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O que é ataxia de Friedreich?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ataxia de Friedreich é uma doença neurológica degenerativa, hereditária, rara, que afeta sobretudo o sistema nervoso, mas também outros sistemas do organismo com a sua evolução.

Além de deficiência na sensibilidade, nos movimentos e na coordenação motora, a ataxia de Friedreich pode causar problemas cardíacos, diabetes, alterações dos movimentos dos olhos, surdez, cegueira, dificuldade em articular os sons, deformidades, entre outras complicações.

O termo "ataxia" significa incapacidade de realizar movimentos coordenados, finos e precisos. No caso da ataxia de Friedreich, a causa está na degeneração progressiva dos nervos periféricos e sistema nervoso central, especialmente na medula espinhal.

Os sintomas da ataxia de Friedreich normalmente começam a se manifestar antes dos 20 anos de idade, sendo os mais comuns:

  • Quedas frequentes causadas pela perda de equilíbrio, além da dificuldade cada vez maior em realizar tarefas que exigem precisão;
  • Doenças cardiológicas, insuficiência cardíaca, arritmias;
  • Lentidão na fala, discurso lento, articulação imprecisa das palavras;
  • Transtorno de humor;
  • Tremores;
  • Disfagia (dificuldade para engolir), inicialmente líquidos, evoluindo para alimentos pastosos e por fim sólidos;
  • Doenças na coluna, mais comum é a escoliose;
  • Nistagmo;
  • Diabetes;
  • Surdez.

Em geral, os pacientes perdem a autonomia após 10 a 15 anos do início dos sintomas. A ataxia de Friedreich é uma doença que não afeta a cognição (memória, raciocínio, percepção, aprendizado) mesmos nos estágios mais avançados.

O diagnóstico é feito através de exame clínico, laboratoriais, de imagem e teste de genética molecular.

Não existe tratamento aprovado para ataxia de Friedreich, embora diversos grupos estejam avançando com estudos de medicações para controle da doença, trazendo boas expectativas para o futuro.

Atualmente o tratamento tem como objetivo combater os sintomas, prevenir complicações cardíacas e respiratórias, controlar o diabetes e prevenir deformidades. Para tanto é necessário acompanhamento multidisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapia ocupacional além de outros profissionais.

Saiba mais em: Ataxia de Friedreich tem cura? Como é o tratamento?

O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da ataxia de Friedreich é o/a médico/a neurologista.

Pamelor serve para enxaqueca?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Pamelor (cloridrato de nortriptilina) não está indicado para tratar os sintomas de enxaqueca. No entanto, pode ser usado para evitar que as crises de enxaqueca aconteçam. Para isso, deve ser usado continuamente, precisando de receita, orientação e acompanhamento de um médico.

O Pamelor é um antidepressivo tricíclico que evita as crises de enxaqueca devido aos efeitos que provoca nos vasos sanguíneos do cérebro.

Existem outros tipos de medicamentos específicos para tratar a enxaqueca. Um dos mais conhecidos é a sumatriptana. O ideal é usá-los na fase inicial da crise da enxaqueca, para evitar que a dor aumente. O médico pode indicar o uso por via oral ou endovenosa, dependendo dos sintomas que a enxaqueca costuma causar.

Você pode querer ler também:

Referências:

Pamelor. Bula do medicamento

XV SAM - A Medicina na Prática. UNISC 2022. MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS DA ENXAQUECA: UMA REVISÃO BEHLING; Silvana Born , GRACIOLLI; Ana Maria , KÜSTER; Bruna Luísa , GRUENDLING; Carolina , WEISS; Jordana Carolina , CORNELLI; Laura , JUNIOR*; Antônio Manoel de Borba , BASTOS*; Marília Dorneles

Estou com catapora e as bolhas estão secas, já estou livre da doença?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Está quase, já está próximo do fim da catapora, após a formação de crostas a tendencia é o processo encaminhar-se para a cicatrização das lesões de pele e resolução da doença.

