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O que é adenocarcinoma?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O adenocarcinoma é um tumor maligno, que deriva de células glandulares epiteliais secretoras. Este é um tumor que pode afetar vários órgãos do corpo humano: pulmões, intestinos, pâncreas, fígado, colo do útero, mama, esôfago, estômago, próstata, vesícula biliar.

Os adenocarcinomas são, normalmente, um tipo de câncer de agressividade elevada. A remoção cirúrgica é também bastante difícil, e por esse motivo o prognóstico costuma ser desfavorável.

Não se conhece precisamente as causas dos adenocarcinomas, mas antecedente familiar de câncer, idade avançada, tabagismo (no caso do câncer de pulmão especialmente), reposição hormonal (no caso de câncer de mama especialmente), qualidade da alimentação (no caso de câncer do trato gastrointestinal) são causas associadas ao surgimento de adenocarcinomas.

Os sintomas dos adenocarcinomas vão depender muito do órgão que eles estiverem comprimindo ou afetando com sua presença. Dependendo da localização, pode passar muito tempo antes que os adenocarcinomas podem evoluir comecem a provocar sintomas. Visto que os adenocarcinomas podem afetar muitos órgãos diferentes, os sintomas variam muito:

  • tosse com sangue, falta de ar, dor no tórax, perda de peso: associados ao adenocarcinoma de pulmão;

  • sangramento misturado nas fezes, anemia, dor abdominal, mudança no diâmetro nas fezes ou alteração do hábito intestinal (alternância constipação e diarréia): associado ao adenocarcinoma de cólon;

  • sangramento vaginal, dor nas relações sexuais, corrimento vaginal escuro e mal cheiroso: associados ao adenocarcinoma de colo de útero;

  • dor no abdome, icterícia e perda de peso: associados ao adenocarcinoma de pâncreas;

  • perda de apetite e de peso, enjôos e sensação de estômago cheio, intolerância a carnes e outros alimentos de digestão mais lenta, anemia: associados ao adenocarcinoma de estômago;

  • nódulo na mama, caroços na axila, saída de secreção espontaneamente pelo mamilo, associados ao adenocarcinoma de mama.

O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem, como raio-x e tomografias, e, se possível, deve ser feita biópsia para diagnóstico histológico (que dividirá o câncer em pouco, moderadamente ou bem diferenciado). De maneira geral, os adenocarcinomas bem diferenciados tem melhor prognóstico e aqueles pouco diferenciados tem pior prognóstico. Quando descoberto, requer tratamento imediato, porque os adenocarcinomas são de rápida progressão e tendem a dar metástases com facilidade, permitindo ao câncer espalhar-se para outros órgãos que não o original.

O tratamento do adenocarcinoma inclui a remoção cirúrgica do tumor e cuidados com as possíveis complicações que ele tenha causado. Se o diagnóstico for tardio, a cirurgia pode não ser possível, restando o tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia, que pode ser complementar mesmo se for possível a remoção cirúrgica.

Se descoberto no início, dependendo do órgão acometido e do grau de diferenciação do tumor, pode haver cura, contudo, só se pode considerar cura após seguimento clínico e radiológico por no mínimo cinco anos.

O médico que conduzirá o diagnóstico e o tratamento depende do sítio acometido, sendo que, na necessidade de quimioterapia, será o oncologista clínico que a prescreverá. No caso de tumores na mama, colo do útero e vagina, deve-se procurar um ginecologista; se pulmonar, pneumologista; se no trato gastrointestinal, gastrocirurgião ou proctologista.

Dependendo do estado do paciente e das complicações em virtude do próprio tumor ou do tratamento, deve ser procurado um pronto atendimento.

Veja também:

O que fazer se ficar mais de uma semana sem evacuar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se ficar mais de uma semana sem evacuar, pode ser necessário tomar algum laxante, fazer uma lavagem intestinal ou, em situações mais graves e emergenciais, fazer uma cirurgia para retirar o bolo fecal endurecido.

Ficar até 3 dias sem evacuar pode ser considerado normal para algumas pessoas, desde que não haja sintomas de prisão de ventre. Contudo, para a maioria da população, evacuar menos de 3 vezes por semana já pode ser considerado um sinal de intestino preso. 

O tratamento da constipação intestinal ou prisão de ventre, como é popularmente conhecida, inclui mudanças comportamentais e administração de medicamentos.

