Deve fazer o exame de sangue, a cada 3 meses.
Segundo o novo protocolo de tratamento e monitoramento de cura da Sífilis, pelo Ministério da Saúde 2019, os exames devem ser repetidos a cada 3 meses. Dependendo do estágio em que iniciou a medicação, esse monitoramento pode levar até 72 meses, para definir a cura completa da doença.
Vale ressaltar, que mesmo com a cura da sífilis, não quer dizer que estará imune a uma nova contaminação. Portanto, deve seguir as seguintes recomendações:
- O/A parceiro/a também deve ser tratado e acompanhado,
- Manter acompanhamento no posto de saúde ou com médico de família,
- Fazer uso de camisinha durante as relações.
A camisinha é a única maneira comprovadamente eficaz contra a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
O que é a sífilis?Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), ou doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão só ocorre via sexual ou da mãe para o bebê, na gestação ou no parto.
Quais os sintomas da sífilis?A doença se apresenta de formas variadas, de acordo com seu estágio.
Sífilis primária = ferida e ínguas.A sífilis primária, ocorre por volta de 10 a 90 dias após o contágio, com o aparecimento de uma ferida típica da doença (cancro duro), localizadas na região onde aconteceu a penetração da bactéria (pênis, vulva, colo do útero, boca, ânus) e ínguas (aumento de linfonodos),
A ferida não causa sintomas e desaparece mesmo sem qualquer tratamento. O que faz com que a pessoa acredite estar curada, mas a bactéria permanece "adormecida" no organismo.
Sífilis secundária = lesões de pele, febre baixa, mal-estar, falta de apetite.Em torno de 6 semanas a 6 meses após a cicatrização da ferida, surgem novos sintomas, que caracterizam a sífilis secundária. São sintomas inespecíficos, semelhantes a um resfriado, como febre baixa, mal-estar e inapetência; mas também sintomas mais específicos, como as lesões cutâneo-mucosas (roséola, placas mucosas, papulosas, lesões em palma das mãos e planta dos pés), ainda, calvície (alopécia em clareira), madarose (perda de cílios ou sobrancelhas) e rouquidão.
A sífilis primária e secundária, são as fases de maior risco para transmissão da doença, pela presença de grande quantidade de bactérias, tanto na ferida quanto nas lesões de pele.
Sífilis latente = sem sintomas!A fase de latência, é a fase em que a bactéria fica inativa, "adormecida", por isso não apresenta qualquer sintoma. É classificada ainda em fase latente recente, com menos de 2 anos do aparecimento da ferida (primária), e latente tardia (mais de 2 anos da fase primária).
A fase termina quando surgem os sintomas da sífilis secundária ou terciária.
Sífilis terciária = lesões nodulares de pele, artrites, cegueira, neurossífilis...A fase terciária acontece com mais de 10 anos após o contágio, e representa a fase mais grave e perigosa da doença. Por isso é tão importante buscar o diagnóstico precoce e instituir o tratamento antes de chegar a fase terciária.
Nesse momento, os sintomas aparecem na pele, ossos, sistema cardiovascular e neurológico, levando a quadros de nódulos dolorosos, artrite, aortite (inflamação na parede da aorta), cegueira, meningite, quadro de neurossífilis, entre outras doenças.
Sífilis tem cura? Qual é o tratamento?Sim. Sífilis tem cura.
O tratamento, assim como o monitoramento, é baseado no estágio em que se fez o diagnóstico. Deve ser administrado o antibiótico PENICILINA BENZATINA® 2,4 milhões UI intramuscular, sendo metade em cada glúteo, para evitar dor ou outros efeitos colaterais.
Na fase inicial, primária, secundária e latente recente, basta uma dose e o devido acompanhamento. Nas fases mais avançadas, terciária e latente tardia, são 3 doses, uma a cada semana, com o monitoramento mais prolongado.
Para neurossífilis, deve ser administrado o tratamento em ambiente hospitalar, e intravenoso, pela gravidade e riscos inerentes da doença. Nesse caso o antibiótico será a PENICILINA CRISTALINA® OU CEFTRIAXONE®.
Para alérgicos à penicilina, a opção é a doxiciclina®, porém essa medicação é contraindicada na gravidez.
