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Quais os sintomas da hepatite A?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Normalmente a hepatite A não manifesta sintomas, especialmente nas crianças. Nos adultos, ela pode passar despercebida como um resfriado leve.

Quando presentes, os sintomas da hepatite A podem incluir: náuseas, vômitos, febre, tontura, dor abdominal, dor de cabeça, dores musculares e articulares, falta de apetite, cansaço, coceira na pele, diarreia com fezes claras, urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados).

A hepatite A é uma doença autolimitada, de caráter benigno, em que a pessoa se recupera em casa sem necessidade de internamento hospitalar. Menos de 1% dos casos pode evoluir para hepatite fulminante, exceto em pessoas idosas, acima de 65 anos, que apresentam mais chances de desenvolver formas mais graves da doença.

Leia também: Tenho a pele amarela desde que nasci. Posso ter hepatite?

Indivíduos que já tiveram hepatite A ficam imunes à doença, mas continuam suscetíveis às outras formas de hepatites.

O que é hepatite A e como ocorre a transmissão?

A hepatite A é uma doença hepática causada pelo vírus Hepatite A. A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa não infectada e não vacinada ingere alguma bebida ou comida contaminada pelas fezes de uma pessoa infectada pelo vírus. A doença está relacionada com saneamento básico deficiente, falta de água potável e má higiene pessoal. Outros fatores de risco incluem o uso de drogas injetáveis e relações sexuais com pessoa apresentando infecção aguda pelo vírus da Hepatite A.

Qual é o tratamento para hepatite A?

A hepatite A não possui um tratamento específico. O tratamento da doença baseia-se em cuidados como permanecer em repouso, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não tomar medicamentos que podem interferir no fígado.

Em caso de sintomas de hepatite A, consulte o/a médico/a de família ou clínico/a geral.

Pessoa com suspeita de dengue pode tomar benzetacil?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Não, a pessoa com suspeita dengue não deve tomar Benzetacil. No caso de suspeita de dengue deve-se consultar o médico ou um serviço médico para que seja feito o diagnóstico e orientado o tratamento adequado para a dengue ou para outras infecções e inflamações. O Benzetacil (benzilpenicilina benzatina) é um antibiótico de uso intramuscular de ação prolongada indicado para tratamento de infecções bacterianas tais como infecções de garganta (amigdalites), pneumonias, infecções na pele. A dengue é uma doença provocada por um tipo de vírus e por isso o uso de penicilina não está indicado.

Além disso, o Benzetacil pode causar reações alérgicas como manchas e bolhas na pele, que podem ser confundidas com os sinais de dengue, dificultando o seu diagnóstico.

Problema na tireoide pode causar queda de cabelo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, problemas na tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, podem causar queda de cabelo. Esses distúrbios na tireoide são diagnosticados através de exames laboratoriais e, se forem devidamente tratados, é possível reverter a queda de cabelo.

A principal causa de problemas na tireoide são as doenças autoimunes, em que os anticorpos do próprio corpo atacam os hormônios tireoidianos, causando hipotireoidismo, ou fazem aumentar a sua produção, levando ao hipertireoidismo.

A tireoide é a glândula responsável pelo bom funcionamento corpo, sendo responsável pelo controle do metabolismo e equilíbrio dos sistemas. A tireoide atua diretamente sobre:

  • Ganho ou perda de peso;
  • Regulação da temperatura corporal;
  • Pressão arterial;
  • Frequência cardíaca;
  • Força muscular;
  • Funcionamento do intestino;
  • Memória;
  • Humor.

Portanto, quando os hormônios dessa glândula são produzidos em excesso ou de forma insuficiente, todas essas funções sofrem alterações importantes, provocando diversos sintomas. Um deles é a queda de cabelo acentuada.

Consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em alguns casos pode ser necessário também o acompanhamento por um endocrinologista. O dermatologista pode ajudar a melhorar a queda dos fios enquanto a doença de base está sendo tratada.

Leia também:

Quais são os sintomas de tireoide alterada?

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Quem teve trombose pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, quem já teve trombose pode engravidar. No entanto, alguns cuidados são necessários para diminuir o risco de complicações.

Em primeiro lugar, os riscos de um novo episódio de trombose devem ser avaliados de maneira cuidadosa por uma equipe especializada, e a mulher deverá ser acompanhada durante todo o pré-natal por essa equipe, sendo classificada como gestação de alto risco.

