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Prednisona serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A prednisona normalmente não é indicada para tratar a dor de garganta. Esse remédio geralmente só é prescrito associado a um antibiótico, quando a resposta do sistema imune está agravando a infecção. De contrário, ela não deve ser usada, porque pode favorecer o surgimento ou mascarar novas infecções, devido ao seu efeito de reduzir a imunidade.

No caso de dor de garganta leve, um gargarejo de água morna com sal, própolis ou chá de gengibre pode ajudar a aliviar o desconforto.

Quando a dor for mais intensa, o melhor é procurar um médico. Os anti-inflamatórios não-esteroides, como a nimesulida e o ibuprofeno, são os medicamentos que são normalmente prescritos quando só há inflamação.

A prednisona é um anti-inflamatório corticosteroide hormonal indicado para o tratamento de doenças endócrinas, osteo-musculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas e neoplásicas, principalmente.

Leia também:

Referências:

Prednisona. Bula do medicamento.

Fístula anal se dá pela pratica do sexo anal? Só cura através de cirurgia? Pode se transformar em algo mais sério?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Quem cuida dessa área é o Proctologista. Não sei se sexo anal causa fístula anal, acredito que não, senão haveria muito mais fístula anal do que encontramos na prática diária do consultório. O tratamento da fístula anal é na maioria das vezes feito por cirurgia. Fístula anal pode se transformar em uma fístula anal pior e mais incômoda, mas não vira câncer (acho que essa é sua dúvida).

O que é estomatite e quais as causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Estomatite é um processo inflamatório da mucosa da boca, que caracteriza-se pela presença de lesões na mucosa oral (gengiva, língua, lábios, parte interna da bochecha). A estomatite pode ser simples (1 lesão) ou múltipla (várias lesões).

A estomatite é causada por vírus e caracteriza-se pela presença de lesões amareladas parecidas com aftas. O tempo de duração da estomatite vai de uma a duas semanas. O tratamento tem como objetivo apenas o alívio da dor.

A estomatite afeta sobretudo crianças entre 2 e 5 anos, embora também seja frequente em bebês com pelo menos 6 meses de idade, quando deixam de receber os anticorpos provenientes do leite materno e ficam com a imunidade mais baixa.

Quais são os sintomas da estomatite?

As estomatites infecciosas virais provocam sintomas como febre, irritabilidade, aumento dos gânglios do pescoço, salivação e lesões ulcerosas dolorosas na mucosa da boca.

Quais são as causas de estomatite?

A estomatite pode ter várias causas, como má higiene bucal, afta, fatores irritantes, infecções causadas por vírus e fungos ("sapinho").

Qual é o tratamento para estomatite?

Ainda não existe um tratamento capaz de curar as lesões provocadas pela estomatite, por isso todas as formas de tratamento visam apenas aliviar os sintomas e cicatrizar as úlceras.

Durante o quadro de estomatite, recomenda-se permanecer em repouso e ingerir bastante líquidos. Os alimentos devem ser preferencialmente pastosos, frios, pouco ácidos e pouco temperados.

Embora seja raro, a estomatite pode se agravar e necessitar de tratamento com antibióticos. A dor dificulta a alimentação, podendo inclusive levar a quadros de desidratação em crianças, pela falta de ingestão de alimentos e água.

Os medicamentos, que podem ser administrados diretamente na lesão ou por via oral, diminuem a dor e o surgimento das lesões.

Para o alívio da dor, podem ser prescritos medicamentos analgésicos. Em caso de febre, são usados medicamentos antitérmicos.

O diagnóstico e o tratamento da estomatite é da responsabilidade do/a dentista, médico/a de família, clínico/a geral ou pediatra, no caso dos bebês e crianças.

Cloridrato de ciprofloxacino serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A dor de garganta pode ser tratada com cloridrato de ciprofloxacino, mas apenas quando for causada por uma infecção por bactérias estreptocócicas.

Em geral, as infecções de garganta são causadas por vírus, não por bactérias. Nesses casos, não é indicado tomar ciprofloxacino, pois é um antibiótico e não vai ter efeito sobre o vírus.

Como a dor de garganta é um sintoma, é importante ir ao médico para identificar a causa e tratá-la adequadamente.

