Sim, hérnia de hiato pode causar boca amarga e mau hálito devido ao refluxo dos ácidos estomacais e do conteúdo alimentar (refluxo gastroesofágico).
Os sintomas da hérnia de hiato são, na realidade, provocados pela doença do refluxo, um problema muito comum em pacientes com hérnia hiatal. Dentre os principais estão:
- Azia persistente (sensação de queimação no esôfago, sentida desde a porção superior do abdômen até à garganta);
- Regurgitação de ácido e restos de alimentos;
- Dificuldade para engolir;
- Gosto amargo na boca;
- Mau hálito.
Outros sintomas menos frequentes são:
- Irritação na garganta;
- Tosse crônica;
- Rouquidão;
- Sensação de engasgo noturno.
É importante lembrar que o refluxo gastroesofágico pode ocorrer mesmo sem hérnia de hiato, embora esta seja uma das suas principais causas.
A hérnia de hiato é o deslocamento do estômago para o tórax através do hiato esofágico, um orifício que permite a passagem do esôfago do tórax para o abdômen.
Quando o refluxo é pequeno, o tratamento da hérnia de hiato pode ser clínico, através de dieta adequada, orientação postural e medicamentos específicos. Se o refluxo for intenso ou se não houver resposta ao tratamento clínico, opta-se pela cirurgia.
O diagnóstico e o tratamento da hérnia de hiato é da responsabilidade do médico gastroenterologista.
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O endometrioma é um cisto que acomete principalmente o ovário, sendo considerado uma forma de manifestação localizada da endometriose. Já a endometriose é o crescimento de tecido do endométrio (camada mais interna do útero) fora da cavidade uterina.
A endometriose é uma doença benigna, que caracteriza-se pela presença de tecido endometrial em outros locais que não o útero, tais como:
- Ovários;
- Peritônio (tecido que recobre os órgãos);
- Intestino;
- Ligamentos uterinos;
- Região posterior do colo uterino.
A endometriose pode se manifestar de forma difusa ou localizada. O endometrioma pode ser definido como uma forma de manifestação localizada da endometriose.
Leia também: O que é endometriose?
O conteúdo do endometrioma é composto por sangue escuro envelhecido e tecido endometrial. Esses cistos acometem os ovários em cerca de 70% dos casos, podendo medir mais de 7 cm em alguns casos.
Ainda não se sabe ao certo a origem do endometrioma. Uma das teorias sugere a penetração de um foco de endometriose localizado na superfície do ovário. Outra admite que o cisto se forma a partir de sangue menstrual que se deposita na superfície do ovário e penetra no órgão.
Saiba mais sobre endometrioma, seus sintomas e tratamento em:
Endometrioma tem cura? Qual o tratamento?
Tanto o endometrioma como a endometriose possuem tratamento, que pode incluir medicamentos, terapia hormonal ou cirurgia.
O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e escolha do tratamento mais indicado.
Dentre os principais tipos de deficiência intelectual com causas genéticas estão as Síndromes de Down, X Frágil, Angelman e Prader-Willi. Apesar de serem doenças diferentes, todas apresentam em comum alterações no desenvolvimento das funções cognitivas (raciocínio, memória, atenção, juízo), da linguagem, das habilidades motoras e da socialização, que são as características da deficiência intelectual.
As causas não genéticas da deficiência intelectual podem incluir complicações durante a gravidez (rubéola, uso de drogas, abuso de álcool, desnutrição materna), problemas ao nascimento (prematuridade, falta de oxigênio, traumatismos), deficiências específicas, como TDA, TDAH, autismo e ainda doenças e condições que afetam a saúde, como sarampo, meningite, desnutrição, exposição a chumbo e mercúrio, entre outras.
Causas genéticasA Síndrome de Down é o tipo mais comum de deficiência intelectual, causada pelo excesso de um cromossomo no material genético da pessoa, resultando na trissomia do cromossomo 21. Esse cromossomo a mais é oriundo de uma alteração na divisão do material genético no momento da formação do gameta feminino ou masculino.
Saiba mais em: Quais são as características de uma pessoa com síndrome de Down?
A Síndrome do X Frágil é causada por um problema genético no cromossomo X que provoca alterações comportamentais e de aprendizado. Pode acontecer em homens e mulheres, porém, nos homens a manifestação da doença é mais grave.
