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O que é albinismo (distúrbio genético)
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O albinismo é um distúrbio genético que afeta parcialmente ou totalmente a produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele, ao cabelo e aos olhos e protege contra os raios ultravioletas do sol.

Existem diversos tipos de albinismo, que são causados por mutações em diferentes genes. Há 7 genes envolvidos no aparecimento do albinismo, que podem apresentar mutações distintas.

As diferentes mutações que podem ocorrer em cada um desses genes determinam as diversas formas de apresentação do distúrbio.

A produção de melanina pelos melanócitos, células presentes na pele, pode estar totalmente ou apenas parcialmente comprometida. Por isso o tom da pele dos albinos pode ir do branco ao castanho, enquanto o cabelo pode ser branco, amarelado, avermelhado ou acastanhado.

Já os olhos podem ser avermelhados, já que a ausência de pigmentação deixa os vasos da retina visíveis, bem como azuis ou acastanhados. As alterações genéticas do albinismo também podem causar problemas visuais, como estrabismo, visão abaixo do normal, catarata, entre outros.

A falta de melanina na pele deixa os albinos muito vulneráveis aos danos causados pelo sol. O que aumenta o risco de envelhecimento precoce e de desenvolvimento de câncer de pele.

Não há um tratamento específico para o albinismo, uma vez que a sua causa é uma mutação genética. Estudos de engenharia genética e com medicamentos que podem aumentar a produção de melanina já tem sido feitos, mas ainda não existe um tratamento eficaz disponível.

Pessoas albinas devem ser acompanhadas de perto por um médico dermatologista e oftalmologista devido ao risco de complicações dermatológicas e oculares.

Também pode ser do seu interesse: tenho manchas brancas na pele o que pode ser?

Quem tem Parkinson pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Quem tem Parkinson pode doar sangue.

Parkinson é uma desordem crônica neurodegenerativa caracterizada por tremores ao repouso, rigidez, distúrbios na marcha e lentidão nos movimentos.

O Parkinson não é impedimento para a doação de sangue. Quem tem Parkinson pode doar sangue normalmente.

A doação de sangue é um procedimento simples e que pode salvar vidas.

Para doar sangue você precisa:

  • Ter entre 18 e 69 anos de idade
  • Pesar acima de 50Kg
  • Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas
  • Estar descansado.

No banco de sangue você pode buscar outras informações sobre impedimentos temporários e permanentes para a doação de sangue.

Leia também:

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Síndrome de Rett: Quais são as causas e os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Síndrome de Rett é uma doença genética que provoca uma desordem no desenvolvimento neurológico. Está relacionada a mutações em um gene específico do cromossomo X e ocorre praticamente apenas em meninas.

Embora os casos dentro da mesma família sejam raros, a Síndrome de Rett pode ter uma componente hereditária, ou seja, pode ser passada de pais para filhos. Contudo, esses representam menos de 1% dos casos, já que a grande maioria das ocorrências ocorre aleatoriamente.

O gene que sofre as mutações na Síndrome de Rett é o gene MECP2, localizado no cromossomo X. Esse gene é essencial para controlar outras características genéticas, já que está diretamente ligado a uma proteína que bloqueia a ação de outros genes durante o desenvolvimento do sistema nervoso.

Sintomas

O desenvolvimento do bebê nos primeiros 5 meses de vida não aparenta ter nenhuma anormalidade. Os primeiros sinais e sintomas da Síndrome de Rett começam a se manifestar entre o 6º mês e o 2º ano de idade. Nessa fase, a criança pode apresentar:

  • Lentidão no ritmo de crescimento do crânio;
  • Perda das capacidades motoras;
  • Emagrecimento;
  • Movimentos descoordenados ao andar e movimentar o tronco;
  • Movimentos estranhos com as mãos, com torções e entrelaçamento dos dedos.

Outras características comuns observadas nesse período inicial de manifestação dos sintomas são o fim das brincadeiras, a aversão ao convívio social e deficiência intelectual. Algumas crianças podem sofrer ainda convulsões.

