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O que é gripe e quais os sintomas?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A gripe é uma doença aguda que acomete as vias respiratórias e é causada pelo vírus Influenza. A gripe pode ocorrer em qualquer período do ano, mas é mais frequente entre abril e outubro, principalmente nas regiões em que as condições climáticas são mais definidas.

A transmissão do vírus da gripe ocorre pela via respiratória, geralmente através da inalação de partículas de secreção infectadas suspensas no ar.

Os vírus Influenza infectam as células do sistema respiratório, replica-se e, em três a quatro dias do contágio, iniciam-se os sintomas. A gripe normalmente tem início abrupto e provoca febre alta (mais de 38 °C), dores de cabeça e no corpo, mal estar e fraqueza. Outros possíveis sintomas são tosse seca, no início, dor de garganta e coriza.

A gripe não complicada geralmente melhora em até 5 dias depois do início dos sintomas, embora em alguns casos o quadro pode se estender por mais de uma semana. A recuperação é rápida.

Em pessoas vulneráveis, a gripe pode ser mais perigosa e pode levar a complicações, como:

  • pneumonia (pneumonia viral); 
  • pneumonia bacteriana (quando bactérias se aproveitam da fragilidade do organismo e infectam os pulmões);
  • acometimento dos músculos (miosite) ou do sistema nervoso (encefalite ou polirradiculoneurite, por exemplo).

Crianças com menos de 2 anos, adultos com mais de 65 anos, pessoas que vivem em asilos ou instituições de saúde, doentes crônicos e os obesos são os que apresentam maiores riscos de complicações. 

Por esse motivo, é indicado tratamento destes indivíduos com Oseltamivir (Tamiflu®), desde que os sintomas tenham se iniciado até 48 horas antes do atendimento médico.

O diagnóstico é geralmente clínico, ou seja, não necessita de exames laboratoriais.

Se você apresenta febre, sintomas respiratórios e dor no corpo e faz parte do grupo de risco citado acima, deve procurar um pronto atendimento para iniciar tratamento com Oseltamivir.

Também pode lhe interessar: Tomar sorvete faz mal para quem está gripado ou com a garganta inflamada?

O que é escorbuto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Escorbuto é uma doença causada pela deficiência da vitamina C (ácido ascórbico). O escorbuto acontece por uma insuficiente ingestão de frutas e vegetais frescos, fontes de vitamina C, tais como frutas cítricas (laranja, limão, acerola, kiwi, abacaxi), tomate, batatas, couve-flor, brócolis, morango, espinafre, repolho.

A vitamina C exerce um papel essencial na produção de colágeno, uma proteína que faz parte do tecido conjuntivo, fundamental para a estrutura e para o suporte dos vasos sanguíneos e dos tecidos do corpo.

Sem vitamina C na quantidade necessária, o corpo não produz colágeno, o que causa rupturas e desgaste dos tecidos, gerando sangramentos e outras complicações.

Além disso, a vitamina C também atua no sistema imunológico, na absorção de ferro, no metabolismo do colesterol, entre outras funções no organismo. Por essa razão, o escorbuto provoca sinais e sintomas que afetam todo o organismo de um modo geral.

Quais as causas do escorbuto?

O escorbuto pode acometer pacientes com história de alcoolismo, uso de drogas, alergia alimentar, doenças psiquiátricas e baixo nível socioeconômico. Pessoas idosas, que não são capazes de ter uma alimentação balanceada e saudável, também são mais acometidas pela doença.

Outras causas para o escorbuto incluem: anorexia; tratamentos que causam náuseas e vômitos, como a quimioterapia; doenças que interferem na absorção dos nutrientes pelo intestino, como doença de Crohn e colite ulcerosa; tabagismo; gravidez e amamentação.

Quais são os sintomas de escorbuto?

Os sintomas do escorbuto podem incluir: hemorragias gengivais, hemorragias na pele, dificuldade de cicatrização, fraqueza, cansaço, mal-estar geral, humor deprimido, dentes fragilizados podendo ficar soltos, dores musculares e nas articulações, aparecimento de pontinhos vermelhos ou azulados na pele.