O cloridrato de ciprofloxacino também poe ser indicado para o tratamento de outras infecções:

  • Pneumonias,
  • Infecções nos olhos e ouvidos;
  • Sinusites;
  • Infecções urinárias e nos rins;
  • Infecções genitais;
  • Infecções do trato gastrointestinal;
  • Infecções nos ossos e articulações;
  • Peritonite;
  • Sepse.

Para comprar e usar o cloridrato de ciprofloxacino é preciso ter receita médica.

Leia também:

Referências:

Cloridrato de ciprofloxacino. Bula do medicamento.

Cheng AG. Infecção da garganta. Manual MSD.

O que é hidrocefalia e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Hidrocefalia é o acúmulo de líquido no cérebro. Este líquido, chamado líquor ou líquido cefalorraquidiano, é produzido pelo próprio cérebro e circula por todo o sistema nervoso central, inclusive pela coluna vertebral, retornando ao cérebro para ser reabsorvido.

A função do líquor principal é de proteger o cérebro e a medula espinhal. Porém, quando há algum distúrbio na produção, circulação ou absorção desse líquido, pode surgir a hidrocefalia.

A grande maioria dos casos de hidrocefalia ocorre devido a problemas na absorção do líquor, o que aumenta a quantidade de líquido no interior do cérebro.

O volume normal de líquido cefalorraquidiano em adultos varia entre 6 a 60 mL em recém-nascidos, e 140 a 170 mL no adulto, um valor acima configura quadro de hidrocefalia.

A hidrocefalia pode surgir antes do nascimento, durante a infância ou na idade adulta, por diversas causas.

Quais são as causas da hidrocefalia?

No caso da hidrocefalia comunicante, as principais causas são: hemorragia intracraniana, traumatismo craniano, meningite e idiopática (sem causa aparente).

Já as principais causas de hidrocefalia obstrutiva incluem: malformações cerebrais, tumores e cistos.

Há diversos tipos de hidrocefalia. Dependendo da sua causa e da forma como se instala, pode causar aumento da pressão intracraniana, que é a complicação mais grave da hidrocefalia.

Nas crianças, que têm os ossos do crânio flexíveis, o volume da cabeça tende a aumentar, à medida que a pressão no interior do crânio se eleva. Contudo, nos adultos, cujos crânios já são rígidos, a hidrocefalia provoca um aumento rápido da pressão intracraniana, pela compressão das demais estruturas dentro da caixa craniana, causando quadros mais graves.

Quais os tipos de hidrocefalia?

Hidrocefalia congênita: Surge antes do nascimento, na vida intrauterina.

Hidrocefalia obstrutiva: Ocorre quando o líquor se acumula no cérebro devido a uma obstrução que impede o seu fluxo.

Hidrocefalia comunicante: Surge quando há um desequilíbrio entre a velocidade de produção e a capacidade de absorção do líquor.

Hidrocefalia de Pressão Normal: Ocorre em idosos e é considerada um tipo de demência.

Quais são os sintomas da hidrocefalia?

Os sinais e sintomas da hidrocefalia embebês recém-nascidos ou crianças pequenas podem incluir:

  • Mudança de comportamento: irritabilidade, recusa alimentar,
  • Sonolência, apatia,
  • Apneia ("prender o ar") ou paradas respiratórias,
  • Alteração do formato do crânio, crânio aumentado,
  • Náuseas, vômitos,
  • Crises convulsivas,
  • "Moleira" aberta e tensa,
  • Falta de equilíbrio, dificuldade para andar,
  • Atraso no desenvolvimento neurológico, psicológico e motor.

Já em crianças mais velhas e adultos, a hidrocefalia pode causar:

  • Dor de cabeça,
  • Náuseas, vômitos,
  • Dificuldade visual,
  • Apatia, insônia ou excesso de sono,
  • Irritabilidade,
  • Incontinência urinária,
  • Tremores,
  • Alterações cognitivas e da personalidade.

A hidrocefalia também pode evoluir lentamente, prejudicando o cérebro aos poucos, provocando problemas e dificuldades de aprendizagem, concentração, raciocínio e memória recente; ainda, problemas de coordenação motora, organização, dificuldades de se localizar no tempo e espaço, falta de motivação e dificuldades na visão.

