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Manchas escuras nos olhos: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Manchas escuras nos olhos são lesões pigmentadas causadas pelo aumento de tamanho e quantidade de melanócitos, que são as células produtoras de melanina (substância que dá cor à pele).

Assim como ocorre na pele, essas manchas, chamadas cientificamente de nevos, são "pintas" que aparecem no branco do olho (esclera), mas que podem surgir também na íris (parte colorida do olho), na conjuntiva (membrana que recobre o interior das pálpebras e a esclera) e na coroide (tecido localizado atrás do olho).

A cor dessas lesões pigmentadas varia entre preto, castanho e rosa, podendo ser lisas ou levemente elevadas.

A maioria das manchas escuras que surgem no olho são benignas, tal como na pele. Porém, um nevo também pode indicar uma lesão pré-cancerígena (melanose primária adquirida) ou já ser sinal de câncer (melanoma conjuntival).

Na dúvida, o/a médico/a oftalmologista poderá decidir fazer uma biópsia para determinar o tipo de nevo, principalmente se a mancha começar a crescer.

Vejo manchas escuras e pontos pretos que se mechem quando movimento os olhos. O que pode ser?

Neste caso, as manchas ou pontos escuros, também chamados de "moscas volantes", podem ter duas causas:

  • Flutuações no vítreo (substância gelatinosa e transparente que preenche o globo ocular):

    • Na maioria dos casos, essas manchas ou pontos pretos flutuantes são células que se agrupam e não representam nada de grave, nem necessitam de tratamento;
    • A flutuação também pode ser uma parte do vítreo que se descolou, células sanguíneas flutuando no vítreo ou uma inflamação intraocular;
    • Tornam-se mais frequentes com o envelhecimento, sendo muito comum em pessoas com miopia;
    • Quando ocorre descolamento do vítreo, a pessoa tem a sensação de visão de “teia de aranha”, que pode durar meses e anos. Embora não seja grave, é importante fazer um acompanhamento com o oftalmologista para acompanhar a evolução do quadro.
  • Descolamento de retina (camada mais interna do olho, responsável pela visão):
    • Trata-se de uma situação bem mais grave que as flutuações no vítreo;
    • O descolamento ocorre devido a um rasgo ou buraco na retina, que permite a entrada de líquido e faz o tecido da retina descolar ou levantar;
    • Pode acontecer espontaneamente, mas na maioria das vezes está associada ao descolamento do vítreo, que se desprende da retina e origina a rasgadura no local;
    • Além das moscas volantes, pode causar também perda parcial e súbita da visão e flashes luminosos;
    • O diagnóstico precoce do descolamento de retina é muito importante e o tratamento pode ser feito com aplicação de laser ou cirurgia.

Em caso de manchas escuras que aparecem nos olhos ou surgem no campo de visão, consulte o/a médico/a oftalmologista o quanto antes para receber um diagnóstico e tratamento adequado.

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Manchas escuras na pele: o que pode ser?

Uma hérnia pode estourar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, uma hérnia pode estourar em consequência de um estrangulamento herniário. O estrangulamento ocorre quando a hérnia fica presa na abertura que permitiu o seu extravasamento, dificultando o vai-e-vem do órgão extravasado, como o intestino, por exemplo.

Como resultado, a alça intestinal estrangulada sofre uma torção e deixa de receber sangue e oxigênio, entrando em falência essa porção do intestino.

A parte afetada, então, se rompe e ocorre uma perfuração do intestino, com extravasamento de fezes e líquido intestinal para o interior do abdômen. Como consequência, o/a paciente pode ir à óbito.

A torção da alça intestinal pode causar sintomas como cólicas abdominais e dificuldade para eliminar gases e fezes.

O estrangulamento da hérnia é um quadro muito grave e só pode ser resolvido com uma cirurgia em caráter de urgência, devido ao sério risco de morte.

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Quais são os tipos de hérnia?

É possível conviver com uma hérnia durante muitos anos sem qualquer complicação ou sintoma, mas a qualquer momento pode ocorrer um estrangulamento e a hérnia pode "estourar".

Portanto, se você tem algum tipo de hérnia, deve procurar o/a médico/a cirurgião/ã geral para uma avaliação minuciosa e prevenção de possíveis complicações.

Veja aqui como saber se você tem uma hérnia.

