Insuficiência aórtica é o acometimento que atinge o coração devido ao inadequado fechamento da válvula aórtica. Como consequência disso, o sangue bombeado sofre um refluxo e retorna para uma das câmaras cardíacas, o ventrículo esquerdo.
A insuficiência aórtica pode ser aguda ou crônica. A insuficiência aórtica aguda se apresenta com edema pulmonar e choque cardiogênico.
Na insuficiência aórtica crônica, inicialmente o/a paciente pode não demonstrar nenhum sintoma pois o coração compensa a insuficiência com remodelamento cardíaco. Posteriormente, a depender do grau da insuficiência, a pessoa poderá apresentar falta de ar, palpitações e dor no peito.
O tratamento poderá ser feito com uso de medicações para dilatar os vasos sanguíneos e diminuir o trabalho cardíaco ou com realização de cirurgia para substituição da válvula cardíaca.
A insuficiência aórtica pode ser detectada na consulta médica durante o exame físico e ausculta cardíaca ou após a avaliação de alguns exames como radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma.
Misofonia é a aversão a determinados sons.
Uma pessoa com misofonia fica extremamente incomodada e pode ter explosões de raiva, pânico ou angústia com a repetição de determinados sons, como o barulho da mastigação, respiração, latidos, digitação dos teclados, entre outros.
Mesmo que o som não seja considerado alto, o indivíduo não consegue se concentrar no que está fazendo e muitas vezes tem uma reação agressiva com quem está emitindo o som. A pessoa pode não se incomodar com o barulho do liquidificador, mas irrita-se com os latidos distantes de um cachorro, por exemplo.
A misofonia também é conhecida por Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons. O distúrbio parece ter origem em fatores hereditários e a grande maioria dos casos começa na infância, podendo estabilizar ou piorar com o passar dos anos. O problema deve receber atenção assim que forem detectados os primeiros sinais de irritação a um ou mais tipos de som.
Pessoas portadoras de misofonia não têm problemas de audição. O incômodo é provocado pelo efeito que determinados sons produzem no cérebro, pois ativam o centro das emoções.
O tratamento da misofonia pode incluir treinamento auditivo e psicoterapia, através da terapia cognitiva-condicional. Este método ajuda a pessoa a aceitar a misofonia e conviver com a síndrome, de maneira que a sua qualidade de vida e a sua interação com os outros não sejam prejudicadas.
Para tratar a misofonia, procure um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo para receber indicações quanto ao tratamento mais adequado.
Intoxicação alimentar é uma doença transmitida pela ingestão de alimentos contaminados com micróbios ou produtos químicos ou então uma alergia a algum ingrediente da comida.
Após a ingestão do alimento contaminado, os micróbios passam pelo estômago e chegam ao intestino, onde se prendem à parede do órgão e se multiplicam. Os micro-organismos também podem penetrar na parede do intestino e produzir toxinas ou chegar à circulação sanguínea e invadir outros tecidos do corpo.
A dose de toxinas ou micróbios necessária para produzir uma intoxicação alimentar varia de pessoa para pessoa, de acordo com a idade e o tipo de agente causador da contaminação.
É comum várias pessoas comerem o mesmo alimento e apenas algumas desenvolver intoxicação alimentar. Isso pode ocorrer pela quantidade ou porção do alimento ingerida e também pela forma como o organismo da pessoa reage ao agente infeccioso.
Quais são os sintomas de uma intoxicação alimentar?Os sintomas mais comuns de uma intoxicação alimentar são: enjoo, vômito, diarreia, calafrios, dores musculares, dor na barriga e febre. Outros sintomas, como tontura, visão embaçada e formigamento nos braços são mais raros.
Os sintomas variam conforme o micróbio, a quantidade de alimento ou o componente alimentar ingerido. Eles aparecem logo depois de comer o alimento contaminado ou podem demorar algumas horas, dias ou semanas para se manifestar.
Qual é o tratamento para intoxicação alimentar?Grande parte dos casos de intoxicação alimentar apresenta uma melhora espontânea em alguns dias. Contudo, se os sintomas permanecerem ou se houver sangue ou muco amarelado ou esverdeado nas fezes, é necessário procurar atendimento médico. Grávidas, idosos e bebês com intoxicação alimentar necessitam receber tratamento.
O tratamento da intoxicação alimentar pode ser feito com medicamentos antibióticos, em casos de infecção causada por bactérias.
