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Formigamento na cabeça: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Formigamento na cabeça pode ser sinal de hiperparatireoidismo, enxaqueca com aura ou ainda problemas mais graves como infarto e AVC (derrame).

O formigamento normalmente é causado por compressão de algum nervo ou falta de sangue, mas as causas variam e, por isso, é importante estar atento/a também a outros sintomas.

No hiperparatireoidismo (excesso de funcionamento das glândulas paratireoides), além do formigamento na cabeça e em outras partes do corpo, a pessoa também pode apresentar:

  • Fraqueza muscular;
  • Falta de apetite;
  • Cansaço;
  • Emagrecimento;
  • Prisão de ventre;
  • Dor abdominal;
  • Náuseas;
  • Vômitos.

A enxaqueca com aura caracteriza-se por dor de cabeça, distúrbios visuais, auditivos, sensitivos ou motores. Entre eles estão:

  • Formigamento na cabeça, boca, língua e membros;
  • Dificuldade para falar;
  • Tontura;
  • Visão borrada.

Se o formigamento na cabeça vier acompanhado por formigamentos no rosto, braço ou perna apenas de um lado do corpo, pode ser sinal de "derrame" (Acidente Vascular Cerebral - AVC) e a pessoa deve ir imediatamente ao hospital.

Quando o formigamento corre para o braço, principalmente o esquerdo, e é seguido por sintomas como dor no peito ou no pescoço, dor no braço (normalmente esquerdo), falta de ar, suor e náuseas, pode ser o início de um infarto e a pessoa deve procurar um pronto-socorro o mais rápido possível.

Se o formigamento na cabeça persistir, o mais indicado é procurar o/a clínico geral, médico/a de família ou neurologista.

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Estou sentindo meus seios inchados e doloridos, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Seios inchados e doloridos podem ser causados por diversas situações, sendo as mais frequentes: período pré-menstrual (TPM), alterações hormonais, amamentação, uso de anticoncepcional e gravidez. Contudo, o inchaço e a dor nas mamas podem ter causas mais graves, como tumores.

Principais causas de seios inchados

A principal causa de inchaço e dor nos seios quando a mulher não está grávida são as alterações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual. Esses sintomas tendem a intensificar nos dias antes de menstruar, na fase pré-menstrual.

Os próprios anticoncepcionais hormonais também podem deixar os seios inchados, sendo outra causa comum de inchaço nas mamas.

Se os seios estiverem inchados e doloridos e a menstruação estiver atrasada, pode ser um sinal de gravidez. Nesses casos, outros sintomas que podem estar presentes incluem cansaço, tontura, sonolência e inchaço abdominal.

Na TPM (tensão pré-menstrual) e nos casos de alterações hormonais, os seios podem ficar inchados e doloridos devido à retenção de líquidos causada pelas variações hormonais nas diferentes fases do ciclo menstrual.

Durante a amamentação, os seios também podem ficar inchados e doloridos. Nesses casos, a dor costuma ocorrer em uma das mamas e há vermelhidão no local.

A mulher com inchaço e dor nos seios pode observar as características do inchaço e dessa dor como, por exemplo, se ocorrem em ambos os seios ou apenas em um, se atingem a região da axila, se há presença de algum nódulo ("caroço"), se os sintomas são mais presentes em algum momento do ciclo menstrual, etc.

Procure o/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação completa e detecção da causa do inchaço e dor nos seios.

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Inchaço, vermelhidão, coceira, irritação na vagina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Inchaço, vermelhidão, coceira e irritação na vagina são sintomas de infecção vaginal, sendo a candidíase a mais provável. Caso não seja detectado nenhum micro-organismo causador de infecções, esses sintomas podem ser decorrentes de alguma irritação mecânica, química ou alérgica.

Se os sintomas forem provocados por uma reação alérgica ou alguma irritação mecânica, é preciso investigar a causa e remover o agente agressor.

CandidíaseO que é candidíase?

A candidíase é uma infecção da vulva e da vagina causada por um fungo que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva (Candida albicans, Candida tropicalis, Candida glabrata, Candida parapsilosis). Quando o ambiente torna-se favorável, o fungo se prolifera e ocasiona a candidíase.

Quais as causas da candidíase?

