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Como saber se tenho diabetes tipo 1?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas que caracterizam o diabetes tipo 1 incluem sede excessiva, aumento do volume de urina, aumento da frequência urinária, aumento do apetite, emagrecimento acentuado, cansaço e fraqueza.

O início dos sintomas do diabetes tipo 1 é relativamente rápido, podendo surgir em alguns dias ou em poucos meses. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adultos jovens.

Sem tratamento, os sintomas do diabetes tipo 1 podem evoluir e causar desidratação grave, sonolência, vômitos, dificuldade para respirar, crises convulsivas até o estado de coma.

A pior complicação do diabetes tipo 1 é a cetoacidose diabética, cujo tratamento necessita de internação hospitalar para medicação venosa e controle adequado.

Quais são as causas do diabetes tipo 1?

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, aonde o organismo produz anticorpos contra ele mesmo, nesse caso, causando uma destruição das células beta do pâncreas, que deixam de produzir a insulina.

A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e tem a função de transportar a glicose (açúcar) do sangue para dentro das células do corpo para ser usada como fonte de energia. Na falta de insulina, os níveis de glicose no sangue ficam elevados, uma condição conhecida como hiperglicemia crônica.

Quando a hiperglicemia se torna crônica, causa danos na micro e macrocirculação, prejudicando e danificando órgãos como os rins, olhos e coração, além de lesionar os nervos, vasos e aumentar risco de doenças cardiovasculares.

Porém, se o diabetes tipo 1 estiver controlado, os riscos de complicações diminuem significativamente.

Como saber se tenho diabetes tipo 1?

O diagnóstico do diabetes tipo 1 é baseado nos exames de sangue e exame médico.

Os principais exames para confirmação diagnóstica são:

  1. Glicemia de jejum superior a 126 mg/dl, após um jejum de 8 horas;
  2. Glicemia aleatória (realizada sem jejum ou qualquer controle), acima de 200 mg/dl, associado a sinais e sintomas sugestivos de diabetes;
  3. Teste de tolerância oral a glicose (TTOG75), com verificação da glicemia após administrar uma dose oral de 75 g de glicose, com valor de glicemia superior a 200 mg/dl;
  4. Hemoglobina glicosilada (A1C), no sangue, que não deve ultrapassar 6,5%.

Sendo que se houver dois dos exames alterados já é suficiente para o diagnóstico, ou quando apenas um dos exames estiver alterado, será necessário repetir ou realizar um segundo exame.

Diabetes tipo 1 tem cura? Como é o tratamento?

O diabetes tipo 1 não tem cura. Trata-se de uma doença crônica que necessita de tratamento até o fim da vida. O tratamento do diabetes tipo 1 é feito através de injeções subcutâneas de insulina, dieta adequada e prática regular de exercícios físicos.

Diagnosticar e tratar precocemente o diabetes tipo 1 é muito importante para prevenir complicações. Em caso de sintomas de diabetes, consulte um médico clínico geral, médico de família ou endocrinologista.

Leia também: Diabetes mellitus: o que é, quais os sintomas e como tratar?

Endocardite Infecciosa: sintomas, complicações e como tratar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas da endocardite infecciosa podem variar conforme a gravidade da infecção. Dentre os mais comuns estão: febre, dor torácica, perda de peso, presença de sangue na urina, variações nos batimentos cardíacos, calafrios, suores noturnos, falta de ar, dores musculares e articulares, cansaço, tosse persistente, entre outros.

Contudo, de todos os sintomas da endocardite infecciosa, talvez o mais característico seja o aparecimento de manchas dolosas próximas às pontas dos dedos das mãos e dos pés. Essas manchas costumam ser vermelhas e manifestam-se sob a forma de nódulos, que se chamam nódulos de Osler.

Outras manifestações também incluem o aparecimento de pontinhos ou manchas avermelhadas em outras partes do corpo, como conjuntiva (parte branca do olho) e mucosas, as petéquias.