O tempo de recuperação da intoxicação alimentar varia de acordo com o tipo de infecção, a idade do paciente e o estado geral de saúde da pessoa.
Durante a manifestação dos sintomas da intoxicação alimentar, é importante não comer outros alimentos. Após vomitar, o estômago deve repousar durante aproximadamente uma hora. A recomendação é beber água em pequenas quantidades.
Você deve procurar o atendimento médico se os sintomas persistirem ou apresentar sinais de gravidade como febre alta (acima de 38,5ºC), sangue nas fezes ou nos vômitos, dor abdominal intensa ou incapacidade de beber líquidos.
Hiperplasia gengival é o aumento do número de células da gengiva, que pode ocorrer pelo uso de alguns medicamentos, problemas genéticos ou hormonais, além de má higiene bucal. A hiperplasia também pode não ter uma causa aparente (idiopática) e também não é uma alteração relacionada com câncer.
A hiperplasia gengival pode ir desde um pequeno aumento da gengiva entre os dentes a um aumento generalizado que pode até cobrir os dentes nos casos mais graves, interferindo na fala e na mastigação, além de causar desconforto estético, dor e sangramentos.
Alguns medicamentos podem alterar a composição da placa bacteriana, o metabolismo dos tecidos periodontais e a secreção de saliva, provocando uma resposta inflamatória e imunológica no indivíduo que leva à hiperplasia gengival.
Dentre as medicações que podem causar hiperplasia gengival estão o anticonvulsivante fenitoína, o imunossupressor ciclosporina e o bloqueador dos canais de cálcio nifedipina.
O tratamento da hiperplasia gengival medicamentosa é feito através de higiene oral, suspensão do medicamento e cirurgia, dependendo do caso.
Uma boa higiene oral não diminui o crescimento da gengiva, mas pode controlar a inflamação e diminuir a dor e o sangramento.
A suspensão do medicamento causador da hiperplasia gengival pode regredir o aumento da gengiva.
Em alguns casos, a cirurgia é necessária para remover o excesso de tecido e permitir uma higiene oral adequada.
O especialista responsável pelo tratamento da hiperplasia gengival é o periodontista.
Saiba mais em: Minha gengiva está sangrando, o que pode ser e o que devo fazer?
Epidermólise bolhosa é uma doença hereditária rara que caracteriza-se pela fragilidade da pele e das mucosas. A origem está num problema genético que interfere na produção de colágeno e queratina, proteínas que unem as células das camadas externa e interna da pele.
Pessoas com epidermólise bolhosa têm a pele muito frágil devido à falta de colágeno e queratina, que dão firmeza e garantem a integridade da pele. Como resultado, as camadas da pele se descolam facilmente ao menor atrito, dando origem a bolhas dolorosas parecidas com as de uma queimadura de 3º grau.
A forma fatal de epidermólise bolhosa afeta outros órgãos. Pode ser difícil identificar o tipo exato de epidermólise bolhosa que a pessoa tem. Contudo, existem marcadores genéticos específicos para a maioria das formas da doença.
A epidermólise bolhosa normalmente se manifesta já em recém-nascido e acompanha a pessoa até ao fim da vida, uma vez que a doença não tem cura.
Quais são os sintomas da epidermólise bolhosa?As bolhas da epidermólise bolhosa podem se formar com atrito, pequenos traumas, calor ou até mesmo espontaneamente. Ao se romperem, formam feridas difíceis de cicatrizar, sobretudo quando não são devidamente tratadas.
Dependendo do tipo de epidermólise bolhosa, o sinais e sintomas podem incluir:
- Queda de cabelo;
- Bolhas ao redor dos olhos e do nariz;
- Bolhas dentro ou ao redor da boca e da garganta, causando dificuldade para se alimentar ou engolir;
- Bolhas na pele causadas por pequenas lesões ou alterações de temperatura, especialmente nos pés;
- Bolhas presentes ao nascimento;
- Cáries;
- Choro rouco, tosse ou outros problemas respiratórios;
- Pequenas bolinhas brancas na pele;
- Perda de unhas ou unhas deformadas.
As formas leves de epidermólise bolhosa melhoram com a idade. Por outro lado, as formas muito graves têm uma alta taxa de mortalidade.
