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Recebi sexo oral de garota de programa sem proteção. Devo me preocupar com DST?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Se recebeu sexo oral sem proteção, deve agendar uma consulta médica o quanto antes para ser examinado/a e assim poder receber as devidas orientações.

Devido ao risco de ter contraído uma DST (doenças sexualmente transmissíveis), mesmo que não tenha sintomas, o mais adequado é que passe por uma consulta. Algumas DSTs podem ficar anos sem manifestar sintomas, como a AIDS, por exemplo, embora o sexo oral ofereça menos riscos para a transmissão do HIV.

O risco de contrair uma DST pelo sexo oral é maior para quem faz do que para quem recebe, pois fica exposto ao sêmen ou ao fluido vaginal. 

Porém, isso não significa que quem recebe o sexo oral não corra riscos. Se a parceira ou parceiro tiver herpes labial, por exemplo, quem recebe por ser infectado.

A transmissão de DST também depende da presença de feridas na boca de quem pratica, como infecções ou inflamações na gengiva, aftas, ferimentos provocados pelo uso de escova de dente ou fio dental, entre outras.

Em todo caso, o mais indicado é procurar um médico para fazer os exames adequados a essa situação e após a avaliação médica poderá ser melhor informado sobre os próximos passos.

No caso de confirmação de DST, provavelmente será encaminhado para um/a médico/a infectologista para tratamento e acompanhamento.

Leia também: Relação sexual sem proteção: quais os riscos?

Hérnia pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, hérnia não vira câncer. Porém, a hérnia de hiato pode causar refluxo gastroesofágico, que, com o passar do tempo, pode favorecer o aparecimento de câncer de esôfago.

Pacientes com hérnia de hiato frequentemente apresentam refluxo gastroesofágico, que é a passagem do conteúdo ácido de estômago para o esôfago.

Como o esôfago não está preparado para receber o suco gástrico, suas células sofrem uma transformação e ficam parecidas com as do estômago, como forma de defesa. Essa alteração é chamada de esôfago de Barrett e surge em casos crônicos de refluxo.

O esôfago de Barrett é encontrado em cerca de 10% dos pacientes com refluxo e pode evoluir para câncer em até 1% dos casos.

Sabe-se que pacientes com alteração na parede do esôfago com mais de 2 cm de espessura apresentam maiores riscos de desenvolverem câncer de esôfago.

Assim, pode-se concluir que a hérnia de hiato em si não se transforma em câncer, mas pode contribuir para o aparecimento do esôfago de Barrett, que pode eventualmente evoluir para câncer de esôfago.

Para maiores esclarecimentos sobre as complicações e tratamento da hérnia de hiato, consulte o seu médico.

Veja também os artigos: Hérnia hiatal tem cura? Qual o tratamento? ; O que é hérnia hiatal e quais os sintomas?

O que é autismo e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento que começa na primeira infância, ou seja, antes dos 3 anos de idade. O transtorno do espectro autista tem como principal sintoma a dificuldade de interação social e comunicação.

Existem diferentes tipos de autismo, com vários graus de intensidade. Há autistas com formas graves do transtorno, com deficiência intelectual e agressividade, sem possibilidade de estabelecer contato interpessoal, e formas mais leves, em que a inteligência e a fala são normais.

A maioria das crianças com autismo é parecida com as outras crianças. Porém, apresentam comportamentos diferentes, com atividades incomuns e algumas vezes incompreensíveis.

Crianças com as formas menos graves de autismo falam e demonstram capacidade intelectual, mas apresentam perturbações ao nível social e comportamental.

O autismo infantil é mais frequente em meninos e os seus primeiros sinais podem surgir já nos primeiros meses de vida da criança. Contudo, o transtorno raramente é diagnosticado precocemente.

Normalmente, o problema é detectado quando os sintomas tornam-se mais evidentes, o que geralmente ocorre entre os 2 e os 3 anos de idade. Uma vez que o transtorno é global, ou seja, afeta o indivíduo como um todo, muitas vezes é confundido com outros tipos de distúrbios psíquicos.

Quais são os sintomas do autismo?

Os sintomas do autismo geralmente estão presentes antes dos 3 anos de idade, mas são mais evidentes entre os 2 e os 6 anos. Alguns sinais que podem levar à suspeita de autismo, de acordo com a idade da criança:

  • 12 meses: a criança não emite sons nem balbucia e não realiza gestos como apontar ou acenar;
  • 16 meses: a criança não pronuncia palavras simples;
  • 24 meses: a criança não forma frases com duas palavras.