A Síndrome de Angelman, também conhecida como "síndrome da boneca feliz", é causada por uma anomalia em um gene transmitido pela mãe. A maioria dos casos de Síndrome de Angelman ocorre quando uma parte do cromossomo 15 materno é apagado.
Leia também: O que é a Síndrome de Angelman e como identificá-la?
A Síndrome de Prader-Willi é causada por uma alteração do cromossomo 15 paterno no momento da concepção. O distúrbio caracteriza-se por hipotonia (músculos "moles") ao nascimento, retardo mental, ingestão excessiva de alimentos (hiperfagia), baixa produção de hormônios sexuais, estatura baixa e atraso no desenvolvimento psicomotor.
Causas não genéticasSão muitas as causas não genéticas que podem resultar em algum grau de comprometimento intelectual, desde doenças infecciosas, doenças hereditárias e exposição a substâncias tóxicas.
O que caracteriza a deficiência intelectual?A deficiência intelectual é definida pela baixa capacidade de compreender, aprender e aplicar informações e tarefas novas ou complexas. Caracteriza-se pela falta de concentração, dificuldade em interagir e se comunicar e baixa capacidade de compreensão linguística (não compreendem a escrita ou precisam de um sistema de aprendizado especial).
Portanto, o tratamento consiste em primeiro definir a causa da deficiência, porque cada uma pode responder melhor a um tratamento específico, e através de equipe multidisciplinar, reforçar e facilitar o desenvolvimento das capacidades do indivíduo, fornecendo o apoio que ele precisa para superar as suas dificuldades específicas.
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Muita dor no estômago e sensação de barriga inchada podem ser sintomas de gastrite.
A gastrite se caracteriza por uma inflamação na parede do estômago. Esse processo inflamatório leva a sintomas de queimação ou dor no estômago, sensação de empanzinamento (popularmente conhecido por "barriga cheia"), indigestão, náuseas ou vômitos.
As causas mais comuns de gastrite são:
- O uso crônico e abusivo de medicamentos, como os anti-inflamatórios e corticoides,
- Consumo exagerado de bebidas alcoólicas,
- Hábitos alimentares ruins, como jejum prolongado e consumo de alimentos fritos e gordurosos,
- Tabagismo,
- Sedentarismo.
Contudo, existem outras causas para os sintomas de "dor no estômago e barriga inchada", que podem ser: gravidez, gases, infecções intestinais (gastroenterite), colecistite e colelitíase (pedras na vesícula biliar), doenças hepáticas (hepatite aguda), pancreatite aguda, diverticulite, obstrução intestinal, infecção urinária, tumores, doença de Crohn ou retocolite ulcerativa, ou mesmo, estresse e transtorno de ansiedade generalizada.
Portanto, são muitas as causas de sintomas gastrointestinais, só com uma avaliação médica e quando necessário, exames complementares, o médico poderá definir esse diagnóstico.
Quanto mais precoce for definida a causa do problema, melhor será a resposta ao tratamento.
Procure um médico gastroenterologista, que é o especialista nesses casos, para uma avaliação e conduta.
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Diferentes doenças e condições podem causar manchas na língua. Leucoplasia, eritroplasia, aftas, líquen plano ou candidíase são situações que podem causar o aparecimento de manchas na língua.
Vejamos algumas causas de manchas na língua.
LeucoplasiaA leucoplasia consiste em placas brancas que podem acometer a língua e outras áreas da boca como as bochechas e gengivas. Não há uma causa específica para o aparecimento dessas manchas, mas podem estar relacionadas a hábitos como o tabagismo ou alcoolismo e doenças infecciosas.
A leucoplasia é uma condição que não causa sintomas e é geralmente benigna, no entanto, em algumas pessoas essas lesões brancas podem evoluir para câncer. Por isso, a leucoplasia é considerada uma lesão pré-cancerosa.
Existe uma forma específica de leucoplasia chamada de leucoplasia pilosa. Esta forma está relacionada a infecção pelo vírus de Epstein-Barr e HIV e não tem relação com o câncer de boca.
Lesões de leucoplasia que apresentam alto risco de malignização são retiradas cirurgicamente.
