O sopro no coração ocorre toda vez que há algum defeito nas válvulas cardíacas, fazendo com que o sangue não circule de modo correto dentro do coração.
Existem 4 válvulas cardíacas (aórtica, pulmonar, mitral e tricúspide), que se abrem e fecham de modo sincronizado com os batimentos do coração. As válvulas se abrem para deixar o sangue passar e depois de fecham para impedir o seu retorno.
Há dois defeitos básicos que podem acontecer nas válvulas cardíacas e causar sopro no coração:
- Estenose: quando a válvula não se abre completamente, e o sangue encontra dificuldade para passar de uma câmara cardíaca para outra;
- Regurgitação ou insuficiência: quando a válvula não se fecha completamente, permitindo o refluxo do sangue na direção contrária da qual deveria seguir.
Algumas condições como febre, anemia, hipertireoidismo (funcionamento exacerbado da glândula tireoide), exercício físico e gravidez, podem causar o aparecimento de um sopro cardíaco temporário, sem que aconteça alteração nas válvulas cardíacas. Porém, esse sopro desaparece assim que sua causa é eliminada.
Além destas causas, é relativamente comum o acontecimento de sopro cardíaco em crianças, sem problemas cardíacos, que desaparece espontaneamente com o crescimento. Ele ocorre devido às desproporções entre os tamanhos das estruturas do coração e seus vasos.
As características do sopro benigno são: ser sistólico (ocorre durante a contração do coração) e de baixa intensidade. Além disso, fica mais intenso quando a pessoa se deita e diminui ou desaparece quando se senta ou fica em pé.
São defeitos que já estão presentes ao nascimento e usualmente associa-se a outros sintomas de surgimento precoce, como problemas no desenvolvimento, falta de ar ao mamar, falta de apetite e cianose (lábios arroxeados).
Esses defeitos podem ser das válvulas cardíacas, mas também podem ocorrer por um defeito no septo que separa os ventrículos.
Na maioria das pessoas, os ventrículos esquerdo e direito nunca se comunicam, mas defeitos durante a formação da parede entre ambos podem causar pequenos "buracos" que permitem a passagem de sangue. Este fluxo de sangue anormal também produz sopro.
Prolapso da válvula mitralAcontece quando os folhetos da válvula mitral são mais "frouxos", permitindo a regurgitação de sangue durante a contração do coração. Estima-se que a prevalência esteja abaixo de 2,5% de população. Poucas vezes requer tratamento cirúrgico, contudo é necessário consultar um cardiologista.
Febre reumáticaDoença prevalente em países subdesenvolvidos, acontece como consequência da infecção da garganta ou da pele pelo estreptococo. Esta bactéria compartilha proteínas que são similares às estruturas cardíacas, levando o sistema imune do paciente a atacar erroneamente as estruturas cardíacas, especialmente as válvulas.
Não são todas as pessoas que desenvolvem febre reumática após infecção de garganta. É necessário ter uma predisposição individual e uma infecção de garganta causada por cepas específicas do Streptococcus pyogenes para se ter febre reumática. Além disso, é mais frequente quando a pessoa não recebeu um tratamento adequado com medicamentos antibióticos.
A febre reumática pode trazer sintomas na forma aguda, logo após a infecção estreptocócica, que incluem febre, artrite, nódulos subcutâneos, coreia (movimentos involuntários similares a uma dança) e eritema marginado, mas também pode permanecer assintomática, até que o defeito provocado na válvula leve a um mau funcionamento do coração (insuficiência cardíaca).
O tratamento da febre reumática deve ser feito por um médico e muitas vezes será necessária cirurgia cardíaca para correção do problema valvular.
Endocardite infecciosaAcontece quando um micro-organismo, principalmente bactérias e fungos, infecta as válvulas do coração. Associa-se quase sempre à febre prolongada. Acontece geralmente quando uma bactéria ou fungo circulante na corrente sanguínea se aloja em uma das válvulas, multiplicando-se e formando o que chamamos de vegetação valvar.
Se não for reconhecida e tratada a tempo, a endocardite infecciosa destrói a válvula cardíaca acometida, levando o paciente a um quadro de insuficiência cardíaca aguda e grave, além de poder levar a outras complicações, como derrame cerebral, inflamação dos rins, embolia pulmonar e gangrena de membros.
O tratamento é feito com antibióticos por via endovenosa e deve ser feito por um período de quatro a seis semanas.
Calcificação da válvulaAcontece em idosos e as válvulas normalmente acometidas são a mitral e a aórtica. É a causa mais comum nos países desenvolvidos.
