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Aciclovir é antibiótico?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O aciclovir não é um antibiótico, mas sim um antiviral que pode ser usado no tratamento de infecções causadas por vírus, como:

  • Herpes simplex;
  • Herpes zoster;
  • Varicella zoster.

O aciclovir pode, ainda, ser indicado para prevenir infecções por citomegalovírus (CMV) em pessoas que receberam transplante de medula.

Existe aciclovir em creme, pomada oftálmica, solução injetável e comprimido. A preparação a ser usada no tratamento depende do problema a tratar, devendo ser indicada pelo médico.

Leia também:

Referência:

Aciclovir. Bula do medicamento.

Acnezil tira manchas?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Acnezil não é indicado para tirar manchas da pele, sendo apenas indicado para o tratamento das formas leves ou moderadas de acne. Por conter peróxido de benzoíla, o Acnezil tem ação antibacteriana, anti-inflamatória e também reduz a oleosidade da pele, mas não tem ação sobre as manchas.

Existem muitos produtos indicados para o tratamento de manchas na pele. Eles podem conter hidroquinona, ácido kójico ou vitamina C, por exemplo. Um dermatologista é o especialista mais indicado para orientar o tratamento das manchas.

Leia também:

Referência:

Acnezil. Bula do medicamento.

Quais as causas de dor na barriga?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor na barriga é uma queixa muito comum e, na maioria das vezes, não indica nada de grave, mesmo quando a dor abdominal é forte. É normal, por exemplo, sentir dor de barriga intensa (cólicas) se a pessoa tiver gases intestinais ou dores no estômago, em casos de gastroenterite.

Porém, as dores abdominais podem ser sintomas de doenças e condições que podem ser fatais, como câncer de cólon ou apendicite. Nesses casos, a dor pode inclusive ser leve e não tem necessariamente que ser forte, sobretudo nas fases iniciais.

A dor na barriga pode se manifestar de diferentes formas, de acordo com a causa. A dor abdominal pode ser generalizada, localizada, tipo cólica ou cãibra.

Dor na barriga generalizada

A dor nesses casos é sentida em mais da metade da barriga. Esse tipo de dor é mais típico em casos de infecção no estômago causada por vírus, indigestão ou gases. Se a dor se tornar mais intensa, pode ser causada por obstrução do intestino.

Dor na barriga localizada

Ocorre em apenas uma área do abdômen. É provável que esse tipo de dor abdominal seja sintoma de algum problema no apêndice (apendicite), na vesícula biliar ou no estômago.

Dor na barriga tipo cãibra

Na maioria das vezes, essa dor na barriga não indica nada de grave, sendo causada principalmente por gases e inchaço abdominal. Em geral, é acompanhada por diarreia. Contudo, se a dor abdominal ocorrer com frequência, durar mais de 24 horas ou vier acompanhada de febre, deve ser investigada, pois pode ser sintoma de algo mais sério.

Dor na barriga tipo cólica

Esse tipo de dor ocorre em crises, é intensa e geralmente começa e termina subitamente. A dor abdominal tipo cólica é causada muitas vezes por cálculos renais ou biliares (pedras nos rins ou na bile).

O que pode causar dor na barriga?
  • Prisão de ventre;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Alergias ou intolerância a certos alimentos, como intolerância à lactose, por exemplo;
  • Intoxicação alimentar;
  • Gastroenterite viral;
  • Apendicite;
  • Aneurisma da aorta abdominal;
  • Obstrução intestinal;
  • Câncer de estômago, cólon (intestino grosso) e outros órgãos abdominais;
  • Colecistite (inflamação da vesícula biliar) com ou sem cálculos;
  • Diminuição do suprimento sanguíneo para os intestinos (isquemia intestinal);
  • Diverticulite (inflamação e infecção do cólon);
  • Acidez gástrica, indigestão ou refluxo gastroesofágico;
  • Doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou colite ulcerativa);
  • Cálculos renais (pedras no rim);
  • Pancreatite (inflamação ou infecção do pâncreas);
  • Úlceras.

Às vezes, a dor abdominal pode ter origem em outra parte do corpo, como tórax ou pelve (“pé da barriga”). Nesses casos, a dor na barriga pode ter como causas:

  • Cólicas menstruais intensas;
  • Endometriose;
  • Fadiga muscular;
  • Doença inflamatória pélvica (DIP);
  • Gravidez tubária (ectópica);
  • Ruptura de um cisto no ovário;
  • Infecções do trato urinário.
Quando procurar um médico se estiver com dor na barriga?