Na presença das crostas o risco de transmissão da catapora já é menor, pois a transmissão se dá principalmente através do contato com as pequenas bolhas com liquido, formadas no momento anterior a formação das casquinhas.

Na maioria dos casos a catapora demora até duas semanas para remitir totalmente. Em algumas pessoas com imunossupressão a doença pode durar mais tempo. 

A catapora, também chamada de Varicela, é uma doença infecciosa, extremamente transmissível, causada pelo vírus Varicela Zoster, é mais comum em crianças, mas pode acometer pessoas de qualquer idade que ainda não tiveram a doença.

A sua principal característica é a presença de lesões de pele que se iniciam como pequenas manchas vermelhas um pouco elevadas, que formam pequenas bolhas com líquido dentro (vesículas). Essas bolhas se rompem e forma-se então crostas, por fim ocorre a remissão das crostas e raramente ficam cicatrizes dessas lesões. É comum também o aparecimento de sintomas como febre e prostração.

Após o término da catapora a pessoa acometida adquire imunidade permanente a essa doença, embora o vírus causador continue latente no organismo, podendo ser reativado posteriormente em situações de queda da imunidade. 

Quando o vírus é reativado posteriormente, leva ao aparecimento do Herpes-Zoster, outro tipo de doença, popularmente conhecido como cobreiro, que pode provocar lesões de pele com vesículas e crostas no trajeto de algum nervo e dor intensa no local.

Para mais orientações consulte o seu médico de família, clínico geral ou pediatra.

Leia mais sobre a catapora em:

Quais são os sintomas da catapora?

As manchas de catapora podem ser permanentes?

Câncer de pâncreas tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Câncer de pâncreas pode ter cura se for diagnosticado no início. Contudo, a ausência de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico precoce de um tumor maligno no pâncreas.

O tratamento do câncer de pâncreas pode incluir cirurgia, sendo a única forma de chances de cura; radioterapia, quimioterapia e cuidados gerais.

Tratamento do câncer de pâncreas

A cirurgia tem como objetivo a retirada total do tumor, com chances curativas, se o tumor for encontrado na fase ainda inicial.

A radioterapia e a quimioterapia podem ser opções terapêuticas, como tratamento adjuvante à cirurgia, ou nos casos que não tem mais possibilidades de ressecação cirúrgica. São terapias utilizadas para diminuir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas.

Em casos de metástases, ou seja, quando o câncer já está "espalhado" (disseminado) para outras partes do corpo, o tratamento é paliativo e visa apenas aliviar os sintomas.

O prognóstico do câncer de pâncreas geralmente é ruim, porém depende do estadiamente, momento do diagnóstico e condições clínicas do paciente.

Prevenção de câncer de pâncreas

Para prevenir o desenvolvimento de tumores malignos no pâncreas é recomendado manter uma qualidade de vida saudável. Não fumar, passiva ou ativamente; evitar o excesso de bebidas alcoólicas; manter uma uma alimentação balanceada rica em frutas, legumes e hortaliças, evitando o sobrepeso e obesidade, fatores que aumentam muito o risco da doença.

O tabagismo é o principal fator de risco para desenvolver câncer de pâncreas. Quem fuma tem 3 vezes mais chances de ter a doença do que quem não fuma. Outros fatores de risco incluem o consumo de gordura em excesso, bebidas alcoólicas, exposição prolongada a produtos químicos como pesticidas e solventes, pancreatite crônica e diabetes mellitus.

Quem tem pancreatite crônica ou diabetes, já fez cirurgia de úlcera, tirou a vesícula biliar ou tem histórico familiar de câncer de pâncreas, deve fazer exames periódicos devido à maior probabilidade de desenvolver a doença.

O/A endocrinologista é o/a especialista responsável pelo tratamento do câncer de pâncreas.

Saiba mais em: Quais são os sintomas de câncer de pâncreas?

Como aliviar a tosse do bebê? Posso oferecer xaropes para tosse?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tosse do bebê pode ser aliviada com medidas simples que você pode adotar em casa como colocá-lo no colo, oferecer líquidos e inalação com soro fisiológico. Os xaropes para tosse infantil devem ser evitados.