É essencial corrigir os hábitos inadequados para poder ficar livre dos medicamentos, uma vez que os laxantes podem resultar a curto prazo, mas não de forma definitiva.

Veja também: Qual é o melhor tratamento para acabar com a prisão de ventre?

Se não for devidamente tratada, a constipação intestinal pode trazer diversas complicações, tais como:

⇒ Impactação fecal e fecaloma (grande massa de fezes empedrada e endurecida que fica alojada no intestino grosso e obstrui o trânsito intestinal);

⇒ Síndrome do intestino irritável;

⇒ Úlcera estercoral (perda da integridade intestinal causada pela compressão da parede do intestino pelas fezes endurecidas impactadas);

⇒ Volvo intestinal (torção de uma alça do intestino que provoca obstrução intestinal); 

⇒ Perfuração intestinal;

⇒ Fissura anal;

⇒ Hemorroidas;

⇒ Diverticulose (herniações da parede do intestino grosso);

⇒ Câncer colorretal.

Saiba mais em: O que é prisão de ventre e quais são as suas causas?

Como prevenir a constipação intestinal?

Para prevenir a prisão de ventre, deve-se aumentar a ingestão de fibras, consumindo mais verduras, legumes e frutas (de preferência crus e com casca), pães, cereais, arroz e massas integrais, aveia, trigo integral e farelo de trigo.

As fibras aumentam o volume das fezes e favorecem a passagem do bolo fecal pelo intestino, contribuindo com o trânsito intestinal e a prevenção da prisão de ventre.

Contudo, se a pessoa não beber água suficiente, as fibras ficam mais secas e tornam-se mais difíceis de serem eliminadas, podendo prender o intestino. A água umedece e amolece o bolo fecal, sendo fundamental para prevenir esse "efeito rebote.

Por isso é muito importante beber pelo menos 2 litros de água por dia, ou seguir a indicação de 30 ml por cada Kg de peso. Por exemplo, uma pessoa com 70 kg deve ingerir 2,1 litros de água por dia (30 ml x 70 Kg = 2.100 ml).

Tomar sucos naturais, sem coar e sem adição de açúcar branco, também ajuda a soltar o intestino, uma vez que as frutas são ricas em água e fibras.

Veja aqui quais são os alimentos indicados em caso de prisão de ventre.

Ainda no que toca à alimentação, recomenda-se mastigar bem os alimentos e fazer entre 6 e 7 refeições por dia, reduzindo as porções nas grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar).

Outra medida importante para prevenir e combater a constipação intestinal é ir ao banheiro sempre que tiver vontade de evacuar. Se demorar, a água das fezes é reabsorvida e elas ficam mais secas e difíceis de serem eliminadas.

Quem tiver o hábito de segurar a vontade pode estabelecer horários para ir ao banheiro. Lembrando que os movimentos intestinais são mais ativos após as refeições.

Praticar exercícios físicos regularmente, como caminhadas, por exemplo, também contribui para um funcionamento adequado do intestino e é sempre uma boa forma de combater a prisão de ventre.

No entanto, se ficar mais de uma semana sem evacuar ou tiver menos de 3 evacuações por semana, procure um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista para fazer uma avaliação.

A prisão de ventre não é uma doença, mas as suas causas precisam ser investigadas para serem devidamente tratadas e evitar complicações.

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Coceira nas mãos: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Coceira ou "comichão" nas mãos pode ser sintoma de alergia a produtos químicos (dermatite), urticária, psoríase, pele seca ou ainda outras doenças dermatológicas. Veja quais são as principais causas de coceira nas mãos e saiba o que fazer em cada situação.

1. Dermatite ou eczema de contato

Trata-se de uma reação inflamatória na pele causada por algum agente que provoca irritação ou alergia. Pode ser dividida em dois tipos:

Dermatite irritativa: Causada por sabonete, sabão, detergente, solventes, entre outras substâncias químicas.

Dermatite alérgica: Surge após exposições repetidas a algum produto ou substância, podendo demorar anos para se manifestar. Geralmente é provocada pelo contato com produtos usados diariamente e frequentemente, como perfume, hidratante, esmalte, medicamentos de uso tópico, entre outros.

Quais são os sintomas da dermatite de contato?

A dermatite de contato causa coceira e vermelhidão, que podem vir acompanhadas de bolhas pequenas no local. No início, os sintomas da dermatite de contato se manifestam pelo aparecimento de coceira, inchaço e vermelhidão. A pele fica seca, podendo surgir crostas e escamas. Na fase crônica da dermatite de contato, a pele fica grossa e escamosa.