Na grande maioria das mulheres, candidíase  é causada pelo fungo Candida albicans. Alguns fatores que favorecem o aparecimento da candidíase vaginal incluem diabetes, uso de medicamentos antibióticos, anticoncepcionais orais e corticosteroides, gravidez, imunidade baixa, obesidade, roupas justas e clima quente.

Quais são os sintomas da candidíase?

O principal sinal da candidíase é a presença de corrimento vaginal branco, espesso e em grumos, semelhante a requeijão. O corrimento não tem cheiro e forma placas que ficam aderidas à parede da vagina.

Veja também: Corrimento Vaginal é Normal?

Outros sintomas que costumam estar presentes incluem vermelhidão, coceira, ardor, fissuras na vulva e dor durante as relações sexuais.

Apesar de poder causar inchaço, vermelhidão, coceira e irritação na vagina, a candidíase pode não manifestar sintomas em até 20% dos casos. Na gravidez, quase metade das gestantes com esse tipo de infecção vaginal não manifesta sinais e sintomas.

A candidíase pode se tornar recorrente, com 4 episódios ou mais durante o ano, todos eles com manifestação de sintomas.

O diagnóstico da candidíase é feito pelo exame clínico e é confirmado por exames de laboratórios.

Como ocorre a transmissão da candidíase?

O fungo pode ser transmitido através de relações sexuais, embora essa já não seja considerada a principal forma de transmissão da candidíase, uma vez que o fungo está naturalmente presente presente na flora vaginal das mulheres sem provocar nenhum sintoma.

Candidíase tem cura? Como é o tratamento?

Candidíase tem cura. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos e antibióticos por via oral e também através de cremes vaginais.

O tratamento da infecção vaginal causada por fungos, como a candidíase, é feito com medicamentos antibióticos, como o metronidazol. A medicação costuma ser prescrita para ser tomada durante uma semana.

Quando não manifesta sintomas, a candidíase não necessita de tratamento. Quando presentes, é fundamental que a mulher e o parceiro, se for o caso, façam e sigam o tratamento até o fim.

Os medicamentos antifúngicos são administrados por via oral e aplicados diretamente na vagina sob a forma de cremes, comprimidos e óvulos.

O tratamento com medicamentos orais costumam ser feitos com fluconazol ou Itraconazol, em doses únicas ou duplas, conforme o caso e a medicação. 

O creme vaginal pode ter como princípio ativo clotrimazol, miconazol, fenticonazol, econazol, sertaconazol ou isoconazol. A pomada contém medicação e, por isso, deve ser aplicada segundo orientação médica e por todo o período indicado na receita, mesmo que os sintomas tenham desaparecidos. 

Há ainda os comprimidos vaginais e os óvulos vaginais, com econazol, sertaconazol, tioconazol ou fenticonazol. O tempo de duração do tratamento costuma ser de duas semanas. 

Vale lembrar que os medicamentos, as doses e o tempo de duração do tratamento variam de acordo com a gravidade de cada caso. 

Quando a coceira na vagina é muito intensa, pode ser indicada a aplicação de creme com hidrocortisona no local para aliviar o sintoma.

Se a candidíase for recorrente, recomenda-se o tratamento com medicamentos orais e tópicos (aplicados no local).

Os medicamentos antifúngicos orais são contraindicados no tratamento da candidíase durante a gravidez. O tratamento nesses casos é feito com medicação tópica.

Cabe à/ao ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral diagnosticar a origem desses sintomas e prescrever o tratamento adequado.

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Dor na barriga do lado direito durante a gravidez, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga do lado direito durante a gravidez pode ter muitas causas, mas se for localizada na região inferior da barriga, geralmente está relacionada com a compressão das estruturas internas causadas pelo aumento do útero.

Vale lembrar que dor na barriga na gravidez é uma condição bastante comum e esperada, sobretudo a partir do 4º mês de gestação, exatamente pelo desenvolvimento do bebê, aumentando o peso e volume uterino.

No começo da gestação, algumas mulheres podem sentir também um pouco de desconforto abdominal. A sensação é parecida com a da cólica menstrual, como se alguma coisa estivesse torcida dentro da barriga. Esse sintoma é causado pelo aumento da circulação sanguínea no baixo ventre, necessário para nutrir o embrião e permitir o desenvolvimento da gravidez.