Esses pontinhos surgem nos locais de pelos, que se rompem facilmente devido ao comprometimento do folículo piloso. Os pontos aparecem sobretudo na região anterior da perna. Sem tratamento, podem se alastrar e formar grandes manchas escuras na pele.

Outros sinais e sintomas do escorbuto: inchaço nas gengivas, falta de ar ao realizar esforço físico, vermelhidão e inchaço de feridas que foram curadas recentemente, hematomas, perda de apetite, irritabilidade, dificuldade em ganhar peso, protusão dos olhos, diarreia e febre alta.

Qual é o tratamento para escorbuto?

O tratamento do escorbuto é feito com a reposição de vitamina C. Para adultos, a dose diária recomendada de vitamina C é de 800 a 1000 mg. Essa dose deve ser mantida durante pelo menos 7 dias. Depois, a dose é reduzida para 400 mg por dia, até o desaparecimento completo dos sintomas.

Para crianças, a o tratamento do escorbuto é feito com a reposição de 150 a 300 mg de vitamina C por dia. O tratamento com essa dose deve ser mantido durante 30 dias.

Em geral, a recuperação é iniciada logo após a instalação do tratamento, muitas vezes nas primeiras 24 horas.

Uma alimentação saudável e equilibrada é capaz de ofertar os nutrientes, minerais e vitaminas necessárias para o bem estar e prevenção do escorbuto.

O que é hipertireoidismo e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Hipertireoidismo é uma doença por excesso de produção de hormônios da glândula tireoide.

Os sintomas do hipertireoidismo são:

  • ansiedade,
  • irritabilidade,
  • problemas para dormir,
  • aumento do apetite,
  • perda de peso,
  • fadiga,
  • fraqueza,
  • tremores,
  • aumento da transpiração,
  • aceleração dos batimentos cardíacos,
  • evacuações frequentes,
  • bócio,
  • olhos saltados.

Nas mulheres pode provocar distúrbios na menstruação e nos homens pode causar o aumento da mama e problemas sexuais. Com o tratamento esses problemas são resolvidos.

Se não tratado, o hipertireoidismo pode causar distúrbios no ritmo cardíaco, dor no peito e raramente insuficiência cardíaca.

Caso apresente algum desses sintomas, procure o clínico geral, médico de família ou endocrinologista.

Quais os principais sintomas de trombose na perna?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais sintomas de trombose na perna ou Trombose Venosa Profunda (TVP), são a dor e o inchaço na perna comprometida.

A trombose é a presença de um coágulo de sangue (trombo), dentro de uma veia, que impede o fluxo normal naquela região. Essa obstrução causa além da dor e edema, vermelhidão e calor local.

A intensidade dos sintomas dependerá principalmente da veia atingida, do tamanho do coágulo e do grau de obstrução. Há também pessoas com trombose na perna que não apresentam nenhum sintoma.

1. Dor

A dor na perna afetada pela trombose tem início súbito e aumenta no decorrer do tempo. O mais comum é que a dor atinja uma das panturrilhas, direita ou esquerda, podendo ocorrer também no pé e tornozelo da mesma perna. Além disso, a perna fica bastante sensível ao toque e endurecida.

2. Inchaço

O inchaço (edema) da perna também começa subitamente e, como a dor, vai aumentando com o passa do tempo. É possível perceber essa diferença, quando se compara uma perna com a outra.

3. Alteração da cor da pele

A modificação na cor da pele é outro sintoma frequente. A perna obstruída se torna mais avermelhada, pela concentração do sangue, e na medida em que a doença avança, pode se tornar "azulada".

4. Mudança na temperatura da pele

Geralmente, a perna com a obstrução se torna mais quente do que a perna saudável. Algumas pessoas queixam-se de queimação no membro.

Além destes sintomas principais, pode ocorrer endurecimento da pele e dilatação das veias que se tornam mais visíveis na perna com a trombose.

Quando devo me preocupar?

Sempre que suspeitar de trombose na perna é preciso se preocupar e procurar imediatamente um atendimento médico. Principalmente nos casos de:

  • Falta de ar ou dificuldade de respirar;
  • Dor ou "aperto" no peito;
  • Tosse sem motivo aparente.

São sintomas que sugerem embolia pulmonar, a complicação mais grave da TVP e pode ser fatal.