Joelho estalando: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Joelho estalando ao agachar, subir escadas, dobrar ou esticar a perna, está relacionado principalmente com o atrito entre a patela (rótula) e o fêmur. Em geral, quando o joelho estala ou range, mas não há dor, não há nenhuma doença ou outro problema grave associado. Porém, se o ruído no joelho estiver associado a dor, inchaço, desconforto ou se o joelho ficar bloqueado, ou seja, impossibilitado de se movimentar, algumas causas precisam ser avaliadas, entre elas temos:

  • Excesso de peso
  • Esforço excessivo, sobrecarga;
  • Pancadas sofridas
  • Lesões
  • Artrose
  • Desgaste da cartilagem;
  • Condromalacia patelar (amolecimento da cartilagem da patela);

O joelho também pode estalar quando há algum problema nas suas estruturas internas, como em:

  • Alterações na cartilagem;
  • Lesões no menisco;
  • Sinovite (inflamação da membrana que recobre a articulação);
  • Lesões nos ligamentos do joelho

O tratamento vai depender da origem do problema e pode incluir:

  • Medicamentos anti-inflamatórios;
  • Medicamentos para reparar a articulação;
  • Fisioterapia;
  • Exercícios específicos para fortalecimento e alongamento adequado de musculaturas acessórias;
  • Infiltrações;
  • Cirurgia.

Para uma avaliação mais completa e orientação adequada do tratamento, deve-se procurar um médico.

Saiba mais em: O que pode causar dor no joelho?; Joelho estalando: o que pode ser e o que fazer?

Joelho estalando e doendo, o que fazer?

Se o joelho estiver estalando e houver dor, é essencial consultar um médico para avaliar o caso e determinar o melhor tratamento.

Além disso, é importante ter alguns cuidados para não agravar o problema, tais como:

  • Diminuir ou interromper a prática de esportes de impacto, como corrida, vôlei, futebol, ou outra atividade que possa estar associada à lesão. Se mantiver alguma atividade física, lembrar de usar calçado confortável e adequado à prática esportiva.
  • Fortalecer os músculos da coxa e do quadril com exercícios leves e de baixo impacto;
  • Evitar sobrecargas no joelho;
  • Fazer alongamentos da parte posterior da coxa;
  • Aplicar gelo durante 20 minutos no joelho (esticado) depois de exercícios físicos;
  • Evitar subir e descer escadas;
  • Evitar ficar sentado por muito tempo com o joelho flexionado mais de 90 graus;
  • Evitar ficar com as pernas cruzadas por muito tempo;
  • Usar calçados confortáveis, evitando sapatos com salto e bico fino;
  • Se estiver acima do peso buscar orientações para emagrecimento.

Saiba mais em:

Água no joelho: Quais os sintomas e como tratar?

Como aliviar dor no joelho?

Fumar narguilé faz mal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, fumar narguilé faz mal à saúde. A ideia de que o narguilé não faz mal porque inala-se vapor ao invés de fumaça não é verdadeira. Durante uma sessão de uma hora de narguilé, a quantidade de fumaça inalada equivale a fumar entre 100 e 200 cigarros.

Isso porque, ao fumar narguilé, a pessoa fica exposta por muito mais tempo à fumaça do tabaco, uma vez que o tempo de duração de um cigarro é de alguns minutos.

Portanto, assim como o cigarro, o narguilé traz diversos malefícios para a saúde, pois reduz a capacidade respiratória, aumenta o risco de câncer de pulmão, insuficiência respiratória aguda (nos casos mais graves), doenças cardiovasculares (infarto, acidente vascular cerebral), câncer de boca e bexiga, além da dependência química.

Outros males que o uso de narguilé pode trazer para a saúde incluem envelhecimento precoce e falta de fôlego ao realizar esforços físicos.

Ouvi dizer que o narguilé não faz tanto mal à saúde. É verdade?

Uma das justificativas de que o narguilé não faz tanto mal à saúde é de que a água filtra uma parte da nicotina, diminuindo a sua concentração na fumaça. Contudo, com menos nicotina, a pessoa acaba por inalar mais fumaça para que os níveis de nicotina possam ser capazes de saciar a sua dependência.

Dessa forma, fumar narguilé expõe o usuário a níveis mais altos de substâncias cancerígenas e gases tóxicos, como o monóxido de carbono.

O carvão usado para queimar o tabaco elimina substâncias tóxicas como benzeno e alcatrão, o que eleva o grau de toxicidade da "shisha". Portanto, mesmo que a pessoa utilize outras folhas ou ervas ao invés de tabaco, o narguilé continua a ser prejudicial para a saúde, pois não deixará de produzir fumaça e suas substâncias tóxicas.

Narguilé é mais prejudicial que cigarro?