Os sintomas da hidrocefalia são decorrentes do aumento da pressão no interior do crânio. A compressão do cérebro pode danificar permanentemente o órgão, causando danos neurológicos irreversíveis, se o tratamento não for realizado a tempo.

Sem tratamento, a hidrocefalia pode levar à morte devido ao aumento da pressão intracraniana. O crânio mais rígido dos adultos faz com que essa complicação ocorra mais rapidamente do que nas crianças.

Sintomas da hidrocefalia de pressão normal

No caso da hidrocefalia de pressão normal, que ocorre em idosos, a doença pode ser facilmente confundida com Mal de Alzheimer ou Parkinson devido aos seus sinais e sintomas: dificuldade para caminhar, incontinência urinária e deficiência cognitiva, marcada sobretudo pela perda de memória.

Qual é o tratamento para hidrocefalia?

O tratamento da hidrocefalia na maioria das vezes, é baseado na cirurgia, na qual um dispositivo é instalado para drenar o excesso de líquido para outras partes do corpo. A remoção do líquido, diminui a pressão no interior do crânio, aliviando os sintomas.

Outras formas de tratamento podem ser indicadas, conforme a causa da hidrocefalia. Quanto mais cedo a hidrocefalia for diagnosticada, maior é a resposta ao tratamento.

Para ajudar e acelerar o retorno às atividades do dia-a-dia, pode ser indicada fisioterapia. A reabilitação pode incluir ainda fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras terapias para auxiliar o retorno da pessoa às suas atividades normais.

A hidrocefalia tem tratamento e deve ser investigada. Na presença de algum desses sintomas, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou pediatra.

O que é alopecia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Alopecia é a perda de cabelo em áreas em que normalmente ele deveria crescer. É um problema que acomete homens e mulheres, podendo ser causado por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas.

A alopecia pode ser dividida em diferentes tipos, os principais são: alopecia androgenética, alopecia cicatricial, alopecia areata, alopecia mecânica, alopecia devido a causas sistêmicas, alopecia difusa.

Alopecia androgenética (calvície)

É um dos principais tipos de alopecia. Os fios ficam cada vezes mais finos, pode iniciar na adolescência, mas só fica aparente a partir dos 40 a 50 anos. Nos homens começa normalmente na região frontoparietal (escalpo), onde o cabelo fica mais fino, parecendo com uma pelugem, nas mulheres costuma acometer mais a região central do couro cabeludo ou ser mais difusa. Está relacionada com a idade e também com a predisposição genética.

Alopecia cicatricial

Queda de cabelo provocada por traumatismo, queimaduras químicas, físicas ou devido à quimioterapia. Pode ainda ser causada por doenças que evoluem para atrofias ou cicatrizes, como piodermites, leishmaniose, tuberculose, herpes zoster, entre outras.

Alopecia areata

Caracteriza-se por áreas arredondadas ou ovalares sem cabelo, de tamanhos variados, podendo ser únicas ou múltiplas, sem grandes alterações na pele. Pode ocorrer no couro cabeludo e/ou em outras regiões com pelos. Em alguns casos, pode evoluir para perda total do cabelo.

Alopecia mecânica

Queda de cabelo causada por fatores físicos sobre o couro cabeludo. Em casos antigos, em que a ação mecânica fez-se por um longo tempo, a alopécia pode tornar-se irreversível.

Alopecia devido a causas sistêmicas

Pode ocorrer queda de cabelo difusa em várias doenças que afetam o organismo como um todo, como lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiosite, anemia ferropriva, diabetes, hiper e hipotireoidismo, entre outras.

Alopecia difusa

O processo é mais difuso, principalmente na região central do couro cabeludo e nas áreas frontais, sem uma alopecia completa. Nas mulheres pode estar relacionada com o período da menopausa e climatério devido as mudanças hormonais dessa fase. Também está presente em doenças sistêmicas que causam queda de cabelo.

Qual é o tratamento para alopecia?

O tratamento da alopecia depende do tipo de alopecia. Pode incluir o uso de medicamentos de aplicação local, medicamentos orais, lasers específicos que estimulam o crescimento do cabelo e transplante capilar.

