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Dor no cóccix durante a gravidez é normal? O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, dor no cóccix durante a gravidez é normal e ocorre principalmente devido às alterações hormonais que deixam o cóccix mais instável.

Quando a mulher está grávida, o seu corpo libera um hormônio chamado relaxina, que deixa as articulações e os ligamentos mais frouxos para permitir o alargamento da bacia e facilitar o parto.

Isso provoca uma instabilidade no cóccix, que faz com que o cóccix se desloque mais do que o normal, principalmente quando a grávida senta ou levanta, causando dor.

A dor no cóccix é mais comum nos últimos meses da gravidez, quando o corpo da grávida atinge o auge das alterações posturais. 

O que fazer para evitar a dor no cóccix durante a gravidez?

Para evitar a dor no cóccix ao se sentar, sente-se com a coluna ereta, com as nádegas ligeiramente empinadas para trás, até se sentir confortável.

Use também uma proteção almofadada para se sentar ou sente-se sobre uma almofada em forma de anel, com um buraco no meio. Essas almofadas podem ser vendidas em lojas de artigos ortopédicos.

A aplicação de compressas quentes durante 20 minutos também ajuda no alívio da dor.

Se mesmo assim continuar com dor no cóccix, fale com seu/sua médico/a obstetra ou médico/a de família durante as consultas de pré-natal.

Bolinhas vermelhas na ponta da língua que está ardendo. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Bolinhas vermelhas que ardem na ponta da língua podem indicar algum tipo de inflamação provocada por uma irritação nas papilas gustativas. Dentre as possíveis causas estão:

  • Substância irritante ou picante;
  • Alergia a alimentos, tabaco, temperos, álcool, pasta de dente;
  • Líquen plano oral;
  • Infecção por fungos ou bactérias;
  • Eritema multiforme;
  • Aftas;
  • Herpes oral;
  • Síndrome da Ardência Bucal.

Quando existe uma reação alérgica ou uma inflamação na língua, as papilas gustativas tendem a ficar inchadas e lisas, podendo haver também dor e ardência.

No entanto, o mais indicado é consultar o/a médico/a de família, clínico/a geral ou dentista especialista em estomatologia para diagnosticar e tratar a causa dessas bolinhas na ponta da língua.

O que é proctalgia fugaz?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Proctalgia fugaz é uma doença funcional do reto ou ânus cujo principal sintoma é uma dor anal que pode ser muito intensa, semelhante a uma cãibra, também descrita por alguns como "facada". Proctalgia significa literalmente "dor no ânus" e fugaz indica que a dor é breve, durando geralmente alguns minutos.

A dor pode surgir a qualquer hora do dia, subitamente, entretanto é mais frequente à noite, acordando muitas vezes o paciente durante a madrugada. Causada por espasmos violentos, pelos músculos elevadores do ânus.

Ainda não está definida a causa da proctalgia fugaz, porém uma das hipóteses descritas é a alteração vascular. Mas sabemos que se trata de uma condição benigna, que afeta mais as mulheres e de frequência variada. Existem casos de um episódio por mês, um por semana, até um episódio ao ano.

O diagnóstico é feito através do exame clínico, proctológico, excluindo outras causas com sinais e sintomas semelhantes, por vezes com exames de imagem complementares, e então estabelecer o diagnóstico. Ao exame, o ânus não apresenta qualquer alteração.

Alguns pacientes sentem uma vontade urgente de evacuar após os espasmos, embora a doença não tenha relação com as evacuações.

É importante lembrar que algumas doenças graves podem causar os mesmos sintomas da proctalgia fugaz, entre elas câncer de intestino e tumores da coluna. Por isso, em caso de dor anal, consulte sempre um médico proctologista para receber um diagnóstico definitivo.

Saiba mais em:

Proctalgia fugaz tem cura? Qual o tratamento?

Dor no ânus: o que pode ser?

Referência

SBCP. Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

Calcificação no cérebro tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Calcificação no cérebro não tem cura, mas é possível controlar os sintomas que apresente.