Quando o coágulo (trombo) se forma na perna, ele pode se soltar da parede da veia e viajar pela circulação sanguínea até os pulmões, causando a obstrução de uma veia pulmonar, chamada embolia pulmonar.

Na suspeita da doença não perca tempo, procure rapidamente um atendimento médico.

Para saber mais sobre trombose na perna, você pode ler:

Referência:

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.

Como curar feridas na boca
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As feridas na boca podem ter caraterísticas diferentes e serem causadas por motivos diferentes, sendo assim, o tratamento definitivo será baseado na sua causa.

Feridas causadas por pequenos traumas, uso de aparelhos ou alimentos ácidos, melhoram espontaneamente, com ou sem tratamento. Feridas causadas por outras situações, como vírus, carência de vitaminas e doenças crônicas, precisam de orientações específicas.

Se a ferida não causar dor e/ou não melhorar mesmo com uso de medicamentos e orientações de higiene local, será necessário procurar atendimento médico o quanto antes, para uma avaliação mais detalhada.

Tratamento caseiro para feridas na boca 1. Bicarbonato de sódio

O tratamento mais conhecido e recomendado pelos profissionais desta área, é o uso de bicarbonato de sódio, porém é muito importante que não seja colocado diretamente na ferida sob a forma de pó, porque além de causar dor e ardência local, a substância pode aumentar ainda mais a lesão.

O uso correto é através de bochechos. O bicarbonato deve ser dissolvido em uma pequena quantidade em água. A proporção recomendada é de 1 colher de chá para meio copo de água, e fazer bochechos com essa solução, 2 a 3 vezes por dia.

O bicarbonato dissolvido em água, ajuda a reduzir a acidez da boca, melhorando os sintomas e ajudando na cicatrização da ferida.

2. Chás

Outras opções são os chás com própolis e aloe vera. Sempre com o cuidado de não conter álcool na sua composição e tomá-lo na temperatura ambiente ou morna, evitar chás muito quentes, para não irritar ainda mais a mucosa da boca.

Orientações para curar mais rápido as feridas da boca

Além dos tratamentos caseiros, seguir orientações simples de cuidados com a boca, ajudam na cura e na prevenção de novas feridas. As recomendações são de:

  • Não fumar!
  • Manter boa higiene na boca, limpar após cada refeição;
  • Não fazer uso de enxaguante bucal com álcool;
  • Se alimentar de forma balanceada, evitar alimentos e sucos ácidos, como a laranja, limão e abacaxi;
  • Não fazer uso de bebidas alcoólicas ou bebidas muito quentes;
  • Aplicar pomadas cicatrizantes, de acordo com o prescrito pelo médico ou dentista, como o Omcilon-A orabase®.

Outros tratamentos que o profissional pode indicar, dependendo de cada lesão e da sua causa, são as pomadas de corticoides, pomadas anestésicas e Laserterapia

Feridas na boca, o que pode ser? Herpes simples

A herpes labial é caracterizada por ferida avermelhada, dolorosa, com presença de bolhas com conteúdo líquido, que estoura e extravasa esse líquido dentro de poucos dias, momento de maior contaminação, e depois seca e cicatriza.

O tratamento é feito com pomada antiviral, para auxiliar nos sintomas e acelerar a sua cicatrização. Importante também se proteger do sol e não beijar outras pessoas, devido ao risco de contaminação.

Aftas

As aftas são as feridas mais comuns, que podem ser causadas por pequenos traumas, uso de parelho dentário, por alimentação muito ácida, problemas de gastrite ou estresse e ansiedade.

O tratamento deve ser retirar a causa, reduzir a acidez da boca, através de bochechos com bicarbonato de sódio dissolvido em água e alimentação balanceada.

Virose

Outra causa bastante comum de feridas na boca, especialmente em crianças.

As feridas desaparecem com a doença, mas podem ser feitos da mesma forma os bochechos, alimentação balanceada evitando alimentos ácidos e se preciso pomadas anestésicas para aliviar os sintomas.

Doenças crônicas

Algumas doenças autoimunes, como o pênfigo, o lúpus e a diabetes aumentam a frequência de feridas na boca, por reduzir a imunidade da pessoa, permitindo infecção da mucosa, e assim a formação da ferida.