Nas formas graves de epidermólise bolhosa, a formação de cicatrizes após as bolhas pode causar:
- Deformidades em dedos, cotovelos e joelhos;
- Dificuldade para engolir, se a boca e o esôfago forem afetados;
- Dedos fundidos;
- Mobilidade limitada pelas cicatrizes.
A intensidade dos sintomas varia conforme o tipo de epidermólise: simples, distrófica, juncional ou adquirida.
Epidermólise simplesCaracteriza-se pela formação de bolhas nas regiões sujeitas a mais atrito, como joelhos, cotovelos, mãos e pés. Afeta apenas a camada mais superficial da pele (epiderme) e é a forma menos grave da doença.
Epidermólise distróficaPode causar bolhas, feridas, grandes cicatrizes e calvície devido à cicatriz, podendo atingir também olhos, mucosa da boca, esôfago e trato gastrointestinal. As cicatrizes formadas no esôfago podem reduzir o calibre interno do órgão, dificultando a alimentação. A pessoa perde as unhas e frequentemente apresenta deformidades nas mãos e nos pés.
É o tipo mais grave de epidermólise bolhosa. As bolhas se formam por todo o corpo e no esôfago, dificultando a deglutição. A pessoa pode apresentar os dedos dos pés e das mãos unidos devido à cicatrização que ocorre entre eles. A forma mais grave é a epidermólise juncional generalizada severa. Nesse tipo, a mortalidade é elevada devido à desnutrição provocada pela má absorção dos nutrientes e complicações secundárias as feridas.
Epidermólise adquiridaUma outra forma de epidermólise bolhosa é a adquirida. Este tipo não é hereditário, atinge adolescentes e adultos e é menos grave que as formas distrófica e juncional. A epidermólise bolhosa adquirida é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico ataca o próprio corpo.
Quais as possíveis complicações da epidermólise bolhosa?- Anemia;
- Expectativa de vida diminuída (formas graves da doença);
- Estreitamento do esôfago;
- Problemas oculares, incluindo cegueira;
- Infecção, incluindo sepse (infecção generalizada);
- Perda da função das mãos e dos pés;
- Distrofia muscular;
- Doença periodontal;
- Desnutrição grave causada por dificuldade de alimentação;
- Câncer de pele.
Não existem medicamentos ou tratamentos capazes de evitar a formação das bolhas e aumentar a rigidez da pele. O tratamento das bolhas consiste em proteger a pele para evitar lesões e prevenir infecções.
Pomadas com antibióticos podem ser indicadas para serem aplicadas nas lesões. Na epidermólise bolhosa adquirida, alguns medicamentos com corticoides e imunomoduladores têm algum efeito em alguns casos.
O tratamento da epidermólise bolhosa também pode incluir cirurgia de:
- Enxerto de pele em locais onde as feridas são profundas;
- Alargamento do esôfago se houver um estreitamento do órgão;
- Reparação de deformidades da mão;
- Remoção de carcinoma espinocelular, um tipo de câncer de pele.
O tratamento da epidermólise bolhosa visa principalmente prevenir lesões e complicações, favorecer o processo de cicatrização das feridas, repor nutrientes e aliviar a dor.
O médico dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença.
A dipirona não funciona para tratar a micose de unha. A única forma realmente eficaz e definitiva de tratar micose na unha é com o uso de medicamentos antifúngicos, que devem ser indicados e orientados por um dermatologista.
Alguns exemplos de antifúngicos que podem ser utilizados no tratamento da micose de unha são:
- Terbinafina (comprimidos)
- Itraconazol (comprimidos)
- Ciclopirox (esmalte)
O tratamento da micose de unha normalmente é longo, prolongando-se por 3 a 6 meses. É muito importante ter alguns cuidados durante e após o tratamento para evitar a recorrência da micose, como:
- Manter sempre os pés e unhas limpos e secos;
- Cortar as unhas rentes. Remova o máximo de unha infectada tanto quanto possível;
- Usar meias de tecidos transpiráveis, como algodão e troca-las diariamente;
- Usar chinelos em ambientes compartilhados como balneários ou piscinas, evitando andar descalço;
- Evitar o uso de sapatos velhos, pois podem conter esporos dos fungos e dificultar o tratamento.
Procure um médico de família, ou dermatologista para a melhor orientação e tratamento da micose de unha.
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Pessoas com mais de 6 meses de idade podem tomar a vacina da gripe. Pessoas que já apresentaram crise alérgica grave (anafilaxia) ao ovo ou a doses anteriores da mesma vacina ou a algum de seus componentes devem evitar tomá-la.