EritroplasiaEritroplasia é uma mancha de coloração vermelha bem demarcada, que pode atingir a língua e outras áreas da boca como o palato e a região abaixo da língua. Pessoas tabagistas ou que fazem uso abusivo de álcool abusivo tem maior risco de desenvolver essas lesões.
Está fortemente associada ao câncer de boca, por ter alto risco de se tornar uma lesão maligna.
O tratamento é efetuado através da retirada cirúrgica da lesão.
AftasAs aftas são lesões ulceradas muito dolorosas, que no princípio podem aparecer apenas como manchas vermelhas que depois se ulceram e ficam brancas.
Múltiplos fatores contribuem para o aparecimento de aftas, entre eles destacam-se o estresse, trauma na boca, dieta com alimentos ácidos, consumo de álcool, deficiências nutricionais.
O tratamento inclui higiene oral, afastar causas relacionadas ao aparecimento das aftas como trauma, estresse ou alimentos ácidos. O alívio da dor pode ser alcançado através do uso de soluções anestésicas aplicadas localmente. O uso de corticoesteroides tópicos também podem ser benéficos em casos de aftas muito frequentes.
O líquen plano é uma doença inflamatória crônica que pode atingir a boca ou a pele. Quando ocorre na boca chama-se líquen plano oral e é caracterizado por lesões brancas ou vermelhas, que formam placas.
Há um risco de lesões de líquen plano oral também se malignizarem e transformarem-se em câncer, mas este risco é baixo.
Algumas lesões pequenas e assintomáticas não necessitam ser tratadas. Quando o tratamento é necessário, geralmente, é feito através do uso de corticosteroides aplicados localmente, através de bochechos ou pomadas.
CandidíaseA candidíase é uma infecção fúngica que pode acontecer em diferentes partes do corpo e inclusive na língua. Esta infecção causa manchas brancas.
É uma doença mais comum em bebês, idosos e pessoas com imunodeficiências, decorrente de tratamentos com quimioterapia, radioterapia, ou infecção por HIV
No casos menos graves, o tratamento da candidíase oral é feito com antifúngicos aplicados localmente. Já nas situações de candidíase mais extensa, os antifúngicos são administrados em comprimidos por via oral.
Consulte um médico de família, clínico geral ou dentista, caso note manchas na sua língua ou boca, que não melhoram.
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Referências bibliográficas:
1. Giovanni Lodi. Oral leukoplakia. Uptodate. 2021
2. Giovanni Lodi. Oral lesions. Uptodate. 2021
3. Nico M. et al. Líquen plano oral. Anais brasileiro de dermatologia. 2011.
As principais causas da diarreia crônica são as seguintes:
- Síndrome do intestino irritável (SII) - alteração na frequência das evacuações e do aspecto das fezes, associado a um quadro de desconforto abdominal que é reduzido com a evacuação, sem nenhuma doença orgânica que justifique o quadro. Normalmente, o paciente apresenta diarreia e cólicas relacionadas a períodos de estresse emocional. Alguns pacientes alternam diarreia com constipação intestinal, enquanto outros apresentam pequenas quantidade de muco nas fezes. Gases intestinais em excesso também são comuns. A síndrome do intestino irritável é uma doença benigna e pode apresentar melhora com algumas mudanças na dieta e no estilo de vida
- Doenças inflamatórias intestinais (DII), como Retocolite ulcerativa e Doença de Crohn;
- Infecções (por vírus, bactérias, protozoários ou vermes);
- Síndrome de má absorção (Doença celíaca, por exemplo)
- Intolerância e alergia a alimentos (por exemplo a intolerância a lactose, proteína de soja, sorbitol, frutose);
- Causas pancreáticas (pancreatite crônica, deficiências da enzima pancreática, fibrose cística ou endócrinas);
- Causas endócrinas (hipertireoidismo ou diabetes);
- Causas hereditárias (fibrose cística, deficiências enzimáticas).
- Cirurgias do abdome ou trato intestinal;
- Tumores;
- Radioterapia;
- Redução de fluxo sanguíneo intestinal;
- Alterações na função imunológica (deficiências de imunoglobina, AIDS, doença auto-imune);
- Uso de determinados medicamentos (alguns antibióticos, laxantes).
Em caso de diarreia crônica, isto é, aumento no número de evacuações diárias e/ou alteração na consistência das fezes há mais de 30 dias, consulte um médico para avaliação e tratamento.