Os sinais e sintomas da endocardite bacteriana podem se manifestar aos poucos ou subitamente.

Complicações da Endocardite Infecciosa

A endocardite infecciosa pode gerar complicações que podem ser potencialmente fatais, como embolia, abscesso e insuficiência cardíaca congestiva.

Quase metade dos pacientes com endocardite infecciosa podem ter embolia. A complicação ocorre quando o coágulo infectado desprende-se da válvula e desloca-se para os pulmões, cérebro, rins, baço e artérias coronárias.

Ao chegar a esses órgãos, o coágulo causa infecção nos mesmos, originando a sepse (infecção generalizada). O coração nesses casos também costuma ser afetado. Porém, depois de começar o tratamento com antibióticos, o risco de embolia reduz significativamente.

O abscesso surge na válvula ou prótese valvar e pode precisar ser removido cirurgicamente, já que o poder de penetração dos medicamentos nesses abscessos é baixo.

Quando a endocardite infecciosa danifica ou destrói a válvula cardíaca, pode haver insuficiência cardíaca. Se não funcionarem adequadamente, as válvulas não permitem que o coração bombeie o sangue de forma eficaz.

A endocardite pode causar ainda outras complicações, como arritmia, danos em outros órgãos, acidente vascular cerebral (AVC), aumento de baço, entre outras.

Tratamento da Endocardite Infecciosa

O tratamento da endocardite infecciosa é feito através da administração de medicamentos antibióticos diretamente na veia. O tempo de duração do tratamento varia de 4 a 6 semanas.

Nos casos em que a endocardite infecciosa danifica ou destrói a válvula cardíaca, pode ser necessário repará-la ou substituí-la por uma artificial através de cirurgia.

O tratamento da endocardite infecciosa é complexo, pois o poder de penetração dos antibióticos na infecção dentro do coração é bastante reduzido, o que explica a duração prolongada da antibioticoterapia.

O diagnóstico da endocardite infecciosa é feito por meio de exames de sangue e imagem, principalmente o ecocardiograma. Através da ecocardiografia, o médico pode ver o interior do coração e detectar a presença da vegetação.

Outros exames que podem ajudar a detectar a doença são o eletrocardiograma, a radiografia, a tomografia computorizada e a ressonância magnética.

Vale lembrar a importância de tratar outras fontes de infecção e inflamação em outras partes do corpo, para prevenir que os agentes infecciosos cheguem à corrente sanguínea e se alojem no coração.

Saiba mais em: Quais as causas da endocardite infecciosa?

Hérnia umbilical faz crescer a barriga?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A barriga não cresce quando a pessoa tem hérnia umbilical. O que pode acontecer é que, ao ficar de pé ou ao fazer força, a pessoa pode notar que alguma região da barriga fica mais estufada.

Isso porque, no caso de ter uma hérnia, existe uma abertura na parede abdominal que mantém os órgãos no lugar correto. Quando a pressão dentro do abdômen aumenta, algo é empurrado para fora através dessa abertura, originando uma protuberância.

Em casos em que a hérnia estrangula, a barriga pode crescer um pouco devido à obstrução intestinal. No caso de hérnia estrangulada, também se pode sentir dor constante, que aumenta gradualmente, acompanhada de náuseas e vômitos. Se suspeitar de hérnia estrangulada é necessário ir com urgência para o hospital, para fazer uma cirurgia e resolver o problema.

Entretanto, as hérnias umbilicais pequenas não alteram a aparência da barriga. Elas são assintomáticas e não causam sequer a formação da protuberância.

Se a sua barriga cresceu e você tem sintomas como dor ou prisão de ventre, procure um médico de família ou um gastroenterologista.

Saiba mais sobre as hérnias umbilicais em:

Referências:

Asari P. Hérnias de parede abdominal. Manual MSD.

Brooks DC. Visão geral das hérnias de parede abdominal em adultos. UpToDate.