Sendo assim, conforme citado acima, mantenha seu monitoramento de maneira adequada, e para maiores esclarecimentos, converse com seu médico assistente.
Leia também: Quem já teve sífilis pode ter filhos?
O câncer de boca pode afetar qualquer região da boca incluindo os lábios, céu da boca, gengivas, bochechas, língua (especialmente as suas bordas) e assoalho da boca (região embaixo da língua).
Os sintomas iniciais de câncer de boca incluem:
- Feridas em qualquer região da boca e dos lábios de difícil cicatrização que duram 15 dias ou mais,
- Feridas que não cicatrizam e ainda sangram facilmente, ou que estão em crescimento,
- Manchas de cor avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, bochechas ou céu da boca,
- Caroços, nódulos ou "espessamento" nas bochechas,
- Ínguas nos pescoço e
- Rouquidão persistente.
Ao perceber qualquer um destes sintomas, você deve consultar um médico de família ou dentista. Não utilize nenhum medicamento para tratar as feridas sem indicação de um destes profissionais.
Quanto mais cedo for detectado e tratado o câncer bucal, maiores são as chances de cura. Por este motivo, é importante que você consulte um dentista ou médico de família, caso perceba algum destes sintomas.
Quais os sintomas câncer de boca na fase avançada?Na medida em que as lesões (feridas, manchas, placas ou caroços) permanecem na boca sem avaliação e tratamento adequados, a doença se agrava e os sintomas da fase avançada do câncer de boca se instalam.
Os sintomas mais frequentes da fase avançada da doença são:
- Dificuldade de falar,
- Dor na boca que não passa,
- Dificuldade ou dor para mastigar e/ou engolir,
- Dificuldade ou dor para movimentar a língua e/ou a mandíbula,
- Sensação de que há algo preso na garganta ou de entalo,
- Inchaço na mandíbula,
- Dentes frouxos ou moles na gengiva,
- Dor em volta dos dentes,
- Mudança persistente na voz,
- Respiração ruidosa (respiração com barulho ou ruído indicam que algo está atrapalhando a passagem do ar);
- Perda de peso.
O principal sinal de alerta é a presença de qualquer lesão – feridas, nódulos, manchas – que não cicatriza há mais de 15 dias.
É importante que você esteja atento a este sintoma, especialmente, se você é fumante ou consome álcool frequentemente.
Nestes casos, você deve buscar um médico de família ou o dentista para avaliação da lesão.
Além da avaliação visual da lesão, estes profissionais poderão solicitar a realização de uma biópsia (exame de um fragmento da lesão) para confirmar se a lesão é benigna ou se se trata de um câncer de boca.
Perceber qualquer alteração permite que a detecção precoce do câncer de boca, o que aumentam as chances de sucesso no tratamento.
Para saber mais sobre câncer de boca, leia
Quais são os sintomas de câncer de língua?
Referência:
SBOC. Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
Abaulamento discal difuso ou protrusão discal é o desgaste associado à perda de elasticidade do disco intervertebral, disco gelatinoso que fica localizado entre uma vértebra e tem como função amortecer impactos na coluna vertebral e facilitar os movimentos.
Seus principais sintomas incluem dor, dormência e sensação de formigamento.
O tratamento da protusão discal consiste no de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia. A cirurgia somente é indicada quando a dor e a limitação de movimentos compromete a realização das atividades da rotina diária e não melhoram com outros tratamentos.
Sintomas de abaulamento (protusão) discal difusaOs sintomas de abaulamento (protusão) discal variam de acordo com o local em que ela ocorre e se manifestam no trajeto do nervo que está sendo comprimido, por exemplo, se a protusão atingir a região lombar do lado direito, o comum é que os sintomas ocorram na perna direita.
De forma geral os sintomas incluem:
- Dor,
- Dormência,
- Sensação de formigamento,
- Redução da força muscular.
É comum que o abaulamento aconteça na região lombar ou região cervical.
Abaulamento na coluna lombarAo ocorrer abaulamento na coluna lombar, a dor pode irradiar desta região para a perna do mesmo lado da protusão. Além da dor, a pessoa sentirá formigamento, dormência e perda de força muscular no membro afetado. São comuns a dificuldade de manter-se em pé ou sentado por longo período e de praticar atividades que requeiram força nas pernas.