Em caso de dor abdominal, recomenda-se procurar atendimento médico com urgência se:

  • Estiver fazendo tratamento para câncer;
  • Não conseguir evacuar, especialmente se estiver vomitando;
  • Estiver vomitando sangue ou houver sangue nas fezes, principalmente se as fezes estiverem com coloração vermelho vivo, marrom ou preta;
  • Estiver com dores no peito, pescoço ou ombros;
  • Estiver com dor abdominal súbita e intensa;
  • Estiver com dor na parte de cima das costas, na região das escápulas (omoplatas) ou entre elas;
  • A barriga estiver dura e sensível ao toque;
  • Estiver grávida ou com suspeita de gravidez;
  • Teve uma lesão recente no abdômen;
  • Tiver dificuldade para respirar;
  • Tiver desconforto abdominal com duração de uma semana ou mais;
  • A dor na barriga não melhorar em 24 a 48 horas ou ficar mais intensa, frequente e vier acompanhada de náuseas e vômitos;
  • Tiver inchaço abdominal que persiste por mais de 2 dias;
  • Tiver sensação de queimação ao urinar ou estiver urinando com mais frequência;
  • Tiver diarreia por mais de 5 dias;
  • Tiver febre acima de 37,7°C (adultos) ou 38°C (crianças);
  • Tiver sangramento vaginal prolongado;
  • Perda de peso sem razão aparente.

Para maiores esclarecimentos sobre as dores abdominais e suas possíveis causas, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Leia também: O que é bom para dor de barriga?

Hérnia umbilical é perigoso?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A hérnia umbilical só é perigosa pelo risco de estrangulamento do intestino, mas essa é uma condição que não acontece com muita frequência.

Quando acontece, a pessoa que tem a hérnia pode notar que alguma coisa está errada devido a:

  • Prisão de ventre não habitual;
  • Dor na barriga, que fica cada vez mais intensa;
  • Náuseas e vômito.

Uma hérnia estrangulada precisa ser tratada com cirurgia de urgência.

No caso dos bebês, a hérnia umbilical raramente precisa de tratamento, já que não causa complicações e tende a desaparecer com o crescimento. Porém, caso seja necessário, o tratamento deve ser feito com cirurgia depois dos 2 anos.

Saiba mais sobre hérnia umbilical em:

Referência:

Ansari P. Hérnias de parede abdominal. Manual MSD.

Dor no bico da mama esquerda, o que pode ser? Quando me preocupar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no bico da mama está geralmente relacionada com a variação dos hormônios femininos, natural do ciclo menstrual, que acompanha cerca de 70% das mulheres.

Entretanto, existem outras causas para essa dor, que devem ser investigadas, especialmente quando afeta apenas uma das mamas.

Na presença de dor em apenas em dos mamilos, associado a coceira, febre, vermelhidão, massa palpável, alterações na pele, ou saída de secreção sanguinolenta, procure imediatamente um médico para avaliação.

Quais as causas de dor no bico da mama esquerda1. Variação hormonal

As variações hormonais são a causa mais frequente desse sintomas, e embora seja mais comum ocorrer nas duas mamas ao mesmo tempo, pode acontecer em apenas uma das mamas. O aumento das taxas de estrogênio, progesterona e prolactina, no preparo do corpo da mulher para uma possível gravidez, estimula o crescimento dos ductos e tecido mamário, causando a dor e incômodo nas mamas.

Neste caso, a dor está relacionada ao ciclo menstrual, ocorre mensalmente sempre no mesmo período e resolve-se espontaneamente. Se a dor permanecer ou quando for tão intensa a ponto de interferir nas atividades diárias de vida da mulher, pode ser tratada com anti-inflamatórios não hormonais ou inibidores de estrogênio, como o Tamoxifeno.

2. Mama esquerda mais volumosa

As mamas volumosas também podem causar dor na mama ou localizada no bico da mama, devido ao peso e pressão que exerce entre essa região e o tecido das roupas em uso. Como o tamanho das mamas nem sempre é idêntico, pode haver sintoma mais expressivo em apenas uma das mamas.

Geralmente, a dor neste caso é vem associada a dores nas costas, ombros e dores de cabeça, devido a postura curvada, anormal, que a mulher adota sem perceber, devido ao peso das mamas.

