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O que é artrite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Artrite é uma inflamação na articulação. Os sintomas incluem dor, vermelhidão, rigidez e inchaço na articulação afetada. Dentre os principais tipos de artrite estão a osteoartrite, a artrite reumatoide, a artrite traumática e a artrite infecciosa.

Uma artrite pode ser causada por infecções ou processos inflamatórios que acometem os componentes articulares, como cartilagem, cápsula articular, ligamentos e menisco.

O processo inflamatório que ocorre na artrite liberta substâncias químicas que afetam diversos tecidos, além da articulação. Isso aumenta o fluxo sanguíneo na articulação afetada, podendo gerar calor e vermelhidão local. A dor muitas vezes é decorrente do inchaço, que pode estimular alguns nervos.

As articulações, popularmente chamadas de "juntas", são locais do corpo em que se encontram dois ossos ou mais. Alguns exemplos: joelho, tornozelo, quadril, cotovelo, punho, etc. Nas extremidades ósseas estão as cartilagens, que evitam o contato direto entre os ossos e amortecem o contato entre eles, permitindo movimentos suaves e sem dor.

As artrites podem ocorrer em qualquer idade, embora na artrite reumatoide, 75% dos casos ocorre em mulheres entre 25 e 50 anos. Já a artrite psoriásica e a espondilite anquilosante, outras formas de artrite, são mais frequentes em pessoas jovens.

Osteoartrite

A osteoartrite é o tipo mais comum de artrite e ocorre principalmente em mulheres com mais de 40 anos. As articulações mais afetadas são o joelho, o quadril e a coluna.

A osteoartrite é causada pela diminuição da cartilagem articular, o que provoca atrito entre os ossos e leva à inflamação. Essa forma de artrite pode ser consequência de traumas, uso excessivo da articulação, degeneração da cartilagem, excesso de peso, podendo ainda ter causas genéticas.

Artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo, causando inflamação da articulação e destruição da cartilagem. Trata-se de uma doença crônica, mais comum em mulheres.

Artrite traumática

A artrite traumática é causada por fraturas, principalmente em quadril, joelho, tornozelo e pé.

Artrite infecciosa

A artrite infecciosa é causada principalmente pela presença de bactérias na articulação.

Qual é o tratamento para artrite?

O tratamento da artrite depende de diversos fatores, como o tipo de artrite, a idade da pessoa, a gravidade dos sintomas, o estado geral de saúde do paciente, entre outros. As opções são de tratamento são bastante variadas, indo desde o repouso à cirurgia.

O tratamento da artrite depende da causa da inflamação, podendo incluir medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, corticoides, imunossupressores e biológicos, fisioterapia, perda de peso e ainda cirurgias.

O tratamento da artrite inclui também evitar ou modificar atividades que pioram a dor, bem como reduzir a pressão exercida sobre as articulações afetadas, mediante diferentes recursos.

A reabilitação com fisioterapia também exerce um papel importante no tratamento da artrite, para manter ou aumentar a força muscular, além de manter a funcionalidade da articulação afetada.

O objetivo do tratamento da artrite é diminuir a dor, a inflamação e o inchaço, além de manter ou recuperar os movimentos da articulação.

O diagnóstico e tratamento da artrite é da responsabilidade do médico reumatologista.

Rubéola: o que é, quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A rubéola é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus, que acomete principalmente crianças entre 5 e 9 anos de idade. A rubéola não é considerada uma doença grave e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após uma semana.

Já a rubéola congênita é muito perigosa devido ao risco de malformações fetais. A doença ocorre quando a mulher adquire rubéola durante a gravidez, infectando o feto. A rubéola congênita pode causar cegueira, surdez, problemas cardíacos, atraso no crescimento, parto prematuro e até morte ao nascimento.

Quais são os sintomas da rubéola?

Os sintomas da rubéola incluem febre, dor de cabeça e garganta, mal-estar, presença de nódulos atrás da orelha, no pescoço e na nuca, além do aparecimento de pequenas manchas rosadas pelo corpo.

Como ocorre a transmissão da rubéola?