O que fazer:

Lavar as mãos com água para remover o agente irritante ou alérgeno que possa ainda estar na pele. Deve-se ainda aplicar cremes ou pomadas de corticoides para diminuir a inflamação da pele.

Pode ser necessário aplicar imunomoduladores tópicos para substituir ou associar aos corticoides.

Se a coceira for muito intensa, pode ser necessário tomar medicamentos antialérgicos por via oral ou corticoides orais ou injetáveis.

Usar emolientes e hidratantes para manter a pele úmida e ajudar na sua reparação e proteção é outra medida indicada para aliviar a coceira nas mãos. Devem ser usados na fase final da dermatite, quando a pele começa a secar e descamar. Também servem para prevenir a dermatite de contato.

2. Urticária

A urticária é um tipo de reação alérgica da pele, que manifesta-se através de lesões vermelhas e inchadas que coçam muito.

A urticária pode ser causada por antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, vitaminas, corantes, conservantes e outros aditivos presentes nos alimentos, infecções, calor, frio, sol, atrito, vibração, picada de insetos, inflamação na glândula tireoide, lúpus eritematoso, alguns tipos de câncer, como linfomas, por exemplo.

Quais são os sintomas da urticária?

A urticária caracteriza-se pelo aparecimento de placas avermelhadas na pele que coçam. Os sintomas podem se manifestar em poucos minutos ou depois de horas que ocorreu o contato com o agente alérgeno.

Pode surgir em qualquer parte do corpo, com tamanhos variados. As placas podem se juntar, formando outras maiores. Em geral, cada placa dura menos de um dia. Quando uma placa desaparece, aparecem outras. Esse ciclo pode durar dias, mas normalmente não dura mais de 6 semanas.

As manchas avermelhadas podem ser esbranquiçadas no centro, podendo causar, além de coceira, sensação de queimação.

O que fazer:

A primeira coisa a fazer é identificar o que provoca a urticária e afastar-se da causa. Deve-se ainda evitar ingerir alimentos e bebidas com corantes e conservantes, como embutidos, enlatados, refrigerantes, sucos artificiais e outros alimentos industrializados, bem como peixe, frutos do mar, chocolate e ovo.

Também podem ser indicados medicamentos antialérgicos, corticoides e imunossupressores, de acordo com avaliação e indicação do médico dermatologista.

Casos graves de urticária, com angioedema (inchaço) ou anafilaxia (reação alérgica grave), devem ser tratados com urgência.

3. Psoríase

A psoríase é uma doença de pele não contagiosa, cujos sintomas aparecem e desaparecem de tempos em tempos. Suas causas estão relacionadas com o sistema imunológico, fatores ambientais e genéticos. A doença não tem uma causa definida, mas acredita-se que seja desencadeada por um ataque das células de defesa à pele.

Quais são os sintomas da psoríase?

A forma mais comum de psoríase leva à formação de placas avermelhadas e elevadas na pele, normalmente coberta por uma camada esbranquiçada, formada por células mortas. As placas podem coçar e tornar-se mais grossas se forem coçadas. Dependendo do tipo de psoríase, a coceira pode ser intensa.

As partes do corpo mais afetadas pela psoríase são os cotovelos, os joelhos, a cabeça, as unhas e porção inferior das costas (região lombar). As unhas podem ficar fracas e quebradiças.

Os sintomas da psoríase podem ser leves, moderados ou graves, conforme a extensão da área afetada da pele. Nas formas mais graves de psoríase, até 10% da pele pode ser atingida.

A psoríase pode se manifestar ainda por meio de bolhas purulentas com pele avermelhada ao redor, inflamações mais intensas, semelhantes a queimaduras, dor e aumento da frequência cardíaca.

O que fazer:

Nos casos leves de psoríase, o tratamento consiste em hidratar devidamente a pele, aplicar medicamentos de uso tópico na região das lesões e tomar sol diariamente.

Nos casos moderados, pode ser necessário fazer tratamentos com exposição à luz ultravioleta A (UVA), associando medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz. O tratamento também pode ser realizado com luz UVB, que provoca menos efeitos colaterais e pode inclusive ser feito por grávidas.

Em casos graves, são necessários medicamentos específicos por via oral ou injetável.