A perda de capacidades de linguagem ou de socialização, em qualquer idade, também é um sinal de alerta para o autismo. Vale ressaltar que a presença de alguma dessas características não implica necessariamente que a criança tenha autismo. Porém, se estiverem presentes, é importante proceder a uma investigação com uma equipe multidisciplinar, que pode envolver neurologista, pediatra, psicólogo, entre outros especialistas.

Pessoas autistas são difíceis de estabelecer relacionamentos, têm dificuldade no domínio da linguagem, daí os problemas de comunicação, e apresentam padrões de comportamento repetitivos.

Existem vários sinais que caracterizam o indivíduo autista. Pessoas com autismo apresentam pelo menos metade dos seguintes sintomas:

  • Dificuldade de relacionamento interpessoal;
  • Pouco ou nenhum contato visual com outras pessoas;
  • Riso inadequado;
  • Busca pelo isolamento social (preferência pela solidão);
  • Fixação visual em objetos;
  • Aparente insensibilidade à dor;
  • Rotação repetitiva de objetos;
  • Hiper ou inatividade;
  • Ecolalia (repetição de palavras ou frases);
  • Recusa de demonstrações de carinho (colo, abraços);
  • Não respondem pelo nome;
  • Dificuldade de expressar necessidades;
  • Dificuldade de aprendizado;
  • Repetição desnecessária de assuntos;
  • Dificuldade de mudança na rotina;
  • Não tem consciência de situações de perigo;
  • Acessos de raiva;
  • Desorganização sensorial.

Os sinais e sintomas do autismo infantil podem incluir ainda convulsões (cerca de 20% das crianças autistas têm epilepsia), transtornos do sono e alimentares, ansiedade e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)

Contudo, vale ressaltar que muitas vezes o autista domina a linguagem, consegue se comunicar e tem uma inteligência normal ou até acima da média. Essas pessoas apresentam menos dificuldade em interagir socialmente e podem ter uma vida praticamente normal.

Como é feito o diagnóstico do autismo?

Para o diagnóstico do autismo, são considerados distúrbios em três áreas, com início dos sintomas antes dos três anos de idade:

1. Comprometimento da interação social; 2. Comportamento e interesses restritos e repetitivos; 3. Comprometimento da comunicação verbal e não-verbal.

Quais as causas do autismo?

O autismo não possui uma causa definida, mas sabe-se que o transtorno é provocado por anomalias no funcionamento e na estrutura do cérebro. Fatores hereditários também podem estar associados ao aparecimento do autismo.

Crianças com determinadas síndromes genéticas, rubéola congênita, esclerose tuberosa, entre outras doenças, podem ter mais chances de desenvolver autismo.

O autismo também pode estar associado a fatores relacionados com a gestação ou com o parto, além de infecções virais, alterações metabólicas e exposição a metais pesados.

Autismo tem cura? Como é o tratamento?

O autismo não tem cura. Porém, com o tratamento adequado e as devidas medidas educacionais e comportamentais, é possível diminuir os comportamentos mais estranhos e oferecer uma maior autonomia ao paciente.

Muitas vezes são usados medicamentos antidepressivos, antipsicóticos ou medicação específica para tratar a hiperatividade.

O autismo é uma doença crônica e o tratamento deve ser instituído assim que seja feito o diagnóstico. O tratamento deve ser multidisciplinar e individual, baseado no grau de comprometimento de cada paciente.

O diagnóstico e tratamento podem ser conduzidos por médico psiquiatra, em associação com outros especialistas, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo.

O que é citomegalovírus e qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus do herpes simples, herpes zoster e da catapora. O citomegalovírus traz com ele uma característica comum em todos os vírus dessa família: quem se infecta, passa a ter o vírus como companheiro definitivo pelo resto da vida, ou seja, permanece portador de uma infecção crônica em estado de latência.

O citomegalovírus é considerado um dos micro-organismos mais oportunistas em pessoas com o sistema imunológico comprometido.

A infecção pelo vírus ocorre pelo contato com secreções corporais contaminadas, da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto, transfusão de sangue, transplante de órgãos, entre outras formas.

As infecções pelo citomegalovírus são raras em pessoas saudáveis. Porém, em indivíduos com o sistema imune fragilizado, o vírus causa sintomas e pode provocar graves complicações, muitas vezes com acometimento de órgãos.

