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O que é anquilose?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Anquilose é a perda da mobilidade articular em decorrência de uma adesão anormal entre as partes ósseas, articulares ou tecidos moles ao redor da articulação acometida.

Essa articulação sofrerá um processo inflamatório que, em consequência, causará uma rigidez articular e imobilidade característica da anquilose.

A anquilose pode afetar qualquer articulação do corpo. O diagnóstico é feito a partir dos sintomas apresentados pela pessoa associados aos exames complementares como o raio-X.

Quando acomete a articulação têmporomandibular, a pessoa poderá ter problemas para engolir, mastigar e inclusive para falar.

O tratamento da anquilose poderá ser feito de forma conservadora com uso de medicações anti-inflamatória e analgésica com objetivo de aliviar a dor; com abordagem cirúrgica para retirar o tecido anquilosado ou com substituição da articulação por uma prótese.

O que é carcinoma ductal?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O carcinoma ductal da mama é um tumor derivado das células de revestimento dos ductos mamários e representa 80 a 90% dos cânceres de mama.

O carcinoma ductal pode ser dividido em:

  • In situ ou intraductal: quando há proliferação de células malignas dentro de um ducto, não ultrapassando os limites da membrana basal, não invadindo estruturas profundas.
  • Invasor: quando as células malignas invadem estruturas além da membrana basal.

Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal in situ são:

  •  nódulo ou caroço palpável na mama;
  •  derrame papilar: saída de secreção espontaneamente pelos mamilos;
  •  alteração na mamografia, sem sintomas clínicos.

Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal invasor são:

  • nódulo, caroço ou massa palpável na mama;
  • saída espontânea de secreção pelo mamilo;
  • alterações na pele, que fica similar a casca da laranja;
  • em tumores avançados, pode haver ulceração e grande deformidade da mama.

A evolução do câncer de mama é variável para cada paciente, por diferenças em relação ao crescimento tumoral, capacidade de invasão, potencial metastático e outros mecanismos. Diante deste fato, é importante conhecer estas variáveis no momento do diagnóstico ou da cirurgia, associadas ao tempo livre de doença ou de sobrevida geral, sendo essa a definição de prognóstico.

Os fatores prognósticos do câncer de mama podem incluir:

  • idade: pacientes mais jovens, com menos de 35 anos, possuem uma evolução clínica pior do que as pacientes mais velhas, pós-menopausa, pois seus tumores são mais agressivos;
  • etnia: mulheres da raça negra e hispânica tem pior prognóstico que as mulheres brancas, que pode estar associado a piores condições de acesso aos serviços de saúde;
  • tipo histológico do tumor: o carcinoma ductal tem pior prognóstico em relação a outros tipos histológicos;
  • tamanho do tumor: quanto maior, pior prognóstico;
  • acometimento de linfonodos: se acometidos, o prognóstico é pior;
  • receptores de hormônios (estrogênio e progesterona): tumores com presença destes receptores tem melhor prognóstico;
  • outros marcadores moleculares, como oncogenes que, quando presentes, denotam pior prognóstico.

O tratamento de primeira escolha é a remoção cirúrgica completa, que algumas vezes deverá incluir a remoção dos linfonodos axilares também. Outras terapias são quimio e radioterapia, além do uso de medicações que bloqueiam receptores hormonais, como o tamoxifeno.

Toda mulher deve se consultar anualmente com o ginecologista e realizar mamografia anualmente conforme as orientações abaixo:

  • mulheres a partir dos 40 anos, sem histórico familiar de câncer de mama;
  • mulheres a partir dos 35 anos, que tenham histórico familiar de câncer de mama;
  • dez anos antes do diagnóstico de câncer de mama em familiar de primeiro grau.

Na presença de alterações mamárias, deve ser procurado um ginecologista ou mastologista.

O que é fibrose cística? Tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Fibrose cística é uma doença hereditária, também conhecida como mucoviscidose. A fibrose cística caracteriza-se pelo acúmulo de secreção densa e viscosa. Não, a doença ainda não tem cura.

É uma doença genética, autossômica recessiva, que leva o organismo a produzir uma secreção espessa e viscosa, capaz de obstruir principalmente os pulmões e o pâncreas.

A obstrução gerada nos pulmões facilita desenvolvimento de infecções, pneumonias de repetição, causando risco de vida.