O tratamento das calcificações cerebrais depende dos sintomas que apresenta. De acordo com a localização em que se encontram, as calcificações provocam sinais e sintomas relacionados às funções daquela região, e o tratamento será baseado nessas manifestações.

Remédio para calcificação no cérebro

Em geral as queixas são de dificuldade de memória, tremores, dificuldade em realizar movimentos mais delicados e alterações de comportamento, por isso podemos citar como medicamentos mais utilizados os:

  • Antipsicóticos;
  • Antidepressivos;
  • Medicamentos para o tremor;
  • Fisioterapia e
  • Terapia ocupacional.

O tratamento para as calcificações no cérebro deve ter uma abordagem multidisciplinar, que contribui significativamente para o resultado e um melhor prognóstico.

Dependendo dos sintomas, o paciente pode receber o mesmo tratamento dado a doenças como enxaqueca, esquizofrenia, Parkinson, transtorno bipolar, entre outras.

As intervenções terapêuticas de vários profissionais (psiquiatra, neurologista, endocrinologista, fisioterapeuta) são fundamentais para controlar os sintomas neurológicos e psiquiátricos, além da corrigir os níveis de cálcio no sangue.

Os principais objetivos do tratamento para calcificações cerebrais são:

  • Controlar os sintomas;
  • Recuperar a funcionalidade psíquica e motora;
  • Melhorar a qualidade de vida;
  • Prevenir complicações;
  • Prevenir a progressão da doença, quando possível.

Está em estudo um medicamento específico capaz de inibir a progressão das calcificações cerebrais, que já é usado em outras doenças ósseas, como a osteoporose. Pessoas que receberam tratamento com essa medicação vêm apresentando bons resultados.

O que é calcificação no cérebro?

As calcificações cerebrais são formações endurecidas, compostas pelo mesmo material que formam os nossos ossos e dentes, porém se formando dentro do cérebro. A causa dessa anomalia parece estar relacionada com mutação genética.

O diagnóstico da calcificação no cérebro é feito através de tomografia computadorizada de crânio e avaliação pelo médico neurologista.

O que significa "ausência de calcificação patológica no cérebro"?

Esse termo é usado nos laudos de exames de imagem, quando não há uma calcificação anormal no cérebro. A calcificação pode aparecer naturalmente com a idade e com problemas mais comuns como uma pequena isquemia cerebral, sem que prejudique ou signifique um risco ao paciente.

Quando dizemos patológico, quer dizer algo anormal, quando dizemos "ausência de calcificação patolológica", quer dizer que não existe um problema nesse achado. Está normal.

Para maiores esclarecimentos e informações, procure um médico neurologista, ou seu médico da família.

Veja também: Quais os sintomas de calcificação no cérebro?

Quem tem diabetes pode comer tapioca, beterraba, batata doce e ovo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem tem diabetes pode comer tapioca, beterraba, batata doce e ovo, desde que todos esses alimentos sejam consumidos nas doses certas e estejam inseridos numa dieta alimentar personalizada, balanceada e adequada para diabéticos.

A tapioca pode fazer parte da alimentação de quem tem diabetes, podendo inclusive substituir o pão em algumas refeições. Lembrando que a tapioca é fonte de carboidratos e, em excesso, pode aumentar os níveis de glicose no sangue. Assim, deve fazer parte de um plano alimentar equilibrado, de acordo com as necessidade calóricas do paciente.

A beterraba pode ser incluída num plano alimentar para diabetes, mas deve ser consumida em doses pequenas e junto com as refeições. A quantidade recomendada é de duas fatias finas ou uma colher de sopa de beterraba ralada no almoço e jantar. Já o suco de beterraba contém muito mais do que isso, pelo que é contraindicado para diabéticos.

A batata-doce é rica em carboidratos de baixo índice glicêmico. Isso significa que a batata-doce libera lentamente o açúcar para a corrente sanguínea, sem provocar picos de glicemia no sangue, o que é bom para quem tem diabetes.