A transmissão da rubéola ocorre de pessoa para pessoa, geralmente através de gotículas de saliva ou secreção respiratória eliminadas por pessoas doentes ao falar, tossir ou espirrar. O contágio através do contato com objetos contaminados é raro.

O período de incubação varia entre 2 e 3 semanas. Após esse período, começam a surgir os primeiros sinais e sintomas: febre baixa, nódulos no pescoço e atrás da orelha, manchas rosadas que aparecem primeiro no rosto e depois se espalham pelo corpo.

A doença também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez (rubéola congênita), podendo deixar sequelas irreversíveis no bebê.

Qual é o tratamento para rubéola?

Não existe um tratamento específico para a rubéola. Os sintomas podem ser aliviados com medicamentos para dor e febre. Também é recomendado que o/a paciente faça repouso e evite o contato com outras pessoas durante 10 dias após o aparecimento das manchas.

Após adquirir rubéola, a pessoa fica imune pelo resto da vida. A vacinação também confere imunidade contra a rubéola por praticamente toda a vida. Se a mãe já estiver imune, ela passa os anticorpos para o bebê, que fica protegido contra a rubéola por até 9 meses após o nascimento. Depois, é necessário tomar a vacina.

Quando tomar a vacina contra a rubéola?

A primeira dose da vacina contra a rubéola é dada com 1 ano de idade, através da tríplice viral, que protege contra rubéola, sarampo e caxumba. A segunda dose é dada entre os 4 e 6 anos de idade. Adolescentes e adultos com menos de 50 anos também devem ser vacinados contra a rubéola, mesmo que já tenham tido a doença.

Mulheres que nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina pelo menos 30 dias antes de engravidar, já que as grávidas não podem ser vacinadas.

Fiz o exame de VDRL e deu soro reagente, sou gestante?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Você deve consultar o seu médico e se possível fazer o exame confirmatório para sífilis e tratar a doença. O tratamento é feito com penicilina benzatina (Benzetacil) e o seu parceiro sexual também deve realizar o tratamento, já que a sífilis é uma doença sexualmente transmissível.

O que é o VDRL?

VDRL é o teste de sífilis não treponêmico mais comumente utilizado, ou seja é um teste que detecta anticorpos produzidos pelo organismo contra a bactéria causadora da sífilis, o Treponema Pallidum. É um exame muito importante para o diagnóstico da sífilis e para o seu seguimento pós tratamento.

O VDRL é um exame quantitativos pois é capaz de detectar a quantidade de anticorpos produzidos contra o treponema. O seu resultado é apresentado em títulos como 1:2, 1:4, 1:16, etc. Quanto maior o título maior a quantidade de anticorpos detectada pelo exame.

A titulação do VDRL tende a cair após o tratamento com o decorrer do tempo. Em algumas pessoas mesmo após o tratamento pode-se ter uma titulação residual e o teste permanecer positivo, mas em títulos baixos.

Comumente o exame de VDRL é solicitado junto com outro tipo de exame, um teste treponêmico, que detecta precisamente a bactéria causadora da sífilis de modo a confirmar o diagnóstico, já que os testes não treponêmicos como o VDRL podem apresentar falso positivo.

O VDRL pode apresentar-se positivo também em outras situações como doenças reumáticas, gestação ou drogadicção.

Em gestantes o tratamento deve ser realizado o mais rapidamente possível, por isso, mesmo quando não é possível realizar um teste confirmatório treponêmico já se está indicado iniciar o tratamento.

Como é o tratamento da sífilis em gestantes?

O tratamento da sífilis é feito com a aplicação de injeção de penicilina G benzatina, a dose pode variar entre 2,4 milhões de Unidades a 7,2 milhões de Unidades.

São aplicadas duas injeções, uma em cada glúteo, e a aplicação pode ser repetida semanalmente por até três semanas, a depender do tipo de sífilis e do tempo de contaminação pela doença.

Converse com o seu médico de família ou obstetra caso apresente teste positivo para a sífilis, é essencial que o tratamento seja iniciado o mais rapidamente possível para evitar complicações na gravidez e no recém-nascido.

Dexametasona serve para dor de dente?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A dexametasona não é um medicamento indicado para aliviar a dor de dente, apesar de ser usado, em alguns casos, como anti-inflamatório.