Nessas situações o ideal consultar um médico para avaliar o risco benefício de se vacinar.
Apesar de praticamente todas as pessoas poderem tomar a vacina contra a gripe (salvo as exceções explicadas anteriormente), há determinados grupos de risco que têm preferência nas campanhas de vacinação.
Esses grupos, determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apresentam risco de contraírem a forma mais grave da gripe, que podem levar a morte. Fazem parte desse público-alvo:
- Crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos;
- Indivíduos com 60 anos ou mais;
- Trabalhadores de saúde;
- Povos indígenas;
- Grávidas;
- Puérperas (mulheres no período de até 45 dias depois do parto);
- Pessoas privadas de liberdade;
- Funcionários do sistema prisional;
- Pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais (problemas respiratórios, cardíacos, renais, hepáticos e neurológicos, diabetes, obesidade, baixa imunidade, transplantados).
O objetivo da vacina da gripe é evitar os casos graves e as mortes, e não eliminar a transmissão do vírus. Daí a prioridade em vacinar os grupos mais vulneráveis a complicações e óbitos.
A maioria dos casos de gripe são leves e resolvem-se espontaneamente, sem sequelas ou maiores problemas. Entretanto, nesses grupos de risco, o quadro pode complicar e evoluir para outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana.
O médico de família ou um clínico geral poderá esclarecer maiores dúvidas e orientar o paciente quanto à necessidade de tomar ou não a vacina da gripe.
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Vertigem constante é um sintoma muito comum e pode se apresentar em diversas doenças, que afetam diferentes sistemas do corpo. As principais causas de vertigem frequente incluem:
- Alterações da pressão arterial, hipertensão ou hipotensão postural;
- Doenças que afetam o labirinto (neurite vestibular, doença de Ménière, vertigem posicional paroxística benigna - VPPB);
- Alterações nas estruturas do pescoço ou na coluna vertebral (hérnia de disco, retificação da coluna);
- Alterações vasculares no pescoço (obstrução de vasos do pescoço - carótidas);
- Problemas de visão (glaucoma, catarata, miopia);
- Distúrbios metabólicos, como anemia, diabetes descompensada, entre outros.
Além das causas citadas acima, deve-se investigar várias outras causas possíveis, como traumatismos, ansiedade, infecções virais ou bacterianas, tumores, efeitos colaterais de medicamentos, doenças neurológicas específicas, como a esclerose múltipla, ou ainda presença de substâncias tóxicas no organismo.
Sensação de vertigemPopularmente, as doenças que causam vertigem são chamadas de "labirintite", com queixas de tontura, vertigens, náuseas, vômitos, perda de equilíbrio, zumbidos no ouvido e perda de audição. Contudo, é importante lembrar que antes de definir o problema como labirintite, outras doenças, inclusive doenças de alto risco para saúde como uma obstrução de carótidas, devem ser investigadas.
O que pode causar vertigem? Alterações da pressão arterialTanto a hipertensão, pelo efeito direto do aumento da pressão, como a hipotensão, pelo baixo fluxo de sangue no cérebro, podem causar tonturas e vertigem. Especialmente quando essas ocorrem após movimento brusco ou o movimento de se levantar rapidamente.
Devido à alta frequência dessa doença na nossa população e ao alto risco de complicações por doenças cardiovasculares, como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto agudo do miocárdio, esta deve ser uma das primeiras causas a ser descartada.
Doenças do labirintoNas doenças do labirinto, é importante diferenciar tontura de vertigem. Enquanto a tontura se caracteriza pela sensação de perda de equilíbrio e queda, como se a pessoa deixasse de sentir o chão, as vertigens dão a sensação de que a pessoa ou tudo ao redor está girando ou inclinando.
Em geral, as vertigens são causadas por problemas no labirinto, uma estrutura óssea muito pequena que se localiza dentro do ouvido. Esse órgão possui um líquido em seu interior e, a partir do movimento desse líquido, ele consegue transmitir ao cérebro informações sobre a posição do corpo, a direção e a velocidade dos movimentos.
Na presença de qualquer problema que afete esse mecanismo, podemos ter a sensação de estarmos caindo, ou de que a cabeça está girando, que é a vertigem.