Qual é o tratamento para citomegalovírus?

O tratamento para a infecção pelo citomegalovírus é realizado com medicamentos antivirais. Porém, esses medicamentos causam toxicidade sobre os glóbulos sanguíneos e os rins, sendo isso uma grande preocupação.

Por isso, exigem cuidado na administração intravenosa e acompanhamento clínico e laboratorial criterioso. O tratamento tem duração variável, mas deve ser feito por pelo menos um mês.

Quais são os sintomas do citomegalovírus?

Na fase aguda da infecção, o citomegalovírus pode provocar algumas manifestações clínicas inespecíficas, como febre, gânglios aumentados (ínguas), dor de garganta, aumento do fígado e baço, bem como presença de linfócitos atípicos ao hemograma.

Nesta fase, não é necessário tratamento antiviral específico, pois é um quadro benigno, que se resolve em alguns dias ou semanas.

Como é feito o diagnóstico do citomegalovírus?

O diagnóstico do citomegalovírus é feito através da coleta de sorologia que detecta a presença de anticorpos contra o vírus. Os mais comuns são da classe IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M).

Os anticorpos IgM estão presentes somente na fase aguda da infecção e os IgG, que também surgem na fase aguda, permanecem por toda a vida, constituindo o que se chama de cicatriz sorológica.

Quais as complicações do citomegalovírus?

Depois da fase aguda da infecção o vírus permanece latente, mas, no futuro, pode comportar-se como oportunista, quando há deficiência imunológica, provocando doenças mais sérias e preocupantes. Nesses casos, pode acometer diversos órgãos, causando doenças graves, que comprometem o aparelho digestivo, os pulmões, o sistema nervoso central e a retina.

Quando acomete o trato gastrointestinal, causa lesões ulceradas e muito dolorosas. A complicação mais comum provocada pelo citomegalovírus nos pacientes com HIV/AIDS é a coriorretinite, um comprometimento ocular, com prejuízo visual, que pode levar à cegueira, se não houver tratamento para recuperar a competência imunológica do doente.

O/a médico/a infectologista é especialista responsável pelo tratamento da infecção por citomegalovírus.

Minha filha tem 4 anos e tem um caroço numa mama?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Precisa levar sua filha no pediatra para ser examinada, na maioria das vezes não é nenhuma doença grave e o tratamento, geralmente, faz o caroço desaparecer, mas primeiro de tudo deve levá-la a um pediatra para o correto diagnóstico e tratamento.

Para saber mais sobre caroço na mama de crianças, você pode ler?

Minha irmã de 8 anos tem um caroço no peito esquerdo: o que pode ser

Minha filha tem 7 anos e notei que os seios estão nascendo!

Axila inchada durante a gravidez: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Axila inchada durante a gravidez pode acontecer apenas pelo edema normal, que ocorre na mulher grávida, por questões hormonais e de preparo do corpo para nutrição do bebê, principalmente se o inchaço for igual dos dois lados.

Porém, se esse aumento for assimétrico, é importante uma avaliação com o/a médico/a obstetra que a acompanha, para descartar outros problemas. Podemos citar como causas prováveis:

  • Edema natural da gestação
  • Abscesso
  • Cisto sebáceo inflamado
  • Linfonodo aumentado 
  • Tumorações

No caso de infecção, formação de um abscesso, a axila além de inchada, apresenta nódulo ou massa palpável extremamente dolorosa, avermelhada e quente. Na maioria das vezes é possível observar um ponto amarelado de pus, conhecido por "olho" do abscesso, por onde entrou a bactéria responsável pela infecção, e por onde deve ser drenado esse pus. A drenagem pode ser de maneira espontânea, outras vezes é necessário a intervenção cirúrgica.

Nos casos de cisto sebáceo, se inflamado, também apresenta dor local, mas menos intensa, pode estar avermelhado pela reação inflamatória, porém não é observado ponto de pus no local.

Quando o inchaço se dá por um gânglio linfático aumentado geralmente não causa dor, ou de leve intensidade durante a palpação, não ocorre vermelhidão ou ponto de pus. O gânglio aumenta de tamanho quando está combatendo uma inflamação em atividade.

As tumorações crescem sem causar dor ou reação inflamatória, contudo apresentam características típicas, como retração da pele, e sintomas gerais, como fraqueza, perda de peso entre outras.