A dexametasona é um corticoide que é geralmente indicado nas seguintes situações:

  • Tratamento de alergias graves;
  • Como auxiliar no tratamento de problemas relacionados à inflamação das articulações, como artrites, bursites e artroses;
  • Tratamento de algumas doenças da pele, como dermatite esfoliativa, dermatite seborreica grave e Síndrome de Steverns-Johnson,
  • Tratamento de alergias e inflamações graves ou crônicas nos olhos e anexos, como conjuntivite, ceratite e uveíte;
  • Tratamento de alguns tipos de alterações hormonais, como as causadas pela hiperplasia adrenal congênita e pela tireoidite não supurativa;
  • Para a realização da prova de função adrenocortical;
  • Tratamento de alguns problemas pulmonares, como sarcoidose e pneumonia de Loeffler;
  • Tratamento de algumas leucemias e linfomas, em associação com outros medicamentos;
  • Tratamento de algumas manifestações sanguíneas de doenças autoimunes, como a anemia hemolítica adquirida.

A dexametasona é normalmente usada durante períodos curtos.

Para a dor de dente, pode ser indicado um anti-inflamatório que não seja corticoide ou um analgésico. Quando existe infecção, um antibiótico pode ser necessário. Por isso, é importante consultar um dentista para que ele avalie qual o melhor medicamento no seu caso.

Se quer saber mais sobre como aliviar a dor de dente, leia também:

Referência:

Dexametasona. Bula do medicamento

A vacina HPV tem efeitos secundários?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dentre os efeitos colaterais mais comuns da vacina contra o HPV podem estar: dor, calor, vermelhidão, coceira e inchaço no local. Às vezes, a pessoa pode apresentar ainda febre baixa, dor de cabeça, dores no corpo e gastroenterite.

Os efeitos secundários da vacinação costumam ser leves e normalmente estão relacionados com reações no local da aplicação da vacina, geralmente no braço ou na coxa.

O tempo de duração dessas possíveis reações adversas da vacina contra o HPV é de apenas alguns dias após a vacinação e costumam desaparecer sozinhos, sem necessidade de tratamento.

Há relatos de pessoas que sofreram desmaios após receberem a vacina, mas esses casos estão relacionados com ansiedade, medo e outras reações emocionais associadas à vacina.

Vacina contra HPV Existe alguma contraindicação para a vacina contra o HPV?

Sim, há casos específicos em que a vacina contra o HPV não é indicada, tais como: alergia ao princípio ativo ou outro produto encontrado na fórmula da vacina, caso anterior de Guillain Barré ou manifestação de sinais e sintomas que indiquem hipersensibilidade grave depois de tomar uma dose da vacina.

Mulher grávida também não deve receber a vacina contra HPV. No caso dela já ter sido vacinada e engravidar, deverá receber as demais doses depois do parto.

Essa precaução com a vacinação contra HPV na gravidez está relacionada com os estudos que ainda não são consensuais quanto aos possíveis efeitos colaterais da vacina durante a gestação.

Durante a amamentação, a mulher pode tomar a vacina mais completa contra o HPV, que é a quadrivalente, pois protege contra HPV 6, 11, 16 e 18.

Quem deve tomar a vacina contra HPV?

A vacina contra o HPV é indicada sobretudo para meninas a partir dos 9 anos de idade e que não tenham iniciado a vida sexual. Porém, a vacina pode ser tomada por mulheres que já tem vida sexual ativa.

A vacina HPV é destinada exclusivamente à prevenção do câncer do colo do útero. Ela não é indicada no tratamento de infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida.

O/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.

Saiba mais em:

Qual é o tratamento para HPV?

Toda verruga é HPV?

HPV: o que é e como se transmite?

HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?

O que é agenesia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Agenesia é a ausência completa ou parcial de determinado órgão. Esse processo ocorre no momento da formação do embrião.

Nesse caso, a pessoa já nasce com a ausência do órgão, como por exemplo:

  • Agenesia de rim;
  • Agenesia de útero;
  • Agenesia dental;
  • Agenesia uterina;
  • Agenesia vaginal;
  • Agenesia vascular, etc.