Presenciar episódios repetidos de tosse de um bebê pode causar muita aflição. Entretanto, é importante que, antes de qualquer coisa, você mantenha a calma.

Saiba um pouco mais sobre como você pode fazer para aliviar a tosse do seu bebê:

1. Coloque o bebê no colo

Se o bebê está tossindo, coloque-o no colo com a cabeça um pouco mais elevada do que o restante do corpo. Esta posição alivia a tosse e favorece uma melhor respiração.

Uma outra dica é deixar que o bebê se coloque em uma posição confortável, o que também amenizará a tosse.

2. Ofereça líquidos

Oferecer água, sucos e chás ajuda a aliviar a tosse dos bebês. A água e os líquidos, em geral, hidratam as cordas vocais, amenizam a irritação causada pela tosse e auxiliam na fluidificação das secreções.

Oferte, principalmente água, durante todo o dia. O bebê deverá ingerir em torno de 100 ml de água por cada Kg de peso nas 24 horas. Se o seu bebê pesa 9 kg, ofereça 900 ml de água no decorrer do dia.

Se o seu bebê tem menos de 6 meses e se alimenta somente de leite materno, pode oferecê-lo mais leite. O leite materno também cumpre a função de hidratar o bebê.

3. Faça inalação com soro fisiológico

A inalação com soro fisiológico ajuda a hidratar as mucosas do sistema respiratório e assim, aliviar a tosse dos bebês. Essa prática tem o mesmo efeito da gotinha de soro fisiológico no nariz.

Além de aliviar a tosse, a inalação com soro fisiológico não oferece riscos à saúde do bebê. É importante não adicionar medicamentos ao soro fisiológico.

Pode ser realizada através de um nebulizador, onde coloca 3 ml de soro fisiológico e deixa o bebê próximo à máscara, inalando a fumaça produzida.

4. Aplique soro fisiológico nas narinas do bebê

Aplique uma gota de soro fisiológico em cada narina do bebê, 3 vezes ao dia. Esta é uma quantidade segura para o bebê e não provocará engasgo.

Para aplicar o soro, coloque o bebê no colo com a cabeça um pouco mais elevada que o restante do corpo. Utilize um conta gotas e soro fisiológico de farmácia.

A aplicação de soro fisiológico ajuda os cílios (pêlos) do interior das narinas a limpar impurezas do sistema respiratório que podem provocar a tosse. Deste modo, a tosse se torna mais amena e o organismo fica mais protegido contra agentes causadores de doenças.

5. Ofereça mel (crianças com mais de 1 ano de idade)

Estudo publicado em 2018 comprovou que a ingestão de uma colher de mel antes de dormir promove a redução do tempo de duração da tosse em crianças com mais de um ano de idade.

Entretanto, o mel não é indicado para crianças com menos de 1 ano por causa do risco de botulismo, uma doença neurológica causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

Posso dar xaropes infantis para o meu bebê?

Não. Embora exista uma grande oferta de xaropes que prometem o alívio da tosse, não há comprovação científica de que eles realmente funcionam. Além disso, nem todos são indicados para crianças.

Alguns xaropes descongestionantes, antialérgicos ou expectorantes somente devem ser utilizados se prescritos pelo médico de família, pediatra ou pneumologista.

O ideal é que bebês e crianças até 2 anos de idade só utilizem medicamentos se apresentarem febre (temperatura acima de 38º) e/ou dificuldade respiratória após avaliação médica.

Umidificadores de ar podem ser utilizados para aliviar a tosse do bebê?

Os benefícios do uso do umidificador de ar para o alívio da tosse são controversos. O umidificador pode ser indicado para ajudar a hidratar as vias aéreas, mas também pode ser prejudicial para bebês de famílias alérgicas.

O excesso de umidade do ar aumenta a proliferação de ácaros e mofo causadores de alergias. Por este motivo, se há alérgicos na família, evite o uso de umidificadores e converse com o médico de família ou pneumologista.

Bebê com tosse seca, o que posso fazer?