Casos de convulsões são tratados com anticonvulsivantes. O tratamento da Síndrome de Rett é multidisciplinar e pode envolver neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pediatra, entre outros especialistas e tem o objetivo a qualidade de vida das pacientes com a síndrome.

Cefaleia: o que é, quais os tipos, sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Cefaleia é o termo médico para “dor de cabeça”. A cefaleia caracteriza-se por dor ou desconforto na cabeça ou no couro cabeludo, podendo ainda se estender para o pescoço. Em geral, as causas da cefaleia não estão relacionadas com problemas graves, mas com tensão muscular, estresse, problemas de vista, resfriado, febre ou tensão pré-menstrual.

No entanto, por outro lado, uma dor de cabeça forte ou constante, associada a febre alta, náuseas ou vômitos, pode estar associada a condições mais graves, como:

  • Derrame cerebral (AVC - Acidente Vascular Cerebral);
  • Hemorragia entre o cérebro e a membrana que o recobre (meninge);
  • Pressão arterial muito alta;
  • Meningite;
  • Encefalite (inflamação no cérebro);
  • Abscesso cerebral;
  • Tumor cerebral;
  • Acúmulo de líquido dentro do crânio (hidrocefalia);
  • Aumento da pressão no interior do crânio;
  • Intoxicação por monóxido de carbono;
  • Apneia do sono, que leva a uma diminuição da oxigenação cerebral;
  • Malformação de veias ou artérias cerebrais;
  • Aneurisma cerebral.

E por esse motivo, na presença de um desses sintomas, é recomendado procurar um atendimento de urgência, para avaliação médica.

Quais são os tipos de cefaleia e seus sintomas?Cefaleia tensional

O tipo mais comum de dor de cabeça é a cefaleia tensional, causada por tensão muscular nos ombros, no pescoço, no couro cabeludo e na mandíbula. A cefaleia de tensão pode estar relacionada com estresse, depressão, ansiedade, traumatismo craniano ou posição inadequada da cabeça e do pescoço.

Nesses casos, a dor atinge toda a cabeça, ou se inicia de um lado e depois de espalha por todo couro cabeludo. A pessoa costuma sentir uma sensação de cabeça pesada, como se tivesse algo apertando a sua cabeça. Também pode haver dor e rigidez nos ombros, no pescoço e na mandíbula.

Enxaqueca

A dor de cabeça da enxaqueca é forte, do tipo latejante ou pulsátil. Geralmente vem acompanhada de outros sintomas, como alterações visuais, sensibilidade à luz e ao ruído, náuseas, vômitos e irritabilidade. A dor tende a começar em um lado da cabeça e se espalhar para os lados direito e esquerdo, além de piorar com os movimentos.

A enxaqueca pode vir associada a um grupo de sintomas que começam antes da dor de cabeça. É a chamada enxaqueca com aura. Nesses casos, a pessoa costuma sentir alterações visuais, como imagens brilhantes ou riscos luminosos, visão dupla ou desfocada, pouco antes da dor se iniciar.

A enxaqueca pode ser desencadeada por alimentos como chocolate, vinho tinto e queijos amarelos, abstinência de cafeína, falta de sono e consumo de álcool.

Cefaleia de rebote

Também conhecida como cefaleia por uso excessivo de medicamentos, é uma dor de cabeça desencadeada pelo consumo excessivo de analgésicos. Pessoas que tomam analgésicos por mais de 3 dias por semana regularmente podem desenvolver esse tipo de cefaleia.

Cefaleia crônica

Trata-se de uma dor de cabeça de caráter constante, extremamente dolorosa, que ocorre várias vezes ao dia e durante meses, desaparecendo por semanas ou meses. A cefaleia nesses casos dura menos de uma hora e tende a ocorrer no mesmo horário todos os dias.

Cefaleia sinusal

Esse tipo de dor de cabeça causa dor na testa e na face. Ocorre devido à inflamação dos seios paranasais, localizados atrás das bochechas, do nariz e dos olhos. A dor piora quando a pessoa se inclina para a frente e acorda pela manhã.

Cefaleia por arterite temporal

É uma dor de cabeça desencadeada pela inflamação e pelo inchaço da artéria responsável pela irrigação sanguínea de uma parte da cabeça, das têmporas e do pescoço. Uma doença que deve ser tratada rapidamente, para evitar complicações graves, como problemas visuais.