Em alguns casos, a agenesia não causará danos no desenvolvimento da pessoa (no caso da agenesia de algum dente). Em outros casos, poderá haver a compensação pelo próprio organismo ou órgão similar (no caso da agenesia renal, o outro rim fará a função e compensará a ausência do rim).

Algumas agenesias são detectadas durante o pré-natal com os exames de ultrassonografia, enquanto outras só poderão ser detectadas após o nascimento.

Fui diagnosticada com caxumba e me mantive em repouso...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É pouco provável que volte o inchaço, se os sintomas já regrediram você já entrou na fase de remissão da doença e pode voltar ao trabalho após 5 dias do aparecimento do inchaço, pois após esse período já não há rico de transmissão da doença.

O que é a caxumba e quais os seus sintomas?

A caxumba é uma doença viral, causada pelo vírus Paramyxoviridae. Ela acomete principalmente as glândulas salivares, sendo a glândula parótida frequentemente acometida. A caxumba causa inchaço e dor nessas glândulas.

O inchaço da parótida pode desencadear ainda dor de ouvido e dor na região temporomandibular. Outros sintomas que podem estar presentes na caxumba são sensação de mal estar, febre baixa, dores musculares, inapetência e dor de cabeça.

Qual o tratamento para a caxumba?

Não existe um tratamento especifico para a caxumba. Geralmente, recomenda-se repouso e hidratação, além disso, são usados medicamentos para aliviar os sintomas de dor e febre. Quando o vírus acomete também os testículos o uso de suspensório escrotal pode aliviar a dor e o desconforto.

Geralmente, os sintomas duram cerca de 10 dias, tendem a nesse período se resolverem espontaneamente. É raro a ocorrência de complicações.

Algumas medidas são orientadas para evitar a propagação da caxumba, entre elas:

  • Permanecer em casa e afastar-se das atividades laborais e de estudo por 5 dias;
  • Higienizar as mão;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Usar uma máscara cirúrgica quando for preciso fazer deslocamentos.
Como prevenir a caxumba?

A principal forma de prevenção da caxumba é através da vacinação. Ela está indicada para crianças com 12 meses na tríplice viral ou para crianças com 15 meses na tetraviral.

Atualmente se recomenda também uma segunda dose em adultos entre os 20 e 29 anos. Adultos entre os 30 e os 19 anos também podem se vacinar com a tríplice viral dose única.

É válido ressaltar que a vacina não está indicada em gestantes e imunodeprimidos. Por isso, mulheres que planejam engravidar deve se vacinar antes da gravidez.

Para mais informações sobre a caxumba consulte o seu médico de família ou clínico geral.

Meningite: conheça os 8 principais sintomas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas de meningite, seja ela bacteriana, viral ou fúngica, são bastante semelhantes. Por este motivo, ao perceber qualquer um destes sintomas, busque o mais rápido possível um atendimento em serviço de emergência hospitalar.

Os principais sintomas da meningite são a febre, dor de cabeça e rigidez de nuca, no entanto, são sintomas comuns a diversas outras situações e sendo a meningite uma doença grave, com elevado risco de morte, é preciso conhecer e estar atento as características dessa doença.

1. Febre alta

A febre é um sintoma inicial da meningite. Nestes casos, costuma ser alta (superior a 39oC) e, principalmente, nas meningites bacterianas tende a ser persistente. Se observar febre alta, associada a dor de cabeça e dificuldade em fletir a cabeça para frente, procure rapidamente atendimento médico para avaliação.

2. Dor de cabeça intensa

Na meningite a dor de cabeça é intensa, geralmente descrita como aperto em toda a cabeça, ou em "pressão" e não melhora com uso de analgésicos. Costuma ser um sintoma da fase inicial da doença.

3. Rigidez da nuca

A rigidez de nuca é a dificuldade ou mesmo impossibilidade de encostar o queixo no peito. Movimentar a cabeça em outras direções como, por exemplo, para o lado direito e esquerdo pode não ser tão difícil, embora alguns refiram incômodo e dor.