A tosse seca nos bebês é geralmente causada por gripes ou resfriados simples e pode vir acompanhada de dor de garganta e nariz entupido. Alguns bebês podem apresentar tosse seca e nariz escorrendo, entretanto, a secreção tende a ser fluida e transparente.

Neste caso ofereça água ao seu bebê na quantidade de 100 ml por cada quilo de peso. Por exemplo, se o seu bebê pesa 8kg, ofereça a ele 800 ml de água em pequenas quantidades no decorrer do dia.

O repouso é importante para a recuperação do bebê. Deixe-o descansar e dormir.

Colocar o bebê no colo ajuda a aliviar a tosse. Enquanto estiver no colo, mantenha a cabeça do bebê elevada e não ofereça xaropes infantis.

Se a tosse permanecer por mais de 5 dias, se for uma tosse muito forte ou se o seu bebê tiver febre (temperara superior 38o) é importante levá-lo à uma emergência hospitalar para avaliação médica.

Bebê com tosse com catarro (tosse produtiva), o que devo fazer?

A tosse com catarro em bebês pode ocorrer por infecções virais ou bacterianas. A tosse seca, característica dos resfriados e gripes, pode se tornar produtiva após alguns dias.

A tosse produtiva causada por infecção bacteriana costuma ser uma tosse molhada com secreções esverdeadas ou amareladas, além de vir acompanhada de febre.

Nestes casos, especialmente se houver febre, recomenda-se procurar um médico de família, pediatra ou o serviço de emergência.

Alívio da tosse durante a noite

Se o seu bebê apresentar tosse durante a noite, coloque um travesseiro ou toalhas dobradas embaixo da cabeceira do berço para elevar a cabeceira. A cabeceira elevada mantém as vias aéreas livres, facilita os movimentos respiratórios, ajuda a reduzir o refluxo e aliviar a tosse do bebê.

Nesta posição seu bebê terá uma noite de sono mais tranquila.

Tosse por aspiração de objetos, o que posso fazer?

Entre os bebês é comum a aspiração de alimentos ou de pequenos brinquedos, o que pode provocar asfixia (dificuldade de respirar, sufocação). Os principais sintomas de aspiração de alimentos ou objetos estranhos incluem tosse persistente e ofegante.

Se você perceber que o bebê ficou ofegante ou começou a tossir repentinamente enquanto se alimenta, ou brinca com brinquedos pequenos que cabem na boca, verifique se há algo estranho. Olhe dentro da boca do bebê.

Se você consegue ver e pegar com segurança o objeto ou alimento na boca do seu bebê, retire o corpo estranho com os seus dedos em formato de pinça. Ao retirar o objeto, a tosse cessa e o bebê deve voltar a respirar normalmente.

Se o corpo estranho bloquear completamente as vias aéreas (garganta) do bebê, ele pode ficar pálido, não emitir sons e apresentar dificuldade de respirar. Neste caso, você deve ligar para 192 (SAMU) ou 193 (corpo de bombeiros) ou leva-lo imediatamente a uma emergência.

Quando devo levar o meu bebê ao médico ou hospital?

Na maior parte dos casos a tosse não deve causar preocupação, entretanto fique alerta se ela vier acompanhada dos seguintes sinais:

  • Duração de mais de 5 dias;
  • Dificuldade de respirar mesmo quando não há tosse;
  • Bebê com menos de 3 meses;
  • Febre superior a 38º;
  • Pele azulada em torno da boca;
  • Respiração mais rápida que o normal;
  • Tosse com muita secreção ou secreção com sangue;
  • Barulho ou chiado no peito ao respirar;
  • Se o bebê tiver alguma doença cardíaca ou pulmonar.

Se você perceber algum destes sinais, leve o bebê o mais rapidamente possível à um serviço de emergência.

Causas mais comuns de tosse nos bebês

A causas mais frequentes de tosse em bebês são:

  • Gripes e resfriados;
  • Asma;
  • Bronquiolite;
  • Laringite;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Aspiração de objetos.