4. Pele seca

Coceira nas mãos também pode ser sinal de que a pele está seca e precisa ser hidratada. Isso acontece principalmente no inverno, quando os banhos são mais quentes e demorados e a pessoa transpira menos. Esses fatores, associados ainda às baixas temperaturas, diminuem a oleosidade da pele, deixando-a seca e mais suscetível a doenças.

O que fazer:

Aplicar cremes hidratantes nas mãos que tenham como base princípios ativos como ureia, lactato de amônio, óleos vegetais e ativos protetores, como silicone, que criam um tipo de película sobre a pele.

Aplicar um creme hidratante nas mãos de manhã e à noite, é uma forma de prevenir e tratar o ressecamento da pele durante os meses de inverno. Além disso, os cremes hidratantes ajudam a proteger a pele dos raios UV do sol, dos radicais livres e do aparecimento de rugas.

Todos os medicamentos citados devem ser usados sob orientação do/a médico/a dermatologista e os tratamentos não devem ser interrompidos antes do tempo, pois isso pode piorar o quadro.

Em caso de coceira nas mãos, consulte um/a médico/a dermatologista para que a causa do prurido seja devidamente diagnosticada e tratada.

Veja também:
Mancha no útero: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Manchas no útero podem ser sinal de infecção pelo vírus HPV, tricomoníase, endometriose, colpite ou ectopia, dependendo da coloração dessas manchas (brancas, vermelhas, escuras).   

A parte do útero que é possível visualizar pelo exame especular vaginal é o colo do útero. Portanto, a presença dessas manchas podem ser vistas no exame preventivo ou Papanicolau e na Colposcopia.

Manchas brancas e espessas no útero podem indicar a presença do vírus HPV (Papiloma Vírus Humano). Dependo do grau de comprometimento do tecido, pode significar apenas a presença do vírus ou de lesões precursoras do câncer do colo uterino.

Manchas escuras ou vermelhas podem ser sinal de endometriose, que é a presença de tecido da cavidade interna do útero (endométrio) fora dele ou em outros órgãos como ovários, bexiga, vagina, intestino, entre outros.

Manchas vermelhas também podem sugerir colpite (inflamação no colo do útero) causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis ou ainda ectopia de colo uterino, que é a exteriorização da camada interna do colo.

O/a ginecologista e o/a médico/a de família podem diagnosticar a causa das manchas no útero e orientar o tratamento adequado em cada situação.

HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O HPV pode apresentar diversos sintomas quando acomete a garganta, dentre eles os mais característicos são:

  • Feridas na parte interna da boca de difícil cicatrização;
  • Placas avermelhadas ou esbranquiçadas na língua, gengiva ou orofaringe;
  • Tosse ou rouquidão persistente, mais de 2 semanas, mesmo após tratamento;
  • Dor na garganta, também refratária ao tratamento;
  • Até dificuldade de engolir com evidente emagrecimento, nos casos mais avançados.

Os sintomas podem ser confundidos facilmente com infecção bacteriana, o que leva a demora do diagnóstico e consequente demora no início do tratamento.

A infecção por alguns tipos do vírus HPV, sabidamente, os tipos 16,18,31, 33, 35 e 55, está relacionada a um risco aumentado para desenvolver câncer, por isso, na suspeita desta infecção, você deve procurar tratamento médico e manter de forma regular o seu acompanhamento até alcançar a cura desta doença.

HPV na garganta Qual é o tratamento para HPV na garganta?

O tratamento da infecção por HPV na garganta envolve o uso de medicamentos e a remoção das lesões através de cauterização ou pequenas cirurgias. Quando a lesão evolui para câncer, o tratamento pode incluir ainda cirurgias mais invasivas, radioterapia e ou quimioterapia.

Mesmo após a remoção cirúrgica das verrugas, elas podem voltar a aparecer, principalmente quando o tratamento não é completo, permitindo que algumas células permaneçam infectadas. O reaparecimento dos sintomas do HPV na garganta pode ser desencadeado por baixa imunidade, estresse e outros fatores emocionais.

Saiba mais em: Como é feito o diagnóstico do HPV?

Como é a transmissão do HPV na garganta?

A infecção pelo HPV na garganta geralmente ocorre pela via sexual ou da mãe para o feto durante o parto. Pessoas infectadas com o HPV têm mais chances de desenvolver câncer de garganta, mesmo sem apresentar sintomas do vírus.