O que fazer em caso de cefaleia?

Esse é um tema muito complexo, devido ás inúmeras causas de cefaleia, entretanto, a primeira conduta a ser tomada, deve ser medir sua pressão arterial. Visto que temos uma alta prevalência de hipertensão na população, e essa é a principal causa de derrames e infartos do coração.

Outras medidas que podem ajudar, será aumentar a ingesta de água, evitar jejum, evitar situações de estresse e caso seja frequente, será necessário agendar uma consulta com neurologista para avaliação detalhada.

Nos casos de enxaqueca já diagnosticada, você deve:

  • Beber bastante água para evitar desidratação, especialmente em caso de vômitos;
  • Repouso em ambiente silencioso e escuro;
  • Tomar sua medicação para crises, orientada pelo médico neurologista.

Manter um “diário de dor de cabeça” ajuda muito, pois por ele é possível identificar os fatores que desencadeiam o seu tipo de cefaleia, auxiliando no tratamento e no planejamento de prevenção das crises.

Os diários são de fácil preenchimento e devem conter no mínimo os seguintes dados:

  • A data e a hora em que a dor começou;
  • Tempo de duração;
  • Localização e intensidade da dor;
  • O que você comeu e bebeu nas últimas 24 horas;
  • Quantas horas você dormiu na noite anterior;
  • O que estava fazendo e onde estava pouco antes da dor de cabeça começar;
  • Fatores que melhoraram ou pioraram a dor;
  • Se a medicação de SOS prescrita foi suficiente para resolver o quadro.
Que remédio posso usar para acabar com a cefaleia?

A maioria das dores de cabeça podem ser aliviadas com medicamentos analgésicos simples, como paracetamol®, novalgina® e ibuprofeno®. Porém, é fundamental definir a causa da sua dor, definir se existe necessidade de tratamento preventivo, e de acordo com sua história médica, qual será a melhor opção.

Para isso, é preciso que procure um médico da família, clínico geral ou neurologista, para avaliação e planejamento do seu tratamento.

Leia também: Qual é o tratamento da enxaqueca?

7 principais causas o Mau Hálito (e como acabar rápido)
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O mau hálito ou halitose pode ter várias causas, como má higiene oral, ingestão de alimentos com odores fortes, boca seca, problemas dentários, refluxo gastroesofágico, obstrução intestinal e doenças, como insuficiência renal, diabetes ou câncer de origem bucal.

Quando o “bafo” é causado por alguma doença ou condição que não seja a falta de higiene bucal, ele geralmente não desaparece, mesmo depois de escovar os dentes, passar fio dental ou usar um enxaguante bucal.

Abaixo seguem as principais causas de halitose e o que fazer em cada caso para acabar com o mau hálito rápido.

1. Higiene bucal inadequada

O mau hálito geralmente está relacionado à falta de higiene bucal. Não escovar os dentes ou usar fio dental regularmente faz com que restos de alimentos se acumulem na boca e na língua, entre as papilas gustativas.

Esses restos de comida entram em decomposição, causando mau hálito. Dentaduras que não são adequadamente limpas diariamente também podem causar halitose grave, assim como a falta de limpeza da língua.

O que fazer?

Uma forma de eliminar o mau hálito rapidamente nesses casos, é mastigar salsa fresca ou folhas de hortelã. A salsa e a hortelã podem eliminar os compostos de enxofre liberados pelos alimentos em decomposição diminuindo a halitose.

Porém, para tratar a causa do mau hálito é necessário escovar os dentes após todas as refeições e usar fio dental pelo menos uma vez ao dia, certificando-se de que é passado entre todos os dentes. Também é muito importante limpar a língua com material específico para isso (raspador de língua).

A escovação e o fio dental removem os restos de alimentos antes que se decomponham. Escovar os dentes também remove a placa bacteriana que se acumula na dentição e causa mau cheiro na boca, cárie e doenças na gengiva.

O enxaguante bucal, também pode ser usado diariamente, com objetivo de matar as bactérias causadoras do mau hálito.