A VPPB (vertigem posicional paroxística benigna), embora não seja tão conhecida como a labirintite, é a causa mais comum de vertigem na nossa população. Muito mais comum do que a labirintite.
Alterações nas estruturas do pescoço ou na coluna cervicalAlgumas alterações encontradas nas estruturas do pescoço podem desencadear vertigem e tontura. As doenças na coluna cervical, como bico de papagaio ou hérnia de disco, causam os sintomas de vertigem pela compressão direta do nervo ou da cadeia de nervos nessa região.
Alterações vasculares no pescoçoA obstrução de vasos do pescoço por placas de gordura, por exemplo, levam a um quadro de vertigem, devido à redução do fluxo de sangue e consequente redução de oxigênio no cérebro. Trata-se de um Importante fator de risco para AVC ("derrame cerebral"), por isso também deve ser investigado.
Problemas de visãoOs problemas de visão causam tonturas, dores de cabeça e até náuseas com frequência. Portanto devem sempre ser considerados em uma investigação inicial de vertigens frequentes. Astigmatismo, miopia, presbiopia (vista cansada), degeneração macular, catarata e glaucoma podem iniciar seus sintomas com tonturas ou vertigens, especialmente ao final do dia.
O que é vertigem?Vertigem é a sensação de que a pessoa girando ou tudo ao redor está rodando e inclinando. Existem 2 tipos de vertigem: central e periférica.
Vertigem centralA vertigem central é causada por um problema no cérebro, geralmente no tronco cerebral ou na parte posterior do cérebro (cerebelo). Suas causas podem incluir:
- Doença vascular;
- Uso de certos medicamentos, como anticonvulsivantes;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Esclerose múltipla;
- Convulsões;
- Derrame cerebral;
- Tumores benignos e malignos;
- Enxaqueca.
A vertigem periférica é causada por problemas no labirinto, a estrutura do ouvido interno que controla o equilíbrio. O problema também pode envolver o nervo vestibular, que conecta o ouvido interno ao cérebro.
A vertigem periférica pode ser causada por:
- VPPB (Vertigem posicional paroxística benigna);
- Certos medicamentos, como antibióticos aminoglicosídeos, cisplatina, diuréticos ou salicilatos;
- Traumatismo craniano;
- Inflamação do nervo vestibular;
- Labirintite;
- Doença de Ménière;
- Compressão do nervo vestibular, geralmente causada por um tumor benigno.
O principal sintoma da vertigem é a sensação de que a pessoa ou o lugar onde ela está girando ou se movendo. A sensação de rotação pode causar náusea e vômito.
Dependendo da causa da vertigem, outros sintomas podem estar presentes, como:
- Dificuldade para focar a visão;
- Tonturas;
- Perda de audição em um ouvido;
- Perda de equilíbrio, que pode causar quedas;
- Zumbido nos ouvidos.
No caso da vertigem central, ou seja, decorrentes de problemas no cérebro, a pessoa pode apresentar ainda:
- Dificuldade para engolir;
- Visão dupla;
- Problemas com movimentos oculares;
- Paralisia facial;
- Má articulação da linguagem;
- Fraqueza nos membros.
O tratamento da vertigem deve incidir sobre a causa, que deve ser identificada e tratada o mais rápido possível, sobretudo em casos de vertigem central.
Para aliviar os sintomas da vertigem periférica, como náuseas e vômitos, podem ser indicados medicamentos antieméticos.
A fisioterapia pode ajudar a melhorar os problemas de equilíbrio, através de exercícios específicos. Os exercícios também podem fortalecer os músculos para ajudar a prevenir quedas.
Outros tratamentos dependem da causa da vertigem. A cirurgia, incluindo descompressão microvascular, pode ser sugerida em alguns casos.
O que fazer em caso de vertigem?Para evitar a piora dos sintomas durante um episódio de vertigem, siga os seguintes passos:
1) Sente-se ou deite-se; 2) Retome a atividade gradualmente; 3) Evite mudanças bruscas de posição; 4) Não tente ler; 5) Evite luzes fortes.
Procure atendimento médico com urgência se a vertigem vier acompanhada de outros sintomas como visão dupla, dificuldade para falar ou perda da coordenação.
Uma vez que as vertigens podem ser um sintoma de uma série de doenças (algumas delas graves), você deve procurar um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para fazer uma avaliação. Se preferir ir direto a um especialista, os mais indicados para avaliar casos de vertigem são o otorrinolaringologista ou o neurologista.