Contudo, dores intensas na barriga durante a gravidez, como cólicas menstruais fortes, devem ser avaliadas com atenção. Se a dor surgir após algum esforço físico e permanecer mesmo com o repouso, pode indicar contrações uterinas, com risco de aborto ou parto prematuro.

Outras causas possíveis são: constipação intestinal, formação de gases, cálculos renais, diverticulose, pedras na vesícula, flacidez abdominal ou apendicite. A apendicite é a principal causa de cirurgia de emergência em gestantes, mas vem acompanhada de febre, náuseas e ou vômitos.

A dor abdominal do lado superior direito pode indicar também, uma outra situação grave, o distúrbio de coagulação sanguínea (conhecido por síndrome HELLP), principalmente se ocorrer no 3º trimestre de gestação. Costuma vir associado a sangramento vaginal.

Na suspeita de apendicite ou distúrbios de coagulação, procure imediatamente um serviço de emergência.

Quando procurar uma emergência?
  • Dor abdominal intensa que não melhora com o repouso,
  • Sangramento,
  • "Endurecimento" da barriga,
  • Febre associada ou não a náuseas, ou vômitos.

Não perca tempo! Procure uma emergência médica.

No caso de dor abdominal que não é habitual, mas sem sinais de risco ou de urgência, entre em contato com o seu médico obstetra.

Leia mais sobre outros sintomas de gravidez em:

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Dor na parte de cima da barriga durante a gravidez, o que pode ser?

Coceira na virilha, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A causa mais comum de coceira na virilha é a tínea cruris, uma infecção da pele causada por fungos. Outras causas são: dermatite seborreica, dermatite eczematosa e neurodermite. A psoríase também pode acometer a virilha, contudo, não é comum a queixa de coceira.

Tínea cruris

Caracteriza-se pela presença de lesão avermelhada, com leve descamação e algumas vezes presença de pústulas (bolinhas de pus). É considerada uma micose, por ser causada por fungos que se proliferam na pele quando há um ambiente propício, com umidade e calor.

As lesões costumam causar muita coceira. Pode acometer ambas as virilhas ou apenas um lado. A tínea cruris pode ainda se espalhar para a região púbica, porção inferior do abdômen e nádegas.

A lesão pode crescer e formar uma placa única avermelhada e um pouco descamativa em toda a virilha.

Tínea cruris em face interna da coxa

O tratamento da Tinea cruris é simples e consiste no uso de antifúngicos tópicos, como cetoconazol, miconazol, entre outros.

Leia mais sobre micose na virilha em: Qual o tratamento para micose na virilha?

Dermatite seborreica

Clinicamente se caracteriza pela presença de lesão avermelhada, com descamação mais grosseira, oleosa e amarelada.

Provoca ainda aumento da oleosidade da pele e coceira. Normalmente as lesões são recorrentes e podem piorar no verão e nos meses em que a temperatura é mais alta.

A dermatite seborreica pode ocorrer em várias áreas do corpo, sobretudo naquelas em que a pele é mais oleosa, como couro cabeludo, sobrancelhas, algumas partes do rosto, orelhas e tórax. Contudo, também pode acometer a virilha.

O tratamento pode ser feito com medicações tópicas, como o cetoconazol xampu.

Dermatite eczematosa

Pode ocorrer como consequência do contato com substâncias irritantes, como cáusticos, ou com substâncias das quais a pessoa tem alergia, como sabões, detergentes ou tecidos sintéticos.

O aparecimento dos sinais e sintomas geralmente ocorre entre 24 e 48 horas depois do contato com a substância irritante.

No início, a pele fica seca, avermelhada, inchada e pruriginosa. Depois, surgem lesões avermelhadas, com vesículas (pequenas bolhas), que coçam e exsudam (são úmidas). Pode ainda levar ao aparecimento de feridas pequenas ou crostas na pele.

Se a causa não é afastada, a pele pode engrossar, com escamas, adquirindo coloração acinzentada e aspecto "enrugado".

O tratamento consiste em afastar o irritante e, eventualmente, no uso de corticoide tópico, somente com prescrição médica.

Dermatite eczematosa Neurodermite (líquen plano crônico)

A pela da região afetada fica mais "grossa", com coloração acinzentada e "enrugada". Pode apresentar uma ligeira descamação e brilho na superfície da pele.