Insuficiência cardíaca dilatadaQuando o coração fica "inchado", os folhetos das válvulas se afastam, permitindo a regurgitação do sangue. As causas mais comuns de insuficiência cardíaca são infarto do miocárdio, hipertensão arterial e problemas na válvulas cardíacas.
O que é sopro no coração?Sopro no coração é um som audível decorrente de um evento mecânico que ocorre dentro do coração ou dos vasos sanguíneos.
O sopro cardíaco é percebido na ausculta realizada durante o exame clínico e pode ser melhor avaliado pelo ecocardiograma, que mostrará a válvula e o grau de acometimento. Em alguns casos, o cardiologista deverá ser procurado para orientar o melhor tratamento.
O soro caseiro deve ser tomado em casos de diarreia e vômitos, para prevenir a desidratação. Apesar de não cortar a diarreia, o soro caseiro repõe o líquido e os sais minerais eliminados nas fezes ou vômitos.
Para tomar o soro, use uma colher e vá bebendo aos poucos ao longo do dia ou após cada evacuação ou vômito. Comece a tomá-lo assim que começar a diarreia (desarranjo intestinal com aumento do número de evacuações e fezes moles ou líquidas) ou os vômitos.
No caso das crianças, é importante estar atento aos sinais de desidratação por diarreia, que são:
- Moleira funda;
- Boca seca;
- Olho seco;
- Choro sem lágrimas.
Porém, o uso do soro caseiro só é indicado em situações de emergência, quando a pessoa não tiver o soro de reposição oral do Ministério da Saúde, distribuído gratuitamente nos postos de saúde do Brasil.
Isso porque é muito comum haver erros nas doses de sal e açúcar utilizadas para fazer o soro caseiro. Muitas vezes há um exagero e, além de não ser eficaz, pode trazer reações indesejadas.
Ao usar o preparado distribuído pelo governo, você tem a certeza de que está tomando um soro com as quantidades certas de sal e açúcar.
Para fazer efeito, o soro caseiro deve ter20 gramas de açúcar (2 colheres rasas de sopa) e 3,5 gramas de sal (1 colher de café rasa) por cada litro de água.
Leia mais sobre o preparo em: Como fazer soro caseiro?
Também pode ser adquirida no posto de saúde a colher-medida padrão para preparar o soro caseiro, para não correr o risco de errar nas doses.
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Não, até o momento não existe um tratamento que cure o diabetes, seja o tipo 1 ou o tipo 2, mas existe tratamento eficaz que permite o controle da doença e de possíveis complicações.
Algumas pesquisas têm sido realizadas para testar o uso de células tronco no tratamento e possível cura do diabetes tipo 1, no entanto, esses estudos ainda estão em fase de testes e apenas o futuro poderá dizer se tais terapias poderão trazer alguma cura definitiva para esta doença.
Qual é o tratamento para diabetes?-
Diabetes tipo 1: o tratamento do Diabetes tipo 1 consiste principalmente na insulinoterapia, ou seja, aplicação de insulina de modo a controlar os níveis de glicemia (açúcar no sangue) da pessoa com diabetes. Associa-se ao uso da insulina uma dieta adequada, através de orientação nutricional e a prática de atividades física
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Diabetes tipo 2: o tratamento do Diabetes tipo 2 no início é feito geralmente com medicamentos, dieta adequada, na qual se reduz o consumo de açúcares e carboidratos e prática de atividade física. Os medicamentos melhoram a resposta das células à insulina, estimulam a produção e liberação de insulina pelo pâncreas, diminuem a absorção de açúcar pelo intestino ou aumentam a eliminação de glicose pela urina. Com o decorrer do tempo pode haver também a necessidade do uso da insulina.
- Diabetes gestacional: o tratamento é feito com modificações na dieta e prática de atividade física orientada. Injeções de insulina podem ser necessárias, no caso da dieta e dos exercícios não serem suficientes para controlar os níveis de açúcar no sangue.
Leia também: O que é diabetes?
É possível prevenir o diabetes?Não existem formas de prevenir o diabetes tipo 1. Contudo, é possível evitar muitos casos de diabetes tipo 2 adotando 3 medidas simples:
- Manter-se no peso normal;
- Ter hábitos alimentares saudáveis;
- Praticar atividade física regularmente.
Caso apresente diabetes consulte o seu médico para maiores orientações.
Dor ciática tem cura, embora "cura" não seja o termo mais indicado, uma vez que a dor ciática por si só não constitui uma doença mas sim o sintoma de outros problemas. O tratamento é definido de acordo com a causa, os sintomas e a intensidade da dor ciática.