Portanto, mau hálito por acúmulo de placa, basta manter uma limpeza adequada e limpeza no dentista a cada 6 meses, para resolver o problema.

2. Problemas dentários

A falta de higiene adequada e uma alimentação rica em doces são a principal causa de proliferação de bactérias na boca. As bactérias formam as placas de tártaro, aftas, cáries e processos inflamatórios como a gengivite (inflamação da gengiva) e os abcessos dentários (coleção de pus).

Todos os problemas dentários podem levar ainda à formação de pequenas aberturas na área entre os dentes e nas gengivas. Restos de alimentos e germes podem se acumular nessas aberturas, causando um forte mau hálito.

O que fazer?

Escovar os dentes após as refeições (pelo menos 3 vezes por dia), usar fio dental diariamente (pelo menos uma vez ao dia), limpar a língua com um raspador de língua após as refeições e utilizar um enxaguante bucal após escovar os dentes, resolvem o sintoma de mau hálito.

Em caso de doença periodontal, pode ser necessário realizar uma limpeza dentária profunda, com o profissional capacitado.

Além disso, pode ser utilizado o bicarbonato de sódio para eliminar as bactérias que causam mau hálito. Para fazer uma solução adicione 2 colheres (chá) de bicarbonato de sódio em uma xícara (200 ml) de água morna. Recomenda-se bochechar a solução por pelo menos 30 segundos antes de cuspi-la, 2x ao dia.

3. Boca seca

A boca seca ocorre quando não há saliva suficiente. A saliva ajuda a manter a boca limpa e remove bactérias, evitando o mau cheiro na boca. Doença de Sjögren, lupus, entupimento da glândula salivar, cigarro, estresse ou uso de certos medicamentos, como os antidepressivos e medicamentos para doença de parkinson, tem como efeito colateral a boca seca.

O que fazer?

Para acabar com o mau hálito em caso de boca seca, recomenda-se usar saliva artificial e aumentar a ingesta de água. Mascar chiclete sem açúcar também pode aumentar a produção de saliva. O cigarro, como traz tantos malefícios, é fortemente recomendado que abandone esse hábito. Quando a causa for a medicação, pode ser avaliada a troca por medicamento similar, sempre que possível.

Outra dica para combater a halitose nesses casos, é beber chá-verde ao longo do dia. O chá-verde tem propriedades desinfetantes e desodorizantes que podem refrescar temporariamente o hálito.

4. Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico é uma das causas mais comuns de halitose. O retorno de conteúdo do estômago para o esôfago traz um ácido que causa importante mau hálito. Nesses casos, a pessoa costuma referir que está com “mau hálito estomacal”.

O que fazer?

O tratamento para o mau hálito no refluxo, é o tratamento dessa doença. No tratamento são indicados medicamentos, dieta adequada e mudanças no estilo de vida. A cirurgia pode ser necessária em alguns casos.

Os medicamentos são os protetores gástricos, como a ranitidina e omeprazol ou pantoprazol, e as medicações que reduzem a produção de ácido estomacal ou estimulam o esvaziamento do estômago.

Na alimentação, para evitar o refluxo, é importante evitar bebidas com cafeína, bebidas gaseificadas e alcoólicas. Entre os alimentos, evitar chocolate e alimentos ácidos.

Além disso, recomenda-se não fumar, perder peso, comer mais vezes durante o dia com menor quantidade nas refeições, não usar roupas apertadas e esperar 2 horas para ir dormir (ou se deitar) após as refeições. Manter a cabeceira da cama um pouco elevada (30 graus), também ajuda a evitar o retorno de conteúdo do estômago, evitando o problema.

5. Alimentos com odores fortes

Após a ingestão de cebola, alho ou outros alimentos com odores fortes, o estômago absorve os óleos desses alimentos durante a digestão, resultando em mau hálito que pode durar até 72 horas e não desaparece, mesmo escovando os dentes.

O que fazer?

Para suavizar o mau cheiro na boca, você pode beber um copo de leite durante ou após uma refeição que contenha grande quantidade de alimentos com cheiro forte, como alho e cebola. Isso pode melhorar significativamente o mau hálito.