Em geral, esses nódulos ou caroços que deixam a axila inchada, tanto na gravidez como fora dela, normalmente não são graves. 

O mais indicado é agendar uma consulta com seu/sua médico/a obstetra para que esse inchaço na axila seja avaliado e a sua causa devidamente diagnosticada seja tratada.

Quem tem HPV pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Quem tem HPV pode doar sangue. A presença da infecção pelo papiloma vírus humano ou HPV não é um impedimento para a doação de sangue.

A infecção pelo vírus não impede que a pessoa doe sangue porque o HPV não circula pela corrente sanguínea, como o vírus HIV, por exemplo. Ele fica restrito ao local da lesão. Daí a sua transmissão ocorrer apenas pelo contato com as lesões, principalmente pela via sexual.

Porém, assim como em outras doenças e infecções, o HPV pode impedir temporariamente a pessoa de doar sangue. Isso porque é necessário que o doador esteja com as lesões curadas. Só após o desaparecimento das verrugas, com ou sem tratamento, é que a pessoa poderá doar sangue.

Saiba mais sobre sobre verrugas e HPV em: Toda verruga é HPV?

Outra pequena restrição na doação de sangue não está propriamente relacionada com o HPV em si, mas sim com a vacina. Quem se vacinou contra o HPV deve esperar 48 horas para poder doar sangue.

Veja também: Quem deve tomar a vacina contra HPV?

Tirando essas pequenas restrições, a infecção por HPV não impede que alguém se torne doador de sangue.

O vírus HPV é responsável pela maioria dos casos de câncer do colo do útero. Contudo, as lesões iniciais causadas pelo vírus têm tratamento e podem ser curadas.

Se você tem entre 18 e 69 anos e pesa no mínimo 50 Kg, procure um Hemocentro próximo de você para doação de sangue. Doar sangue é um procedimento simples, seguro e que pode salvar vidas.

Na presença de alguma lesão vaginal, procure algum/a profissional de saúde para melhor acompanhamento e orientação. O HPV pode ser diagnosticado pelo/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

Saiba mais sobre HPV em:

HPV: o que é e como se transmite?

Qual é o tratamento para HPV?

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Homem com HPV pode ter filhos?

Tenho intolerância à lactose: o que devo comer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A pessoa que possui intolerância à lactose deve evitar leite e derivados, além de alimentos feitos a partir do leite, como bolos, pão de queijo, pudim, manteiga, queijo, iogurte, requeijão, sorvete, leite condensado, creme de leite, entre outros.

Deve-se prestar atenção aos rótulos dos produtos, pois mesmo que aparentemente não sejam oriundos do leite, podem apresentar o leite como ingrediente na fabricação.

A dieta deve ser bem variada com frutas, verduras de folha verde escuro e castanhas para contemplar os nutrientes como o cálcio e a vitamina D.

Após o diagnóstico da intolerância, pode optar-se inicialmente pela dieta restritiva, retirando todo o leite e os derivados e, aos poucos ir introduzindo esses alimentos até atingir o limite da tolerância e da não manifestação dos sintomas.

O limite de tolerância à lactose é variável de pessoa para pessoa, por isso a atitude de restringir parcialmente ou completamente a dieta é particular.

Quem tem intolerância à lactose também pode optar por comprar a enzima lactase (em cápsulas ou gotas), que facilita a digestão da lactose e ajuda a diminuir os sintomas provocados pela intolerância. Adicionada ao leite e após 24 horas de refrigeração na geladeira, a mistura pode ser usada para beber ou para fabricar alimentos que levam leite na receita.

Quais são os sintomas de intolerância à lactose?

Os principais sintomas da intolerância à lactose incluem dor abdominal, diarreia, gases, flatulência, inchaço abdominal e, ocasionalmente, vômitos.

As dores abdominais são tipo cólica e normalmente são sentidas ao redor do umbigo ou no baixo ventre. As fezes podem ser mais aquosas, volumosas e conter espuma.

A sensação de barriga estufada é frequente devido aos gases, o que aumenta também a flatulência.

As manifestações da intolerância à lactose geralmente aparecem depois do consumo de leite e derivados ou produtos feitos com leite.

Porém, vale lembrar que os sintomas de intolerância à lactose variam de pessoa para pessoa, conforme a alimentação, o funcionamento do intestino, bem como da presença de outras doenças intestinais

Durante o período de adaptação à nova dieta, recomenda-se que a pessoa seja acompanhada por um/a nutricionista.