O tratamento da dor ciática inclui:
- Repouso relativo, ou seja, o paciente pode se movimentar e ir trabalhar, mas não deve carregar peso, fazer muito esforço físico ou permanecer sentado por muito tempo;
- Analgésicos e anti-inflamatórios;
- Fisioterapia;
- Orientações ao paciente quanto aos cuidados com a postura;
- A acupuntura tem efeitos comprovados cientificamente no alívio da dor ciática.
Desde que o procedimento seja adequado, a dor ciática melhora em 15 dias. Se não for devidamente tratada, a condição pode evoluir e se tornar incapacitante, além de provocar distúrbios neurológicos, tais como perda da sensibilidade e da função motora.
Se o tratamento clínico não for suficiente e houver compressão significativa do nervo, com comprometimento neurológico, o médico pode optar pela cirurgia, embora essa medida seja indicada na minoria dos casos, uma vez que a maior parte dos casos responde bem ao tratamento convencional.
O tratamento da dor ciática pode ser iniciado pelo/a clínico/a geral ou médico/a de família que poderão encaminhar ao/a neurologista em caso de necessidade.
Saiba mais em: Dor no nervo ciático: Quais são as causas e como identificar?
PEP é a sigla em inglês para profilaxia pós-exposição. Trata-se da prescrição de medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção pelo HIV, em caso de contato recente com o vírus.
Esses remédios devem ser tomados em até 72 horas depois do contato com o vírus HIV, embora o ideal seja começar a profilaxia pós-exposição (PEP) nas duas horas seguintes à contaminação. O tratamento dura 28 dias consecutivos e não deve ser interrompido.
Os medicamentos usados na PEP (tenofovir, lamivudina, atazanavir, ritonavir) também podem compor uma opção terapêutica para o HIV.
O objetivo da profilaxia pós-exposição é evitar a infecção pelo HIV após a contaminação pelo vírus. Isso é possível porque existe uma breve "lacuna" entre a exposição e a infecção definitiva.
O vírus demora entre 24 e 48 horas para alcançar os gânglios linfáticos e infectar os linfócitos T CD4+ (células de defesa que o vírus utiliza para se multiplicar). Após 72 horas, o HIV dissemina-se pelo sangue.
Por isso é fundamental iniciar a PEP o mais rápido possível e não deixar passar as 72 horas para começar o tratamento.
A PEP pode ser solicitada por qualquer pessoa que tenha tido uma relação sexual desprotegida, ou seja, sem o uso de preservativo e suspeite de contaminação pelo vírus HIV.
Também é utilizada em casos de violência sexual e acidentes de trabalho que envolvem o contato com seringas, agulhas e outros objetos contaminados, pelos quais é possível haver a transmissão do vírus.
Para mais informações sobre a PEP consulte um médico de família, clínico geral ou infectologista.
Saiba mais sobre a PEP em:
AIDS ( do inglês: Acquired Immuno Deficiency Syndrome, SIDA = Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença que acomete o sistema imunológico, causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
A AIDS pode ser definida como um conjunto de sintomas e infecções que surgem devido aos danos causados ao sistema imunológico pelo HIV, que tem como principal alvo os linfócitos T-CD4, células fundamentais para as defesas do organismo.
Quando o número dessas células diminui, o sistema imunológico fica fraco e não consegue combater infecções simples e proteger completamente o organismo. Então, algumas doenças oportunistas se instalam reduzindo ainda mais o potencial do sistema imunológico.
Os sintomas iniciais da AIDS são:
- Febre entre 38º e 40ºC;
- Dor de cabeça, dor nas articulações;
- Aumento de gânglios (ínguas) principalmente na região do pescoço, atrás das orelhas e axilas;
- Tosse e dor de garganta;
- Náusea, diarreia, diminuição do apetite, perda de peso (em média 5Kg);
- Cansaço;
- Vermelhidão na pele.
Com a progressão da doença e o comprometimento do sistema imunológico, começam a aparecer doenças oportunistas como:
- Tuberculose;
- Pneumonia;
- Alguns tipos de câncer;
- Candidíase;
- Infecções do sistema nervoso (toxoplasmose, meningites).
Apesar de não existir um tratamento especifico para a AIDS capaz de eliminar o vírus do organismo, há vários medicamentos que mantêm a doença sob controle e assim, o paciente pode manter sua qualidade de vida.
O tratamento da AIDS é da responsabilidade do/a médico/a infectologista.
Nos casos em que a pressão está 17x10 e a pessoa tem poucos ou nenhum sintoma, o primeiro passo é ficar em repouso, em um local calmo. Se a pressão não baixar após alguns minutos, é importante procurar um serviço de saúde.