O narguilé possui muitas das substâncias tóxicas do cigarro, como monóxido de carbono, hidrocarbonetos, nicotina, formaldeído, entre outros, o que pode causar bronquite e diminuir a capacidade respiratória após um ano de uso.

Além disso, o tabaco do narguilé possui uma concentração muito maior de nicotina, monóxido de carbono e alcatrão do que o cigarro.

Os malefícios do narguilé podem ser ainda maiores, uma vez que ao fumar narguilé a pessoa inala as toxinas do tabaco e as do carvão, que estão associadas ao desenvolvimento de câncer de pulmão e outras doenças.

Além dos malefícios causados pela fumaça do narguilé, ao compartilhar a "shisha", aumentam as chances de transmissão de doenças como herpes, hepatite, tuberculose, entre outras doenças infectocontagiosas transmitidas através do contato com secreções de uma pessoa infectada.

Fumar narguilé eletrônico faz mal?

Existem raras evidências científicas sobre os malefícios do narguilé eletrônico. Quando não há nicotina, pode haver uma menor possibilidade de causar dependência.

Também não existe a queima do tabaco, que é um dos principais fatores prejudiciais do fumo devido à alta temperatura da fumaça e das substâncias tóxicas que ela contém.

Contudo, é preciso saber ao certo quais as substâncias que estão sendo inaladas no narguilé eletrônico. Muitos estudos recentes têm demonstrado os malefícios dos cigarros eletrônicos, pois além do risco do próprio fumo em si, esses cigarros podem causar outros danos para o corpo.

O que é narguilé?

O narguilé, também conhecido como shisha ou hookah, é um dispositivo usado para fumar tabaco. Nele, o tabaco é queimado, a fumaça produzida é resfriada pela água e depois é inalada pela pessoa através de uma mangueira.

O narguilé pode parecer inofensivo, mas, assim como o cigarro, causa dependência e o seu uso a longo prazo aumenta os riscos de câncer de pulmão, boca e bexiga, além de doenças cardiovasculares e respiratórias.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 6.000.000 de pessoas morrem todos os anos no mundo devido ao tabagismo. No Brasil, 75% das pessoas que fumam iniciam o hábito antes de completar 18 anos de idade.

Quanto mais a pessoa começar a fumar narguilé ou cigarro, maiores são as chances de desenvolver câncer e outras doenças crônicas e fatais.

O sabor adocicado e aromatizado do tabaco do narguilé, além do cheiro e gosto adocicado da fumaça, ajuda a explicar por que a "shisha" é tão consumida por jovens e adolescentes. São pessoas que provavelmente não fumam nem fumariam cigarro, mas devido a esses fatores “favoráveis”, acabam por fumar narguilé.

Já se sabe que adolescentes que fumam têm mais chances de se tornarem adultos fumantes. O uso precoce de narguilé pode ser o primeiro passo para iniciar o tabagismo e o consumo de outras drogas. Quanto mais cedo a pessoa começar a fumar, maiores são as chances do aparecimento de câncer e outras doenças crônicas, além de morte prematura.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso de narguilé convencional ou eletrônico, fale com o/a seu/sua médico/a de família ou consulte o/a clínico/a geral ou pneumologista.

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Quais os sintomas do ácido úrico alto e baixo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas de ácido úrico alto (hiperuricemia) são caracterizados principalmente por dores articulares nos membros inferiores, como joelhos, tornozelos, calcanhares e dedos do pé. Porém, as dores podem afetar qualquer articulação, inclusive as mãos.

Sem tratamento adequado, o ácido úrico elevado pode causar ainda cálculos renais (pedra no rim), disfunção ou falência renal e gota, uma doença caracterizada pela inflamação das articulações, causada pela deposição de cristais de ácido úrico.

O aumento do ácido úrico no sangue também pode aumentar a resistência à insulina, aumentando o risco de diabetes.

Vale a pena ressaltar que 2/3 ou mais das pessoas com ácido úrico alto são assintomáticas (não apresentam nenhum sintoma) e não desenvolvem qualquer doença.

Já o ácido úrico baixo (hipouricemia), não costuma provocar sintomas e é uma condição pouco comum.

No entanto, quando surgem sintomas de ácido úrico baixo, esses podem ser graves, como: insuficiência renal aguda (IRA), cálculos renais e uma síndrome neurológica, de confusão mental, chamada encefalopatia posterior reversível (PRES).