6. Doenças sistêmicas

O mau hálito pode ser ainda, sinal de algumas doenças, incluindo doença renal, diabetes e problemas hepáticos. O odor pode ser de peixe, nos problemas renais, ou cheirar a fruta, nos casos de glicose aumentada.

Uma pessoa com insuficiência hepática pode ter mau hálito, associado a perda de peso, icterícia (pele e olhos amarelados), diarreia, cansaço, perda de apetite, coceira no corpo, dificuldade de coagulação, inchaço nas pernas e no abdome.

No diabetes, outros sinais e sintomas são de muita sede, vontade frequente de urinar, pele seca, náusea, vômito, respiração rápida e fadiga.

Existem ainda diversas doenças e condições que, mais raramente, podem causar mau hálito, como:

  • Doenças infecciosas (amigdalite, sinusite, bronquite);
  • Alcoolismo;
  • Vômitos prolongados;
  • Uso de cateter na boca ou no nariz;
  • Câncer de língua, esôfago e estômago.
O que fazer?

Se o mau hálito for causado por alguma doença, como diabetes, sinusite ou insuficiência renal, essa doença precisa ser tratada. Caso contrário, pode ser muito difícil eliminar a halitose.

O dentista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar casos de mau hálito.

Tontura constante: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tontura constante pode ser causada por diversas doenças, sendo as principais: a labirintite, diabetes, doenças cardíacas, problemas neurológicos, hipotiroidismo, aterosclerose ou os efeitos colaterais de medicamentos.

Para cada uma das situações, existe uma orientação e tratamento individualizados.

1. Labirintite

A labirintite é uma doença rara, caracterizada pela inflamação do labirinto, que pode causar tonturas. Entretanto, a causa mais comum de tontura por problemas no labirinto, é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), embora menos conhecida do que a labirintite.

Os sintomas são semelhantes e incluem náusea, vômito, dificuldade de se manter em pé, zumbido no ouvido e movimento descoordenado dos olhos (nistagmo).

A enxaqueca, situação de estresse, infecções respiratórias, uso de medicamentos ou doenças cerebrais como sequela de AVC e esclerose múltipla, são causas comuns tanto para labiritnite quanto para a VPPB.

O que fazer?

O tratamento inicial tem o objetivo de aliviar os sintomas, para isso pode fazer uso de medicamentos para náuseas e vômitos, como a cinarizina ou dramin e manter-se em repouso.

Para os casos mais graves, com dificuldade em se alimentar, vômitos frequentes e muito mal-estar, está indicado procurar uma emergência para tratamento venoso e realização de manobras específicas, como a manobra de Epley.

Para o tratamento definitivo e cura do problema, é preciso procurar um atendimento médico, para definir a causa da labirintite. Nos casos de infecção será preciso uso de antibióticos.

2. Diabetes

As pessoas que têm diabetes apresentam com certa frequência, níveis baixos de açúcar no sangue, definido como hipoglicemia. Isto ocorre, especialmente, quando o tratamento para diabetes não é seguido de maneira adequada.

Os sintomas mais comuns de hipoglicemia incluem tontura, suor frio, mal-estar, sensação de queda, fraqueza e tremores.

O que fazer?

Ofereça açúcar! A hipoglicemia é uma situação grave, que pode evoluir com crise convulsiva e coma, se não for rapidamente tratada. Sendo assim, se a pessoa estiver acordada e lúcida, pode ingerir alimentos ricos em carboidratos simples como pão doce ou suco natural de fruta, ou o próprio açúcar, na colher ou misturada a um copo de água.

No caso de desorientação, não ofereça alimentos nem água, para evitar um engasgo e maiores complicações pulmonares. Se os sintomas persistirem por mais de 15 minutos, ou a pessoa perder a consciência, chame uma emergência (SAMU 192).

3. Tontura ao levantar (hipotensão ortostática)

O sintoma de tontura quando se levanta rapidamente, é chamado de hipotensão ortostática. Uma situação bastante comum, principalmente em idosos, que ocorre pela queda repentina da pressão arterial, quando a pessoa se levanta.