O abaulamento discal L4-L5 ocorre especificamente entre a 4ª vértebra lombar e 5ª lombar 5 (L4 – L5) e entre a quinta lombar e primeira sacral 1 (L5 - S1).
O abaulamento discal L5-S1 se dá entre as vértebras da região lombar e sacra da coluna vertebral, particularmente entre a quinta vértebra lombar e a primeira sacral 1 (L5 - S1). Neste tipo de protusão, pode ocorrer compressão do nervo ciático e a pessoa pode apresentar dor lombar e dor ciática.
Abaulamento na coluna cervicalNo abaulamento na coluna cervical (pescoço), a dor irradia para o braço do mesmo lado da protusão e pode ocorrer perda de força muscular, dificuldade de movimentar o braço, além de formigamento.
Neste caso, a coluna cervical também pode ser acometida, e os sintomas são de dor no pescoço, conhecida como dor cervical ou cervicalgia.
Tratamento do abaulamento discalO tratamento do abaulamento ou protusão discal, depende do grau de desconforto e limitação que ele provoca, da sua localização e da sua gravidade. Pode ser efetuado com medicamentos, exercícios de alongamento, fisioterapia e cirurgia.
- Medicamentos: os analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares podem ser indicados pelo médico para reduzir a dor, inchaço e reduzir a tensão muscular. É possível também o uso de medicamentos tópicos como sprays de gelo e adesivos anestésicos para alívio da dor e inflamação.
- Aplicação de calor: o uso de bolsas de água quente serve para reduzir o espasmo muscular e produzir o efeito anestésico para redução da dor.
- Fisioterapia: indicada para corrigir a postura e estrutura da coluna, fortalecer a musculatura e alongamento da região posterior do corpo para que a dor não se torne crônica.
- Cirurgia: é efetuada em casos mais severos, especialmente quando a hérnia de disco está presente. Pode ser indicada também quando há muitas limitações de movimentos e quando as outras formas de tratamento não tiveram efeito.
A protusão discal corresponde à fase inicial das hérnias de disco. Isto indica que, quando não tratado, o abaulamento discal difuso pode evoluir para a hérnia de disco.
Ao sentir os sintomas de abaulamento ou protusão discal, procure o médico de família, ortopedista ou reumatologista para avaliação e tratamento adequados.
Para saber mais sobre abaulamento discal e hérnia de disco, você pode ler:
O que é abaulamento discal e que sintomas pode causar?
Abaulamento discal tem cura? Como é o tratamento?
Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?
Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?
Referências
Peng B, DePalma MJ. Cervical disc degeneration and neck pain. Journal of pain research. 2018;11:2853.
Will JS, Bury DC, Miller JA. Mechanical low back pain. American family physician. 2018 Oct 1;98(7):421-8.
SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.
SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Piroxicam é um anti-inflamatório não esteroide (AINE), que pode desempenhar ação anti-inflamatória e/ou analgésica no tratamento de diversos quadros clínicos como: artrite reumatoide (inflamação crônica das articulações), distúrbios ósseos e musculares agudos, osteoartrite (artrose, doença articular degenerativa), gota aguda, espondilite anquilosante (inflamação crônica na coluna vertebral que provoca rigidez), dor pós-operatória e pós-traumática e cólica menstrual em meninas e mulheres com mais de 12 anos (dismenorreia primária).
Além destas indicações, o piroxicam tem também atividade antipirética (reduz a febre).
Como tomar piroxicamO piroxicam é apresentado em cápsulas de 20 mg e deve ser ingerido inteiro com líquido.
A dosagem de medicamento deve ser obedecida de acordo com a recomendação médica para cada indicação do remédio. A dose diária varia de acordo com o quadro clínico apresentado pelo/a paciente.
Em condições de inflamação ou dor aguda, o tratamento não deve exceder 14 dias.
Os efeitos colaterais podem ser reduzidos ao se utilizar a menor dose eficaz por um período menor de tratamento.
Contraindicações de piroxicamPiroxicam é contraindicado em casos de:
- Alergia ao piroxicam e/ou componentes da fórmula;
- Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
- Crianças menores de 12 anos;
- Pessoas com história de úlcera, sangramento ou perfuração gastrointestinais;
- Pacientes com úlcera péptica ativa ou hemorragia gastrintestinal;
- Pessoas que desenvolveram asma, pólipo nasal, angioedema ou urticária induzidas pelo uso de ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteroides;
- Dor durante o peri-operatório de cirurgia para revascularização do miocárdio;
- Portadores de insuficiência renal e hepática grave;
- Pacientes com insuficiência cardíaca grave.