Além disso, a batata-doce é uma boa fonte de fibras solúveis que atrasam a absorção de açúcar e gordura, auxiliando assim o controle das taxas de glicose e colesterol.Contudo, apesar dos benefícios, a batata-doce não pode ser consumida à vontade. A quantidade varia conforme as necessidades energéticas de cada paciente.

Leia também: 5 alimentos que ajudam a controlar a diabetes

Quanto ao ovo, apesar de não ter carboidratos e ser uma boa fonte de proteínas, deve ser consumido sem exagero. Em excesso, os ovos também elevam a glicemia e podem sobrecarregar os rins. Uma pessoa com diabetes pode comer até 6 ovos por semana, dentro de uma dieta balanceada, sem prejudicar a sua saúde.

Para saber ao certo o que pode ou não comer, bem como as quantidades certas de cada alimento, consulte um nutricionista. Este é o profissional indicado para elaborar um plano alimentar equilibrado e adequado para quem tem diabetes.

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Que cuidados com a alimentação deve ter uma pessoa diabética?

O que é trombofilia e quais os seus sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Trombofilia é uma predisposição para desenvolver trombose, causada por defeitos na coagulação do sangue que favorecem a formação de coágulos (trombos).

A trombofilia pode ser hereditária ou adquirida. A trombofilia hereditária tem causas genéticas, enquanto que a adquirida é uma consequência de outras condições clínicas como:

  • Doenças (câncer, síndrome anticorpo antifosfolípide);
  • Imobilização prolongada;
  • Uso de medicamentos (terapia de reposição hormonal, anticoncepcional oral, heparina);
  • Gravidez;
  • Puerpério (período de 45 dias após o parto);
  • Obesidade.
Quais os sintomas da trombofilia?

A principal apresentação da trombofilia é através da trombose venosa profunda, que ocorre principalmente nos membros inferiores e provoca os seguintes sinais e sintomas:

  • Inchaço, geralmente em apenas uma perna;
  • Dor na perna ao caminhar, ficar em pé ou em repouso;
  • Aumento da temperatura no local;
  • Dilatação das veias superficiais;
  • Pele azulada ou pálida na área que está inchada e dolorida;
  • Dor e endurecimento no trajeto da veia suspeita de ter o coágulo.
Quais as complicações da trombofilia?

A trombofilia pode provocar:

  • Trombose venosa profunda e superficial;
  • Acidente vascular cerebral;
  • Embolia pulmonar, que pode ser fatal;
  • Complicações na gravidez (retardo do crescimento fetal, abortamento, perda do bebê, início precoce de pré-eclâmpsia - aumento da pressão arterial com complicações na gestação, descolamento prematuro da placenta).

Veja também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?

Qual é o tratamento para trombofilia?

O tratamento da trombofilia é feito com medicamentos anticoagulantes, que "afinam o sangue", de maneira a evitar a coagulação sanguínea e, consequentemente, prevenir a formação de trombos.

Os medicamentos mais utilizados são a heparina (via intravenosa), heparina de baixo peso molecular (injeções abaixo da pele) e warfarina (via oral).

No caso da trombofilia adquirida, o tratamento deve ser individualizado, e incidir sobre a causa do problema.

Durante o tratamento são realizados exames de sangue seriados para avaliar se os anticoagulantes estão atingindo o efeito desejado.

O diagnóstico e o tratamento da trombofilia são da responsabilidade do médico clinico geral, médico da família, angiologista ou hematologista.

Dor no umbigo: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no umbigo pode ser sinal de apendicite, prisão de ventre, hérnia e de outras doenças e condições como a gravidez. Normalmente está relacionada a processos inflamatórios e infecciosos.

Quando a dor é leve e temporária pode indicar um mal-estar passageiro. Entretanto, se a dor for intensa e frequente pode trazer sérias complicações. Por este motivo, é importante que você não se automedique e procure um médico para avaliação da dor.

