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Qual a diferença entre sinusite aguda e sinusite crônica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A diferença entre sinusite aguda e sinusite crônica está no tempo de duração dos sintomas.

Sinusite Aguda

No caso da sinusite aguda, os sintomas se mantêm por no máximo 4 semanas. O tratamento na maioria das vezes nem é necessário, visto que a melhora se dá de forma espontânea. Em média a recuperação ocorre em cerca de 10 dias.

Sinusite Crônica

Quando os sintomas da sinusite persistem por mais de 12 semanas consecutivas, ou seja, por mais de 3 meses, apesar do tratamento, ela é classificada como sinusite crônica.

Nesses casos, os sintomas podem durar de meses a anos e quase sempre necessita de tratamento para a cura completa. Dependendo da causa, o tratamento pode incluir o uso de sprays nasais com antialérgicos e corticoides, antifúngicos, antibióticos, vacina antialérgica, medidas de higiene ambiental ou mesmo procedimento cirúrgico.

Os sintomas são semelhantes nos dois casos, tanto na sinusite aguda, quanto na sinusite crônica, costumam apresentar: dor facial, sensação de peso na face, dor de cabeça, congestão nasal com secreção, diminuição do olfato, tosse (geralmente piora à noite), espirros, inchaço e dor ao redor dos olhos, ouvido entupido e mau hálito.

Leia também: Sinusite crônica tem cura? Qual é o tratamento?

O diagnóstico e o tratamento da sinusite são de responsabilidade do/a médico/a otorrinolaringologista.

Saiba mais em:

Diferenças entre Rinite, Sinusite e Resfriado

Quais são os sintomas da sinusite?

O que é sinusite e quais as causas?

O que é tumor desmoide? Quais são os sintomas e qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tumor desmoide é um tumor benigno raro, originado do tecido conjuntivo. Pode ser encontrado em qualquer parte do corpo, embora seja mais comum na parede abdominal, extremidades, quadril e região da artéria mesentérica.

O tumor desmoide geralmente não causa sintomas, quando presente, o mais comum é a dor.

Também chamado de fibromatose agressiva, apesar de ter um crescimento lento e não provocar metástase (disseminação do tumor para outras partes do corpo), ele tem a característica de  invadir órgãos ou tecidos adjacentes ao tumor.

Devido a sua agressividade, mesmo não sendo câncer (tumor maligno), o tumor desmoide acaba por ser perigoso e de caráter maligno, porque no caso de invasão de órgão ou tecido vital, como uma grande artéria ou fígado, pode levar à morte.

O tratamento do tumor desmoide tem sido a principal discussão entre as grandes pesquisas atualmente. Grupos europeus afirmam que a nova política de "esperar para ver" tem demonstrado bons resultados, pois alguns tumores regridem espontaneamente, o que evitaria cirurgias extensas desnecessárias. Contudo, nos casos de tumores de grande volume, sinal de invasão a estruturas próximas e ou na presença de sintomas, como a dor, que geralmente não ocorrem, indicaria a abordagem imediata.

Entre as abordagens sugeridas, a principal é a cirurgia com ressecção em bloco do tumor, e parte ao redor, chamado margem de segurança, para evitar células tumorais remanescentes. Quando a localização do tumor desmoide é desfavorável para a remoção cirúrgica com a adequada margem de segurança, o tratamento pode incluir radioterapia, terapia com inibidores hormonais, anti-inflamatórios ou ainda quimioterapia.

O risco de recorrência da doença é grande, portanto devendo manter acompanhamento médico regular.

O/A médico/a responsável para avaliar a presença e tratamento de tumores desmoides é o/a Oncologista.

Embolia pulmonar tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A embolia pulmonar tem cura, quando tratada a tempo. O tratamento precoce da embolia pulmonar pode salvar vidas, pois trata-se de uma patologia potencialmente fatal, que deve ser diagnosticada e tratada com urgência.

Em geral, a pessoa com esse diagnóstico, deve ser tratada na urgência hospitalar ou pronto-socorro, oportunidade em que o/a médico/a fará o tratamento indicado.

Após a estabilização, o tratamento mais comum é o uso de anticoagulantes como a heparina. A heparina, normalmente administrada como injeção subcutânea, pode ser aplicada pela própria pessoa ou por algum familiar. Esse tratamento deve ser feito por no mínimo 3 meses, seguindo um acompanhamento médico restrito.

Outros tratamentos também são possíveis como uso de trombolíticos, remoção do êmbolo pulmonar ou uso de filtro na veia cava inferior.

O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e para a cura da embolia pulmonar. O tratamento rápido e adequado diminui a taxa de mortalidade, as sequelas e melhora a qualidade de vida do paciente.

O que é embolia pulmonar?

A embolia pulmonar é o entupimento das artérias pulmonares provocado por um coágulo sanguíneo. A embolia ocorre quando um trombo formado em veias profundas, se desprende da parede do vaso sanguíneo, atravessa o lado direito do coração e bloqueia a artéria pulmonar.