O alívio da tosse do seu bebê deve ser feito preferencialmente com medidas naturais e sem uso de medicamentos, especialmente se estes não foram prescritos por um médico.

Para o tratamento adequado e seguro da tosse consulte um médico de família, pediatra ou pneumologista e não deixe de seguir as orientações destes profissionais.

Para saber mais sobre tosse infantil, você pode ler:

O que fazer em caso de tosse alérgica infantil?

Tosse persistente: o que fazer?

Tosse seca: o que pode ser e o que fazer?

Tosse com catarro: o que fazer?

Referência

ODUWOLE O.; UDOL E.E.; OYO-ITA, A.; MEREMIKWU, M.N. Haney for acute cough in chlidren (Review). Cochrane Database of Systematic Reviews, v.4, 2018.

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Sinto falta de ar constante. Pode ser problemas de pulmão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a falta de ar constante pode ser sintoma de doenças que afetam os pulmões ou as vias respiratórias, como gripe, resfriado, bronquite, rinite, sinusite, enfisema pulmonar, asma.

Entretanto, também pode ser decorrente de doenças em outros órgãos que causam algum prejuízo aos pulmões, como doenças cardíacas, doenças endocrinológicas, neurológicas, ainda, sobrepeso, gestação, falta de condicionamento físico, estresse ou ansiedade.

Quando procurar imediatamente um atendimento de urgência

É importante ter atenção a alguns sinais que podem acompanhar a falta de ar, porque sinalizam riscos e problemas mais graves, sendo necessário um atendimento de urgência.

Na presença desses sinais, a pessoa deve procurar atendimento médico de urgência:

  • Dificuldade para falar
  • Respiração ofegante
  • Febre alta
  • Esforço observado no pescoço e tórax para puxar o ar
  • Interrupção do sono durante a noite
  • Cansaço ao realizar tarefas simples do dia-a-dia
  • Lábios arroxeados
  • Tosse constante
  • Chiado ou dor no peito.

A falta de ar se caracteriza por dificuldade ou desconforto respiratório que cria a sensação de não conseguir inalar a quantidade suficiente de ar que precisa para respirar. Para cada caso existe um tipo de tratamento e acompanhamento, alguns casos exigem tratamento de urgência, outros não, devendo ser marcado consulta ambulatorial com médico assistente.

Se não houver sinais de alerta ou de maior preocupação, recomendamos que agende uma consulta com o clínico geral ou médico da família, para uma avaliação e orientações quanto ao seu tratamento, e especialista que deve procurar, se for o caso.

Saiba mais em:

Ânsia de vômito constante, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A ânsia de vômito constante costuma estar relacionada a problemas simples como:

  • Gravidez
  • Labirintite
  • Enxaqueca
  • Problemas gástricos
  • Ansiedade
  • Uso de medicamentos

Ânsia de vômito, enjôo ou náuseas, são formas de expressar um mesmo sintoma, uma sensação de que vai vomitar, mal-estar ou "estômago embrulhado". Esse sintoma pode se resolver de maneira espontânea, após a eliminação do conteúdo do estômago ou pode se manter constante em alguns casos, sendo preciso o uso de um medicamento.

No entanto, para cada situação existe um tratamento mais indicado e outros que podem agravar ainda mais o problema. Por isso, é importante compreender as características do seu sintoma e procurar uma avaliação médica antes de iniciar qualquer medicação.

Gravidez

Na gravidez, o aumento dos hormônios são os responsáveis pela sensação de enjoos constantes. O que acontece mais frequentemente durante o primeiro trimestre, embora algumas gestantes possam referir o sintoma durante toda a gestação. Nesse caso, o médico pode prescrever-lhe uma medicação para aliviar, além de orientar a evitar o jejum e alimentos gordurosos.

Labirintite

A labirintite, VPPB (vertigem paroxística posicional benigna) ou outros distúrbios do labirinto, causam a sensação de tontura, mal-estar e náuseas constantes, como se estivesse em alto-mar, devido a sua participação no equilíbrio e estabilidade postural. O médico otorrinolaringologista é o especialista para essa avaliação e tratamento.