Doenças inflamatórias, como a doença de Behçet, que tem dentre os seus sintomas típicos, as feridas na boca. O tratamento é feito com pomadas de corticoides.

Carência de vitaminas

As aftas podem ser originadas por carência de nutrientes e vitaminas, como a vitamina B12 e a anemia ferropriva.

Nesses casos, o tratamento será através da reposição das vitaminas e orientações gerais.

Tabagismo

O uso do cigarro, devido a grande quantidade de substâncias danosas, é um motivo clássico de lesões na boca, não só as aftas, mas a leucoplasia, uma lesão que tem alto risco de se transformar em câncer de boca.

O tratamento dependerá das características e tamanho das lesões.

Saiba mais no artigo: Leucoplasia é câncer?

Medicamentos

O uso de certos medicamentos como anti-inflamatórios não esteroides, antibióticos e corticoides podem alterar a flora normal da boca, aumentando a ocorrência de aftas.

Câncer de boca

O câncer de boca é uma doença grave, mas com possibilidade de cura se identificada a tempo. O tratamento específico deve ser definido pelo médico oncologista.

Saiba mais: Quais são os sintomas de câncer de boca?

Ferida na boca pode passar para outra pessoa?

Sim, dependendo da causa da ferida, pode contaminar outras pessoas, como é o caso do herpes simples, um tipo de vírus comum, que na sua forma ativa (presença de bolhas), é altamente contagioso.

Ferida no lábio é sempre herpes?

Não. A principal causa de ferida no lábio é o herpes simples, mas não é a única possibilidade.

O médico de família, dentista ou estomatologista, são os responsáveis por avaliar, tratar e acompanhar esses casos. Para mais esclarecimentos agende uma consulta.

Pode lhe interessar também:

Como controlar Herpes Labial?

Tenho feridas na boca, o que pode ser?

Cuidados com a alimentação para quem tem refluxo
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nos casos de doença do refluxo gastroesofágico, uma combinação de medicamentos, mudança de hábitos alimentares e alguns outros cuidados são necessárias. Essa doença é causada pelo refluxo frequente do ácido do estômago para o esôfago e para a boca, que irrita o esôfago, causando dor, azia e “arroto azedo”. Pode ainda causar esofagite e câncer de esôfago, irritar a garganta e afetar os pulmões.

O refluxo é considerado um processo fisiológico normal em pessoas saudáveis. Não causa sintomas, a não ser após refeições pesadas ou quando comeu demais. Nesse caso, o refluxo do ácido do estômago para o esôfago aumenta e causa irritação, que resulta em azia, queimação, “arroto azedo” e até dor. Evitar esse padrão de alimentação é muito importante para não ter esses sintomas.

Como e o que comer (e evitar) para melhorar do refluxo

Alguns alimentos e cuidados ao se alimentar podem trazer benefícios:

  • Fazer refeições pequenas
  • Alimentos mais espessos e sólidos
  • Alimentos ricos em fibras

Incluir a aveia na dieta diária, na forma de mingaus, em sopas, nas massas (pães e panquecas, por exemplo), pode trazer benefícios.

Chiclete pode ajudar a reduzir os sintomas, por aumentar a salivação e diminuir o efeito do ácido no esôfago. Veja se isso funciona para você.

Para quem tem mais refluxo à noite, alguns cuidados podem ajudar a evitá-lo:

  • Não coma 3 a 4 horas antes de se deitar
  • Eleve a cabeceira da cama de 15 a 20 cm

Limitar e evitar o consumo de alimentos que pioram o refluxo pode melhorar os sintomas. Por isso, evite:

  • Cafeína (café, chocolate e chá-preto)
  • Álcool (principalmente as bebidas alcoólicas fermentadas, como o vinho e a cerveja)
  • Refrigerantes
  • Comidas gordurosas e frituras
  • Vinagre
  • Alimentos muito ácidos (como limão, laranja, abacaxi, tomate e molho de tomate)

Preste atenção quando come para identificar, no seu caso, quais são os alimentos que desencadeiam os sintomas do refluxo (azia, dor e “arrotos azedos”). Preste atenção especialmente quando come alimentos apimentados, com menta ou hortelã, que também podem piorar o refluxo.