O medicamento é, de forma geral, bem tolerado. Os efeitos colaterais mais comuns são:
- Náuseas;
- Vômitos.
As reações adversas mais raras são:
- Anafilaxia (reação alérgica grave);
- Anorexia (falta de apetite);
- Hiperglicemia (aumento do nível de glicose no sangue);
- Hipoglicemia (redução da concentração de glicose no sangue);
- Retenção de líquidos;
- Insônia;
- Confusão mental;
- Alterações de humor;
- Irritação;
- Tontura;
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Vertigem;
- Visão turva;
- Edema nos olhos.
Piroxicam deve ser utilizado com cautela nos casos de:
- Pessoas idosas;
- Portadores de doenças cardiovasculares;
- Hipertensão (pressão alta);
- Condições que predisponham à retenção de líquidos como comprometimento da função cardíaca;
- Pessoas com insuficiência hepática, Insuficiência Cardíaca Congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica;
- Doença renal.
Não utilize piroxicam sem orientação médica.
O tratamento da hepatite C é baseado em medicamentos específicos para combater o vírus e orientações gerais, seja para a forma aguda ou crônica. Atualmente, com a chegada de novos medicamentos, a taxa de cura pode chegar a 90%. Os medicamentos utilizados são:
- Antivirais de ação direta (AAD), como Daclatasvir; Simeprevir; Sofosbuvir;
- Ribavirina;
- Interferon;
- Associação entre as medicações.
Os novos medicamentos, AAD, agem diretamente no vírus, interrompendo a sua multiplicação até a eliminação completa no sangue. Eles oferecem vantagens comparados aos antigos, pela posologia mais prática, já que apresentam formulações orais e subcutâneas; além disso, o tempo de tratamento é mais curto, entre 8 e 24 semanas apenas e com menos efeitos adversos.
Entretanto a escolha de qual medicamento para cada caso deve ser avaliado pela equipe médica, de acordo com as características da pessoa e estágio da doença.
Vale lembrar também, que não são todos os casos de Hepatite C que recebem indicação de tratamento medicamentoso imediatamente, a necessidade terapêutica irá depender de exames específicos, como biópsia do fígado e exames de biologia molecular.
O que o portador de hepatite C não deve comer?Não existem restrições dietéticas ou de atividade física para os pacientes com hepatite C crônica. Devem ser evitados apenas o uso de medicamentos que possam sobrecarregar o fígado e cessar o consumo de álcool, porque podem agravar o curso clínico da doença.
É fundamental que os pacientes informem de todo e qualquer medicamento que esteja em uso ou que seja prescrito, ao seu médico hepatologista, antes de iniciar.
Importante também, que esses pacientes sejam bem esclarecidos quanto às possíveis vias de transmissão e o risco de contaminar outras pessoas.
E durante a gestação?O tratamento da hepatite C durante a gestação está contraindicado devido aos efeitos teratogênicos das medicações e principalmente devido à ausência de estudos que garantam a segurança do tratamento.
Não é recomendada gestação até 24 semanas após a conclusão do tratamento, tanto para homens quanto para mulheres.
E para outras situações especiais, como a doença em crianças e adolescentes, pacientes portadores de doença renal crônica, transplantados, pacientes alérgicos as medicações apresentadas, o tratamento será discutido e avaliado caso a caso.
Campanha de tratamento do vírus da hepatite CO Ministério da Saúde desenvolve uma campanha importante de divulgação da doença e recomendações, com o objetivo de erradicar a doença no Brasil até o ano de 2030. Para isso, é fundamental que a sociedade se mobilize e realize os testes quando indicado, para diagnosticar de forma precoce a doença, permitindo alcançar esse importante objetivo.
Vale lembrar que grande parte das pessoas com hepatite C não apresenta nenhum sintoma, porém, se não for diagnosticada e devidamente tratada, a doença pode trazer complicações irreversíveis para o fígado, como a cirrose hepática e câncer hepatocelular.
Saiba mais em: Quais são os sintomas da hepatite C?