Contudo, vale lembrar que o aparecimento de tumores na garganta é desencadeado não só pelo HPV isoladamente, mas pela combinação da infecção pelo vírus com fatores genéticos, fatores externos e hábitos de vida, como o consumo regular e exagerado de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar cigarro.

Leia também: Quem deve tomar a vacina contra HPV?

O médico otorrinolaringologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar as infecções por HPV na garganta.

Saiba mais em:

Quem tem HPV pode doar sangue?

HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?

Quem tem HPV pode engravidar?

Coração acelerado: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sentir o coração acelerado é normal em situações de nervosismo, ansiedade, estresse, emoções fortes, esforço físico, entre outras condições que podem deixar os batimentos cardíacos acelerados. Porém, se o coração estiver acelerado em repouso, com mais de 100 batimentos por minuto (bpm) e sem um motivo aparente, pode ser sinal de alguma doença cardíaca ou outro problema que precisa ser investigado.

Quando a frequência cardíaca está acima de 100 bpm, a pessoa está com taquicardia, popularmente conhecida como “palpitação” ou “batedeira”.

O que pode deixar o coração acelerado?

A taquicardia pode ter diversas causas. As mais comuns são:

  • Arritmias;
  • Febre;
  • Ansiedade, estresse, medo, crise de pânico;
  • Fatores genéticos;
  • Consumo de bebidas estimulantes (café, chá, energéticos);
  • Ingestão excessiva de álcool, tabagismo, uso de certas drogas e medicamentos;
  • Desidratação;
  • Hipoglicemia;
  • Anemia;
  • Hipertireoidismo;
  • Infecções;
  • Doenças reumáticas.

Na maioria dos casos, a taquicardias não indicam nada de grave. O aumento dos batimentos cardíacos é uma reação natural do organismo em situações em que corpo precisa de mais oxigênio para executar determinadas ações, como "fugir" ou "lutar".

Na atividade física, por exemplo, o coração precisa bater mais vezes para irrigar os músculos com nutrientes e oxigênio. O estresse e a ansiedade também provocam uma reação de alerta no corpo, que responde aumentando a frequência cardíaca.

Porém, alterações nos batimentos cardíacos decorrentes de um ritmo cardíaco anormal (arritmia) podem ser sinal de algo mais grave. Nesses casos, a taquicardia pode ter como causas:

  • Doenças cardíacas;
  • Mal funcionamento da válvula cardíaca, como no prolapso da válvula mitral;
  • Baixos níveis de potássio no sangue;
  • Uso de certos medicamentos, como os usados para tratar asma, pressão alta ou problemas cardíacos;
  • Hipertireoidismo;
  • Baixo nível de oxigênio no sangue.
Como saber se o coração está acelerado?

Para saber se o seu coração está acelerado, permaneça em repouso durante pelo menos 5 minutos e verifique a sua pulsação. Se possível, deite-se ou sente-se confortavelmente enquanto repousa.

A pulsação é medida colocando suavemente a ponta dos dedos indicador e médio sobre o pulso oposto, de maneira que se consiga sentir os batimentos cardíacos pela pulsação da artéria que passa pelo punho.

Para isso, movimente ou pressione os dedos para os lados, até sentir a pulsação. Depois, marque o tempo com um relógio ou cronômetro e conte as pulsações durante 1 minuto.

No adulto, a frequência cardíaca de repouso considerada normal varia de 60 a 100 batimentos por minuto. Se os batimentos cardíacos estiverem acima de 100 por minuto, significa que você está com taquicardia, ou seja, com o coração acelerado. Uma frequência cardíaca menor que 60 é chamada bradicardia.

Em pessoas que se exercitam regularmente ou tomam medicamentos para reduzir a frequência cardíaca, a frequência de repouso pode cair abaixo de 60 batimentos por minuto.

Saiba mais em: Batimentos cardíacos baixos: o que pode ser?

O que fazer em caso de coração acelerado?

Para diminuir a ocorrência dos episódios de coração acerelado, é necessário identificar a causa da taquicardia. Algumas medidas podem ajudar:

  • Diminuir o consumo de cafeína;
  • Não fumar ou diminuir o consumo de cigarro;
  • Controlar e diminuir o estresse e a ansiedade;
  • Praticar exercícios físicos regularmente.