4. Náuseas e vômitos

De forma geral, as náuseas ocorrem primeiro e, em seguida, os vômitos. As náuseas e os vômitos são igualmente considerados sinais iniciais de meningite. Especialmente na meningite bacteriana, podem acontecer os vômitos "em jato" sem antes a pessoa tenha apresentado náuseas.

5. Dor muscular

As dores no corpo, mal-estar geral e falta de "energia", é um sintoma inespecífico, que pode acontecer em qualquer quadro viral ou de infecção. Na meningite não é diferente, porém pode ser tão intenso que dificulta a realização de atividades simples, como se alimentar ou escovar os dentes. As dores acabam por manter a pessoa deitada e com queixa de cansaço intenso.

6. Sensibilidade à luz

A sensibilidade à luz ou fotofobia é um sintoma bastante comum nas meningites, especialmente, na meningite bacteriana.

7. Irritação, confusão mental e sonolência

Na medida em que a doença progride, a pessoa pode ficar cada vez mais irritável, confusa e depois apresentar sonolência. Pode ocorrer um estado de indiferença em que o paciente não responde e precisa de um estímulo forte para despertar. Este estado é chamado estupor e exige intervenção médica de emergência.

8. Manchas roxas na pele Manchas avermelhadas e arroxeadas na pele provocadas pela meningite.

As manchas roxas na pele aparecem na fase mais grave da doença, geralmente na meningite meningocócica. Neste caso, a corrente sanguínea e outros órgãos do corpo podem ser afetados.

A infecção na corrente sanguínea se chama meningococemia e pode se tornar grave em algumas áreas. Este quadro pode provocar a morte de algumas regiões dos tecidos do organismo causando sangramento sob a pele, o que provoca o surgimento de pequenos pontos de cor roxa avermelhada ou manchas maiores.

Alguns sintomas menos específicos, ou seja, que não sinais clássicos da meningite podem surgir e devem ser valorizados. Como:

  • dor de estômago,
  • diarreia,
  • fadiga,
  • alterações do estado mental como agitação,
  • respiração ofegante e
  • cabeça e pescoço arqueados para trás.
Sintomas de meningite em bebês

Nos bebês, os sintomas aqui descritos podem estar ausentes ou podem ser mais difíceis de ser percebidos. Fique atento se o seu bebê:

  • Ficar irritado,
  • Chorar excessivamente ou ficar inquieto mesmo quando acalentados pela mãe, pai ou cuidador,
  • Apresentar temperatura corporal alta (acima de 37,8º) ou baixa (abaixo de 36º),
  • Apresentar tremores ou calafrios,
  • Vomitar, especialmente o vômito "em jato", devido à pressão que sai o líquido,
  • Alimentar-se mal ou recusar leite materno e/ou alimentação,
  • Mastigar involuntariamente, apertar os lábios, olhar em diferentes direções,
  • Apresentar moleira tensa quando palpa, ou mais inchada (fontanela abaulada),
  • Parecer mais lento ou mole, não responder a estímulos,
  • Apresentar sonolência exagerada, diferente do seu habitual.
O que fazer na suspeita de meningite?

Se houver suspeita de meningite, é fundamental que você se dirija ou leve o seu familiar com os sintomas o mais rapidamente possível a uma emergência hospitalar para que o tratamento seja iniciado.

O tratamento da meningite depende da sua causa e pode ser feito com antibióticos, medicamentos antivirais ou antifúngicos. Em alguns casos, pode ser também necessário o uso de corticoides e reposição de líquido. Deste modo, o paciente precisa estar internado no hospital.

Quanto antes for iniciado o tratamento da meningite, maior a chance de cura e menor o risco de sequelas graves.

O que é meningite?

A meningite é uma doença contagiosa caracterizada por inflamação nas membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal (meninges). É provocada com mais frequência por bactérias, vírus, fungos e medicamentos.

Para saber mais sobre meningite, leia também:

Referências:

  • Academia Brasileira de Neurologia.
  • Heckenberg, S.G.B.; Brouwer, M.C; Beek, D. Bacterial Minigitis. In: Biller, J.: Ferro, J.M. (organizadores). Handbook of Clinical Neurology, v.121, 2014. p. 1361-1375.
  • MedCurso. Infecto: principais infecções bacterianas. MedCurso, 2017.