O/A médico/a hepatologista é o/a especialista indicado/a para diagnosticar e tratar a hepatite C.
Os problemas musculares são a causa mais comum de dor de um lá só das costas, seja do lado direito ou do lado esquerdo. A má postura, falta de atividade física e peso excessivo nas bolsas e mochilas, aumentam os problemas de coluna e dores nas costas.
Entretanto, outras situações como problemas de coluna, pedra nos rins e doenças pulmonares também podem desencadear esse tipo de dor.
O tratamento inicial deve ser feito com repouso e compressa morna no local da dor. Se a dor permanecer ou apresentar outros sintomas, é preciso procurar um médico de família ou clínico geral para identificar a causa e orientar o tratamento mais adequado.
1. Dor nas costas por problemas muscularesOs problemas musculares são a principal causa de dores nas costas, que pode se apresentar a direita ou a esquerda, de acordo com a situação.
O envelhecimento natural, a postura ruim durante o dia e a falta de exercícios, contribuem para o enfraquecimento da musculatura das costas, dando origem a dor e tensão muscular.
Pegar um peso de mau jeito ou além da sua capacidade física também pode desencadear estiramento dessa musculatura e com isso, apresentar dor e edema nas costas.
Como tratar?O tratamento inicialmente deve ser feito com:
- Repouso,
- Compressa morna e
- Remédios para aliviar a dor: de preferência relaxante muscular como a ciclobenzaprina e/ou anti inflamatórios como o ibuprofeno.
Após passar a crise de dor, é preciso iniciar tratamento para fortalecimento muscular e reeducação postural, evitando assim novas crises. Para isso é recomendado:
- Fisioterapia,
- Osteopatia ou
- RPG (reeducação postural global).
O médico clínico geral ou ortopedista são capacitados para essa avaliação, planejamento do tratamento caso a caso, e manter o acompanhamento até quando for necessário.
2. Dor nas costas por problemas na colunaOs problemas de coluna vem logo a seguir aos problemas musculares, sendo os mais comuns, os desvios de coluna (lordose, cifose, escoliose) e a hérnia de disco.
Por vezes são doenças de origem hereditária, já nascemos com essas alterações, e outras vezes, situações que ocorrem no decorrer da vida como hábitos ruins, posturas inadequadas, aumento de peso ou mesmo durante a gravidez, pelas modificações naturais desse período.
Como tratar?O tratamento vai depender da causa e da gravidade da situação. Inicialmente é sempre recomendado tentar métodos pouco invasivos, como:
- Repouso,
- FIsioterapia, RPG,
- Relaxante muscular e Antiinflamatórios.
Em especial, as mulheres grávidas não devem usar medicamentos sem recomendação médica para resguardar a sua saúde e a do bebê.
A cirurgia pode ser indicada nos casos mais graves, de hérnia de disco extrusa ou dor intratável.
O médico ortopedista ou neurocirurgião são os responsáveis por essa avaliação.
3. Dor nas costas por pedra nos rinsA dor nas costas, à direita ou à esquerda, por pedra nos rins, tem como características principais, ser uma dor de início súbito, de forte intensidade, descrita como a "pior dor da vida", associada a suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos.
É comum ainda a queixa de ardência na urina, urina mais amarelada, com ou sem a presença de sangue.
Como tratar?O tratamento varia de acordo com a sua gravidade. Em geral, inclui:
- Analgésicos potentes por via venosa, para o alívio mais rápido da dor,
- Coleta de exames de sangue e de urina, para investigar infecção e
- Exame de imagem para identificar a presença e localização de cálculos, que podem ser ultrassonografia, raio-X ou tomografia. O exame possibilita avaliar se o cálculo está obstruindo ou não o fluxo de urina, o que interfere no tratamento.
Após essas avaliações, é possível planejar o tratamento definitivo, que pode incluir:
- Antibióticos (via venosa), no caso de infecção urinária
- Cirurgia para retirada de cálculos, de maneira urgente no caso de inflamação dessa via, ou ambulatorial, quando possível.
O médico urologista é o responsável pela avaliação, conduta e acompanhamento nestes casos.
4. Dor nas costas por problemas pulmonaresOs problemas pulmonares como a asma, crise de bronquite e tumores pulmonares não costumam causar dor nas costas, a não ser que haja tosse frequente ou um processo infecciosos, como a pneumonia.