Recomendações alimentares após a cirurgia de refluxo

Em casos mais graves de doença de refluxo gastroesofágico, é necessário fazer uma cirurgia. O sucesso da cirurgia na melhora do refluxo depende de cuidados com a alimentação após o procedimento. Siga as orientações:

1. Ainda no hospital, a dieta após a cirurgia inicia com líquidos transparentes. Procure ingerir porções pequenas dos líquidos, com mais frequência.

2. No momento da alta hospitalar, você já vai poder passar a alimentos pastosos e sólidos moles. A dieta consiste em alimentos sólidos moles e úmidos (como frutas e legumes cozidos, mingaus, vitaminas de frutas e sopas cremosas). O médico lhe dirá quando iniciar a administração de alimentos sólidos. É provável que você continue com essa dieta de alimentos moles e úmidos por cerca de dois meses.

Quando os alimentos sólidos estiverem liberados, experimente um alimento ou bebida nova de cada vez.

Outros cuidados importantes para ter ao se alimentar depois da cirurgia:

  • Consuma refeições pequenas e frequentes;
  • Quando passar para os alimentos sólidos, mastigue bem e engula pedaços pequenos;
  • Evite o uso de canudinho para o consumo de líquidos;
  • Beba lentamente;
  • Siga as recomendações sobre os alimentos a evitar e aumente o consumo dos que podem ajudar a melhorar o refluxo;
  • Evite alimentos com cascas, muito secos e que podem causar desconforto ao esôfago (pão, bife, legumes crus, peito de frango e outras carnes secas, frutas cruas, amendoim, pipoca e sementes são alguns exemplos).

Você vai conseguir tolerar a maioria dos alimentos 3 a 6 meses após a cirurgia. Consulte um médico ou nutricionista em caso de dificuldade para alimentar-se ou de perda de massa corporal.

Modificação de comportamentos

Permanecer de pé por algum tempo depois de se alimentar pode ajudar a evitar o refluxo. Fazer uma caminhada após as refeições principais é uma boa opção. Além disso, você precisa evitar:

  • Refeições grandes
  • Deitar e ficar curvado após comer
  • Roupas apertadas na região do estômago
  • Fumar
  • Bebidas alcoólicas
  • Estresse

Se estiver fora do peso, tem refluxo e quer melhorar, esse é mais um motivo para se empenhar em emagrecer. A obesidade aumenta a pressão dentro da barriga, o que favorece o refluxo do ácido do estômago para o esôfago.

A redução de massa corporal e a diminuição do tamanho das refeições reduzem os sintomas de refluxo, principalmente no caso de hérnia de hiato. Procure a ajuda de um profissional nutricionista. Um clínico geral ou médico de família pode fazer um encaminhamento.

Caso queira saber mais sobre o refluxo, leia também:

Omeprazol para esofagite e dor no estômago. Quanto tempo demora para fazer efeito?

Refluxo tem cura? Qual o tratamento?

O que é refluxo e quais os sintomas?

Referência:

Cresci G, Escuro A. Dietoterapia para as Doenças do Sistema Gastrointestinal. O Esôfago. In: Mahan LK, Raymond JL. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Tradução da 14 Ed. Kenmore, WA. Elsevier. p. 1918-32.

Pessoa com dengue pode fazer escova de argan?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Sim, pessoa com dengue pode fazer escova de argan desde que não haja nenhuma contraindicação médica específica. A pessoa com dengue deve seguir as recomendações médicas, como os medicamentos a serem tomados, o repouso e a hidratação. 

O argan é um óleo extraído da semente de uma árvore marroquina e é utilizado para a realização de escovas e alisamentos de cabelo. O seu uso nesses procedimentos não causa nenhuma interferência no tratamento e restabelecimento da pessoa com dengue.

O médico clínico geral ou o infectologista são os profissionais indicados para esclarecer as dúvidas em relação ao tratamento da pessoa com dengue.

Boca seca: o que pode ser, quais os sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A boca seca é uma condição chamada xerostomia, que ocorre quando não é produzida saliva suficiente. A falta de saliva pode causar secura na boca e deixar a garganta seca, além de provocar uma sensação pegajosa na boca e na garganta. A xerostomia pode deixar a saliva espessa (“grossa”) e pegajosa.