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Sim, cisto sinovial pode desaparecer sem precisar de tratamento. O comportamento dos cistos sinoviais é imprevisível: podem permanecer do mesmo tamanho, crescer progressivamente ou ainda desaparecer espontaneamente, sem nenhum tipo de intervenção.
Grande parte dos cistos sinoviais nem chega a causar sintomas e incomodam apenas pela aparência. Contudo, os cistos maiores podem comprimir tendões ou nervos vizinhos e provocar dor. Dependendo da localização, podem até atrapalhar os movimentos da articulação.
Nesses casos, o tratamento pode ser feito através de uma punção para esvaziar o conteúdo do cisto sinovial. Outras opções de tratamento incluem a aspiração e a injeção de corticoides no local.
Se a localização do cisto não permitir a realização da punção ou se ele voltar a crescer depois desses procedimentos, o mais indicado é fazer uma cirurgia para remover o cisto.
Na presença de um cisto sinovial consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.
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Sim, pielonefrite tem cura.
O tratamento é baseado no controle da dor, e uso de medicamentos antibióticos, guiados contra a bactéria que esteja causando a infecção. A Escherichia coli é a bactéria responsável pela maioria dos casos de infecção urinária e consequentemente, pelos casos de pielonefrite.
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Qual é o tratamento da pielonefrite?O tratamento da pielonefrite consiste no início imediato do antibiótico. Atualmente, seguindo as orientações das sociedades nacionais e internacionais de urologia, os medicamentos de primeira escolha são: Sulfametoxazol-Trimetoprim ou Ciprofloxacina, via oral.
Nos casos mais graves o paciente deve ser internado e administrado a medicação por via endovenosa.
Tratamento complementarAlém do uso do antibiótico, o tratamento da pielonefrite consiste no alívio dos sintomas e busca de causas secundárias para a doença.
Para o tratamento da dor e sintomas de mal-estar, náuseas ou vômitos, são prescritos analgésicos, anti-inflamatórios e sintomáticos, de preferência por via endovenosa, para a resposta mais rápida.
Na investigação, que deve ser realizada de forma concomitante ao tratamento, são solicitados exames de sangue, urina, culturas, além de exames de imagem. A ultrassonografia e a tomografia computadorizada sem contraste, evitando sobrecarga renal, são os exames de escolha, para evidenciar presença de cálculos, abscessos, malformações ou alterações físicas, que necessitem de abordagem cirúrgica.
Nos casos de presença de cálculo obstruindo a via urinária, ou abscesso, estará indicada a intervenção cirúrgica de urgência.
Cuidados gerais:-
Aumentar a ingesta de água, pois aumenta a quantidade de vezes que urina, e urinar promove uma limpeza constante na bexiga, evitando o acúmulo de bactérias - EVITE "SEGURAR" A URINA;
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Evitar banhos de banheira, com espuma ou produtos químicos, para manter o Ph vaginal ácido habitual, capaz de reduzir os riscos de proliferação bacteriana;
- Dar preferência a roupas íntimas de algodão, pois é o tecido que mais absorve a transpiração, reduzindo as chances de proliferação de bacteriana;
- Evitar o uso de absorvente íntimo;
- Cuidado com a forma de higienização íntima, o papel higiênico deve ser passado no sentido da vagina em direção ao ânus e descartado, nunca ao contrário;
- Manter alimentação saudável. Evite o consumo de café, citrinos, bebidas alcoólicas e comidas muito condimentadas.
Por fim, nos casos especiais, como pielonefrite em gestantes, crianças, idosos ou renais crônicos, devem ser avaliados com maior critério, caso a caso pela equipe de urologia.
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Qual é o tratamento da pielonefrite na gravidez?O tratamento da pielonefrite em mulheres grávidas também é feito com antibióticos, porém, os medicamentos não são os mesmos.
Antibióticos como norfloxacina e ciprofloxacina, normalmente usados para tratar infecções urinárias, não podem ser usados na gestação.
É importante que a pielonefrite na gravidez seja diagnosticada rapidamente para iniciar o tratamento, evitando prejuízo à mãe ou ao bebê.
A presença de bactérias na urina da gestante, mesmo sem apresentar sintomas de infecção urinária, pode aumentar o risco de parto prematuro e baixo peso do feto.
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