1. Apendicite

A apendicite consiste na infecção e inflamação do apêndice. Costuma se manifestar através de uma dor abdominal que pode ter início ao redor do umbigo e depois passar para a região inferior direita do abdômen. Inicialmente a dor é leve e se torna intensa com o passar das horas.

Algumas pessoas podem apresentar somente dor abdominal, entretanto outras podem apresentar dor juntamente com os seguintes sintomas:

  • Náuseas e vômitos: estes sintomas podem ocorrer juntos ou pessoa pode apresentar apenas um deles. Ocorre porque o processo inflamatório e infeccioso do apêndice provoca redução dos movimentos peristálticos (movimentos involuntários de contração do sistema digestivo que possibilitam a deglutição);
  • Perda de apetite: a infecção do apêndice produz alterações gastrointestinais que levam à perda de apetite;
  • Febre: ocorre devido à tentativa do organismo de preservar a sua integridade perante o quadro de infecção e inflamação do apêndice;
  • Gases intestinais: acontecem pela perda dos movimentos intestinais;
  • Má digestão: é um sintoma que ocorre em consequência da diminuição dos movimentos peristálticos;
  • Diarreia ou prisão de ventre: estes dois sintomas ocorrem pelo comprometimento do funcionamento do sistema digestivo em função da infecção do apêndice;
  • Mal-estar geral: acontece nos processos infecciosos como consequência da febre e do comprometimento do sistema gastrointestinal.
O que devo fazer?

Neste caso, você deve buscar o mais rapidamente possível um serviço de emergência para avaliação dos sintomas e indicação do tratamento adequado que consiste em com cirurgia e uso de antibióticos. Pode ser necessário efetuar ultrassonografia abdominal ou tomografia de abdome.

Quando a cirurgia é feita precocemente a recuperação é tranquila e os riscos de complicações são menores. A demora para iniciar o tratamento adequado pode trazer sérios riscos à saúde, por este motivo não protele a ida à emergência

Ruptura do apêndice

Nos casos em que a apendicite permanece sem tratamento, o apêndice pode sofrer ruptura e trazer consequências graves à saúde, inclusive com risco de morte. Um apêndice infectado pode apresentar ruptura em menos de 36 horas após o surgimento dos sintomas.

A inflamação e a infecção podem se espalhar pelo abdome ou as bactérias podem migrar para corrente sanguínea e provocar a infecção generalizada.

A ruptura de apêndice é tratada com uso de antibiótico e várias cirurgias podem ser necessárias. Por este motivo é importante buscar rapidamente um serviço de emergência quando os sintomas de apendicite, especialmente a dor em volta do umbigo ou na região inferior direita do abdome, se iniciam.

2. Prisão de ventre

A prisão de ventre está entre as causas mais comuns de dor no umbigo. Nestes casos, a dor se manifesta em volta do umbigo, é intermitente (dor que vai e volta) e pode ser intensa.

O acúmulo de fezes ou gases distende o intestino, que pode pressionar algum nervo que passa pela região do umbigo, causando dor.

O que devo fazer?

O uso de medicamentos laxantes é indicado tratamento da prisão de ventre e somente devem ser administrados após avaliação e orientação médica.

Para evitar que a prisão de ventre ocorre é necessário adotar uma alimentação rica em fibras e ingerir em torno de 2 litros de água por dia.

Uma vez que a dor no umbigo pode ter diversas causas, sendo algumas delas graves, é importante procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação se a dor continuar ou vier acompanhada de outros sinais e sintomas.

3. Hérnia umbilical

A hérnia é o extravasamento de uma parte de um órgão (geralmente o intestino) através de uma região mais enfraquecida da parede abdominal ou do tecido gorduroso do abdômen. Isso pode ocorrer na região do umbigo (hérnia umbilical), causando dor.

A dor provocada pela hérnia umbilical é localizada na região do umbigo e pode ser persistente e se tornar bastante intensa. Geralmente se agrava ao tossir, se curvar para frente, carregar peso ou fazer exercícios. Em alguns casos, a dor no umbigo pode surgir ao urinar.

O que devo fazer?