Ter glicose 150 é normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Ter 150 de glicose é normal quando o teste é feito pouco tempo após comer. Mas quando 150 é o valor da glicemia em jejum, isso pode indicar diabetes. Isso porque a glicose, que é nossa principal fonte de energia, tem que ser mais baixa quando estamos em jejum e aumentar quando comemos.

A pessoa é considerada diabética quando:

  • A glicemia de jejum for maior ou igual a 126 mg/dL (em pelo menos 2 testes). Os valores menores que 100 são normais e os que ficam entre 100 e 125 são considerados pré-diabetes. O exame de glicemia de jejum é o mais usado para saber se a pessoa está com diabetes;

  • A glicemia for maior ou igual a 200 mg/dL 2 horas após um exame com sobrecarga de glicose (a pessoa toma um líquido muito doce 2 horas antes de colher o sangue para medir a glicemia). Os valores menores que 140 são normais. Valores entre 140 e 199 são considerados pré-diabetes.

O ideal quando há alguma dúvida ou suspeita de diabetes é ir ao médico. Somente ele pode pedir exames de laboratório e avaliar se a glicose e outros parâmetros importantes para a sua saúde estão normais. Além disso, somente o médico pode indicar um tratamento, quando for necessário.

Se quiser saber mais sobre os níveis de glicose no sangue, leia também:

Referências:

Cobas R, Rodacki M, Giacaglia L, Calliari L, Noronha R, Valerio C, Custódio J, Santos R, Zajdenverg L, Gabbay G, Bertoluci M. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022).

Brutsaert EF. Diabetes mellitus. Manual MSD.

Espinafre cura anemia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. O espinafre é um alimento rico em ferro, e o ferro é um mineral essencial para a formação das hemácias. As hemácias são células do sangue responsáveis por transportar o oxigênio pelo corpo.

Por isso, o consumo de espinafre regularmente na dieta, aumenta a concentração de ferro no organismo e pode curar uma anemia, se foi ocasionada pela falta do ferro, a anemia ferropriva.

A anemia ferropriva é atualmente a principal causa de anemia no mundo atualmente. No entanto, dependendo da causa e gravidade da anemia, apenas o espinafre pode não ser suficiente para alcançar a cura. Pode ser preciso outro tratamento.

A causa da anemia deve ser sempre investigada pelo médico!

Espinafre e anemia

O espinafre, como os demais alimentos vegetais de cor verde-escura, são fontes de um tipo de ferro chamado ferro não-heme. Para que o ferro do espinafre seja melhor absorvido pelo organismo e ajude na prevenção e tratamento da anemia, é necessário que ele seja consumido junto com alimentos ricos em vitamina C (ácido ascórbico).

Além disso, outras medidas devem ser tomada para tratar uma anemia, como a busca pela causa desse problemas e evitar hábitos que reduzem a absorção do ferro pelo corpo. Por exemplo, o conusmo exagerado de cafeína, bebidas alcoólicas e cigarro.

Alimentos vegetais ricos em ferro
  • Espinafre
  • Brócolis
  • Couve
  • Acelga
  • Ervilha
  • Feijões (preto, branco, verde)
  • Lentilha
  • Grão-de-bico
  • Abóbora
  • Beterraba
  • Amendoim
  • Sementes de abóbora
  • Sementes de girassol
  • Noz
  • Uva passa
  • Abacate
  • Pistache
  • Cacau em pó
  • Tofu
  • Aveia em flocos

O consumo destes vegetais deve ser acompanhado de outros alimentos ricos em vitamina C, como: morangos, laranja, limão, abacaxi, pimentão.

Quais são os sintomas de anemia?

Os sintomas de anemia se iniciam de forma leve e vão se acentuando. São eles:

  • Cansaço
  • Palidez
  • Dores de cabeça
  • Dificuldade de concentração
  • Unhas frágeis
  • Tontura
  • Falta de apetite
  • Desmaio
  • Falta de ar

O diagnóstico é feito com base nos sintomas clínicos e em exames laboratoriais de sangue.