O uso de sutiã adequado ao seu tipo de mama e roupas que sustentem bem o seu volume, ajudam no alívio da dor. No entanto, algumas vezes não é suficiente e para evitar complicações de coluna e dor crônica, pode ser indicado cirurgia para redução da mama.

3. Alergia no bico da mama esquerda

Os produtos de higiene e cuidados com a pele, podem conter substâncias irritativas para alguns tipos de pele, desenvolvendo uma reação alérgica. A alergia se apresenta com pequenas bolinhas avermelhadas, coceira e ardência no bico da mama. Pode ocorrer em um ou nos dois lados.

O tratamento neste caso deve ser com uso de creme a base de corticoide e antialérgicos, além de suspender o uso do produto que causou a irritação.

4. Mastite no bico da mama esquerda

A mastite, inflamação na mama, é mais frequente durante a amamentação, especialmente quando acontece uma ferida no bico do seio ou obstrução nos ductos mamários por acúmulo de leite.

Os sintomas são de dor em apenas uma das mamas, associada a vermelhidão, calor local e febre alta. O tratamento é realizado com o início rápido de compressas mornas e antibiótico oral. Na suspeita de mastite, procure o seu ginecologista.

5. Nódulos ou cistos na mama esquerda

A presença de um nódulo ou cisto na mama nem sempre indica um problema grave. O fibroadenoma, por exemplo, é a presença de nódulos benignos na mama e tem uma alta prevalência na população feminina.

Neste caso, a mulher sente dor na mama ou bico da mama, além de nódulo palpável e por vezes, doloroso. O tratamento pode ser de retirada do cisto ou acompanhamento.

6. Tumor na mama esquerda

O tumor de mama não costuma se apresentar com dor, inicialmente, mas quando acontece acomete também apenas uma das mamas e a dor é bem localizada em um ponto.

As características típicas de um tumor de mama são: modificações na pele, alteração na coloração, retração de mamilo, pele áspera, como "casca de laranja" e saída de secreção sanguinolenta pelo mamilo.

7. Doença de Paget da mama esquerda

A doença de Paget da mama é um tipo raro de câncer de mama, que tem como características, dor forte, coceira, vermelhidão no bico do seio, de uma das mamas e saída de secreção pelo mamilo. Outros sintomas inerentes a esta doença são, feridas no bico do seio, de difícil cicatrização, pele espessa e áspera, ardência, pequenas bolinhas.

Os sintomas são facilmente confundidos com uma alergia nos primeiros dias. Por isso, se os sintomas não melhoram após uso de pomadas ou pioram, procure imediatamente um ginecologista ou mastologista para avaliação e início de tratamento.

Quando devo me preocupar?

Se, junto com a dor, você sentir um ou mais dos sintomas abaixo, é preciso procurar um atendimento médico o mais rápido possível, para uma avaliação mais detalhada.

  • Febre alta (acima de 38 graus)
  • Vermelhidão em apenas um dos bicos do seio
  • Palpar um nódulo ou massa
  • Coceira e feridas de difícil cicatrização no bico do seio
  • Modificações na pele (pele áspera, presença de manchas, rachaduras ou retração)
  • Secreção pelo mamilo (clara ou sanguinolenta)

Para avaliação e maiores esclarecimentos, converse com um ginecologista ou mastologista, os médicos especialistas neste assunto.

Saiba mais sobre os sintomas de câncer de mama no artigo: Quais os sintomas do câncer de mama?

Referências:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
  • Mehra Golshan, et al.; Breast pain. May. UpToDate. Jun 26, 2020.
  • Azin Niazi, et al.; Effective Medicinal Plants in the Treatment of the Cyclic Mastalgia (Breast Pain): A Review. J Pharmacopuncture. 2019 Sep;22(3):131-139.
Síndrome de Turner: o que é, quais as características e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A síndrome de Turner é uma doença genética que afeta somente as mulheres. A síndrome surge devido à ausência parcial ou total do segundo cromossomo sexual “x”, resultando num genótipo 45,X, quando o esperado para o sexo feminino seria 46,XX.

A síndrome de Turner é muito rara e a sua ocorrência é de 1 caso em cada 3.000 meninas nascidas. As taxas de aborto espontâneo em fetos com síndrome de Turner são bastante elevadas, podendo chegar aos 99%, sobretudo no 1º trimestre de gravidez.

A síndrome de Turner costuma ser identificada ao nascimento ou antes da puberdade devido às suas características típicas.

Quais as características de alguém com síndrome de Turner?