É preciso se dirigir ao hospital para avaliação por um cirurgião geral. Há casos nos quais a hérnia regride sozinha e há casos que é necessário tratamento cirúrgico, porém mesmo em casos de regressão espontânea da hérnia é necessária a avaliação cirúrgica.

4. Gravidez

A dor ou desconforto no umbigo pode ocorrer em qualquer período da gestação e se torna mais intensa nos seus últimos meses.

É causada pela distensão de um ligamento do abdômen. O estiramento é decorrente do crescimento do útero e chega a separar em dois o músculo reto abdominal, podendo levar ao desenvolvimento de hérnia umbilical. Esse enfraquecimento da parede abdominal pode causar dor na região do umbigo.

O que devo fazer?

Se a dor for leve ou suportável, orienta-se observar, pois a tendência é que ela desapareça sem que sejam necessárias intervenções. Caso a dor se torne mais forte, é possível fazer uso de medicamentos analgésicos somente sob orientação médica.

Outros sintomas como inchaço, vermelhidão, secreção no umbigo ou dor muito intensa podem indicar infecção e precisam da avaliação médica o quanto antes.

5. Endometriose umbilical

A endometriose umbilical provoca dor e sangramento no umbigo. A dor ocorre durante a menstruação e por este motivo é chamada de dor cíclica.

Isso ocorre devido à presença de tecido da parede interna do útero (endométrio) na região do umbigo, o que causa dor e sangramento durante a menstruação. Além disso, pode-se observar a presença de um nódulo azulado ou acastanhado no umbigo.

O que devo fazer?

Nestes casos, é preciso efetuar avaliação médica, pois o tratamento é efetuado por meio de cirurgia.

6. Gastroenterite

A gastroenterite é a inflamação do revestimento do estômago e dos intestinos. É caracterizada por dor em volta do umbigo, normalmente em cólicas, que se espalha pela região abdominal e diarreia.

Além da dor e da diarreia, pode ocorrer:

  • Perda de apetite;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre (duração média de 3 a 7 dias);
  • Mal-estar;
  • Dor muscular;
  • Prostração (sensação de fraqueza e cansaço).
O que devo fazer?

O tratamento da gastroenterite depende da sua causa. É importante fazer repouso, hidratar-se e ingerir alimentos leves. Antidiarreicos e antibióticos podem ser utilizados no tratamento.

A hidratação deve ser efetuada por meio da ingestão de bastante água, água de coco ou soro caseiro. Evite café, refrigerantes, sucos industrializados e bebidas alcoólicas.

A alimentação deve incluir pequenas quantidades de alimentos de fácil digestão como arroz, macarrão, sopa de frango, hortaliças e frutas sem casca. Maçã, banana e goiaba são as mais indicadas. Leite e derivados, frituras e alimentos gordurosos devem ser evitados.

Medicamentos antidiarreicos e/ou antibióticos devem sem administrados conforme orientação médica.

7. Pancreatite

A pancreatite consiste na inflamação do pâncreas e, geralmente, ocorre devido a presença de cálculos biliares ou ao consumo excessivo de álcool.

É caracterizada por uma dor súbita, intensa e persistente na região acima do umbigo e que pode irradiar para as costas. Quando provocada pelo consumo excessivo de álcool a dor se desenvolve ao longo de alguns dias.

A tosse, respiração profunda e movimentos súbitos podem acentuar a dor. A posição sentada pode reduzi-la. É comum que a dor venha acompanhada de náuseas e vômitos.

O que devo fazer?

O melhor a fazer é dirigir-se à um pronto-socorro. Estes casos exigem avaliação médica para definir o melhor tratamento que pode ser feito com hidratação na veia, restrição alimentar e medicamentos (analgésicos e/ou antibióticos).

Nas situações mais graves e em pessoas que apresentam complicações, como perfuração, pode ser indicado tratamento cirúrgico.