O tratamento consiste em uma alimentação rica em ferro, vitaminas, bons hábitos de vida, e nos casos mais graves, pode ser preciso incluir suplementos, ferro injetável e transfusão de sangue.

Se você suspeita que pode estar com anemia, adote uma alimentação saudável e procure um/a médico/a. Não utilize suplementos sem prescrição.

Veja mais

Referências:

ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia.

ABHH – Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.

Qual é o tratamento para Síndrome de Angelman?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da Síndrome de Angelman é multiprofissional, podendo envolver médico neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, entre outros profissionais. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas e permitir o melhor desenvolvimento possível da criança com a síndrome.

O controle da epilepsia é feito com medicamentos anticonvulsivos. A terapia ocupacional contribui para melhorar os movimentos finos, que exigem precisão para serem executados, enquanto que a fonoaudiologia ajuda a melhorar a fala.

A fisioterapia tem como objetivo prevenir a rigidez articular, mantendo a mobilidade e a amplitude de movimento das articulações, normalizar o tônus muscular dos membros inferiores, favorecer movimentos funcionais, estimular posturas e equilíbrio e ainda aumentar a força muscular.

Outras terapias usadas no tratamento da Síndrome de Angelman são a hidroterapia e a musicoterapia.

O diagnóstico da Síndrome de Angelman é feito por teste genético e avaliação clínica dos sinais e sintomas. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada e tratada, melhores serão as chances de controlar os problemas associados a ela, como a epilepsia e as alterações do sono.

A Síndrome de Angelman, também conhecida como "síndrome da boneca feliz", é um distúrbio neurológico de origem genética que caracteriza-se por um grave atraso no desenvolvimento mental, comprometimento severo da fala, andar desequilibrado, convulsões e o comportamento típico de rir frequentemente com excitação.

Saiba mais em: O que é a Síndrome de Angelman e como identificá-la?

Os médicos neurologista ou geneticista são os especialistas responsáveis pelo diagnóstico da síndrome.

Criança com febre: quando procurar um médico?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Uma criança ou bebê tem febre quando a sua temperatura corporal está igual ou superior a 38°C (medida no reto) ou 37,8°C (medida na axila). Porém, a temperatura entre 37,3 e 37,7º é considerada estado febril, situação que da mesma maneira exige uma maior atenção.

Uma febre em bebê recém-nascido superior a 38°C (retal) deve ser sempre informada ao médico pediatra.

Nos outros casos de febre infantil, uma criança com febre deve ser vista por um médico principalmente nos casos de: Prostração, a criança muito quietinha, não aceita a alimentação, sonolenta e ou chorosa, bem diferente do seu habitual. Ou quando apresenta sinais de desidratação, que se apresentam com a ausência de lágrimas quando está chorando, a língua seca, não urina ou urina muito pouco.

Nos bebês deve ser observado constantemente a fralda, a falta de urina por mais de 8h é um sinal importante de gravidade.

Além disso, deve-se procurar um médico ou levar a criança para um serviço de urgência nas seguintes situações:

  • Bebê com menos de 3 meses com febre igual ou superior a 38°C (temperatura retal);
  • Bebê com idade entre 3 e 12 meses com 39ºC de febre ou mais (temperatura retal);
  • Bebê com menos de 2 meses com febre que dura mais de 48 horas;
  • Febre superior a 40,0°C;
  • Febres que vão e vem durante uma semana ou mais, mesmo que não sejam muito altas ou incômodas à criança;
  • Presença de outros sinais e sintomas como dor de garganta, dor de ouvido, diarreia, náusea, vômito ou tosse;
  • A criança portadora de alguma doenças crônica, como problemas cardíacos, anemia falciforme, diabetes ou fibrose cística (em qualquer caso de febre deve ser levada para avaliação médica);
  • Vacinação recente.