Já a secreção acumulada no pâncreas, reduz a capacidade de produção das enzimas pancreáticas, prejudicando a digestão de gorduras e proteínas. Com isso, observamos dificuldade de ganho de peso, ou mesmo quadros de desnutrição, uma vez que não conseguem absorver os nutrientes dos alimentos.

Quais são os sintomas da fibrose cística?

A fibrose cística manifesta-se principalmente através de sintomas respiratórios e gastrointestinais, além de uma presença excessiva de cloro no suor do paciente, causando "suor salgado".

No entanto, à medida que o tempo passa, a doença pulmonar piora e pode deixar o paciente incapacitado. 

Dentre as complicações pulmonares que podem ocorrer em consequência da fibrose cística incluem dilatação dos brônquios, acúmulo de secreção, insuficiência respiratória crônica e limitação das atividades de vida diárias.

Fibrose cística tem cura?

Fibrose cística não tem cura. O tratamento, que envolve médico, enfermeiro, fisioterapeuta e assistente social, visa retardar a evolução da doença, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida do paciente.

Seguindo um tratamento adequado, e multidisciplinar, o ministério da saúde publica em 2017, uma constante melhora na expectativa de vida, atualmente para mais de 75% atingindo idade adulta, e mais de 50% a terceira década de vida.

Qual é o tratamento para fibrose cística?

O tratamento do trato respiratório inclui fluidificação das secreções através de nebulizações, fisioterapia respiratória, antibióticos inalatórios e transplante de pulmão, nos casos muito avançados.

Em muitos casos, o foco principal do tratamento é manter uma nutrição adequada, seguindo uma dieta mais calórica e repondo as enzimas do pâncreas.

Essas medidas podem evitar que o paciente fique desnutrido e a doença pulmonar se agrave, pois já se sabe que quanto pior for a desnutrição, mais os pulmões serão prejudicados.

O diagnóstico da fibrose cística pode ser feito logo ao nascimento do bebê, através do teste do pezinho. Quanto mais cedo a doença for detectada, melhor será a qualidade de vida e maior o tempo de sobrevida do paciente.

Qual o tratamento para febre maculosa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para febre maculosa é feito com antibióticos, uma vez que a doença é causada por uma bactéria. Os antibióticos usados são a doxiciclina ou cloranfenicol, que podem ser administrados por via oral ou endovenosa. O tempo de tratamento é de 7 dias.

Além da antibioticoterapia, a febre maculosa pode necessitar de tratamento de suporte, com analgésico, antitérmico, ou em casos mais graves reposição do volume de sangue, suporte respiratório e medicação específica para atuar nos vasos sanguíneos, como a noradrenalina.

Pacientes que conseguem engolir recebem os antibióticos por via oral. Nos casos mais graves, com vômitos e inchaço, os medicamentos são administrados por via endovenosa.

A resposta aos antibióticos é boa e a febre maculosa fica completamente curada. Porém, para ser eficaz, o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes, logo no início da doença.

Embora não seja uma doença muito frequente, a febre maculosa apresenta uma alta taxa de mortalidade devido à falta de diagnóstico e tratamento precoces. A partir do 7º dia, as lesões que a bactéria causa na parede dos vasos sanguíneos podem ser irreversíveis, tornando a morte inevitável.

Por isso é muito importante que a febre maculosa seja diagnosticada e tratada o mais rápido possível, o que nem sempre acontece, uma vez que os seus sintomas são muitas vezes confundidos com outras doenças, como dengue, por exemplo.

Leia também: O que é febre maculosa e quais os sintomas?

Como prevenir a febre maculosa?

A melhor forma de prevenir a febre maculosa é evitar áreas infestadas por carrapatos e ficar atento à presença de carrapatos em animais como cães, cavalos e capivaras.

Se alguém estiver com algum carrapato aderido à pele, não deve esmagar o animal para evitar o possível contágio através de lesões na pele. É preciso remover o parasita com cuidado e lentamente. 

Lembrando que para haver transmissão da febre maculosa, o carrapato precisar ficar "grudado" na pele durante cerca de 4 horas.

O médico infectologista é o responsável pelo tratamento da febre maculosa.