8. Doenças intestinais inflamatórias

Nas doenças intestinais inflamatórias ocorre a inflamação do intestino que se caracteriza principalmente por dor abdominal e diarreia recorrentes. Os dois principais tipos de doenças intestinais inflamatórias são a doença de Crohn e a colite ulcerativa.

De forma geral, a doença de Crohn pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, enquanto a colite ulcerativa acomete quase sempre apenas o intestino grosso.

A dor de intensidade variada, nestas duas doenças, ocorre com maior frequência na região inferior do umbigo e pode vir acompanhada de diarreia. Por vezes, a diarreia pode conter sangue.

O que devo fazer?

O controle do estresse e uma alimentação equilibrada são importantes para melhorar os sintomas destas doenças. O tratamento adequado das doenças intestinais inflamatórias inclui o uso de medicamentos e, às vezes, cirurgia.

9. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é caracterizada por desconforto ou dor abdominal recorrente que diminui após as evacuações. O hábito intestinal pode alternar entre diarreia e prisão de ventre.

A dor é predominante na região abaixo do umbigo, mas pode se espalhar por toda a região abdominal e se apresenta constante ou em cólicas.

O que devo fazer?

É importante estabelecer uma alimentação equilibrada e evitar alimentos que produzem gases ou provoquem diarreia. Nos casos de prisão de ventre, se recomenda dieta rica em fibras.

Uma avaliação médica é necessária para que o tratamento medicamentoso seja adequado aos sintomas.

10. Diverticulite

Diverticulite é a inflamação e/ou infecção de um ou mais divertículos (bolsas em formato de balão que se formam no intestino grosso).

A dor é localizada na região inferior do umbigo do lado esquerdo e é associada à febre e sensibilidade da região abdominal.

O que devo fazer?

A avaliação médica é imprescindível para um diagnóstico seguro. Pessoas com sintomas leves de diverticulite são tratadas com repouso, dieta líquida e às vezes, com o uso de antibióticos.

Àquelas que apresentam sintomas severos precisam de hospitalização para administração de antibióticos na veia. Nestes casos, existe a possibilidade de realização de procedimento cirúrgico.

11. Colecistite

A colecistite é uma inflamação da vesícula biliar que ocorre, normalmente, pela obstrução de um duto biliar. Pode ser aguda ou crônica.

A colecistite aguda tem início súbito com dor grave na região acima do umbigo que se espalha por todo o abdome superior e dura mais do que 6 horas. Na colecistite crônica ocorrem crises de dor que acontecem quando o duto é bloqueado temporariamente.

O que devo fazer?

Você deve buscar um hospital, pois o tratamento da colecistite é cirúrgico e consiste na retirada da vesícula biliar.

12. Isquemia intestinal

A isquemia intestinal (isquemia mesentérica aguda) é um bloqueio súbito da circulação sanguínea para uma determinada parte do intestino. Esta interrupção do fluxo de sangue pode provocar morte do tecido intestinal (gangrena) e perfuração.

A dor abdominal grave nos casos de isquemia intestinal surge abruptamente e se torna mais grave quando ocorre a necrose da parte do intestino que não recebe o fluxo sanguíneo.

O que devo fazer?

É urgente buscar atendimento em emergência hospitalar, pois o tratamento deve ser imediato e feito através de angiografia ou cirurgia.

13. Inflamação do umbigo

A inflamação local no umbigo (cicatriz umbilical) pode ter como causa a colocação de um piercing, presença de corpo estranho, endometriose umbilical, foliculite (inflamação do folículo capilar) ou ainda devido à persistência do úraco, estrutura embrionária que liga o umbigo à bexiga.

O que devo fazer?

Você pode higienizar o umbigo com água e sabão neutro ou mesmo soro fisiológico. Procure um médico para adequada avaliação. O uso de anti-inflamatórios ou antibióticos pode ser indicado.

Outras condições de saúde que podem provocar dor no umbigo

A dor no umbigo pode indicar problemas em diversos locais da região abdominal, pois há nela uma variedade grande de órgãos: estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, rins, vias urinárias (ureteres) intestino delgado e grosso, útero, ovários, tubas uterinas.