Leve a criança com febre imediatamente para um serviço de urgência se ela apresentar algum dos seguintes sinais e sintomas:

  • Choro que não passa;
  • Dificuldade para acordar facilmente ou não acordar;
  • Confusão;
  • Dificuldade para andar, respirar ou movimentar um braço ou uma perna;
  • Língua, unhas ou lábios roxos;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Rigidez de nuca (não consegue encostar o queixo no peito);
  • Convulsão;
  • Erupção cutânea ou hematomas.
Como tratar uma criança com febre em casa? Alimentação e hidratação

Uma criança com febre deve beber bastante líquido para prevenir a desidratação. Porém, não se deve dar suco de fruta em excesso para a criança ou para o bebê. O ideal é diluir a bebida com água (metade água e metade suco de fruta). Picolés e gelatinas também são boas opções, principalmente se a criança estiver vomitando.

As crianças podem comer quando estão com febre, mas não devem ser forçadas a se alimentar. Crianças com febre geralmente toleram melhor os alimentos macios. A alimentação deve ser leve, com alimentos moles, pouco condimentados e com pouca fibra.

Algumas opções de alimentos para uma criança com febre incluem pães, biscoitos e massas feitos com farinha branca refinada, além de cereais quentes refinados, como aveia ou creme de trigo.

Como baixar a febre da criança ou do bebê

Os analgésicos e anti-inflamatórios podem baixar a febre em crianças e bebês. O pediatra pode aconselhar qual a melhor opção frente a suspeita do problema e características da criança. Os medicamentos podem ser administrados a cada 4, 6 ou 8h, dependendo da classe prescrita pelo médico.

Contudo, não dê aspirina a uma criança com febre, exceto com indicação médica

Antes de dar qualquer medicamento para um bebê com menos de 3 meses de idade, ligue primeiro para o médico pediatra da criança.

Para ajudar a baixar a febre da criança ou do bebê, não use cobertores ou roupas extras, mesmo que a criança tenha calafrios. Isso pode impedir que a febre diminua ou ainda aumentar a febre por reter o calor. Vista a criança com uma camada de roupa leve e use um cobertor leve para dormir.

O quarto deve estar com uma temperatura confortável, nem muito quente nem muito fria, em média deve manter o ambiente a 21 ou 22º.

Um banho de água morna com esponja também pode ajudar a baixar a febre. Esses banhos são mais eficazes se a criança também tomar alguma medicação.

Nunca dê banhos frios, nem passe gelo ou álcool no corpo da criança, pois essas medidas retiram o calor do corpo e geralmente pioram a situação, causando tremores e mal-estar, além de não resolver o problema. logo a temperatura volta aumentar.

Para maiores informações sobre o que fazer se tiver uma criança com febre, consulte um médico de família ou um pediatra.

Dor de cabeça pode ser sintoma de AVC?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, dor de cabeça pode ser sintoma de AVC. A dor de cabeça no caso de AVC isquêmico, costuma acontecer por causa de aumento da pressão arterial, uma dor com caráter de "aperto" na cabeça, constante. No caso de hemorragia cerebral ou AVC hemorrágico, a dor de cabeça já tem um caráter mais intenso, de início súbito, associado a náuseas, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e perda da consciência ou coma. Se a pessoa estiver dormindo, a dor é forte o bastante para acordá-la.

Além da dor de cabeça, os sinais e sintomas de um AVC podem incluir:

  • Dormência, formigamento ou fraqueza muscular no rosto, braço ou perna, geralmente em apenas um lado do corpo;
  • Dificuldade para falar ou compreender o que as pessoas dizem;
  • Diminuição da visão, visão dupla ou cegueira total;
  • Dificuldade para caminhar, engolir, ler ou escrever;
  • Confusão mental;
  • Tontura, vertigem, perda de equilíbrio ou coordenação motora;
  • Rigidez de nuca (no AVC hemorrágico);
  • Sonolência, perda de consciência e coma.