Como resultado, o pulmão deixa de receber oxigênio e nutrientes e as células pulmonares morrem. Se não for tratada a tempo, a embolia pulmonar pode levar à morte em cerca de 30% dos casos.

A maioria dos trombos que causam embolia pulmonar são provenientes dos membros inferiores.

Quais são os sintomas da embolia pulmonar?

Os principais sintomas da embolia pulmonar incluem: dor no peito ao respirar, com início súbito; falta de ar; aumento das frequências cardíaca e respiratória; palidez e tosse, que pode vir acompanhada de secreção com sangue.

Vale lembrar que em cerca de 70% dos casos, a embolia pulmonar não provoca sinais e sintomas. 

Quais são as causas da embolia pulmonar?

As causas da embolia pulmonar estão relacionadas com os fatores de risco para desenvolver trombose venosa profunda

Assim, dentre as principais causas de embolia pulmonar estão: imobilização prolongada, paralisia, cirurgia recente, derrames cerebrais, câncer, história prévia de tromboembolismo venoso, obesidade, tabagismo (sobretudo se a pessoa fumar mais de 25 cigarros por dia), pressão alta, fratura de quadril, insuficiência cardíaca congestiva, gravidez, pós-parto, uso de pílula anticoncepcional e terapia de reposição hormonal. 

A escolha do tratamento da embolia pulmonar é definida de acordo com os fatores de risco do/a paciente além da disponibilidade de recurso em cada local.

Qual o tratamento para derrame pleural?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento do derrame pleural será o da doença que o causou, visto que o derrame pleural não é uma doença em si, mas um sinal de uma doença. Portanto, a simples drenagem do líquido é paliativa, visto que, se a causa não for tratada, a maior hipótese é de que o derrame se forme novamente.

O derrame pleural será resolvido assim que a doença que o está causando for controlada, sendo assim:

  • Infecções, como pneumonia, tuberculose, infecções abdominais: são controladas com antibióticos,
  • Insuficiência renal, síndrome nefrótica: são tratados com diuréticos ou com hemodiálise;
  • Doenças auto-imunes: são tratadas com imunossupressores;
  • Câncer e linfoma: tratados com radio e quimioterapia;
  • Cirrose hepática: tratada com medicamentos e algumas vezes transplante hepático.

Se a causa do derrame pleural não for passível de tratamento, como no caso de câncer metastático, é possível a realização de pleurodese, procedimento em que se injeta uma substância irritante dentro da pleura, causando uma grande cicatrização da mesma e aderência dos folhetos parietal e visceral, eliminado assim, o espaço pleural.

O médico pneumologista, oncologista ou o médico que fez o diagnóstico do derrame pleural deverá orientá-lo sobre o tratamento.

Quem tem endometrioma pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, quem tem endometrioma pode engravidar. Porém, dependendo do tamanho do endometrioma, dos sintomas e do grau de endometriose, ele pode interferir na fertilidade.

Endometriomas com mais de 3 cm podem diminuir a quantidade de folículos ovarianos, que originam os óvulos, reduzindo assim a ovulação e as chances de uma gravidez espontânea.

Contudo, o endometrioma não parece influenciar na taxa de gravidez em técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, também conhecida como "bebê de proveta".

Por isso, mulheres que não apresentam sintomas, geralmente não necessitam passar por uma cirurgia para tentar engravidar, podendo iniciar diretamente a estimulação ovariana.

Já nos casos sintomáticos, ou seja, em que a mulher sinta dores, náuseas ou mesmo dificuldade em engravidar, pode ser indicada a remoção cirúrgica do endometrioma antes de iniciar o tratamento para gestação.

Entretanto, após a cirurgia para retirar o cisto, pode haver uma redução da reserva ovariana, o que diminui a resposta do ovário à estimulação ovariana, dificultando assim a gravidez pela fertilização in vitro.

Cabe ao médico ginecologista avaliar os riscos e benefícios da cirurgia e definir junto com a paciente, qual o melhor tratamento. Adotar o tratamento cirúrgico apenas quando for mesmo necessário, bem como da técnica cirúrgica mais indicada para preservar a integridade do ovário.

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Tomografia pode causar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A tomografia não causa câncer diretamente, mas pode aumentar o risco de câncer por conta da radiação emitida durante o exame.

A tomografia está entre os exames radiológicos que mais emitem radiação e já se sabe que a exposição a doses moderadas e elevadas de radiação aumenta consideravelmente os riscos de câncer.

A radiação ionizante emitida pelo aparelho de tomografia computadorizada é o mesmo tipo de radioatividade emitida numa explosão nuclear. Essa radiação pode danificar o DNA da célula, levando a mutações celulares que podem originar um câncer.

Quais os tipos de câncer que a tomografia pode causar?

Existem tecidos que são mais sensíveis à radiação do que outros e por isso têm mais propensão para desenvolver câncer. Assim, a tomografia poderia aumentar os riscos de:

  • Câncer de tireoide;
  • Câncer de mama;
  • Câncer de pulmão;
  • Câncer de cólon;
  • Câncer de pele;
  • Leucemia (câncer no sangue).
Quais as tomografias que oferecerem mais risco de câncer?