As características de uma pessoa adulta com síndrome de Turner incluem: baixa estatura, cabelos com origem na nuca, pescoço alado, atraso mental, órgão genital ainda juvenil, atrofia dos ovários, com ausência de folículo, gerando infertilidade.

A síndrome de Turner pode provocar danos no desenvolvimento da pessoa, como baixa estatura (no máximo 1,5 m de altura), impossibilidade de iniciar a puberdade, infertilidade, anomalias ósseas, renais e cardíacas, dificuldade de aprendizagem, deficiência na coordenação motora e no processamento das emoções, entre outros prejuízos.

A falta dos hormônios femininos estrógeno e progesterona faz com que as mulheres com síndrome de Turner não desenvolvam as suas características sexuais secundárias quando chegam à puberdade.

Por isso, mulheres com síndrome de Turner não têm menstruação, possuem grandes lábios sem pigmentação, poucos pelos pubianos ou ausência dos mesmos, mamas pouco desenvolvidas ou mesmo ausentes e cintura masculinizada.

A pele é mais flácida, as unhas são estreitas e o tórax costuma ser largo, em forma de barril.

Nos recém-nascidos com síndrome de Turner, é comum haver inchaço nas mãos e no dorso dos pés, o que aumenta as suspeitas da doença.

Qual é o tratamento para síndrome de Turner?

Devido à falta de produção de hormônios femininos pelos ovários, que estão atrofiados, o tratamento da síndrome de Turner é feito através do uso de hormônios. O objetivo é estimular o desenvolvimento das características sexuais da paciente, o desenvolvimento do útero, a menstruação e o crescimento.

O tratamento da síndrome de Turner deve começar antes da puberdade, com o uso de hormônio do crescimento. Depois, quando a menina atinge a puberdade, o tratamento é feito com os hormônios femininos estrógeno e progesterona.

Para que a terapia hormonal com estrógenos não atrase ainda mais o crescimento, o seu início pode ser adiado para quando a menina atingir os 16 anos de idade.

Além dos hormônios, o tratamento da síndrome de Turner inclui cirurgia para corrigir as malformações cardíacas, ósseas e renais.

Para maiores esclarecimentos sobre a síndrome de Turner, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Má digestão, dispepsia ou indigestão: quais os sintomas e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Má digestão, dispepsia ou indigestão é um desconforto na parte superior do abdômen, ou na barriga.

Tem como principal sintoma a sensação de “estômago cheio” imediatamente depois de comer. Outros sintomas que geralmente estão associados são o enjoo, azia e falta de apetite.

Para evitar a má digestão é importante comer devagar mastigando bem os alimentos, evitar alimentos gordurosos e frituras e ingerir pouco ou nenhum líquido durante as refeições.

Quais os sintomas da má digestão?

Os sintomas da má digestão, dispepsia ou indigestão incluem:

  • Sensação de estômago cheio imediatamente após as refeições, mesmo se você comeu pouco,
  • Arrotos (eructações) frequentes,
  • Azia (sensação de queimação no estômago),
  • Enjoos,
  • Vômitos,
  • Dores no estômago ou região abdominal,
  • Sonolência e cansaço após as refeições,
  • Gases e flatulência,
  • Prisão de ventre ou diarreia.
O que fazer em caso de má digestão?

Modificações nos hábitos alimentares e o uso de antiácidos ajudam a aliviar os sintomas de má digestão. Dentre as medidas indicadas estão:

1. Alimente-se de forma saudável

Prefira alimentos leves, ricos em fibras e de fácil digestão e que não irritem o estômago como: sucos de fruta, água de coco, gelatina, cereais integrais, pão sem recheio, bolachas do tipo água e sal e chás.

Evite beber líquidos durante as refeições, especialmente as bebidas com gás como os refrigerantes.

É importante também evitar os alimentos embutidos, alimentos industrializados e com alto teor de gordura como leite, manteiga e carnes vermelhas. São produtos que contém grande quantidade de gorduras, irritando a mucosa do estômago e do intestino.

2. Reserve tempo suficiente para as refeições

Procure fazer as suas refeições com calma e tempo suficiente para comer devagar. Mastigar bem os alimentos, pois a nossa digestão começa na boca, quando trituramos os alimentos.

Comer muito rápido e sem mastigar direito os alimentos faz com que eles cheguem ao estômago quase inteiros, o que dificulta a digestão e pode desencadear os sintomas de má indigestão.

Evite discussões durante as refeições. Elas podem alterar seu estado emocional comprometendo a mastigação e a digestão dos alimentos.