Já nos casos em que a pressão está muito alta (17x10) e existem sintomas como dor no peito, dificuldade para falar ou paralisia, deve-se procurar imediatamente um serviço de emergência.
Os medicamentos anti-hipertensivos só são usados no atendimento de urgência nos casos em que a pessoa com pressão 17x10:
- É um hipertenso tratado e não controlado;
- É um hipertenso não tratado.
Por isso, não use um medicamento para baixar a pressão por sua conta, nem aumente a dose dos que já toma.
Leia também:
Referência:
Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021; 116(3):596-600.
Síndrome de Tourette é um distúrbio neurológico que se caracteriza pela presença de tiques motores e vocais. Os sintomas normalmente aparecem na infância, entre 2 e 15 anos de idade, e vão se tornando menos intensos ao longo do tempo.
A síndrome de Tourette não tem uma causa bem definida, mas acredita-se que esteja relacionada com fatores genéticos e distúrbios nas substâncias que transmitem os sinais entre as células do cérebro (neurotransmissores), como a dopamina.
A síndrome de Tourette é cerca de 3 vezes mais comum nos homens do que nas mulheres.
Quais são os sintomas da síndrome de Tourette?A criança com síndrome de Tourette apresenta diversos tiques motores e fônicos involuntários. Os tiques caracterizam-se por movimentos e vocalizações involuntários, rápidos e frequentes, que não fazem sentido ou estão fora de contexto. Os tiques geralmente pioram com o estresse e o cansaço.
Tiques motoresOs tiques motores podem incluir: movimentos repentinos de ombros, cabeça ou de todo o corpo, piscar ou virar os olhos, rodar, bater palmas, esticar os braços, fazer caretas ou gestos obscenos, chutar, repetir gestos, tocar repetidamente em coisas, esticar os braços, bater com os dedos, saltar, cheirar objetos ou ainda ligar e desligar a luz repetidamente.
Tiques vocaisJá os tiques vocais consistem de sons, ruídos, palavras ou expressões emitidos involuntariamente, gemer, como tossir ou pigarrear repetidamente, assobiar, cuspir, grunhir, fungar, gritar, rir, repetir palavras, repetir uma palavra ou frase aumentando a rapidez e pronunciar palavras obscenas.
Os sintomas da síndrome de Tourette são marcados por fases em que ora estão mais intensos, ora desaparecem. Além disso, os sintomas mudam com o tempo e por volta do fim da adolescência e começo da vida adulta (entre 20 a 25) anos, eles desaparecem espontaneamente em muitos dos casos e a doença entra em remissão.
Algumas crianças conseguem suprimir os tiques durante alguns segundos ou por um tempo mais prolongado. Porém, depois desse período em que foram suprimidos, os tiques podem eclodir com mais intensidade que o normal.
Outras doenças e transtornosPacientes com Síndrome de Tourette muitas vezes também podem apresentar déficit de atenção e hiperatividade, transtorno obsessivo compulsivo e outros problemas de comportamento. Em alguns casos também são observados distúrbios do sono, como bruxismo, sonambulismo, insônia, pesadelos e enurese (urinar na cama).
Como é feito o diagnóstico da síndrome de Tourette?O diagnóstico da síndrome de Tourette é feito através da avaliação da manifestação dos sinais e sintomas e da evolução dos mesmos. Contudo, não basta ter um tique para se diagnosticar a síndrome de Tourette. Outros exames podem ser solicitados para descartar outras causas para os tiques, como eletroencefalograma ou ressonância magnética.
A síndrome de Tourette pode ser confundida com outras doenças, como transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), podendo ainda estar associada a dificuldade de aprendizagem.
Qual é o tratamento para a síndrome de Tourette?O tratamento da síndrome de Tourette varia em cada caso, podendo incluir o uso de medicamentos ansiolíticos e neurolépticos, estimulação cerebral profunda e psicoterapia.
Para pais e cuidadores, recomenda-se procurar auxílio de especialistas e profissionais com experiência. Os professores e a equipe de ensino devem ser informados para reduzir a interferência dos tiques na escola.
Não adianta castigar a criança, já que ela não tem culpa dos tiques, uma vez que são involuntários. A criança até pode ser capaz de inibi-los por alguns momentos, mas depois os tiques voltam a se manifestar ainda de forma intensa.
Vale ressaltar que, apesar de a síndrome de Tourette não ter cura, algumas pessoas podem apresentar uma melhora significativa dos sintomas no final da adolescência ou no início da idade adulta, que podem desaparecer por completo em alguns casos.
A criança com suspeita de ter síndrome de Tourette deve ser avaliada por um médico pedopsiquiatra, que é o responsável pelo diagnóstico e tratamento do distúrbio.