Na dúvida se a dor de cabeça é ou não um AVC, siga esses 3 passos:

1) Peça à pessoa para sorrir e verifique se um lado do rosto está paralisado;

2) Peça à pessoa para levantar os dois braços e verifique se um dos braços cai ou está mais fraco;

3) Peça à pessoa para repetir uma frase simples e verifique se ela arrasta as palavras e se a frase foi repetida corretamente.

Veja também: Suspeita de AVC: o que fazer?

Os sintomas do derrame cerebral geralmente têm início súbito e variam conforme a parte do cérebro que foi afetada, o tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico) e a gravidade do derrame.

O AVC pode causar graves danos ao cérebro, incapacidade permanente e morte. Por isso na dúvida, sempre procure imediatamente um atendimento de urgência, "tempo é cérebro".

O que é AVC e quais são as causas?

AVC é a sigla para acidente vascular cerebral. Um AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma determinada parte do cérebro é interrompido (AVC isquêmico) ou quando um vaso sanguíneo cerebral se rompe, causando uma hemorragia (AVC hemorrágico).

Portanto, apesar do acidente vascular cerebral ser popularmente chamado de “derrame”, o extravasamento de sangue só ocorre no AVC hemorrágico. A dor de cabeça costuma estar presente principalmente nesse tipo de AVC, devido a irritação causada pelo extravasamento do sangue no tecido cerebral.

Veja também: O que pode causar um AVC?

Outra condição semelhante a um acidente vascular cerebral é o ataque isquêmico transitório (AIT). Ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é interrompido por um período curto de tempo. O AIT não causa danos permanentes às células cerebrais, porque o fluxo é restabelecido antes que as células sofram, mas é um fator de risco importante para o AVC. Sabemos que quem apresenta um episódio de AIT tem uma doença obstrutiva crônica, por isso a qualquer momento pode sofrer um derrame.

Quais são os tipos de AVC? AVC isquêmico

O AVC isquêmico é causado por um coágulo de sangue ou placa de gordura que bloqueia uma artéria no cérebro. É o tipo de AVC mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Um AVC isquêmico também pode causar sangramento e se tornar um derrame hemorrágico.

Saiba mais em: O que é AVC isquêmico e quais são os sintomas?

AVC hemorrágico

O AVC hemorrágico ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo cerebral, gerando sangramento no cérebro.

Leia também: O que é AVC hemorrágico e quais são os sintomas?

Quem corre o risco de sofrer um AVC?

Alguns fatores aumentam os riscos da pessoa sofrer um AVC, tais como:

  • Hipertensão arterial (pressão alta);
  • Diabetes;
  • Doenças cardíacas;
  • Colesterol alto;
  • Tabagismo (fumar danifica os vasos sanguíneos e aumenta a pressão arterial);
  • História familiar ou pessoal de AVC ou ataque isquêmico transitório;
  • Idade (o risco de derrame aumenta à medida que a pessoa envelhece, principalmente a partir dos 55 anos);
  • Obesidade;
  • Sedentarismo (falta de atividade física regular);
  • Consumo de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas;
  • Uso de pílula anticoncepcional (sobretudo mulheres que fumam e têm mais de 35 anos);
  • Má circulação nas pernas;
  • Gravidez;
  • Terapia de reposição hormonal (mulheres).
Como é a recuperação após um AVC?

A recuperação depende do tipo de acidente vascular cerebral, extensão e localização da lesão, além do tempo que levou para iniciar o tratamento.

Os pacientes que sofreram um AVC isquêmico têm melhor evolução, quando tratado rapidamente, do que casos de AVC hemorrágico. Ainda assim, nos dois casos, quanto antes for iniciado o tratamento medicamentoso e de reabilitação, com fisioterapia e fonoaudiologia, nos casos de sequelas de fala, mais breve será sua recuperação e maiores as chances de recuperação completa.

Um AVC é uma emergência médica! Em caso de sintomas de AVC, procure atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce, mais do que reduzir as chances de sequelas, salva muitas vidas.

Também podem lhe interessar: AVC tem cura? Qual o tratamento e possíveis sequelas?