Causas de ácido úrico baixo e o que fazer

As principais causas de ácido úrico baixo são:

  • Medicamentos: alopurinol, sulfamatoxazol-trimetroprim (altas doses), corticoides (por tempo prolongado), estrogênios, aspirina (em altas doses), fibratos, tiazídicos, entre outros;
  • Doença hepática (com menor produção endógena do ácido úrico);
  • Doença renal (excretando mais o produto do que o adequado, e/ou menos reabsorção renal do ácido);
  • Gestação (pelo aumento do volume de sangue, e aparente redução da quantidade de ácido úrico, mas por vezes é apenas diluição no sangue);
  • Problema metabólico hereditário.

O tratamento para níveis baixos de ácido úrico, depende da sua causa. Quando for resultado do uso incorreto ou prologado de medicamentos, que parece ser a causa mais frequente, basta o médico avaliar a sua redução ou mesmo a troca da medicação.

Para casos hereditários ou doenças crônicas, pode ser indicado tratamento que estimula a maior produção de ácido úrico, como prática de atividade física, alimentação orientada, e cuidado com medicamentos que interferem nesse ciclo.

Se você está com a taxa de ácido úrico alterada nos exames ou sente algum desses sintomas citados, procure um/a médico/a de família ou clínico geral para avaliação.

Saiba ainda mais sobre o assunto, nos artigos abaixo:

Quais os valores de referência do ácido úrico?

Qual o tratamento para o ácido úrico alto?

Referência:

David B Mount. Hypouricemia: Causes and clinical significance. UpToDate: Sep 14, 2020.

Dor de cabeça frequente: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor de cabeça frequente pode ter diversas causas. Entre elas estão cefaleia tensional, enxaqueca e aneurisma cerebral. A dor pode ser ainda sintoma de doenças como sinusite, meningite, anemia, hipotireoidismo, tumor cerebral, entre tantas outras.

Uma dor de cabeça constante e frequente também pode ter como causa fatores emocionais e psicológicos, como ansiedade e estresse.

Dor de cabeça frequente pode ser cefaleia tensional?

Sim. A cefaleia tensional é uma dor de cabeça provocada por tensão muscular nos músculos do pescoço e da cabeça (juntos ao crânio).

A cefaleia tensional tem os seguintes sintomas: dor de cabeça do lado direito e esquerdo (a dor é difusa por todo o crânio), com sensação de peso ou aperto, com se houvesse um capacete apertado na cabeça.

A dor de cabeça geralmente é fraca ou moderada, podendo durar apenas meia hora ou se estender por até uma semana. A luz ou o barulho também podem causar incômodo.

Dor de cabeça frequente pode ser enxaqueca?

Sim. A enxaqueca, que é um tipo de dor de cabeça, caracteriza-se por sintomas como:

⇒ Dor de cabeça forte, do tipo pulsátil ou latejante, geralmente apenas do lado direito ou esquerdo da cabeça, que piora ao realizar esforços;

⇒ Náuseas e vômitos;

⇒ Visão embaçada, aura visual (pontos ou riscos luminosos na visão);

⇒ Tontura, sensibilidade à luz, ruídos e cheiros;

Os sintomas da enxaqueca podem durar até 3 dias.

Leia também: Enxaqueca e Cefaleia

Uma dor de cabeça frequente pode ter inúmeras causas. O/a médico/a de família, clínico/a geral ou neurologista poderá fazer uma avaliação completa da sua dor de cabeça na tentativa de identificar a causa. Além disso, poderá fazer o correto diagnóstico e indicar o melhor tratamento para o seu caso.

Tenho manchas brancas na pele. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Manchas brancas na pele podem ser sinal de vitiligo, micose, falta de vitaminas ou minerais ou ainda outros problemas dermatológicos. Manchas brancas no rosto ou no braço, tipo sardas, também podem podem ser causadas pelo excesso de exposição solar.

O vitiligo é uma doença cutânea que caracteriza-se pela perda de melanina, substância responsável pela pigmentação da pele. As manchas brancas do vitiligo podem surgir em qualquer parte do corpo e ter formas e tamanhos variados.

As manchas não coçam, nem provocam dor ou irritação no local. Em alguns casos, as manchas brancas podem adquirir uma cor marrom e formar escamas sobre elas. 

No caso da micose, as manchas brancas na pele aparecem principalmente nos braços, rosto, couro cabeludo, peito e costas, que são regiões do corpo com mais oleosidade.

A pitiríase versicolor, popularmente chamada de "pano branco", é uma infecção cutânea provocada por fungos, muito comum durante o verão. A micose não é contagiosa e o tratamento é feito com xampus, pomadas e medicamentos antifúngicos.