A tontura pode vir acompanhada de sensação de desmaio, náuseas, visão turva ou mal-estar.

A pressão arterial baixa pode ser normal, mas também pode indicar um problema cardiológico, o que requer tratamento e acompanhamento por parte de um médico cardiologista.

O que fazer?

Para aliviar o sintoma, é preciso levantar-se sempre lentamente, de preferência se sentar primeiro e depois colocar-se de pé. Para o tratamento definitivo, deverá procurar um cardiologista para avaliação e acompanhamento.

4. Pressão baixa

A variação de pressão, provoca a tontura e desequilíbrio, uma vez que o sangue não chega adequadamente ao cérebro. Outros sintomas são: mal-estar, fraqueza, visão turva, sonolência, e dores de cabeça.

O uso de sal embaixo da língua nesses casos, é uma prática comum, no entanto, pode ser uma medida perigosa, pois se a pressão arterial aumentar rapidamente, pode causa sérios problemas, como o AVC (derrame cerebral).

O que fazer?

Nestes casos, é importante medir adequadamente a pressão arterial, de preferência com um profissional de saúde para definir o melhor tratamento. O uso de sal para a pressão baixa, deve ser em situações que não consegue contato com o seu médico, e em pequena quantidade (uma pitada de sal).

5. Doenças neurológicas

Pessoas que têm enxaqueca, epilepsia, doença de Parkinson, mal de Alzheimer e tumores cerebrais, podem apresentar queixa de tontura constante. Na enxaqueca, a tontura acontece geralmente associada a dor.

O que fazer?

Para cada caso existe um tratamento. Na crise de enxaqueca, é preciso ficar em repouso e tomar a medicação para a dor. Na epilepsia, avaliar as medicações e as suas dosagens, pode ser um efeito colateral ou dose excessiva.

Nas doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, ajustar as doses dos medicamentos pode resolver o problema. No caso de tumor, será preciso a cirurgia ou radioterapia.

É importante que você procure um neurologista para esclarecer os sintomas da tontura e estabelecer o melhor tratamento.

6. Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é a incapacidade da glândula tireoide produzir hormônios suficientes para manter um metabolismo do corpo adequado. Dessa forma, todo o organismo funciona de maneira mais lenta, e tem como sintomas, o edema generalizado, sonolência, cansaço, unhas frágeis e quebradiças, queda de cabelo e tonturas.

A causa mais comum é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, crônica, que não tem cura, mas pode ser bem controlada com a reposição hormonal.

O que fazer?

A reposição hormonal, é o tratamento de escolha, com a administração de um comprimido de hormônio ao dia. O médico clínico geral ou o endocrinologista são os responsáveis por tratar e acompanhar adequadamente esses casos.

7. Gordura na artéria carótida

A presença de placas de gordura nas artérias do pescoço, como a artéria carótida, é outra causa comum de tonturas e bastante preocupante, porque se a placa obstruir completamente a passagem do sangue para o cérebro, pode resultar em um derrame cerebral (AVC).

A alimentação gordurosa, a falta de exercícios, o cigarro e a hipertensão, são fatores de risco para a formação dessas placas. Sendo assim, a realização de um exame de ultrassonografia de pescoço, faz parte do protocolo de investigação para queixa de tontura constante.

O que fazer?

Procure um clínico geral ou cirurgião vascular para avaliação e, enquanto isso, mantenha uma alimentação saudável, procure reduzir o sal nas refeições, aumente a ingesta de água e evite hábitos ruins como o tabagismo.

8. Efeito colateral de medicamentos

Diversos medicamentos podem provocar tontura como um efeito colateral. Principalmente em pessoas idosas ou que façam uso de diferentes medicamentos, é importante tomar cuidado com as interações medicamentosas.

Os antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, medicamentos para controlar a pressão arterial, antialérgicos, relaxantes musculares e remédios para convulsão podem ter como efeito colateral a tontura.

Informe ao seu médico, todas as medicações que costuma fazer uso, mesmo que não seja de forma regular, para evitar as interações medicamentosas.

O que fazer?

Neste caso, converse com o médico sobre todas as suas medicações, para avaliar a possibilidade de troca ou ajuste da dose da medicação.