Qual o tratamento para síndrome da bexiga dolorosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da síndrome da bexiga dolorosa (ou cistite intersticial), se baseia em três pilares, são eles:

  • Mudanças na dieta e aconselhamento;
  • Fisioterapia e
  • Uso de medicamentos;

Alguns estudos sugerem ainda a melhora dos sintomas com atividade física regularmente, mas ainda carece de estudos.

A mudança na dieta e aconselhamentos médicos devem ser os primeiros passos para o tratamento da síndrome, visto que mais de 45-50% dos pacientes, relatam importante melhora dos sintomas após essas modificações alimentares.

Inclusive, mais de 90% das crises relatadas, foram causadas pela ingesta de alimentos sabidamente desaconselhados.

Por isso é importante que o paciente identifique os alimentos e bebidas que pioram os sintomas e elimine-os da dieta, pelo menos temporariamente. Depois, eles podem ser reintroduzidos aos poucos, conforme a reação da pessoa.

A fisioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico está indicada para quase todos os casos, de acordo com a avaliação médica. Auxilia tanto na incontinência e dor local, quando na autoestima da paciente (quando mulher).

Dentre os medicamentos mais estudados e indicados, a primeira escolha no Brasil, é a amitriptilina, na dose inicial de 50 a 75 mg por dia. Outros medicamentos parecem bastante promissores, porém necessitam de mais estudos, como a cimetidina e o hidroxizine, em pacientes alérgicos.

Nos Estados Unidos, o último consenso indica a medicação Pentosan polissulfato (PPS), como grande aquisição no conjunto do tratamento, porém ainda não está disponibilizada no Brasil.

Durante o tratamento da síndrome da bexiga dolorosa, podem ser indicados exercícios físicos, pois liberam substâncias que aumentam a sensação de prazer e bem-estar e aliviam a dor.

Leia também: Cistite intersticial tem cura? Com é o tratamento?

Dieta

Na esmagadora maioria dos casos, os sintomas pioram após o consumo de determinados alimentos, como frutas cítricas, bananas, tomates, nozes, castanhas, amendoim, soja, ovos, frutos do mar, peixes, comidas apimentadas, adoçantes artificiais, vitamina C e produtos derivados do trigo.

Esses alimentos poder provocar reações alérgicas em todo o organismo, inclusive na bexiga, com presença de dor e outros sintomas que indicam irritação local.

Além desses alimentos, pessoas com síndrome da bexiga dolorosa devem evitar alimentos muito condimentados, molhos e temperos industrializados, café e bebidas alcoólicas.

Contudo cabe a cada pessoa identificar o que piora os sintomas e eliminar da dieta durante 7 dias. Se houver melhora do quadro, o alimento pode ser novamente introduzido na alimentação gradualmente, sempre observando o retorno ou a ausência dos sintomas.

Embora a síndrome da bexiga dolorosa não seja uma doença grave, o seu tratamento é complexo. O objetivo é melhorar os sintomas, sobretudo a dor, e melhorar a qualidade de vida da pessoa.

O médico urologista ou ginecologista, é o especialista responsável pelo tratamento da síndrome da bexiga dolorosa.

Saiba mais em:

Quais as causas da síndrome da bexiga dolorosa?

O que é um abscesso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Abscesso é uma coleção de pus localizada em algum tecido, o mais conhecido é o abscesso localizado embaixo da pele e nas suas camadas mais profundas. Trata-se de um processo inflamatório agudo com acúmulo de pus em alguma parte do corpo.

A região acometida pelo abscesso pode ficar inchada, dolorida, avermelhada, quente e com a parte central amarelada, demonstrando a presença do pus. Na maioria das vezes, o pus decorre de alguma infecção sanguínea que se expressa na pele.

O abscesso é diferente do furúnculo e pode ocorrer inclusive em alguns órgãos como no pulmão, no cérebro, nas mamas, no fígado, entre outros.

Abscesso

Na maioria dos casos, o abscesso é causado por infecções bacterianas. O pus acumulado é formado por bactérias e células de defesa mortas durante o ataque do sistema imunológico aos micro-organismos invasores.

Pacientes com diabetes apresentam abscessos com mais frequência. Por essa razão, pessoas que apresentam abscessos recorrentemente ou dificuldade de cicatrização devem consultar um médico para despistar a possibilidade de diabetes.