Procure imediatamente um serviço de urgência se o coração acelerado vier acompanhado de outros sintomas, como perda de lucidez, dor no peito, dificuldade respiratória, transpiração excessiva, vertigem ou tontura.

Se notar que o seu coração dispara sem motivo aparente, consulte um médico clínico geral ou médico de família. Alterações no ritmo cardíaco sem estímulos internos ou externos podem ser sinal de arritmia cardíaca. O diagnóstico pode ser feito clinicamente ou com auxílios de exames como o eletrocardiograma.

O que não pode comer quem tem problemas de rins?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Quem tem problemas de rins NÃO pode comer carambola e deve evitar alimentos que tenham muito potássio, fósforo e sal (sódio), além de controlar a ingestão de alimentos gordurosos e ricos em açúcar.

Carambola

A fruta contém uma substância tóxica que é eliminada por rins saudáveis, mas que não pode ser excretada pelos rins de pacientes com insuficiência renal ou função renal comprometida. Essa toxina então permanece no organismo, podendo causar diversas alterações neurológicas, como: Confusão mental, agitação, insônia, fraqueza muscular, alteração da sensibilidade dos membros, convulsões, coma e até a morte, dependendo do caso.

Alimentos ricos em potássio - EVITAR!
  • Abacate, banana-nanica, banana-prata, açaí, água de coco;
  • Figo, laranja, maracujá, melão, damasco, graviola, fruta-do-conde;
  • Tangerina, uva, mamão, goiaba, jaca, laranja-pera, maracujá;
  • Kiwi, feijão, chocolate, extrato de tomate.

Pessoas com problemas renais, acumulam potássio no sangue porque os seus rins não são capazes de eliminá-lo. Quando os níveis de potássio ficam muito elevados, pode causar fraqueza muscular intensa, arritmias e até uma parada cardíaca.

Alimentos com muito sal (sódio) - EVITAR!
  • Temperos prontos;
  • Alimentos enlatados;
  • Sucos em pó;
  • Salames e embutidos;
  • Queijos, Manteiga ou Margarina com sal.

O consumo de sal em excesso provoca um aumento da pressão arterial (pressão alta). Manter a pressão arterial sob controle é fundamental para retardar a progressão da doença renal crônica.

Alimentos ricos em fósforo - EVITAR!
  • Carnes processadas;
  • Refrigerantes e
  • Cerveja.

Assim como o potássio, o fósforo também tende a ficar acumulado no sangue de pacientes com insuficiência renal, pois os seus rins não conseguem eliminá-lo. O excesso de fósforo no sangue provoca coceira e estimula a produção do paratormônio, um hormônio produzido pelas glândulas paratireoides, que em excesso causam complicações como perda óssea.

Controlar o consumo de alimentos gordurosos e ricos em açúcar, é fundamental para reduzir os níveis de colesterol, pois favorece os rins e o sistema cardiovascular.

O que pode comer quem tem problemas nos rins

Não existe uma dieta única para todas as pessoas com problemas de rins. Cada paciente deve ser avaliado de forma individual pelo médico nefrologista e ter a sua dieta elaborada por uma nutricionista.

No entanto, os alimentos que podem ser consumidos e mais indicados para quem tem problemas nos rins, são:

  • Verduras e legumes (Couve-flor, repolho, pimentão)
  • Frutas: maça, mirtilo, morango, framboesa, uva vermelha e cítricos (laranja e limão)
  • Clara de ovo
  • Peixe e carne magra
  • Cebola, alho e azeite
  • Grãos integrais.

Além disso, aumentar a ingesta de água, pelo menos 2 litros de água por dia, para quem não tem comprometimento renal grave. Nos casos de insuficiência renal, o cálculo de água por dia deverá ser definido pelo médico nefrologista que o acompanha.

Quem tem problemas renais pode comer ovo?

Depende da situação. Na insuficiência renal, o ideal é que não seja consumido. Os ovos outros alimentos ricos em proteínas, como os laticínios, a carne vermelha, carne branca, pães, biscoitos, massas e arroz, são fundamentais para o organismo, porém em situações de comprometimento renal importante, como na insuficiência dos rins, deve ser evitado ou mesmo, contraindicado para evitar complicações mais graves.

Entretanto, na grande maioria das vezes, as doenças renais são mais simples, como pedras nos rins e cisto renal, e nessas situações o ovo pode ser consumido. Para definir a quantidade indicada, é preciso avaliar caso a caso, com um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista.