Lesão de líquen plano na coxa

O início dos sintomas caracteriza-se por inflamação, coceira, irritação ou aumento da sensibilidade da pele, como uma micose. Pode surgir após o contato com uma substância irritante ou à qual a pessoa é alérgica.

As alterações da pele causam ainda mais coceira. O tratamento pode incluir pomadas ou medicamentos, contendo ou não corticoesteroides.

Há diferença nas causas de coceira na virilha, entre homens e mulheres?

Não há diferença importante nas possíveis causas de coceira na virilha masculina ou feminina. Geralmente, o motivo de coceira é por causa das mesmas condições ou doenças, por exemplo, micoses, dermatites ou reações alérgicas.

Pessoas que transpiram um pouco mais ou fazem uso de roupas de tecidos sintéticos, com maior frequência, podem ter um maior risco de desenvolver micoses na região, como a Tínea Cruris.

Quem costuma fazer depilação da área com maior frequência, seja através do uso de cera, creme depilatório ou lamina, também está mais propenso a sofrer irritação na pele da virilha e possíveis reações alérgicas, que podem ocasionar coceira.

As micoses e as reações alérgicas são sem dúvida uma das principais causas de coceira na virilha em homens e mulheres. Por isso, na presença de sintomas muito intenso de coceira, acompanhada de lesões na pele. um médico deve ser procurado para avaliação e realização do tratamento adequado.

Como prevenir a coceira na virilha?

Para prevenir episódios de coceira na virilha e o desenvolvimento de micoses é importante tomar algumas medidas como: usar roupas leves, que permitam a transpiração, usar roupa íntima de algodão e secar bem a região da virilha após o banho.

Os fungos crescem onde há umidade e calor, por isso, é importante manter a área da virilha bem ventilada e seca.

Lembre-se de lavar a região apenas com água e sabonete, e evite a aplicação excessiva de produtos que podem desencadear reações alérgicas.

Na presença de lesões avermelhadas, que coçam ou descamam, procure um médico de família ou dermatologista para avaliação.

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Pontadas na barriga, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pontadas na barriga podem ser decorrentes de muitas causas diferentes, sejam doenças ou não. A maior parte dos casos de dor, pontada ou fisgada na barriga são cólicas intestinais associadas à alimentação rica em gorduras, prisão de ventre ou intoxicações alimentares.

As dores de barriga leves, de curta duração ou que desaparecem após algumas horas são normalmente causadas por dilatações do intestino por gases. A ansiedade também pode causar dor abdominal de curta duração e também por aumentar a quantidade de gases nos intestinos.

Na maioria dos casos, a dor abdominal é benigna, ou seja, não é decorrente de doença grave (pode ser uma gastroenterite comum) e passa após algumas horas ou dias, não sendo motivos para preocupação. Porém, em outras situações, as fisgadas na barriga podem ser sintomas de tumores, hemorragias ou inflamações graves.

Contudo, a região abdominal é a que possui mais órgãos em nosso corpo. Por isso, muitas vezes é difícil identificar a origem da dor abdominal ou “dor na barriga”. Há ainda causas de dor abdominal originadas fora do abdômen, como em casos de infarto do miocárdio, pneumonia, hérnia de hiato e derrame pleural.

Por isso, quando há sinais de alerta associados, como dor muito intensa acompanhada de febre, vômitos, diarreia com sangue ou muco, um médico deve ser consultado.

Quais as principais causas de pontadas na barriga?
  • Gastrite e úlcera péptica;
  • Prisão de ventre;
  • Intoxicação alimentar ou gases;
  • Colecistite e pedras na vesícula;
  • Pancreatite aguda;
  • Hepatite aguda;
  • Cálculo renal (pedras nos rins);
  • Apendicite;
  • Diverticulite;
  • Infecção intestinal e diarreia;
  • Parasitoses intestinais;
  • Cólicas menstruais (dismenorreia).
Quais as causas menos comuns de pontadas na barriga?
  • Tumores dos órgãos abdominais ou pélvicos;
  • Obstrução ou constipação intestinal;
  • Infarto e isquemia intestinal;
  • Aneurisma de aorta abdominal;
  • Infecção urinária;
  • Hérnias;
  • Cetoacidose diabética;
  • Doença de Crohn e retocolite ulcerativa;
  • Doenças do ovário;
  • Endometriose;
  • Gravidez ectópica;
  • Mioma uterino;
  • Abscesso hepático;
  • Anemia falciforme;
  • Rins policísticos;
  • Peritonite (membrana que envolve os órgãos abdominais).
Quais os órgãos que podem causar pontadas na barriga?