Uma mulher que teve trombose e pretende engravidar deve receber medicamentos anticoagulantes para prevenir complicações gestacionais, sendo a heparina o mais utilizado.

Quando a gravidez chega ao 3º trimestre, a saúde e a vitalidade do feto devem ser verificados continuamente através de diferentes exames.

Na hora do parto, os cuidados com a estabilidade do estado geral da mulher e do bebê devem ser redobrados, o anticoagulante deve ser suspenso antes do parto, e se confirmado elevado risco de sangramento é preconizado pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a indicação de parto via cesariana.

O uso do anticoagulante (heparina) deve ser reiniciado 8 a 12 horas após o parto, além de  estimular a deambulação precoce e o uso de meias elásticas.

O Puerpério, período após o parto, deve ser mantido sob acompanhamento com centro de equipe especializada para dar continuidade ao tratamento e término da medicação quando possível.

A mulher que já teve trombose e pretende engravidar deve primeiro consultar um/a médico/a ginecologista para que todos as precauções sejam tomadas e a gravidez ocorra de maneira saudável e segura.

Leia também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?

O que é dermatite atópica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dermatite atópica é uma doença crônica que causa inflamação da pele. O eczema atópico, como também é conhecido, é mais comum em bebês e costuma ter causas genéticas.

Os sinais e sintomas incluem coceira, vermelhidão, bolhas e descamação da pele. O tratamento é feito com pomadas, medicamentos por via oral e cuidados para prevenir as crises.

A dermatite atópica é considerada um distúrbio genético, geralmente possuem casos de dermatite atópica na família, asma, bronquite ou rinite alérgica.

Quais são os sintomas da dermatite atópica?

Os sinais e sintomas da dermatite atópica incluem coceira intensa e constante, aparecimento de bolhas que vazam e formam crostas, secreção ou sangramento da orelha, além de mudança do tom de pele, que fica mais clara ou escura. De tanto coçar, podem surgir áreas esfoladas ou mais espessas na pele.

O primeiro sinal da dermatite atópica normalmente é uma mancha vermelha que coça. A coceira é intensa e a pele fica muito seca, podendo se tornar áspera em algumas áreas. Após as crises, ocorre um período de remissão em que a doença não se manifesta.

Alguns fatores podem piorar ou desencadear as crises, tais como alergias, gripe, pele seca, exposição ao sol ou à água, ambientes muitos quentes ou muito frios e estresse.

Dermatite atópica em bebês e crianças

A dermatite atópica em bebês geralmente se manifesta entre 3 e 6 meses de idade. A inflamação afeta sobretudo o rosto, o pescoço e o couro cabeludo, causando erupções, crostas e bolhas na pele.

Em crianças, a dermatite atópica pode surgir entre os 2 e os 12 anos. Nessa fase, os sinais e sintomas aparecem principalmente no pescoço, dobras da pele, cotovelo, punhos, dorso das mãos, parte posterior dos joelhos e tornozelos.

Como é o tratamento da dermatite atópica?

O tratamento da dermatite atópica é feito com pomadas, cremes e medicamentos por via oral. A medicação serve para aliviar a coceira, diminuir o ressecamento da pele e combater a inflamação.

Além disso, é essencial controlar os fatores que desencadeiam as crises para evitar recidivas. O tratamento adequado permite manter a doença sob controle e prevenir novas crises.

A dermatite atópica tende a melhorar gradualmente com o passar do tempo. Muitas crianças apresentam uma melhora significativa por volta dos 5 anos e a maioria deixa de ter crises na adolescência. A permanência da dermatite atópica na fase adulta é rara.

O/a médico/a pediatra, alergologista, dermatologista e/ou médico/a de família pode ser procurado/a para uma avaliação e diagnóstico da doença.

Saiba ainda mais sobre o tema nos artigos:

Manchas vermelhas na pele que coçam, o que pode ser?

Referência:

SBD- Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Quais os sintomas de gastrite?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A gastrite (inflamação da mucosa do estômago) pode se acompanhar de vários sintomas:

  • Dor e distensão no abdome (mais comum na metade superior);
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação de queimação no abdome ou retroesternal;
  • Perda de apetite;
  • Sensação de saciedade precoce, mesmo com pequena quantidade de alimento ingerido.