O abscesso requer tratamento específico a depender de sua localização e extensão, podendo necessitar de retirada cirúrgica para drenar o pus presente no local.

Como identificar um abscesso?

Os principais sinais e sintomas de um abscesso são a dor, a vermelhidão, o inchaço e o aumento da temperatura local, que são os sinais típicos de uma inflamação.

Os sintomas do abscesso se agravam conforme o abscesso estica o tecido e começa a rompê-lo, como observado nos abscessos da pele.

A dor causada pelo abscesso é provocada pela pressão que o pus exerce sobre as terminações nervosas. Daí o alívio da dor quando ocorre a ruptura ou a drenagem do abscesso.

Quando o abscesso surge no interior do corpo, outros sintomas podem se manifestar, como febre.

Existem ainda abscessos que se formam lentamente, sem manifestação dos sinais e sintomas que caracterizam o abscesso, como dor, aumento da temperatura local e vermelhidão.

Esses abscessos são causados, na maioria das vezes, pela bactéria causadora da tuberculose e podem surgir em qualquer parte do corpo, embora sejam mais frequentes na coluna, no quadril, nos linfonodos (gânglios linfáticos) e na região genital.

Qual é o tratamento para abscesso?

O tratamento do abscesso depende da sua localização e do seu tamanho. O principal objetivo do tratamento é drenar o pus para aliviar a dor e amenizar a infecção. Podem ser indicados medicamentos analgésicos para aliviar a dor. O tratamento de alguns abscessos é feito através de cirurgia para drenar o pus.

A aplicação de compressas quentes sobre a pele, nesses tipos de abscessos, pode ajudar a drenagem, mas aumenta os riscos da infecção se disseminar para os tecidos vizinhos. Nesses casos, recomenda-se que a área afetada permaneça em repouso. Quando pus começar a sair, deve-se cobrir o local com um curativo seco.

Para maiores esclarecimentos, consulte um clínico geral ou um médico de família.

Quais as complicações da trombose venosa profunda?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O maior risco da trombose venosa profunda é o de um pedaço do trombo se soltar e viajar pela corrente sanguínea até um dos pulmões, provocando um quadro chamado tromboembolismo pulmonar (TEP). Este quadro é causado por pequenos trombos que provocam um infarto pulmonar localizado e caracteriza-se por dor torácica e súbita falta de ar.

Dependendo do tamanho do êmbolo (trombo que se soltou), pode obstruir grandes vasos pulmonares, como a artéria pulmonar, impedindo o sangue de chegar a um dos pulmões.

Quando isso acontece, o coração pode entrar em colapso ao tentar bombear o sangue em direção ao pulmão sem sucesso devido à grande obstrução que tem à frente. Um tromboembolismo maciço normalmente evolui rapidamente para parada cardíaca e morte.

As TVPs que ocorrem nas veias mais superiores do membro inferior, como as veias poplíteas, femoral ou ilíaca são as que têm mais riscos de soltar êmbolos. Já as tromboses que ocorrem nas veias abaixo do joelho apresentam menor risco de TEP e são por isso menos perigosa.

Em quadro mais avançados, o paciente pode apresentar a síndrome chamada insuficiência venosa crônica, que começa com a destruição das válvulas existentes nas veias e que são responsáveis por direcionar o sangue para o coração, causando uma inversão e retardo do retorno venoso.

O sinal mais precoce de IVC é o edema (inchaço), seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Sem um tratamento adequado, ocorre o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, finalmente, a úlcera de estase ou úlcera varicosa.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

O que é hemangioma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Hemangioma é um aglomerado de vasos sanguíneos que tiveram um crescimento anormal.   

Ele é frequentemente formado na pele, mas pode aparecer em outros locais como no fígado, cérebro, trato gastrointestinal, etc.  

Apesar do seu caráter benigno, alguns hemangiomas podem causar complicações como úlceras, desfigurações e comprometimento de órgãos vitais. Por isso, em alguns casos, a presença de hemangioma requer tratamento específico para sua redução.  

Na infância, a maioria dos hemangiomas regride espontaneamente não precisando de tratamento.  

O hemangioma deve ser avaliado pelo/a médico/a que durante o acompanhamento do/a paciente indicará a necessidade ou não do tratamento.

Saiba mais em: O que é angioma?