Enxaqueca

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça, que quando iniciada tem como um dos sintomas característicos, as náuseas e vômitos durante a crise. Não se sabe ao certo a causa desse sintoma, mas é preciso iniciar rapidamente uma medicação para alívio dos sintomas, de modo a evitar a piora da dor, desidratação e prolongamento deste quadro. O médico neurologista é o especialista capacitado para essa avaliação e tratamento.

Problemas gástricos

Gastrite, refluxo e problemas intestinais que causam além dos enjoos constantes, azia e queimação, perda peso, falta de apetite e por vezes, sensação de estômago embrulhado. O gastroenterologista é o médico responsável por essa avaliação e tratamento.

Ansiedade

A ansiedade e outros distúrbios de humor, como a depressão, tem como característica, sintomas de Ânsia de vômito e taquicardia durante uma crise emocional. Outros sintomas comuns são, a sensação de bolo na garganta, suor frio, dores de barriga e diarreia. Neste caso, é preciso buscar um tratamento multidisciplinar, com psicólogo, psiquiatra e educador físico. A ansiedade tem tratamento eficaz, quanto antes for iniciado melhor a resposta.

Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, tem como efeitos colaterais esperados, a sensação de náuseas, vômitos e mal-estar constante, como, por exemplo, os anticoncepcionais e os antidepressivos. Entretanto, os sintomas não costumam durar mais de 3 dias, tempo que o corpo leva para absorver e se adaptar as substâncias. De qualquer forma, no caso de enjoos logo após o início de um medicamento, é importante informar ao médico que o prescreveu, para a devida avaliação.

Na presença de enjoos constantes, procure o médico de família, ou clínico geral, para dar início a investigação desse problema, podendo planejar o tratamento ou solicitar a avaliação de outra especialidade.

Leia mais sobre esse assunto nos artigos:

O que é anemia falciforme?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Anemia falciforme é uma doença hereditária que afeta os glóbulos vermelhos do sangue. Essas células, conhecidas como hemácias, são responsáveis pelo transporte do oxigênio para os diversos tecidos do corpo.

A pessoa com anemia falciforme apresenta um formato diferente de hemácia que fica em forma de foice. Com essa alteração no formato, o transporte do oxigênio fica limitado e a pessoa poderá apresentar certas complicações.

Ao nascer, a anemia falciforme pode ser diagnosticada pelo teste do pezinho. Nas demais idades, a anemia falciforme poderá ser investigada a partir do quadro clínico e confirmada por exames laboratoriais, como por exemplo, a eletroforese de hemoglobina.

Quais são os sintomas da anemia falciforme?

A anemia falciforme pode causar diversos sintomas, tais como crises dolorosas, dores articulares, palidez, cansaço, icterícia, atraso no crescimento e feridas nas pernas.

A partir do diagnóstico de anemia falciforme, a pessoa deverá ser acompanhada continuamente para manter uma qualidade de vida adequada, controlar as dores e prevenir infecções.

Qual é o tratamento para anemia falciforme?

O tratamento da anemia falciforme inclui o uso de medicamentos, medidas e cuidados especiais. O objetivo do tratamento é controlar as crises de dor e prevenir eventuais infecções que podem ocorrer em diversos órgãos.

Para aliviar a dor, são usados medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Em alguns casos de anemia falciforme, pode ser necessário realizar transfusão de sangue.

O transplante de medula óssea pode ser uma opção de tratamento para curar definitivamente a anemia falciforme. No entanto, por ser difícil encontrar doadores compatíveis, essa forma de terapia nem sempre é uma opção.

O tratamento da anemia falciforme inclui também a adoção de uma alimentação saudável, bem como a proteção adequada dos membros inferiores através do uso de meias e calçados adequados. Também é muito importante hidratar-se adequadamente.

A anemia falciforme não tem cura. Contudo, ao ser diagnosticada e tratada adequadamente, com um acompanhamento constante, a pessoa pode ter uma boa qualidade de vida.

O diagnóstico e tratamento da anemia falciforme é da responsabilidade do/a médico/a hematologista.