Durante o tratamento da alopecia, também é importante ter cuidados com a alimentação, que deve ser balanceada e rica em frutas, vegetais, proteínas e ferro.

Os alisamentos e as tinturas à base de amônia devem ser evitados, uma vez que esses produtos químicos danificam os cabelos, deixando os fios frágeis e quebradiços, aumentando a queda de cabelo.

Caso apresente queda de cabelo consulte um clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial, em casos de maior complexidade pode ser necessário o acompanhamento por um dermatologista.

Pode-se pegar uma DST sem relação sexual?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, algumas das doenças que são consideradas doenças sexualmente transmissíveis (DST) podem ser transmitidas por outras formas, como por via vertical, ou seja, da mãe para a criança durante a gravidez ou parto, através de transfusão sanguínea, uso de material contaminado com sangue não esterilizado ou compartilhamento de seringas e agulhas.

É o que ocorre, por exemplo nos casos da Sífilis e do HIV, ambas são consideradas infecções sexualmente transmissíveis, mas mães contaminadas se não forem devidamente tratadas podem transmitir a doença para a criança durante a gravidez ou parto.

Algumas DSTs que são transmitidas sem ser pela relação sexual são:

  • HIV: pode ser transmitido por via vertical durante a gravidez, parto ou amamentação e também por via sanguínea através do uso de equipamentos contaminados, como seringas e agulhas.
  • Sífilis: também pode ser transmitida de forma vertical durante qualquer fase da gravidez. Em casos mais raros também pode ser transmitida quando há contato com as lesões provocadas pela doença.
  • Hepatite B: pode ser transmitida por via vertical, no momento do parto, e também por via sanguínea através do uso de seringas ou agulhas contaminados. A partilha de objetos de uso pessoal como escovas de dentes ou laminas de babear também podem transmitir o vírus.
  • Gonorreia: durante o parto pode ser transmitida da mãe para o bebê.
O que significa DST?

DST é a sigla para doença sexualmente transmissível, ou infecção sexualmente transmissível (IST). São infecções denominadas assim, porque a sua forma de transmissão predominante é através da relação sexual seja anal, vaginal ou oral, entretanto a via sexual pode não ser a única forma de transmissão em muitos casos.

Doença sexualmente transmissível ou infecção sexualmente transmissível?

Atualmente, a maioria dos profissionais da saúde tende a utilizar o termo infecção sexualmente transmissível ao invés de DST, por recomendação da OMS e do Ministério da Saúde. Usar o termo infecção ao invés de doença é preferível, porque é possível ter uma infecção sexualmente transmissível e não apresentar nenhum sintoma ou sinal da doença, mas ao estar infectado a pessoa pode transmiti-la, mesmo sem sintomas.

Para mais esclarecimentos sobre as infecções sexualmente transmissíveis consulte um médico de família ou clínico geral.

Estou amamentando. Posso tomar nimesulida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ainda não há comprovação científica no Brasil, quanto a excreção de nimesulida® no leite materno, por isso, a medicação é contraindicada para mulheres que estão amamentando.

Pela FDA (Food and Drug Administration), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, o medicamento é considerado altamente contraindicado durante a amamentação, pelo risco de toxicidade hepática para o bebê.

A Nimesulida® tem ação analgésica, anti-inflamatória e antipirética (reduzir a febre), ações que podem ser efetuadas por outros medicamentos, considerados seguros nessa fase da mulher, como por exemplo o ibuprofeno®.

Portanto, recomendamos procurar seu médico ginecologista, ou pediatra, que poderá dependendo do seu problema, prescrever outro anti-inflamatório ou analgésico seguro para mãe e bebê.

Contraindicações de nimesulida

Nimesulida é contraindicado em casos de:

  • Alergia à nimesulida ou qualquer outro componente da fórmula;
  • Pessoas com idade inferior a 12 anos;
  • Histórico de reações alérgicas ao ácido acetilsalicílico (AAS) ou a outros anti-inflamatórios;
  • Pessoas com úlcera péptica ativa, úlceras recorrentes ou hemorragias digestivas;
  • Portadores de distúrbios de coagulação;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Pessoas com insuficiência cardíaca grave;
  • Portadores de insuficiência renal e/ou hepática.

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