  • Infecção de bexiga;
  • Úlcera gástrica;
  • Infecção gástrica.
Sintomas associados à dor no umbigo

Busque urgentemente atendimento médico se a dor no umbigo estiver associada a:

  • Dor intensa que o impede de ficar de pé normalmente. Você só encontra conforto ao curvar-se;
  • Inchaço abdominal;
  • Febre;
  • Pele amarelada;
  • Vômito com sangue ou persistente;
  • Dor ao urinar, micção frequente ou urgente;
  • Sangue nas fezes;
  • Dor ou pressão no peito;
  • Acidente, lesão ou trauma.

A dor no umbigo desaparece quando a sua causa específica é tratada. Algumas doenças que provocam dor no umbigo são graves, exigem intervenções rápidas e podem trazer complicações sérias à sua saúde.

Em caso de dor no umbigo ou dor abdominal persistente procure um médico ou busque diretamente o serviço de emergência. Não use analgésicos ou antibióticos sem orientação médica.

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Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Quais os sintomas de colesterol alto? O que aumenta e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

De forma geral, o colesterol alto não apresenta sintomas. Somente por meio de um exame de sangue é possível confirmar se você está ou não com o colesterol elevado.

Entretanto, quando o colesterol se encontra muito alto, algumas pessoas podem apresentar placas amarelas na pele chamadas de xantelasmas. Dor e inchaço na barriga também podem ocorrer.

O colesterol alto por um longo período de tempo pode provocar acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio e doença arterial periférica (má circulação das pernas).

Sinais de colesterol alto

Os sintomas de colesterol elevado praticamente não existem. Quando está excessivamente alto pode ocasionar o acúmulo de gordura no fígado. Este acúmulo de gordura pode desencadear sinais como:

Xantelasma Xantelasmas: placas de gordura localizada em torno do olhos.

Os xantelasmas aparecem na pele em forma de bolinhas ou placas de gordura que pode ter diversos tamanhos, têm uma cor amarelada e bordas bem definidas.

Surgem principalmente em torno dos olhos, mas também podem aparecer no antebraço, nas mãos e nos tendões.

Inchaço e dor abdominal

Quando o colesterol se encontra muito elevado, a gordura pode se depositar no fígado e provocar o seu aumento de tamanho. O baço também pode aumentar.

O aumento destes órgãos causa a dor e o inchaço abdominal. Com o passar do tempo, a dor na barriga pode se tornar intensa e ser acompanhada de náuseas.

Estes sintomas somente aparecem quando as taxas de colesterol estão extremamente elevadas.

O que causa o aumento do colesterol?

O aumento do colesterol pode ser provocado por condições diversas. Entre elas estão:

Histórico familiar (predisposição genética)

Ocorre quando o há um histórico familiar de colesterol elevado. Neste caso, o próprio organismo fabrica excessivamente o colesterol, independente se a pessoa tem uma alimentação saudável ou não.

Se algum familiar próximo como avós, mãe, pai, tios e irmãos têm colesterol elevado, é necessário que você faça exame de sangue regularmente.

Alimentação rica em gorduras

O elevado consumo de carne gordurosas, óleos saturados, manteiga, creme de leite, queijos e de outros alimentos ricos em gordura podem elevar os níveis de colesterol.

Hábitos e estilos de vida

Alguns comportamentos e condições alteram o metabolismo das gorduras e são capazes de desencadear o aumento do colesterol:

  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Diabetes;
  • Abuso de álcool;
  • Estresse;
  • Ansiedade.
  • Uso de medicamentos sem o devido controle médico: especialmente os anticoncepcionais, estrógenos, corticoides, diuréticos e antidepressivos.

Além destes fatores, os níveis de colesterol tendem a aumentar com a idade. Nas mulheres, que geralmente apresentam colesterol mais baixo, o aumento das taxas de colesterol costuma acontecer após a menopausa.