A gastrite complicada com úlcera pode dar sintomas mais graves e que necessitam de atendimento de urgência: sangramento nas fezes (fezes escuras, muito mal cheirosas e com cor similar à borra de café) ou vômitos com sangue.

No caso de sintomas similares, é importante consultar um médico gastroenterologista ou gastrocirurgião.

O que é uma crise de ausência?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Uma crise de ausência é um tipo de crise de epilepsia, mais comum em crianças do que em adultos, cujos sintomas caracterizam-se por breves interrupções da consciência em que a pessoa fica ausente e estática por alguns segundos, depois retornando naturalmente ao momento em que foi interrompido.

As crises de ausência também podem vir acompanhadas de bloqueio da fala, discretos movimentos das pálpebras, ou olhos e movimentos involuntários das mãos.

Essas crises podem ocorrer várias vezes ao dia e, devido à sua curta duração, dificilmente é percebida por familiares ou pelo próprio paciente.

A epilepsia é uma síndrome neurológica causada por descargas elétricas desorganizadas no cérebro, originando crises que se manifestam de diversas formas, de acordo com a área cerebral afetada.

Veja também: Epilepsia tem cura?

As crises de epilepsia muitas vezes são imperceptíveis por causa das suas manifestações sutis, tornando-se às vezes difícil de serem detectadas, até mesmo por médicos.

É o caso da crise de ausência infantil, por exemplo, em que muitas vezes o problema só é reconhecido quando a criança apresenta queda do desempenho escolar, geralmente verificada pelo professor.

Saiba mais em: Quais são os sintomas de epilepsia?

O tratamento da crise de ausência é feito através de medicamentos antiepilépticos cujo objetivo é reduzir as anormalidades dos impulsos elétricos no cérebro e, assim, impedir as crises.

As crises podem cessar antes de 18 anos de idade, podem permanecer pelo resto da vida ou vir a desenvolver ataques epilépticos com convulsões.

Em caso de suspeita de crise de ausência, deve-se procurar um médico neurologista, se for em adultos, ou um pediatra ou neuropediatra, para as crianças.

Também pode lhe interessar: Epilepsia pode matar?

O que é prolapso uterino e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Prolapso uterino é a exteriorização do útero para o canal vaginal e/ou vulva.

O útero é um órgão que fica na parte inferior do abdômen, na região pélvica. Ele fica suspenso e apoiado por seus ligamentos e pelo fundo da vagina. Com o passar da idade e o declínio dos níveis hormonais após a menopausa, pode ocorrer uma flacidez dos ligamentos uterinos e o útero sem sustentação desce e fica dentro da vagina. Em casos mais graves, ele pode sair da vagina. Essa situação recebe o nome de prolapso uterino, também conhecido como útero baixo.

O prolapso uterino pode ser classificado de 4 formas, conforme o grau do prolapso:

  • 1º grau: quando o colo do útero desce em direção à vagina;
  • 2º grau: quando o colo do útero alcança a saída da vagina;
  • 3º grau: quando o colo do útero sai da vagina;
  • 4º grau: quando todo o útero fica fora da vagina.

O útero baixo normalmente está associado a outras condições, como bexiga caída e herniação de alças do intestino delgado ou intestino grosso em direção à vagina.

Dentre as causas mais comuns do prolapso uterino estão: partos normais múltiplos, enfraquecimento dos músculos pélvicos devido à idade, perda de força ou do tônus dos tecidos após a menopausa, diminuição dos níveis do hormônio estrógeno, tosse crônica, constipação intestinal, tumores pélvicos, excesso de peso e cirurgias na pelve.

Mulheres com útero baixo sentem sintomas como dor na região da coluna lombar baixa, sensação de que alguma coisa está saindo pela vagina, dor durante a relação sexual, dificuldade para urinar ou evacuar e também para caminhar.

O tratamento do prolapso uterino é feito através de exercícios, medicamentos, cirurgia e introdução de um dispositivo (pressário) para sustentar o útero.

Para prevenir o útero baixo, recomenda-se perder peso (quando necessário), combater a prisão de ventre, realizar exercícios específicos para fortalecer a musculatura pélvica e evitar levantar pesos.

O diagnóstico e tratamento do prolapso uterino pode ser feito pelo/a médico/a ginecologista ou médico/a de família.

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