3. Evite exercita-se logo após as refeições

Deixe para realizar atividade física pelo menos de duas a três horas após as refeições. Nas primeiras horas após alimentar-se, o seu corpo todo se prepara para digerir os alimentos e absorver nutrientes. A atividade física neste momento desvia o fluxo de sangue e para outras regiões, como musculatura e órgãos em atividade, o que pode levar à má-digestão.

4. Remédios para indigestão

O uso de medicamentos antiácidos como ranitidina e omeprazol tem a função de aliviar os sintomas da dispepsia. O médico também pode prescrever esses medicamentos em doses mais altas ou por períodos mais longos, se for necessário

Evite usar medicamentos com ácido acetilsalicílico (aspirina) e anti-inflamatórios. Se precisar tomá-los, deve-se fazer com o estômago cheio e sob recomendação médica.

Se a causa da má digestão está relacionada com o estresse, busque relaxar, descansar mais, ou praticar meditação, para aliviar os sintomas da má digestão.

Quais as causas de má digestão?

As causas mais comuns de dispepsia incluem:

  • Consumo exagerado de bebidas com cafeína;
  • Consumo de álcool em excesso;
  • Comer alimentos condimentados ou gordurosos;
  • Comer muito, ou rápido demais;
  • Comer alimentos ricos em fibras;
  • Fumar ou mascar tabaco;
  • Estresse, nervosismo ou ansiedade.

Entretanto, alguns distúrbios gástricos e o uso de alguns medicamentos também podem causar a má-digestão. Estes distúrbios incluem:

  • Cálculos biliares;
  • Gastrite;
  • Inflamação do pâncreas (pancreatite);
  • Úlceras intestinais ou gástricas;
  • Uso de certos medicamentos como antibióticos, aspirina e anti-inflamatórios não esteroides (AINE's), como ibuprofeno ou naproxeno.

Na maioria dos casos, a indigestão não é sinal de algum problema de saúde grave, a menos que ocorra junto com outros sintomas, tais como sangramento, dificuldade para engolir e perda de peso.

Quando procurar um médico em caso de má digestão?

Se os sintomas de má digestão desaparecem quando você realiza mudanças na alimentação ou antiácidos, é sinal de que a sua saúde não corre riscos. Entretanto, procure ajuda médica se:

  • Os sintomas da indigestão permanecerem por mais de uma semana;
  • Ocorrer perda de peso inexplicável;
  • Sentir súbita e intensa dor abdominal;
  • Tiver dificuldade em engolir;
  • Estiver com a pele e os olhos amarelados (icterícia);
  • Vomitar sangue ou houver sangue nas fezes;
  • Os sintomas vierem acompanhados de fezes escuras;
  • Apresentar dor no peito que irradia para as costas, dor na mandíbula, transpiração abundante, ansiedade ou um sentimento de morte iminente: esses são sintomas de um possível ataque cardíaco. Neste caso, acione 192 (SAMU) ou 193 (Corpo de Bombeiros) ou procure imediatamente uma emergência hospitalar.

Se você perceber estes sinais, procure um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista. Não utilize medicações sem orientação médica.

Referência:

Federação Brasileira de Gastroenterologia

Como saber se é dor muscular ou no rim?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As dores musculares, por serem problemas nos músculos, se modificam com a mudança de posição, movimentação do corpo e/ou palpação no exame. A dor nos rins não se altera com nenhum movimento.

Além disso, as doenças musculares são dores intermitentes, localizadas. As dores nos rins quando se iniciam são constantes, nada melhora, tem irradiação para a barriga, virilha ou genitais e costumam apresentar alterações na urina, como dificuldade em urinar, presença de sangue ou urina amarronzada.

Na presença de dor em região lombar, mesmo que intermitente, sangue na urina, dificuldade de urinar ou massa palpável na barriga, procure um médico da família, urologista e/ou clínico geral para avaliação.

Causas de dor nos rins

As principais causas de dor nos rins são a presença de pedra nos rins e a infecção urinária. Outras causas menos frequentes são: câncer, cisto renal, trombose de veia renal e trauma renal.

Vale ressaltar que o baixo consumo de água é um dos fatores que mais contribui para a formação de pedras nos rins, especialmente pessoas que já tem história de cálculo renal na família.

Por isso, para o bom funcionamento renal, é fundamental beber bastante água durante o dia, pelo menos 1 litro e meio a 2 litros. O médico urologista é o responsável por avaliar e orientar quanto às doenças renais.