Como tratar?Nas crises de asma, a esforço repetitivo de tosse, leva a uma contratura muscular e dores nas costas por esse esforço. Neste caso o tratamento deve ser:
- Resolver a crise de asma, com os medicamentos apropriados, nebulização, aerolin, corticoide, entre outros,
- Repouso,
- Hidratação e
- Fisioterapia ou Terapias alternativas para evitar novas crises.
No caso de pneumonia, ou doenças da pleura (película que recobre os pulmões), a dor virá associada a piora quando respira fundo, tosse com catarro e/ou febre alta. Neste caso, o tratamento deve ser iniciado rapidamente, com:
- Antibióticos e
- Fisioterapia respiratória.
Mais raramente, um tumor no pulmão pode causar dor nas costas, e quando ocorre é comum a associação com queixas de falta de apetite, emagrecimento e tosse seca esporádica.
Dicas para aliviar a dor nas costas- Praticar atividade física regularmente - a prática de exercício favorece o fortalecimento muscular, com isso diminui a tensão e dores localizadas;
- Adaptar o ambiente de trabalho - Procure usar uma cadeira que mantenha a sua postura adequada durante o trabalho, assim como o apoio de braços e pés. Movimentar-se várias vezes durante o dia e se alongar também ajuda a reduzir consideravelmente as dores nas costas;
- Escolher um bom colchão e travesseiro - como passamos muitas horas dormindo, é importante que seja confortável, para um relaxamento muscular suficiente;
- Manter um estilo de vida saudável - a alimentação adequada possibilita manter um peso e metabolismo adequado, com isso evita a sobrecarga na coluna, uma outra causa frequente de dor nas costas e
- Evitar o estresse - situações de estresse levam a contratura muscular involuntária, principalmente na região do pescoço e costas, por isso deve ser evitado sempre que possível. Quando os sintomas de tensão e ansiedade forem frequentes, é importante procurar um psiquiatra para avaliação e tratamento.
Leia também o artigo sobre a dor nas costas do lado esquerdo: Dor nas costas do lado esquerdo, o que pode ser?
Referências:
- Stephanie G Wheeler,, et al.; Evaluation of low back pain in adults. UpToDate: Jun 25, 2019.
- Peter A Nigrovic, et al.; Back pain in children and adolescents: Causes. UpToDate: May 13, 2020.
- Sociedade Brasileira de Urologia - Portal da Urologia.
A cauterização no útero é um procedimento realizado para tratar lesões pré-cancerígenas ou infecciosas e destruir células anormais no colo do útero.
O procedimento em geral é simples e o tempo de recuperação dependerá de cada pessoa. A paciente pode continuar suas atividades cotidianas normalmente, devendo evitar relações sexuais, duchas vaginais e uso de tampões por algumas semanas após a cauterização. Esse tempo é necessário para haver a cicatrização do tecido.
A cauterização no útero é um procedimento que pode causar incômodo e dor a depender de cada paciente.
A anestesia usada no procedimento é uma anestesia local no colo do útero. O/a ginecologista aplica a anestesia no momento do procedimento e a paciente continua acordada durante todo o tempo.
A mulher que vai realizar ou já realizou o procedimento deve perguntar ao/à médico/a dúvidas sobre a cauterização, suas consequências e os cuidados que se deve ter após a realização.
Leia também:
Acrania é uma malformação congênita rara caracterizada pela ausência parcial ou completa do crânio em fetos humanos. Em geral, está associado à anencefalia e cursa com a incompatibilidade à vida, sendo fatal em curto prazo após o nascimento.
A acrania pode ser detectada pela ultrassonografia realizada durante as consultas de pré-natal.
A causa da acrania resulta de uma falha durante o processo de fechamento do tubo neural durante a quarta e quinta semanas de gestação. Com isso, não ocorre a formação da calota craniana (estrutura óssea que envolve e protege o cérebro) e, portanto, o tecido cerebral fica exposto ao líquido amniótico.
O uso de ácido fólico durante as primeiras 12 semanas de gestação e durante o período pré-concepcional pode apresentar como uma proteção para casos de malformação vinculada ao tubo neural.
O aconselhamento genético deve ser efetuado, uma vez que há chances de recorrências para as próximas gestações.