A boca seca pode ser um sintoma de alguma doença e causar problemas na boca e nos dentes, uma vez que a saliva inicia o processo de digestão, ajuda a engolir os alimentos e proteger os dentes da cárie.

Quais as causas de boca seca?

A boca seca ocorre quando as glândulas salivares não produzem saliva suficiente para manter a boca úmida ou param de produzir saliva completamente.

As principais causas da xerostomia incluem:

  • Uso de medicamentos, como anti-histamínicos, descongestionantes e medicações para pressão alta, ansiedade, depressão, dor, doença cardíaca, asma ou outras doenças respiratórias e epilepsia;
  • Desidratação;
  • Radioterapia na cabeça e no pescoço, pois pode danificar as glândulas salivares;
  • Quimioterapia que pode afetar a produção de saliva;
  • Lesão dos nervos envolvidos na produção de saliva;
  • Síndrome de Sjögren, diabetes, HIV/AIDS, doença de Parkinson, fibrose cística ou doença de Alzheimer;
  • Remoção de glândulas salivares devido a infecção ou tumor;
  • Tabagismo;
  • Consumo de álcool;
  • Uso de drogas;
  • Estresse ou ansiedade.
Quais os sintomas de boca seca?

Os sintomas de boca seca podem incluir lábios rachados, língua seca, áspera ou sensação de tê-la em carne viva, perda do paladar, dor de garganta, sensação de queimação ou formigamento na boca, sede, dificuldade para falar, mastigar e engolir.

A boca sem saliva contribui para que bactérias produtoras de ácido se multipliquem, o que pode causar mau hálito, cárie, doenças da gengiva, aumento do risco de infecção por fungos (candidíase), feridas na boca e infecções.

A boca seca é comum em adultos mais velhos. Contudo, o envelhecimento em si não causa boca seca. Os idosos tendem a ter mais condições para o aparecimento da xerostomia e costumam tomar mais medicamentos, o que torna a boca seca mais frequente em pessoas dessa faixa etária.

Qual é o tratamento para boca seca?

O tratamento para boca seca é feito principalmente através de medidas para aliviar os sintomas da xerostomia. Quando essas medidas não são suficientes, podem ser indicados medicamentos que promovem secreção de saliva ou substitutos da saliva que substituem a saliva natural da boca.

Para aliviar os sintomas da boca seca recomenda-se:

  • Beber bastante água ou líquidos para manter a hidratação;
  • Chupar pedaços de gelo, uvas congeladas ou picolés de fruta sem açúcar para ajudar a manter a boca úmida;
  • Mascar chicletes sem açúcar ou balas duras para estimular a salivação;
  • Tentar respirar pelo nariz e não pela boca;
  • Usar um umidificador no quarto durante a noite;
  • Usar saliva artificial, sprays para a boca ou umectantes;
  • Usar enxaguante bucal para ajudar a umedecer a boca e manter a higiene bucal.

Algumas mudanças na dieta também podem ajudar a diminuir a secura na boca, como:

  • Comer alimentos frescos e macios que sejam fáceis de mastigar;
  • Evitar alimentos quentes, condimentados e ácidos;
  • Comer alimentos com alto conteúdo líquido, como aqueles com molho ou caldo;
  • Beber líquidos com as refeições;
  • Mergulhar o pão ou outro alimento duro ou crocante em um líquido antes de engolir;
  • Cortar a comida em pedaços pequenos para facilitar a mastigação;
  • Fazer pequenas refeições e comer mais vezes durante o dia.

Para não piorar a secura na boca, recomenda-se evitar:

  • Bebidas açucaradas;
  • Café, chá e refrigerantes à base de cola;
  • Álcool e enxaguantes bucais à base de álcool;
  • Bebidas ou alimentos ácidos;
  • Alimentos secos e ásperos que podem irritar a língua ou a boca;
  • Fumar.

Procure um médico clínico geral ou médico de família se a boca seca não melhorar, se surgirem manchas brancas na boca ou houver problemas para engolir ou sensação de queimação na boca.