Todos os órgãos que se encontram dentro da cavidade abdominal e da cavidade pélvica podem causar dor abdominal, e algumas vezes, órgãos na cavidade torácica também podem causar dores abdominais.

Os órgãos que estão dentro do abdômen e podem causar pontadas na barriga são: fígado, vesícula biliar, vias biliares, pâncreas, baço, estômago, rins, suprarrenais, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), apêndice e intestino grosso.

Os órgãos dentro da pelve são: ovários, trompas, útero, bexiga, próstata, reto e sigmoide (porção final do intestino grosso).

Devido à inervação característica desses órgãos, o cérebro tem certa dificuldade em localizar o ponto exato da dor, que geralmente é difusa (toda a barriga) ou próxima ao centro do abdômen. As exceções costumam ser os rins, a vesícula biliar, os ovários ou o apêndice (dor mais lateralizada).

Portanto, identificar a localização e o tipo da dor ("pontada") ajuda, mas não costuma ser suficiente para determinar o diagnóstico. Também é importante avaliar outras características da dor, como:

  • Tempo de duração (horas, dias);
  • Periodicidade (intermitente ou contínua);
  • Intensidade;
  • Outros sintomas associados, como vômitos, diarreia, febre ou icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Fatores agravantes ou desencadeadores;
  • Região para onde a dor irradia.

Também é importante saber se trata-se de uma dor comum, se já teve antes diversas vezes ou não, se tem algum horário ou dia do mês que ocorre com mais frequência, se está piorando ao longo do tempo ou apresentando novos sintomas, se tem casos semelhantes na família, se piora ou melhora com a alimentação, entre outras informações. É fundamental também saber qual a idade e os antecedentes pessoais do paciente.

Diante do grande número de possíveis causas para dor abdominal, um médico clínico geral ou médico de família deve ser consultado, para que seja feita uma avaliação com história completa, exame físico e eventualmente exames complementares para que a origem das pontadas seja diagnosticada e tratada.

Tonturas, náuseas, dores de cabeça, sonolência e fraqueza podem ser labirintite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tonturas, náuseas, dores de cabeça, sonolência e fraqueza não são propriamente sintomas de labirintite, uma vez que alguns deles não são característicos dessa patologia. Os sintomas clássicos da labirintite podem ser:

  • Tonturas (sensação de perda de equilíbrio e queda, como se a pessoa deixasse de sentir o chão);
  • Vertigens (sensação de que tudo ao redor está girando ou inclinando);
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Perda de equilíbrio;
  • Zumbidos no ouvido;
  • Perda de audição.

A labirintite normalmente ocorre em crises pontuais transitórias e que podem ser recorrentes. As crises podem durar apenas alguns minutos ou virem em episódios frequentes.

No entanto, tanto os sintomas da labirintite como aqueles citados no início do texto podem ser indicadores de outras doenças mais graves, como anemia, tumores, acidente vascular cerebral ("derrame"), entre outras.

Qualquer pessoa que esteja sentindo tonturas e vertigens deve procurar um/a médico/a o mais rápido possível, pois, como já foi visto, pode ser sinal de doenças graves.

Aqui no site não fazemos diagnósticos. Por isso, se está com tonturas, náuseas, dores de cabeça, sonolência e fraqueza, deve visitar um/a clínico/a geral ou médico/a de família para que seja feito um diagnóstico adequado.

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O que fazer para parar de vomitar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para parar de vomitar é importante saber o que está provocando o vômito ou a náusea. Isso pode envolver a mudança na alimentação e o uso de medicamentos indicados.

O que fazer quando está vomitando?

O mais importante a se fazer quando está vomitando é preocupar-se com a hidratação. Quando a pessoa vomita, ela perde muito líquido e pode piorar o quadro caso não haja uma reposição adequada.

Tomar água com frequência e fazer uso do soro de reposição oral ou soro caseiro são medidas essenciais para evitar a desidratação.

O que fazer depois de vomitar?