Dicas para reduzir o potássio de alguns alimentos

Para ajudar na variedade de alimentos e opções de dietas, pode usar algumas dicas valiosas como:

1. Antes de cozinhar os legumes, como a batata, mantenha em um recipiente grande de água por 2 a 3 horas, já cortada e sem casa, trocando a água algumas vezes. Esse procedimento reduz a concentração de potássio nos alimentos;

2. Cozinhar os alimentos antes de comer, especialmente as frutas, porque também reduz o seu teor de potássio;

3. Cozinhar os alimentos com bastante água e

4. Usar como temperos especiarias, salsinha, cebolinha, cebola e alho. Evite ao máximo o sal de cozinha.

Veja também:

Referência:

Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Caroço no céu da boca: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Caroço no céu da boca pode ser sinal de câncer bucal ou doenças benignas, como fibroma, hiperplasia fibrosa, além de outras lesões, como o papiloma (HPV), por exemplo.

Além do céu da boca, os tumores que acometem a boca e a garganta podem se desenvolver nos lábios, língua, gengiva, amígdala e glândulas salivares.

Os sinais e sintomas do câncer de boca  incluem feridas na boca ou no lábio que não cicatrizam, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramentos sem causa conhecida, dor na garganta que não melhora, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio, mau hálito, dificuldade para falar e engolir, caroço no pescoço e perda de peso (fase mais avançada).

Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer bucal estão principalmente o tabagismo e o consumo de álcool. Além disso excesso de exposição solar sem proteção adequada está associado a uma maior risco de câncer nos lábios. Já o HPV também aumenta o risco de câncer na orofaringe.

Desde que seja diagnosticado e tratado no início, o câncer bucal tem uma taxa de cura que varia entre 85% e 100%.

Caroços no céu da boca causados por infecção viral Outras causas de caroço no céu da boca Fibroma

O fibroma é um nódulo revestido por uma cápsula de tecido fibroso, que surge devido à multiplicação das células de determinado órgão ou tecido. 

Contudo, os fibromas são tumores benignos, o que significa que não invadem tecidos e órgãos vizinhos, nem existe o risco do tumor aparecer em outras partes do corpo (metástase), como ocorre com os tumores malignos.

Leia também: Qual a diferença entre maligno e benigno?

Na maioria dos casos, a remoção cirúrgica garante a retirada total do tumor, a pessoa fica curada e o fibroma não volta a aparecer, o que nem sempre acontece nos casos de câncer.

Hiperplasia fibrosa

A hiperplasia fibrosa inflamatória é uma lesão benigna que caracteriza-se pela presença de um caroço de coloração rosa ou vermelha, que pode surgir no fundo do céu da boca e no sulco entre a gengiva e os lábios. Sua principal causa são as próteses mal ajustadas.

O caroço pode evoluir para uma ferida bastante dolorosa, que pode regredir se for pequena e a prótese receber os ajustes necessários. Contudo, as lesões grandes precisam ser removidas cirurgicamente, mesmo depois da prótese ser reajustada. Em casos raros, a hiperplasia fibrosa pode evoluir para câncer.

Veja também: Quais são os sintomas de câncer de boca?

O tratamento da hiperplasia fibrosa inflamatória é feito através de cirurgia, muitas vezes com laser. O prognóstico é bom, mas dependendo do tamanho do nódulo, pode haver uma grande retração dos tecidos da boca após a operação. 

Papiloma

A infecção pelo vírus do HPV pode provocar diversas doenças, entre elas o papiloma, uma lesão nodular em aspecto de couve-flor. Portanto, o caroço no céu da boca também pode ser um sinal de que a pessoa está infectada pelo HPV. O papiloma também pode se manifestar na boca, bochecha, língua e nos lábios.

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A transmissão do vírus HPV ocorre pelo contato principalmente sexual com uma pessoa infectada. O HPV também pode ser transmitido da mãe para o bebê no momento do parto.

O tratamento consiste na retirada ou destruição das lesões. Não existe um medicamento capaz de eliminar completamente o HPV do organismo, por isso a pessoa pode continuar infectada e as lesões podem voltar a aparecer.

Toda alteração observada na boca deve ser examinada por um dentista, ou médico de família, ou clínico geral, em alguns casos pode ser necessário o encaminhamento para o profissional especialista em lesões na boca, o estomatologista.

Saiba mais em: Tenho feridas na boca, o que pode ser?