1. Pedra nos rins

Os rins produzem a urina, que segue através do ureter até a bexiga, onde fica armazenada e depois é expelida como xixi.

Pessoas com pedras nos rins, em algum momento da vida, terão um cálculo passando pelo ureter, para ser eliminado na urina. O problema ocorre quando esse cálculo não é pequeno o suficiente e fica preso nesse canal, impedindo também a passagem da urina.

Essa obstrução causa os sintomas de dor intensa na região lombar, apenas do lado acometido, náuseas, vômitos, suor frio e presença de sangue na urina.

O tratamento é feito com medicamentos potentes para dor, hidratação, antibiótico e cirurgia para desobstruir o canal.

Saiba mais: O que causa pedra nos rins?

2. Infecção urinária

A infecção na urina costuma se iniciar na uretra e bexiga, embora possa acometer todo o sistema urinário, conhecido popularmente por cistite.

Os sintomas são de aumento da frequência urinária, urina muitas vezes, mas em pequenas quantidades, ardência ao urinar e dor na barriga.

O tratamento da cistite é simples, com aumento da ingesta de água, antisséptico da via urinária e antibióticos orais por 1 a 2 semanas.

No entanto, a cistite pode evoluir com piora, quando as bactérias alcançam o sistema urinário mais alto (reteres e rins), causando uma pielonefrite. O quadro é mais frequente em crianças pequenas, idosos, pessoas acamadas ou com imunidade muito baixa.

Nos casos de pielonefrite o tratamento deve ser imediato, em ambiente hospitalar, com hidratação e antibióticos pela veia, para evitar complicações como sepse e insuficiência renal.

3. Câncer

No Brasil, a incidência de câncer renal tem aumentado, segundo a estatística do Instituto Nacional de Câncer (INCA), desde o ano de 1990. Hoje está entre os 10 tipos de tumores mais frequentes na população.

Os sintomas são de dor na região lombar, sangue na urina e massa palpável no abdômen. Pode haver queixa de falta de apetite e perda de peso, mas nos casos já avançados.

O tratamento definitivo e curável, é a cirurgia com remoção do tumor. Pode ser necessário tratamento complementar com imunoterapia, dependendo do tamanho e tempo de doença. O médico oncologista é o responsável por determinar os tratamentos adjuvantes.

4. Cisto renal

Cisto renal é uma espécie de "bolsa cheia de líquido", que aparece nos rins, geralmente em exames realizados aleatoriamente. Na maioria das vezes não causa sintomas, indicando apenas acompanhamento.

Nos casos de infecção, formação de cálculos no interior ou sangramento, pode haver dor na região lombar, do lado acometido, associado a náuseas, mal-estar e febre. O tratamento indicado será de antibioticoterapia oral e/ou cirurgia para remoção do cisto.

Leia também: Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?

5. Trombose de veia renal

A trombose de veia renal é a obstrução da veia renal principal. É uma doença rara, desencadeada por doenças auto-imunes, distúrbios de coagulação, complicação gestacional, entre outras.

Os sintomas são de dor na região lombar, diminuição do volume de urina, mal-estar, náuseas, vômitos e presença de sangue na urina.

O diagnóstico não é simples, porque o quadro é bem semelhante à cólica renal. Por isso, são necessários exames de imagem mais específicos, como venografia ou angiografia, para definir essa doença.

O tratamento se baseia em resolver o problema que está causando essa obstrução, associado a anticoagulação. A cirurgia é indicada apenas nos casos mais graves e que não respondem ao medicamento.

6. Trauma renal

O rim é um órgãos mais comprometidos nos traumas "fechados", como acidentes de carro e de grande impacto. Os sintomas serão de dor na região lombar, ou na barriga difusamente, mal-estar e pode haver sangue na urina.

O diagnóstico é feito através do exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia de abdômen.

O tratamento depende da gravidade do trauma. Na lesão leve, é indicado apenas o acompanhamento. Nas lesões mais graves, com formação de hematoma, dor e sinal de infecção, pode ser preciso intervenção cirúrgica.

Sintomas de dor nos rins

Os sintomas relacionados a problemas nos rins são:

  • Dor lombar (de um dos lados)
  • Dor ou ardência ao urinar
  • Coloração avermelhada ou amarronzada na urina
  • Menor quantidade de urina
  • Náuseas, vômitos e mal-estar

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Dor nos rins durante a gravidez é normal?