Manchas brancas no rosto podem ser causadas pelo excesso de exposição solar. Tomar sol sem proteção pode prejudicar o funcionamento dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina (pigmento que dá cor à pele).

A ausência de pigmentação deixa a pele mais clara ou sem cor em alguns locais, dando origem às manchas brancas que surgem principalmente na face, na perna e no braço.

As manchas brancas na pele também podem ter como causa a falta de vitaminas ou minerais. A carência de micronutrientes essenciais pode ser decorrente de maus hábitos alimentares ou dietas muito restritivas. Além de manchas na pele e nas unhas, a falta de vitaminas e minerais pode causar diversos problemas à saúde.

A presença de manchas brancas na pele deve ser avaliada pelo/a médico/a dermatologista, médico/a de família ou clínico/a geral, para diagnosticar a causa do problema e prescrever o tratamento adequado.

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Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As principais causas de dor nas pernas são a má circulação e os problemas osteomusculares, sobretudo a dor miofascial. Outras causas de dor nas pernas podem incluir cisto de Baker, traumas, lesões esportivas, excesso de esforço físico, compressão de nervo, entre outras. Os principais sinais e sintomas de má circulação incluem inchaço nos tornozelos e pés, varizes, dor nas pernas ao caminhar ou em repouso, sensação de dormência, formigamento ou queimação, coceira, alterações na temperatura, presença de feridas e manchas nas pernas. A má circulação também é a maior responsável pela dor nas pernas durante a gravidez. Isso ocorre porque o aumento do útero provoca uma compressão das veias da pelve, o que dificulta o retorno do sangue para o coração. O resultado é a insuficiência venosa, que além de causar dor nas pernas, aumenta o risco de trombose venosa.

Dor nas pernas pode ser sintoma de insuficiência venosa?

Sim, a insuficiência venosa dificulta o retorno do sangue, que fica acumulado em pernas e pés. Nesses casos, a dor nas pernas ocorre mais ao final do dia, podendo surgir em repouso. A pessoa sente as pernas cansadas e pesadas, os pés e os tornozelos ficam inchados e geralmente são observadas varizes. Também pode haver coceira, sensação de queimação e formigamento, feridas e manchas nas pernas. A insuficiência venosa afeta principalmente mulheres. O problema está relacionado com a idade, gravidez, posturas (passar muitas horas em pé ou sentada), falta de atividade física, excesso de peso, fatores hormonais e genéticos.

Dor nas pernas é sintoma de insuficiência arterial?

Sim, quando a má circulação afeta as artérias, temos um quadro de insuficiência arterial. A irrigação sanguínea diminui, causando dor nas pernas ao caminhar, diminuição da sensibilidade e da temperatura nas pernas e nos pés, além de feridas que demoram para cicatrizar. Esse tipo de má circulação afeta sobretudo indivíduos sedentários, fumantes, com pressão alta, diabetes, colesterol alto e história de problemas de circulação na família.

O que é a dor miofascial?

A dor miofascial é um distúrbio local de origem nervosa e muscular. A síndrome dolorosa miofascial, como é chamada a doença, caracteriza-se pela dor muscular em áreas endurecidas do músculo. A dor normalmente surge e se agrava com esforços físicos, com tendência a aliviar com o repouso. Essa dor miofascial é decorrente de tensão e contraturas em um músculo. As áreas afetadas apresentam tensão palpável na musculatura, que pode ser sentida pela presença de nódulos dolorosos. Um sintoma muito característico da síndrome dolorosa miofascial é a presença de pontos que podem desencadear uma forte dor se forem pressionados.

Esses pontos estão presentes em lugares bem definidos, cujas áreas são pequenas e apresentam muita sensibilidade à dor. Quando pressionados, despoletam uma dor local que pode inclusive irradiar para outra parte do corpo, mais distante do seu local de origem. A síndrome dolorosa miofascial afeta não só os músculos, mas também ligamentos, tendões, bursas (bolsas que recobrem as articulações), fáscias (tecido que recobre o músculo) e ainda tecidos ao redor da articulação. A dor miofascial pode ter como causa traumatismos, mau condicionamento físico, diabetes, alterações na tireoide, doenças reumatológicas, estresse, má postura, distúrbios no metabolismo, movimentos repetitivos, processos degenerativos, inflamações, infecções, câncer, entre outras. Contudo, a sua causa mais comum é o esforço muscular intenso.

Se a dor nas pernas não passar ou vier acompanhada de algum dos sintomas mencionados no artigo, procure um médico clínico geral, médico de família ou um cirurgião vascular.

Veja também: É comum ter dores na panturrilha durante a gravidez?