Os exames tomográficos que mais oferecem riscos são aqueles no qual a incidência de radiação é mais elevada, são eles: 

Apesar da maioria das pessoas receber doses de radiação relativamente baixas nos exames de tomografia, algumas recebem doses moderadas, altas ou muito altas. Porém, mesmo doses mais baixas de radiação podem aumentar o risco de câncer.

Para se ter uma ideia da quantidade de radiação que o corpo absorve num exame de tomografia, uma pessoa absorve, por ano, cerca de 3 mSv de radiação do meio ambiente. Durante uma tomografia de tórax ou abdômen, por exemplo, a absorção é de 7,0 e 8,0 mSv, respectivamente.

Afinal, a tomografia computadorizada é um exame seguro?

A tomografia é um exame seguro, desde que seja utilizada nas doses recomendadas e apenas quando o benefício do seu uso superar os riscos.

O problema acontece quando a tomografia começa a ser solicitada indevidamente e o paciente é exposto sem necessidade àquela radiação.

Mesmo que a dose de radioatividade de cada exame seja pequena, ela pode trazer riscos futuros à saúde da pessoa se essa exposição se tornar frequente, como em check-ups anuais, por exemplo, em que muitas vezes são solicitados exames tomográficos sem necessidade.

Por isso, é importante diminuir o número de tomografias desnecessárias, bem como as doses de radiação utilizadas.  A tomografia como qualquer outro exame, só deve ser solicitado com uma indicação precisa.

Caso tenha mais dúvidas converse sobre o assunto como seu médico.

O que significa carcinoma in situ?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Carcinoma in situ é o câncer no seu estágio mais inicial, quando ainda não invadiu estruturas profundas. Usualmente tem excelente prognóstico, pois o risco de metástases é praticamente nulo e o tratamento instituído muitas vezes é curativo.

Outros fatores prognósticos são a localização do câncer e o tipo histológico. O médico que solicitou a biópsia deve orientá-lo quanto às modalidades de tratamento e fatores prognósticos.

Quais os sintomas da laringite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da laringite incluem rouquidão e alterações vocais, perda abrupta da voz, dor na garganta, dificuldade para engolir, febre, tosse seca, garganta seca e dificuldade para respirar (laringite bacteriana).

Porém, os sintomas mais característicos da laringite são a rouquidão e as alterações da voz, uma vez que a laringe é onde estão localizadas as cordas vocais. Assim, quando a laringe está inflamada, as cordas vocais ficam inchadas e vibram de outra forma, deixando a pessoa rouca.

A laringite aguda é a principal causa de rouquidão e perda repentina da voz, sendo na maioria das vezes provocada por uma infecção viral.

As laringites agudas também podem surgir depois de gripes ou resfriados mal curados, provocando sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor no corpo, tosse seca, nariz entupido e coriza.

As laringites bacterianas são bem mais raras que as virais e frequentemente estão associadas à dificuldade respiratória, o que requer uma avaliação médica urgente. O/a paciente pode apresentar também tosse produtiva e dor para engolir e falar.

O que é laringite e quais são as causas?

A laringite é uma inflamação da laringe, localizada na porção final da garganta. Pode ser causada por vírus, bactérias ou irritação na laringe.

Pessoas que estão constantemente expostas a substâncias irritantes, como fumaça de cigarro, ou que apresentam uma produção excessiva de ácido no estômago, têm mais chances de desenvolver laringite.

As infecções respiratórias, a bronquite, a sinusite e o uso excessivo da voz também constituem fatores de risco para o desenvolvimento da laringite.

A laringite crônica pode durar semanas e está diretamente relacionada com o consumo de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar. Esse tipo de laringite também pode ser causado por câncer de laringe, refluxo gastroesofágico, doenças autoimunes, entre outras.

A laringite também pode ser provocada por refluxo. Nesses casos, a inflamação tem como causa a subida constante do conteúdo ácido do estômago para a garganta.

Qual é o tratamento para laringite?

O tratamento da laringite pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos ou corticoides, de acordo com a causa e o tipo de laringite.

Muitas vezes, a laringite resolve-se espontaneamente apenas com alguns cuidados e algumas medidas, como descansar a voz, manter o ambiente constantemente úmido (de preferência com umidificador), não pigarrear, beber bastante água, não fumar e evitar permanecer em ambientes com fumaça de cigarro.

Se a laringite for causada por refluxo gastroesofágico, o tratamento deve incidir sobre o refluxo.

Casos de laringite crônica decorrente do uso excessivo da voz podem necessitar de cirurgia, quando as cordas vocais estão danificadas. Também é importante fazer um tratamento para a voz nesses casos.

Na presença de algum desses sintomas ou em caso de rouquidão sem uma causa aparente, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou otorrinolaringologista para uma avaliação adequada.