • Transtornos de ansiedade e depressão
  • Fumo
  • Uso de alguns medicamentos: anti-hipertensivos, antidepressivos, remédios para gota, anti-inflamatórios, antibióticos, antialérgicos, anticonvulsivantes, antiparasitários são os principais
  • Doenças: doença do refluxo gastroesofágico, diabetes, gripe ou dor de garganta são alguns exemplos

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Referências:

Cherkashchenko NA, Livzan M A, KrolevetsT S. Clinical features of the comorbid course of non-alcoholic fatty liver disease and gallstone disease. Ter Arkh. 2020; 92(8): 29-36.

Musialik J, Suchecka W, Klimacka-Nawrot E, Petelenz M, Hartman M, Błońska-Fajfrowska B. Taste and appetite disorders of chronic hepatitis C patients. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2012; 24(12): 1400-5.

Tuerk MJ, Fazel N. Zinc deficiency. Curr Opin Gastroenterol. 2009; 25(2): 136-43.

Meng Xing, Xing-Jiang Xiong. Traditional Chinese medicine insights of newly-diagnosed and young hypertension and clinical practice of Tianma Gouteng Decoction for hypertension treatment. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi. 2020; 45(12): 2752-59.

Sibutramina pode causar câncer no estômago?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, sibutramina não causa câncer no estômago. O medicamento pode provocar outros efeitos colaterais, mas não há nenhum relato até o momento de associação com câncer.

Os efeitos colaterais mais comuns da sibutramina são:

  • Boca seca;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Dor de cabeça;
  • Prisão de ventre;
  • Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados);
  • Insônia.

A sibutramina também pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como derrame e infarto, em pessoas que já têm uma predisposição elevada para desenvolver essas doenças.

Apesar dos seus efeitos colaterais, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) afirmam que a sibutramina é o único medicamento usado no tratamento da obesidade com ação central, aprovado no Brasil para uso a longo prazo.

A sibutramina é um medicamento de tarja preta e só pode ser utilizado com prescrição e supervisão de um médico endocrinologista, médico de família ou clínico geral habilitados para o tratamento medicamentoso da obesidade.

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