O que fazer para reduzir o colesterol e tratar o colesterol elevado

Algumas medidas simples podem ajudar a promover um bom funcionamento do organismo para que ele metabolize melhor as gorduras. Estas medidas são:

  • Evite o consumo de alimentos gordurosos;
  • Pratique atividade física durante no mínimo 30 minutos por dia e por, pelo menos, cinco dias na semana;
  • Pare de fumar;
  • Não consuma bebidas alcoólicas em excesso.

Se com estas modificações o seu colesterol permanecer alto, o tratamento pode ser efetuado com uso de um grupo de medicamentos chamados estatinas. A prescrição destes medicamentos deve ser feita por um médico de família ou endocrinologista.

Como saber se o meu colesterol está alto?

Como os sintomas de colesterol alto só costumam surgir quando já existem danos que podem comprometer seriamente o funcionamento do organismo (AVC, Infarto e doença arterial periférica), é fundamental que os níveis de colesterol sejam avaliados regularmente.

O seu médico de família, clínico geral ou endocrinologista pode solicitar um exame de sangue para avaliar os níveis de colesterol. Recomenda-se acompanhar os níveis de colesterol em:

Pessoas com histórico familiar de doenças cardiovasculares, o acompanhamento deve começar já na infância;

  • Crianças entre 9 e 11 anos de idade;
  • A partir dos 20 anos, a medição deve ser feita a cada 5 anos, reduzindo para uma por ano a partir dos 35 anos de idade. Mas em casos que já estejam com colesterol alto, em tratamento, esse exame deve ser mais frequente.

De forma geral, os adultos devem fazer um exame de colesterol a cada quatro a seis anos. O ideal é conversar com o seu médico para definir o melhor momento para realizar o exame de sangue.

Quais são os riscos do colesterol alto?

O principal risco do colesterol alto é a ocorrência de doenças cardiovasculares. São comuns o acidente vascular cerebral, o infarto agudo do miocárdio e a doença arterial periférica (má circulação das pernas).

Leia mais: O que é um AVC e quais os sintomas ou sinais?

Quais os sintomas de um ataque cardíaco?

Existem 3 tipos de colesterol: VLDL, LDL e HDL. O LDL é também conhecido como “mau colesterol”, pois se estiver em excesso deposita-se na parede das artérias e forma placas de gordura que as entopem.

O VLDL também contribui para formar as placas que ocluem as artérias, mas é considerado menos prejudicial do que o LDL.

Já o HDL é também chamado de “bom colesterol” porque não forma placas de gordura e ainda remove o mau colesterol da circulação pelo seu maior tamanho.

Saiba mais em: Colesterol VLDL baixo: O que fazer?

O diagnóstico e o acompanhamento em casos de colesterol alto devem ser feitos preferencialmente por um/a médico/a da família ou cardiologista.

Colesterol alto em crianças

Por norma, as crianças devem fazer avaliação dos níveis de colesterol pela primeira vez entre os 9 e 11 anos de idade. Entretanto, é indicada a avaliação antes dos 9 anos de idade nos seguintes casos:

  • Tenham pais, avós, irmãos tios e primos de primeiro grau com histórico de colesterol elevado ou de doenças como o Infarto Agudo do Miocárdio e AVC que ocorreram precocemente;
  • Crianças que apresentam xantenomas (placas amareladas de gordura na pele, especialmente, na região em torno dos olhos);
  • Crianças portadoras de hipertensão arterial, diabetes, obesidade e hipotiroidismo;
  • Crianças que tenham alimentação rica em gorduras.

O tratamento do colesterol alto infantil consiste na oferta de uma alimentação saudável que inclua carnes magras, verduras, frutas e cereais integrais. O plano alimentar precisa ser pobre em gorduras.

Além disso, pode ser necessário o uso de medicamentos que reduzam o colesterol. Entretanto, estes medicamentos devem ser prescritos e orientados por um pediatra, médico de família ou endocrinologista.

O diagnóstico e o acompanhamento em casos de colesterol alto devem ser feitos preferencialmente por um/a médico/a de família ou cardiologista.