Depois de vomitar é importante enxaguar a boca com água para limpar os resíduos que ficaram na boca. Com o vômito, ocorre a saída de conteúdo ácido do estômago e isso pode causar aftas e gengivite. Enxaguar a boca ou escovar os dentes pode ajudar a eliminar esse conteúdo e proteger a mucosa bucal.

Além disso, é recomendado manter o repouso para evitar tonturas e dar um tempo para o corpo se recuperar.

Imediatamente após o vômito, é necessário aguardar alguns minutos para ingerir alimentos sólidos.

Quando após o vômito ocorre um alívio do mal estar anterior (por exemplo nos casos de enxaqueca), a pessoa pode voltar a estabelecer suas atividades de rotina.

Medidas dietéticas para parar de vomitar

Algumas atitudes podem ajudar a pessoa no controle das náuseas e vômitos:

  • Fracionar a dieta em pequenas refeições com intervalos menores;
  • Realizar as refeições em ambiente tranquilo e arejado;
  • Manutenção de horários estabelecidos para as refeições;
  • Comer pequenas quantidades de carboidratos;
  • Dar preferência a alimentos que sejam da sua preferência;
  • Evitar deitar-se logo após as refeições, mantendo a cabeça elevada em relação ao estômago por até uma a duas horas após a ingestão de alimentos;
  • Evitar preparações de alimentos em temperaturas extremas, preferindo preparações a temperatura ambiente ou alimentos frios;
  • Evitar ficar próximo à cozinha na hora da preparação da refeição, para impedir que os cheiros dos alimentos durante o cozimento acentuem as náuseas;
  • Evitar frituras, alimentos gordurosos, condimentados, salgados, ácidos, açucarados e com odor forte;
  • Evitar alimentos azedos, como limão, picles ou balas duras, bem como a oferta de líquidos durante às refeições;
  • Procurar fazer refeições com alto teor proteico ao invés daquelas ricas em carboidratos e gordura.
Quando devo usar medicamento para parar de vomitar?

O uso de remédios para cortar o vômito e a náusea deve ser feito caso a pessoa esteja com muito incômodo.

Isso se deve pois os remédios que cortam o vômito podem causar efeitos colaterais indesejáveis como tontura, tremores, sedação e queda.

Quando o vômito está muito forte e contínuo, o mais recomendado é procurar um serviço de saúde para avaliação médica detalhada.

Os remédios que ajudam no controle da náusea e vômitos podem ser:

  • Metoclopramida (Plasil®)
  • Ondansetrona (Vonau®)
  • Dimenidrinato (Dramin®)
  • Bromoprida ((Digesan®)

As doses e a frequência indicadas dependerão do caso clínico da pessoa. É importante buscar uma ajuda médica em casos de vômitos contínuos e incontroláveis.

Por que estou vomitando?

Vômitos e náuseas repentinas podem ser provocados por fatores diversos. As principais causas são:

  • Gastroenterite viral aguda
  • Intoxicação alimentar

Nesses casos mais comuns, a náusea e os vômitos geralmente se resolvem em até 48 horas.

Outras causas podem explicar vômitos e náuseas como por exemplo:

  • Gravidez
  • Ingestão de bebidas alcoólicas
  • Enxaqueca
  • Instabilidade emocional
  • Estresse
  • Pielonefrite
  • Bulimia nervosa
  • Anorexia nervosa
  • Exposição à agrotóxico

O uso de alguns medicamentos também podem provocar náuseas e vômitos, como:

  • Antibióticos
  • Digoxina
  • Anticonvulsivante
  • Quimioterápicos
  • Remédios para o controle do diabetes (como a Metformina)
  • Anticoncepcional
  • Opioides
  • Vitaminas em doses altas
Bebi muito, o que fazer para parar de vomitar?

Após ingestão de bebidas alcoólicas, é comum a pessoa apresentar episódios de vômitos. Nesse caso, é indicado que a pessoa pare de ingerir mais bebidas alcoólicas naquele momento, tome líquidos para reposição e se alimente. Além disso, a pessoa pode tomar um analgésico que ajudará na ressaca no dia seguinte.

Como a indicação exata do que fazer para parar de vomitar dependerá do fator que está causando, você pode procurar um médico de família ou clínico geral para uma consulta detalhada e investigação da causa da náusea e vômito.

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Referências:

Academia Americana de Médicos de Família