O que fazer para aliviar a tontura?

O tratamento da tontura constante depende da sua causa específica, entretanto algumas medidas simples podem aliviar esse sintoma, como:

  • Consumir bastante líquido (pelo menos 1 litro e meio de água por dia);
  • Limitar ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Evitar o cigarro;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Se levantar lentamente depois de sentar ou deitar por muito tempo;
  • Dormir com a cabeceira da cama levemente elevada (30°). Esta inclinação pode ser conseguida com uso de travesseiros, até sentir que está quase sentada.

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O que é sarcoma de Kaposi e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sarcoma de Kaposi é um tipo de câncer que atinge as camadas mais internas dos vasos sanguíneos e que geralmente se manifesta na pele e no tecido subcutâneo (abaixo da pele).

Em geral, o primeiro sinal do sarcoma de Kaposi é o aparecimento de pequenas lesões ou nódulos na pele. Formas mais agressivas da doença podem atingir boca e cavidade orofaríngea (bochecha, gengiva, lábios, céu da boca, língua, amígdalas, faringe, traqueia), mucosa intestinal, pulmões, olhos e pálpebras.

O sarcoma de Kaposi é comum em pacientes com AIDS devido à baixa imunidade e está associado à presença do herpes vírus humano tipo 8 (HHV-8). Pessoas com insuficiência renal ou que receberam transplantes de órgãos também têm um risco maior de desenvolver esse tipo de câncer.

Tipos de Sarcoma de Kaposi

Existem 4 variantes conhecidas de sarcoma de Kaposi e todas parecem ter relação com a infecção pelo vírus HHV-8:

1) Clássico ou esporádico: acomete com mais frequência homens idosos, sendo mais comum na América do Norte, em descendentes de judeus e povos do Mediterrâneo;2) Africano ou endêmico: é mais frequente em crianças e adultos jovens negros, sobretudo nas regiões ao Sul do deserto do Saara;3) Iatrogênico ou imunossupressivo: mais comum em pacientes que receberam transplante ou utilizam medicamentos imunossupressores;4) Epidêmico ou associado à infecção pelo HIV: acomete sobretudo portadores de AIDS, e costuma ser mais agressivo que o tipo clássico.

Quais os sinais e sintomas do sarcoma de Kaposi?

Os sinais e sintomas do sarcoma de Kaposi se caracterizam por lesões na pele que se manifestam em forma de manchas vermelhas, róseas ou violetas, no caso de pessoas de pele branca. Nos indivíduos com pele negra, as lesões apresentam coloração marrom ou escura.

As manchas surgem principalmente em cabeça, pescoço e tronco, podendo haver apenas algumas lesões isoladas ou centenas delas espalhadas.

Também é comum haver inchaço em membros inferiores, ao redor dos olhos e órgãos genitais, frequentemente associado a lesões nessas áreas. Sangramentos digestivos também podem ser observados.

Quando atinge a orofaringe, o sarcoma de Kaposi dificulta a deglutição e a fala, podendo resultar em perda de dentes ou obstrução das vias aéreas superiores, gerando insuficiência respiratória

Contudo, em alguns casos, a pele não é afetada ou as manchas são precedidas por lesões em vísceras, boca ou gânglios linfáticos. Quando afeta os gânglios, pode-se observar nódulos endurecidos e móveis na virilha e pescoço.

O tratamento do sarcoma de Kaposi pode incluir o uso de medicamentos antirretrovirais; quimioterapia; radioterapia; tratamento local (crioterapia ou eletrocoagulação) e cirurgia.

O/A médico/a oncologista e infectologista são responsáveis pelo tratamento da doença.

Saiba mais em: Sarcoma de Kaposi tem cura? Qual o tratamento?

Minha filha tem 17 anos e eventualmente faz xixi na cama, quem devo consultar e como tratar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Geralmente quem trata a enurese noturna é o pediatra, sua filha já está bem grandinha para ir ao pediatra, então pode levá-la ao Urologista. O tratamento é feito na maioria das vezes com o uso de antidepressivos que vão atuar na inervação da bexiga e fazer o controle da micção.